O tempo, a tardança
envelheço o cenho, trago três rugas...
Franzo, choro o ato do não-amor, do não-ser...iludo-me e dói.
Alivio com a seiva lágrima que vem dali, piegas e ridículo, coração.
Um amor que não foi e não vai ser, assim me passa. Se eu aprendesse a aceitar que podes não viver aqui, podes não estar em mim. Nem se eu fosse tão boa que tivessem mais do que piedade, de não-ser, nem assim... O fato é que minha insignificância permanece em extremos idiotas, ninguém poderia conhecer e amar, sem nenhuma piedade... minha beleza se perde por falta de uso, não há vendas, nem empréstimos, nem nada..nem toque algum, um papel de parede que vai mofando com o tempo...num encontro de um cotidiano comum miserável, isento de lazer, prazer, pra que fazer? Produzir felicidade compartilhada...planos, sonhos..risadas sóbrias?. Por que eu te imagino tanto? eu não deveria amar assim. Iludir, fantasiar, murmurar..O que direi de mais terrível essa noite?
Em noites como estas eu o tive em meus braços, agora eu só urro meio louca.
quarta-feira, agosto 10, 2011
Poema no romance
A PORTRAIT OF A ARTIST AS A YOUNG MAN
(1904)
Não te cansaste do ardor trilhado,
Fulgor do decaído serafim?
Não lembre os dias encantados!
Teu olhar tem meu coração queimado
E tens até sua vontade enfim.
Não te cansaste do ardor trilhado?
Acima das chamas louvores elevados
Ao longo dos oceanos assim.
Não lembre os dias encantados!
Nosso rompido pranto angustiado
Sobe tal um hino – sem fim.
Não te cansaste do ardor trilhado?
Quando em sacrifícios mãos elevadas
O cálice transborda sobre mim.
Não lembre os dias encantados.
E ainda fixamente tens olhado
Com gestos lânguidos para mim!
Não te cansaste do ardor trilhado?
Não lembre os dias encantados.
Trad.by leonardo de magalhaens
Are you not weary of ardent ways,
lure of the fallen seraphim?
Tell no more of enchanted days.
Your eyes have set man's heart ablaze
And you have had your will of him.
Are you not weary of ardent ways?
Above the flame the smoke of praise
Goes up from ocean rim to rim.
Tell no more of enchanted days.
Our broken cries and mournful lays
Rise in one eucharistic hymn.
Are you not weary of ardent ways?
While sacrificing hands upraise
The chalice flowing to the brim,
Tell no more of enchanted days.
And still you hold our longing gaze
With languorous look and lavish limb!
Are you not weary of ardent ways?
Tell no more of enchanted days.
James Joyce
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