Aquele que parte em busca do definido,
o tornar-à-ser.
Grandes aspirações, prisioneiro e só.
Ondas propícias ao conquistar a vida;
ao se mostrar para o mundo e se afirmar
diante as Helenas.
Arrojado em terras estranjeiras,
coisa alguma ensinar que
aos púpilos sirva, entusiasmo ou dor?
Nas fotografias que não estás?
Sem cessar de meu peito,
promete o botão desabrochando;
enquanto flores tu já colhias.
Fostes presente e sempre o serás.
Já não há contentar um homem feito, e
nas vãs aparências desdenhando...
No úmido ou no seco, frio ou cálido,
novo sangue vivaz, incansável?
Pensei que não...
Nada tivera que me fosse próprio,
amor de verdade e doce apego,
que seja ilusões da vida, ardentes, livres,
restitui-me
agora!
E caminhai, com rapidez medida, desde o céu,
pela terra, ao fundo inferno.
Desejo beber contigo, mas não se cumpre amanhã o que
hoje não for feito.
E nem um dia só perder se deve.
Enfim, licença lhe dou de a si mentir algumas vezes,
que não dura isso muito.
Ânsia ou terror te dilaceram.
Basta já disso! Isso que tem de ser, enfim suceda!
Espera a tua amante, tudo no mundo achando
escuto e triste, não sais do sentido,
loucamente te ama.
Sâmara, a Margarida.