Não é você,
eu achei que sabia...Não há como ser inteira, nunca principal, foi todo disfarçe.
Não houve em meus olhos a expressão em conformidade do que dizia em verdade o meu eu.
Parecia que me conhecia, foi nulo, nunca sequer deduziu...
tudo fui eu que discorri a dizer em vão...
Não podes apossar do sentido que minha vida confronta.
És alheio e apático e não o quero mais, não há entendimento, articulação.
Nem pra gastá-lo em dias chuvosos, sem posse de gozo algum...Há o objeto mas perde-se o objetivo...se é que entendes...
Eu senti repugnância pela minha pessoa, vi que mudei, experimentar já esta a cansar, repreensível, devo estar velha...sinto-me assim.
Inúltimente poderia até ter o mesmo corpo, a mesma coisa através do qual o objeto poderia impulsionar-me...mas deve ser outro..
Algo dentro, consciente e inconsciente que não tens...em teus olhos há outro tipo de atração, é simplesmente instinto, objeto de pulsão não de amor... não é este que procuro...
Não dá pra relacionar a nada, está simplesmente ali, não se afirma.
Não há porque fazer confissões, meu corpo só quer uma única coisa...digo não é a forma, e me apareces tão belo...que merda.
Gosto de o olhar, mas como ruptura de toda minha problemática, eu o abandono...não és aquilo que ofereces face a minha consciência,
Teria sentido se houvesse muito mais que pulsão, pois és objeto dos sonhos, dos meus, claro...incapaz de entender-me, eu somente olho...
Não podes saber do que digo, nunca vais saber, não o verei mais..
Parece-me tão fantasioso, afetada por ares românticos...sem nenhuma proposta...pobrecita!!! Para tal, faz-se necessário estar apaixonada...que merda...pulsões do ego...
Vens fazer amor comigo!!! vem, satisfazer-me, objeto fantasmagórico, auto-conservação, o amor a si mesma, meu destino!! eu, somente, eu...