domingo, julho 28, 2013

Quando foi que inventei o meu romance?

Eu percebi a catarse
Uma boa sangria em mais
Um efêmero sábado
Que se toma a segunda dose do
Vermífugo
E tenta matar os bichos que te comem
Na imaginação
E tornar-me freira já não é tão atraente como ontem..
Puta então, um desejo de morte que já é velho demais
Hoje me parece ridículo
Casamento nunca mais, e abstinência ainda
Vive, já que não existe o outro..
E se estivesses na cara, precariamente poderia ver-me
Quiçá nunca
Já que só Cristo verá, e toda filosofia será vaidade
Não há como entregar-me a outra verdade.
Hoje tapo os olhos para conter a purgação inútil que tem a causa
Num filme qualquer
Francês, onde o amor vai dentro de uma mala pra Polônia,
Com um triste fim.. Já que o meu amor virou tragédia novelesca...sim!  
O
mais importante é que ainda não resolvi
O problema do mal
E filosofar em segredo começa a virar hábito..
Minha mimese do desejo hoje está estéril,
E me sinto incapaz de cogitar o bem da santa, ou o mal da puta
O amor é divino demais e invisível à minha pupila sem seu brilho
Não há hoje nem bem nem mal, nem pau e eu falo
Sem saber do objeto, sem paixão ou vaidade
A verdade disso aqui se resume na ausência ou visão
Do desejo que é cheio de ressentimentos provindos dos sonhos
úberes que confabulo
E graças a Deus e à Filosofia perco tudo, inclusive
a posse da minha imaginação romântica.