segunda-feira, maio 22, 2006

Olhos estranhos...


olhando pra vida,
dando mais um bom-dia pra essa estranha companheira,

acordar de novo com esse sem sentido,

que até gosto!!!

dando cores e motivos para estar aqui...

tentando me lembrar quem sou...

esqueço todos os dias!!!

outro dia estava que nem uma louca, consertando a bagunça da minha cabeça...

sou uma terráquia...ah, comunidade humana, habitante do Brasil, mamãe Edméa... humana...?

ainda não me familiarizei com minha face...

acho-a muito redonda!!!

é...sem saber o que, pra que, por que...

tenho uma interrogação sempre à frente,

e mesmo que parecesse fútil sentir-me assim,

questiono-me o tempo todo,

há quem nunca o faça,

como dizia Platão...

uma vida não questionada não merece ser vivida...

bjim

sábado, maio 20, 2006

Mesquinhos...

que mistura tão boa,
imaturidade, superficialidade,
que observação deplorável de mesquinhez,
deprecio tal estágio evolutivo,
e ainda me perco em observar...mais inutilidade a minha...
bem-feito...
esperava algo de bom???
que tolinha!!!
onde encontrará a virtude?
numa igreja?
que cômico,
a virtude acompanha alguns notáveis
que raramente passam por meu caminho...
porém os percebo,
de longe os conheço,
nos encontraremos,
quando decidir mudar de caminho,
de companhias...
questão de tempo e atitude,
oportunidade também,
me divirto com tanta estupidez a minha volta...
me engrandeço?
não!
sinto-me vazia...tão fora do que poderia ser,
tenho tão mais a oferecer,
numa multiplicidade inócua...
procuro uma simplicidade que me contradiz...
ai, ai...
não percebem...
make love no war...
adoraria encontrar o que procuro...

inconstante....

seria preciso ler todos os livros, conhecer todas epistemologias existentes,
pra enfim perceber que não poderíamos mudar uma realidade aprisionada?
embora tentássemos traduzir e interpretar tal materialismo...nada mudaria,
me enfado com um caráter imprimidamente ingênuo,
sem amigos, sem certezas...
tão perdido,
esse existencialismo perdido e cinza,
com cores de uma matéria provieniente dum divino
mundo,
mundo no qual eu mesmo inventei...
me invento e me perco a cada dia,
chega de alienação,
esse materialismo não me traz mudanças,
as idéias não são nada pra muitos...
e de que me importa...
esse empirismo me cansa...
a razão me fascina,
chega de dogmas,
ciência e revolução é o que preciso...
sim, o que EU preciso!

Sand in my shoes...Dido

Areia nos meus sapatos
Duas semanas fora e parece que o mundo deveria ter mudado
Mas estou em casa agora
E as coisas ainda parecem iguais
Eu acho que vou deixar para desfazer as malas amanhã
Tentar esquecer por mais um noite
Que estou de volta em meu flat na estrada
Onde os carros nunca param de noite
Para a vida real em que eu não posso ver o pôr-do-sol
Não tenho tempo
Não tenho tempo
Eu ainda tenho areia nos meus sapatos
E eu não posso sacudir o pensamento em você
Eu deveria desencanar, esquecer você
Mas por que eu iria querer isso?
Eu sei que dissemos adeus
Qualquer outra coisa seria confusa, mas
Eu quero te ver de novo
Amanhã estou de volta ao trabalho e fora da sanidade
Tomar um banho e depois limpar a bagunça que eu fiz antes de partir
Tentar me lembrar de que eu era feliz aqui
Antes de saber que eu podia pegar um avião e voar
Longe da estrada onde os carros nunca param de noite
Para uma vida em que posso assistir ao pôr-do-sol
E tomar meu tempo
Tomar todo o tempo
Eu ainda tenho areia nos meus sapatos
E eu não posso sacudir o pensamento em você
Eu deveria desencanar, esquecer você
Mas por que eu iria querer isso?
Eu sei que dissemos adeus
Qualquer outra coisa seria confusa, mas
Eu quero te ver de novo
Eu quero te ver de novo
Duas semanas fora
É tudo o que precisa para me mudar e me virar
Eu fui embora sem nunca dizer que queria te ver de novo
Eu ainda tenho areia nos meus sapatos
E eu não posso sacudir o pensamento em você
Eu deveria desencanar, esquecer você
Mas por que eu iria querer isso?
Eu sei que dissemos adeus
Qualquer outra coisa seria confusa, mas
Eu quero te ver de novo
(Eu quero te ver de novo)
Eu ainda tenho areia nos meus sapatos
E eu não posso sacudir o pensamento em você
(Eu quero te ver de novo)
Eu deveria desencanar, esquecer você
Mas por que eu iria querer isso?
Eu sei que dissemos adeus
Qualquer outra coisa seria confusa, mas
Eu quero te ver de novo
Eu quero te ver de novo
Eu quero te ver de novo

Uma boa música, um bom tempo de transcendência pra mim...

segunda-feira, maio 15, 2006

...esperando.

olho pela janela,
acrescenta-me nada,
vejo pessoas..
e elas não podem ver-me,
olho pra vida,
com um olhar suspeito e curioso,
mais um ano foi perdido...
agora eu me encontro em meio uma
selva de pedra,
numa angústia,
que me faz refletir quando durmo,
sonhei que voava,
tão bom,
tão bonito,
ich..
tô sem inspiração,
sei que nada sei,
clichês banais me vêm à mente,
inutilidades somente,
sonharia em fazer-lhe um poema,
que muito o seduzisse,
e num encontro de almas afins,
sentir-me segura,
é só o que eu espero...

quinta-feira, maio 11, 2006

Não é...

Não é você...
pensei que fosse,
que bom,
agora estou contente,
ao fim do dia cinza,
uma luz apareceu...
acordei de um sonho,
que era necessário estar disperta...
Graças à Deus não é você!
como fui tola,
numa sensibilidade sem tamanho,
a verdade sempre aparece...
rudemente,
verdade e mentira sejam bem-vindas!
façam-se presente,
eu agora as vejo,
que alívio,
num crepúsculo sem tom de
despedida,
ou melhor
despertando...
Adeus, podemos nos despedir agora?
melancolia,
nostalgia,
você não é quem eu pensava,
aliás nunca foi.
Nova noite,
precede um novo dia...
ensolarado talvez...
que me importa,
eu agora o vejo indiferente,
Adios!

haha eu sei do que falo...
Sâmara

quarta-feira, maio 10, 2006

Joder...cumple años...

la fecha que yo no quiero
se queda cada vez mas adelante a mis ojos
tengo miedo...
no tengo ganas de fiesta, bodas..
no las quiero..
preciso que el tiempo pare en un momiento
siquiera...
un dia junto a ti,
com mi boca en la tuya,
somonos dos...uno, nada más...
tu donde estás???
yo no lo sé...
tampoco me importa el sitio...
solo quiero para mi..
no quiero cumple años...
so lo quiero a ti..
venga, mi vida..
hasta hoy vivo por vivir...
tantas filosofias..
de que me valem?
las juego en la basura,
quando yo perdida en ti...
encontraré a mi...
un amor eres lo suficiente..
no lo pido nada Dios...
no me importa los años,
las comemoraciones,
preciso de algun sentido,
dame el aire...
no hay...
un año...solamente.

Pablo Neruda, irretocável...


Poema XLVI

saberás que não te amo e que te amo
posto de que dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.

Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Te amo e não te amo como se tivesse
em minhas mãos a chave da fortuna
e um certo destino desafortunado.

Meu amor tem duas vidas para
amar-te
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo.

Pablo Neruda








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enfim, estou percebendo...a leveza...


não poderia perceber-me melhor,
um novo estado de consciência faz-me companhia.
Não podendo compartilhar essa
leveza com estranhos amigos,
intuitivamente vou digerindo-a,
sozinha, juntamente com a angústia,
que aos pensadores nunca abandona,
por tantas interrogações...
Doravante sinto num tom diferente,
poderia tentar explicar com quem se
importasse...
mas quem se importa?
minha essência é exclusivamente sentimento
puro meu...
da qual a imaturidade que sempre falo,
talvez seja mais perceptível agora,
muito mais pra mim...
Por isso proponho domar os demônios dentro de mim,
entregando-me ou não aos seus apelos,
enfim, percebendo-os melhor...
numa transcendência que me leva
não muito longe de mim,
mas ao avesso,
estou cada vez mais perto do que sou...
e talvez deixe de lado o que não mais importa,
sinceramente me incluo numa leveza
que não me torna melhor ou pior,
mas faz ver o que sou...

Sâmara

terça-feira, maio 09, 2006

mesmo sabendo...

que ironia,
mesmo sabendo tudo que sei sobre você,
ainda penso,
talvez ainda espere um pouco de doçura,
um leve toque com ternura...
que projeção infantil,
eu já sei, que nada poderia mudá-lo
são possibilidades tão utópicas,
e por mim projetadas,
num romantismo imaturo e sem razão...
gerado no ventre de uma carência mãe que todos os dias,
dita meus afazeres...
fugiria de mim neste momento,
dormiria longe de minha memória,
para nunca mais sonhar contigo,
grande demência que me inoja,
mesmo sabendo quem tu és...
ainda o desejo...
peço asilo num coração livre,
pronto para me receber,
fui exilada de mim mesma,
estou perdida em meus sentimentos,
melancólica e estática,
já não espero mais você,
o que espero é que minhas projeções,
se evaporem,
e não mais em mim volte a chover,
uma imagem de ti que eu mesma
inventei
mesmo sabendo que
me machuquei...
tolinha...Sâmara
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segunda-feira, maio 08, 2006

Prazer no incerto...

Prazer no incerto...
fugindo do que me parece tão óbvio,
enganando a mim mesma,
minh'alma tão aparentemente,
desejando o primordial,
vindo da necessidade,
esta que se faz presente,
hoje e em todos os dias...
conhecer o inesperado,
adiantar o imprevisto.
Mais suspiros de incertezas,
tão acostumada a tudo isso.
A minha presença soou estranha esta manhã,
talvez precisasse passar um tempo no mundo dos
sonhos,
sim! sonhar é o que faço com
todo e muito prazer,
não importando se
utópicos,
possíveis,
em sua
verbalização mais pura,
sonhar,
com o infinito,
comigo,
com os outros,
com o Divino,
com a moral,
com a razão,
com a ciência,
com a vida.
Melancólicamente sinto me impelida,
por uma realidade cinza,
que de festinhas sem alegria,
camufladas por beberrões sem afeto...
tentam iludir-me,
um mal-estar me persegue por esses dias...
esses que se completam anos,
e em breve perco mais um...
empiricamente acrescentando algo,
e vem me dizer,
ao pé do ouvido,
que nada posso fazer,
intuitivamente o que possa valer....
e, sim viver ao meu bel prazer...
calorosamente ao meu sensato bel prazer.

Sâmara
08/05/2006
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sexta-feira, maio 05, 2006



amigos...

tão perto de sentirem o que realmente se sente..
dizendo sem apontarem os dedos o que se deve ser feito...
ou melhor sugerindo o que a fará feliz...
sabendo que o que passa, passará...
enfim o que permanece somos nós...
grandes ou pequenos amigos...
eu os adoro
sem precisar de confessar em praça pública
numa simplicidade que ambos conhecemos...
simples como um olhar...
conhecendo cada parte em mim,
sabe o que preciso,
somos partículas unidas
por um sentimento de compaixão...
sentindo o que o outro sente...
longe da indiferença de estranhos...
unidos estamos.
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OCIOSIDADE CABÍVEL...

TENTARIA PERCEBER O HOJE DE TAL MANEIRA QUE ME PARECESSE BEM PRODUTIVO,
NUMA ESCALA DA REAL ROTINA...
AGITADA E TURBULENTA,
SEM MAIS NEM MENOS,
MAIS UM DIA SE PASSOU...
NUMA ÂNSIA DE TALVEZ PODER
VER-TE DE OUTRA FORMA,
DE SENTIR O TEU CALOR
COMO OUTRORA SENTI...
SEM SABER QUE NÃO O QUERO MAIS...
OU MELHOR JÁ O SEI BEM,
IGNORARIA FRENTE AOS OUTROS...
E QUE SÃO OS OUTROS...
SÃO OS MESMOS QUE ACUSAM DENTRO DE MIM..
ENFIM, QUESTIONAMENTOS QUE JÁ NÃO TEM TANTA
IMPORTÂNCIA,
NUM DIA CALMO E OCIOSO...
CABIVEL EM ALGUNS METROS QUADRADOS...
CONCERTEZA UM POUCO ABAFADO...
Ó IMENSA LIBERDADE...
PORQUE NÃO ME POUPA TAL MEMÓRIA???
PRECISO DE OUTRO DIA PRA TE ESQUECER...
QUEM SABE AMANHÃ...
QUE SEJA...
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