quinta-feira, outubro 02, 2008

Apostila de semiótica

Que clichê, escrever em outra quinta cinza.
Posso senti-la pela manhã já sabendo das possibilidades de chuva,
para todo o dia.
As minhas, possibilidades, estão nubladas familiarizadas com a manhã.
Minhas possíveis representações, chapadas ainda de ontem, faz-me lembrar
o céu, a estrela que caiu e o pedido projeção ridícula e viciosa...
Aquele ritano, que nem é ele..
Vejo-as claras, projeções que não mais enganam-me, e meu desejo é
enforcá-las... eu já faço.
ah...aquela promiscuidade da carne, foi suja...limpa e suja...
Freud explica...
Essa vontade de engolir o mundo, faz-me comer tanta merda.
Usar, brincar com o sexo do outro... Freud explica e a natureza também...
O céu dessa manhã, e o que eu posso fazer se é cinza?
Minhas inúteis percepções apresentadas ao léu, mostram a cara batida que tem,
a banal comparação dos meus versos da quinta cinza da semana passada.
Eu estou como?
Permitindo que assistam-me todo o tempo, parece-me ingenuidade....
Que relação triádica quinta-feira cinza e Sâmara, signos que realmente se fizeram
melancólicos, impossível compreender isso... tal ordem e relação que só eu poderei
representar na síntese presente,
como um regalo, com ou sem chuva,
seguindo ao acaso, iguais aos fogos de ontem e o paraglider que voa sobre minha testa
agora...
Relação triádica perfeitamente concretizada na subjetividade
das possibilidades lógicas...
No fim, eu interpretante, com a apostila de semiótica ao lado.