Não, não vou mais correr,
vou ficar, e não fugir...
não correr das responsabilidades,
dos amores, dos filhos, dos homens,
das mulheres, do psicológo, da boa forma,
nem de mim...
Continuarei na incerteza, claro, e sempre de
todas incertezas dos amanhãs...
Na incapacidade de planejar, no medo de planejar
e falhar...e na certeza de ter a imagem nas mãos
sem vislumbrar qualquer mudança que não seja mera
fatalidade...
Refém das fatalidades, a famosa vítima de si mesma...
É tudo tão rídiculo, tão estranho, tão errado,
ter sempre o mesmo script pra interpretar...
Um dia eu mudo...um dia eu mudo,
ah...esperem...esperem bastante, ....eu espero...
um dia eu mudo,...
eu estudo, eu viajo, eu passo num concurso....
eu vou pra outro país, eu vendo minha alma ao diabo...
eu fico na merda...é esse lugar de gentinha pequenininha...idiotinha...
Volta pro psicológo, afinal já tá velha, o discurso melancólico já tá batido,
tá tudo muito repetitivo,
Chega!
O princípe virou sapo.
E aí vai voar???
Decola agora?
Dá pra ter pressa?