terça-feira, abril 25, 2006

sem saber...

sem saber percebo o hoje...
sem sentir tudo o que me aparece..
os imprevistos se tornam cada vez por menores...
o inevitável torna-se cada vez mais claro,
sinto-me presa ao que me é tão comum,
tão sem sentido...
menosprezando estímulos por mim projetados...
numa imaturidade por mim tão bem conhecida,
sem saber o que aprender..
o que sentir, o que saber...
ninguém entenderia, falamos outros idiomas...
idiomas de almas distintas...
cada alma tem uma voz, um grito...
só podemos identificá-las...talvez nunca entendê-las..
e presunçosamente modificá-las...
sem saber o que perder, o que ganhar...
sem saber que o hoje, o amanhã...
vou saborea-los...não importando o sabor...
sem saber o sabor...