sexta-feira, novembro 02, 2018

Otelo sensations- coisa que já foi, nada extraordinário...o mesmo de sempre

E se ele dissesse que me ama mudaria algo?
completamente nada
é melhor bloquear hahaha
não há nenhum príncipe mouro..
lembrava-me dos silêncios que sempre
houve em tantos
seja passando um frio mirando aqueles pintores no
frio da Sacre Croix
meu final de verão em Andaluzia
seja Amsterdam, Malta
já não lembro mais do Brasil
ah tenho uma memória melhor dos dois últimos anos
lá…sempre foram esses amores impossíveis….


hj
fui ver Otelo
queria um pouco de catarse
queria me emocionar, acho que ninguém olhava o teto do
teatro São João como eu… a brasileira impressionada com
cortinas de veludo...ouro e carmim num modesto e maravilhoso
teatro... lembro
do Otelo do Welles...pootz
mas esses portugueses gritavam muito
não entendia porque gritavam tanto
mas entendi que era uma espécie de nervosismo
de começo da peça
estiveram bem
o Otelo era um barrigudo careca….baixinho
mas com umas caras
uma ironia latente
Desdémona uma loira de cintura fina e quadris largos
maravilhosa, parecia esguia naquela saia comprida e camiseta brancas
ok o final é sempre lindo…e deu pra emocionar um pouco…
pootz...q sensação é essa?
volta pro Ryle please.
ainda tô vendo o Fausto do Murnau


agora a pensar as sensações
o quanto sentir dores ou alterações de temperatura
é um sentir diferente dos outros aparatos sensoriais
como ver, cheirar, ouvir
a temperatura é preciso ser sentida
não se dá pelo que vejo, ouço,




um conceito é proveniente de sensações?



O que é fenomenologia é uma questão que coloca Merleau-Ponty mesmo depois de Husserl e Heidegger.
Para Ponty ela se trata de descrição do mundo vivido, mas parte de Husserl na busca das essências. Seja a essência da percepção, da consciência.  A filosofia se mostra como modo ou estilo de descrever o mundo vivido. Não há intenção de tentar explicar, não somos uma explicação da ciência. Tudo que sabemos da ciência e todos seus símbolos é construído a partir do mundo vivido. É preciso expressar esse mundo bem antes de tentá-lo explica-lo. É horizonte de retomada, mas não é dizer de propriedades, ou dizer das representações do mundo. Retornar às coisas mesmas é independente de qualquer explicação abstrato, do retorno da especulação e análise reflexiva à experiência. Não é mais um relato e sim uma construção.

MP

O mundo está ali antes de qualquer análise que eu possa fazer dele, e seria artificial fazê-lo derivar de uma série de sínteses que ligariam as sensações, depois os aspectos perspectivos do objeto, quando ambos são justamente produtos da análise e não devem ser realizados antes dela. A análise reflexiva acredita seguir em sentido inverso o caminho de uma constituição prévia…


O ponto de Merleau-Ponty é: estamos no mundo antes de significa-lo, ao passo que também estamos condenados ao sentido. A reflexão é sobre um irrefletido, não deixa de ser uma criação, uma outra estrutura da consciência, o real deve ser descrito não constituído a partir de sínteses. A fenomenologia é encontrar-se e ver ali muito mais sobre a experiência do que um enumerado de explicações. O homem se conhece a partir de sua facticidade reconhece a tradição fenomenológica. é também contra a ciência, a experiência que temos no mundo é anterior sua analise reflexiva. Somos reintegrados ao mundo a partir do cogito, mas…..


fodas, nem sei pra que eu que escrevi isso…