quarta-feira, novembro 13, 2013

Eu a vi hoje..

Conseguiu, virou um ser amarelo de vez
em todos os pêlos possíveis...
Tá mas o que muda?
estetização do amarelamento?
ah eu assumo que mudo pintando a cara,
a cabeça, a sombra sobre os meus olhos...
E dane-se o olhar do outro, eu tô tão eu que não importa-me
a sua aprovação, reprovação...
Tô me achando maravilhosamente artificial...
Como um artífice disfarçado tingido
manipulo minha estética que viola a sua imaginação
impondo-me a mim mesma muito mais
iluminação chamando o olho para a visão.
Eu, agora o ser sem medo de ser ridícula..
Sem medo de pós docs...
E sem assediar ideais...afinal, eles existem somente.
Melhor não fazê-los descer dali.
Eu subo até aí...pra depois criar outros, ou perdê-los de vez.

A estrela

Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.

Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.

Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alta luzia?

E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.

Manuel Bandeira

sexta-feira, novembro 08, 2013

REestetização

Bom, tudo está muito bem desde a desartifização da arte
para uma nova estética
no meu peito um teste, uma visão, ela como coração da Filosofia
diga-me como Danto, explique-me melhor, argumentos...please
Tá, eu a vejo como a primeira sensação do mundo, depois a linguagem..
talvez por isso..
Mas vamos lá, filosofar sobre as sensações, só depois de senti-las..
A Kant vai diferenciar sensação de sentimento, ok
mas não vai ser agora que eu vou pra Königsberg com a Crítica da Razão
Pura embaixo do braço...
Mas enfim, eu não precisei ir até eles...vieram até mim,
eu sinto, deve ser o verde e o amarelo que há em mim
procura de subjetividade nenhuma talvez
não se subestime
Sâmara
nem tudo é desejo objetal...nem tudo é indústria cultural...
ah...para...foi ver qual é, tenho certeza...
e eu querendo me exibir...que droga...
pura insegurança...
ah, não preciso provar mais nada pra ninguém
informiere
deklariere
e se vários exemplos citam Schoenberg, eu com meu
Pierrot Lunaire, pra que?
diz o que pro mundo,
ah minha sensibilidade estética não está no meu batom..
ah dane-se, para uma nova reestetização, inteiramente..
Putz, eu perco o rumo com tantos bons,
mas nem a eles eu quero me prender.

sexta-feira, novembro 01, 2013

Uma cama de ferro e unhas limpas, um sonho...

Ok, eu desisto
de amar o desespero da prisão
do riso máscara na solidão dos dentes
todos juntos
do olho direito mais fechado num sorriso
de soslaio
ok, eu desisto
das leituras no clube nos fins de tarde
dos vinis todos
da minha bagunça
enfim
no fim
é sempre assim
devolve-se todas as coisas
e não inventa-se mais motivos para sermos felizes ou
infelizes
inventamos outros motivos para o nosso prazer e desprazer...

seja nos poemas eróticos que nem sequer foram
presenteados para o Ideal
uma desculpa banal do medo, da fraqueza
ok..não arrume desculpas para a sua dor
vc mesmo disse: Minha cabeça quer doer...!
doa, quando quiser, assim eu sei que o faz...
mas por favor pare de amar tanto o limite
livre-se das grades, do comércio, da vida doméstica velha com os mesmos
problemas,
do cordão umbilical...ou não...seja como é...
Mas peço-lhe, tente fluir as emoções de forma menos
vermelha na pele...tente...eu peço...
eu o amarei sabendo disto.
Seja feliz, eu espero vê-lo bem, é o que quero.
E preciso de ideais, ok. Já disse o que significam,
sinto muito se não consegue lidar com isto...
e não precisa deles...
não conseguimos lidar com muitas coisas...
porém não desistiremos..da unificação!
Obrigada por me lembrar como é amar...
ok, ok, ok, ok, ok...
o que é ok?