segunda-feira, setembro 08, 2008

Espasmo fumaça

Já não há espaços espásmicos
a vida prevalecida
é vencida sem desânimo
extermina-se a política
que só é feita no peito
sem dar comidinha à ideologias sem dono
sem inventar um qualquer que seja
que se eleja
e na fartura de inventar símbolos
chega de inventá-los
quando o cigarro apaga só é
preciso fogo...
A Britney tá de pé,
não conseguia ser...
ser...ah! símbolos.
Dá pra gostar de hip-hop, ah! os negros são ótimos!!
Kanie West e os tambores
pra honrar a pica...muitos batuques... ah! aquele Lupe Fiasco, hum...superstar!
onde vão levam seus batuques, esses tambores que unem a tribo...
e se cantam ao dinheiro e poder é dando adeus à miséria,
ah! os negros americanos, estão em alta...
e que não atirem no Obama, um negro intelectual...ah! é até bonito de se ver...
mas o que importa?
Sou nada,
uma ficção...no trópico sul...
e se o Lula quer eleger uma mulher...
e se as mulheres...e ... e se...ah...
Eu, mulher, tenho uma alma porque a sinto?
eu pertenço a mim, nem sei onde quero ir...
Não invoco a nadie,
tenho debruçado muitas vezes
olhando a cisterna que sou
e minha voz ecoa
no poço que eu tapei.
A cabeça dourada,
os sonhos dourados,
e El dourado?
e pensar, é só o que faz,
se calhar...
Se calhar também não é nada disso.
Na utilidade do fundo,
na futilidade do eco
na cabeleira loura
na cara morena
que faz fumaça
ah! é só espasmo fumaça...