daqueles em que sobram ventos
podendo por ora ser alguns furacões
e eu penso que é a minha vida, o que é?
há tantas...
tão especiais...
tantos amores, tanto oposto disto tudo....
jogado como confetes na mão da terra...
enfim, eu não quero aquele bem-estar
que deixa a alma quieta
prefiro extremos.... eu posso inventá-los...
há quem possa pensar num medido desprezo
por pensar que ama...
fizeste algum trato com alguém, Sâmara?
pactos de sangue são vistos na basura
eu conheço quando alguém
se parece a mim....
Qualquer dias desse a gente usa a imaginação...
Ah! o mundo da abstração!! fuga!
Muss es sein?
Es muss sein!
E de pensar que tudo isto somente passa pelo
eterno carimbando imagens...
Lambendo reminiscências finais do teu brilho
purpurinas depois de uma noite de carnaval
começo a queimar os restos
a prostituir a sua cara
vendo a feiura que é te matar..
Lançando-o numa tumba qualquer
enterrando
seu último bafo de cerveja
suas ancas rachadas, fraturadas
sua voz esganiçada dissipou
Seu caralho? o que foi que ficou dele? um sopro?
Seu beijo..uma faísca..
a flacidez de suas pálpebras devoradas por
milhares de vermes
famintos, cegos, a devorar suas órbitas...
enfim,
um todo sem luz, cinza e negro
..agora morto no horizonte cemitério.