domingo, abril 26, 2015

Portunhol salaz...

 Sin ojos ni ademán
inmóvil sufre un sueño.
Pero tiembla por dentro.
 Lorca
 
Después de ti murmurar la palavra que cura mi espalda
estaré pronta para sentir su pelo y pecho
en saída de mi vida y a entrada de tu casa
para nadar en su abdomen
a saber que no hay mas
un oceano entre nosotros
con mi piel clavada en su cama
y mi lengua en su boca
na posse do de dentro
no saberé para donde remar
a perderme a comer zarzamoras
con veneno de víbora que me mata
entre Lorca y Hierro y
un cielo de estrellas de Ibéria y Cerro.
Que haré?
una canción del viento
sonará en algun momento

Sueños de hoy para un semestre de pensamento
un Porto Fantasia
para una Filosofia da Ação
y así
llenaré mi corpo de alma
y mi carne con vida
tomaré mi corazón con una sangre
lejano, curado
agarrada a
mi vida más viva
Así sé que después de morir muchas vezes para vivir más
mucho mas bella y más viva
de ti, no saberé que hacer,
si sombra, si luz................un golpe, solo água.
no sé nada.
No pasa nada....morreré por la mañana
con el sol en mi cara.

Casida de tu cuerpo insondable

Ululando surcarán
húmedas serpientes,
los anchos desiertos
de tus hondas pieles.

Y en la efímera batalla
de pechos y esclavos,
se coronarán victoriosos
los dedos,
allá en lo más alto
de tus blancas cumbres.

Con pies de gigante
avanzarán las caderas
hacia el interior oscuro
de tu vientre.
Y serán tus muslos,
trofeo ansiado
del que la Tierra
aún adolece.

Ya no habrá distancias,
tan solo ese pelo y mi palabra
susurrada torpe
sobre tu espalda.

Fernando Cerro

segunda-feira, abril 20, 2015

O filósofo mascarado - Foucault

O que é a filosofia senão uma maneira de refletir, não exatamente sobre o que é verdadeiro e
sobre o que é falso, mas sobre nossa relação com a verdade? Lamenta-se às vezes que não haja
filosofia dominante na França. Tanto melhor. Nenhuma filosofia soberana, é verdade, mas uma
filosofia, ou melhor, a filosofia em atividade. É filosofia o movimento pelo qual, não sem
esforços, hesitações, sonhos e ilusões, nos separamos daquilo que é adquirido como verdadeiro,
e buscamos outras regras de jogo. É filosofia o deslocamento e a transformação dos parâmetros
de pensamento, a modificação dos valores recebidos e todo o trabalho que se faz para pensar de
outra maneira, para fazer outra coisa, para tornar-se diferente do que se é. Desse ponto de
vista, os 30 últimos anos foram um período de intensa atividade filosófica. A interferência entre
a análise, a pesquisa, a crítica "sábia" ou "teórica" e as mudanças no comportamento, na
conduta real das pessoas, em sua maneira de ser, em sua relação consigo mesmas e com os
outros foi constante e considerável.

Eu dizia há pouco que a filosofia era uma maneira de refletir sobre nossa relação com a verdade.
É preciso acrescentar; ela é uma maneira de nos perguntarmos: se esta é a relação que temos
com a verdade, como devemos nos conduzir? Acredito que se fez e que se faz atualmente um
trabalho considerável e múltiplo, que modifica simultaneamente nossa relação com a verdade e
nossa maneira de nos conduzirmos. E isso em uma conjunção complexa entre toda uma série de
pesquisas e todo um conjunto de movimentos sociais. É a própria vida da filosofia.

Compreende-se que alguns se lamentem sobre o vazio atual e desejem, no âmbito das idéias,
um pouco de monarquia. Mas aqueles que, uma vez em suas vidas, encontraram um tom novo,
uma nova maneira de olhar, uma outra maneira de fazer, estes, acredito, jamais
experimentarão a necessidade de se lamentarem de que o mundo é erro, a história, saturada de
inexistências, e já é hora de os outros se calarem para que, finalmente, se possa ouvir a sineta
de sua reprovação...

quinta-feira, abril 09, 2015

Crow’s First Lesson
God tried to teach Crow how to talk.
‘Love,’ said God. ‘Say, Love.’
Crow gaped, and the white shark crashed into the sea
And went rolling downwards, discovering its own depth.
‘No, no,’ said God. ‘Say Love. Now try it. LOVE.’
Crow gaped, and a bluefly, a tsetse, a mosquito
Zoomed out and down
To their sundry flesh-pots.
‘A final try,’ said God. ‘Now, LOVE.’
Crow convulsed, gaped, retched and
Man’s bodiless prodigious head
Bulbed out onto the earth, with swivelling eyes,
Jabbering protest –
And Crow retched again, before God could stop him.
And woman’s vulva dropped over man’s neck and tightened.
The two struggled together on the grass.
God struggled to part them, cursed, wept –
Crow flew guiltily off.

Ted Hughes

A primeira lição de Corvo
Deus quis ensinar Corvo a falar.
“Amor”, disse Deus. “Diga: Amor”.
Corvo boquiabriu-se, e o tubarão-branco se engolfou
Mar adentro a descobrir o próprio fundo.
“Não, não”, disse Deus. “Diga: Amor. Vamos lá: AMOR”.
Corvo boquiabriu-se, e o mosquito, a varejeira, a tsé-tsé
Zuniram para fora zoando
Em volta de variados tira-gostos.
“Pela última vez”, disse Deus. “Vamos lá: AMOR”.
Corvo convulso boquiabriu-se num engulho e
A formidável cabeça sem corpo do homem
Brotou bulbosa, revolvendo os olhos,
Balbuciando protestos –
Corvo engulhou de novo, antes que Deus o detivesse.
E a vulva da mulher voou no pescoço do homem e grudou nele.
Os dois se engalfinharam no gramado.
Deus interferiu, imprecou, em prantos –
Corvo culposamente bateu asas.

Trad. Sérgio Alcides Amaral

terça-feira, abril 07, 2015

Ojos fijos en su tesoro,
presente inmóvil -sin recuerdos,
sin propósitos-, soy ahora.
todo está sometido a un orden
que yo no entiendo. Pero embarco
en la nave, y el marinero
me dirá su cantar, más tarde,
desde el éxtasis...

                              

  Por primera,
o por única vez, soy libre.

José Hierro


con la risa en la cara

después de cruzar contigo
havia un oceano, ahora no sé más
donde fui? estoy a recojer su imagen
agarrado a su guitarra,
yo no sabia
que poderias entrar en mi habitación
con su mirada
avellanas...

a ver si nos atravessamos..
no puedo buscar el infinito allí, 
al agarrar sus manos, a cerca
a ver si me enseñas a ver
su color, brillo, como luz entraré en su pupila

ancorado mi cuerpo en este cais
de Porto.

Seeing absence

Anna Farennikova

vemos ausências,
podemos ver nosso laptop roubado na mesa de um café
então, a percepção não é só de cores e formas...

experiência de ausência
aí poderíamos rejeitar o conteúdo de imagens mentais
vc não raciocina, meu laptop foi roubado, vc sente sua ausência imediatamente
ela defende que podemos ver ausências
e que assim pode aceitar a ideia de que o conteúdo perceptual não se refere somente
a cores e formas
que a percepção envolve memória e imaginação

vemos ausência de nuvens, colegas, tomadas elétricas, carrinhos de compras..rs
ver ausência em primeiro lugar, não é, não ver
podemos deixar de ver por desatenção, por que está escondido, há um ponto cego..etc
ou seja, é uma falha que não pode detectar o objeto
ver ausência, não há falha alguma, há o sucesso de não encontrar o objeto
e perceber sua ausência

a ausência do laptop como apreensão precisa de como o mundo era
cita a complementação amodal e modal
são complementações de ausência, preenchendo informações faltantes, são impressões de ausência
e não apresentam objetos que faltam, mas somente partes de objetos que faltam
experiência de ausência são conscientes de todo um objeto que não se encontra na cena


uma ausência não pode ser visual

mas comecemos a desmontar esta ideia
pois esta ausência possuem qualidade sensorial imediato
ausências positiva e negativa

diz de exemplos de teorias sobre o q é perceber
as que citou dizem de rastrear os objetos na cena
mas captar aparências, não ausências
as ausências não têm recursos adequados sensatos para suportar a extração de informação invariável para a construção de representações (Marr). Ausências não dão pistas para a construção de hipóteses sobre o meio ambiente (Gregory). E ausências não tem peças que podem ser integrados em conjuntos ouagrupadas em qualquer forma óbvia (Teoria Gestalt)

como é que nós conseguimos ver ausências? Em teorias padrão de percepção, isto
deve ser impossível.

talvez se tirássemos a ênfase das aparências e a ação como objetivo postulado da percepção? Gibson..

vemos a ausência de perigo, o que nos proporciona um explorar diferenciado o mundo?
isso parece ser intuitivamente verdadeiro, Farennikova..
 as ausências não possuem propriedades que estão na estruturação?

pode existir fenomenologia da ausência?

são dois argumentos contra
um que diz de introspecção, impossível fazer fenomenologia da ausência
outro empírico, diz de ser um paradoxo ver ausência

resumindo a ideia de ver ausência é uma metáfora
em vez disso, nós acreditamos que algo está ausente na nossa percepção
as coisas são percebidas, ausências são concebidas

vemos ausências quando há lacunas perceptivas
exemplo do bigode de uma colega que desaparece...rs
a percepção do que se esperava ver e não está lá..
a experiência sofrerá mudanças

mudanças perceptivas tbm geram uma nova crença
ele raspou o bigode!
fenomenologia da ausência é apenas pensar sobre a ausência

ausência como algo faltando na cena
é claro, ausência de ver
a percepção da ausência não é conceitual
é cognitiva
reconhecimento de ausências são estados de percepção
o requisito do mecanismo visual

Vamos pensar nas situações em que costumamos perceber ausências. Você está prestes afazer café e descobre que o frasco de café está vazio; ou você espera um importante documento no e-mail, mas não há nada na sua caixa de correio;

ver ausências
normalmente são pesquisas visuais que falham
expectativas quebradas
são percepções implícitas
uma certa antecipação, ver uma cama num quarto
ela explica a visão de ausência como quebra de expectativa

no por-do-sol transformar a experiência de presença em ausência
será que numa reforma, quando percebe as diferenças, está percebendo ausências?
não! vemos a diferença dos objetos e não sua ausência

busca visual ou observação de um padrão
expectativas são quebradas constantemente
parece improvável que cada expectativa seja uma ausência
a espera de ver uma casa em algum lugar
uma árvore
ela vai chamar ausência de modelo
modelos para rastrear movimento de objetos
baseados em objetos arquivos
modelos de objetos ausentes gerados na memória sensorial são visuais em formato, epor isso é a informação sensorial recebida

Nosso oponente diz que a fenomenologia da ausência dissolveuma vez que começamos a introspecção
A minha proposta, em essência, é interpretar colapso fenomenal como a transformação deausência fenomenologia em fenomenologia positiva devido à atenção. 
não é o caso de que as aparências de ausências são aparições de objetos positivos.Mas o que são as aparições de faltas? Qual é a sensação distinta deausência?
Uma opção é dizerque a fenomenologia da ausência é o tipo de experiência que não pode serprovocada pela mera imaginação ou memória, e é exclusivo para ser submetido a umaincompatibilidade de sinalização ausência. Mas esta análise não é particularmente esclarecedor.
The phenomenology of
absence is the experience of incongruity.


é possível ver ausência sem falha de expectativa
quem viaja pra um deserto, não ver a ausência de árvores
nós buscamos as coisas, sem saber se teremos sucesso por encontrá-las
resultados ausentes, são proporcionalmente esperados como o encontro
ver ausência envolve pesquisas que sofreram violações
mas ela quer cortar os laços de expectativas quebradas com ver ausências
pois muitas vezes vemos ausência sem saber o que esperar

Em O Ser e o Nada, Sartre afirma que as expectativas são essenciais para ver ausência: por exemplo, '' Éevidente que o não-ser sempre aparece dentro dos limites de uma expectativa humana '' (1956, p. 7).
ausência como uma possibilidade
Expectativas importam para a percepção de ausência, porque elas explicam por queativam, projetam e combinam modelos de certos objetos. Em outras palavras, elas explicampor que certas incompatibilidades ocorrem. Quando esperamos um objeto estar presente, vemos suaausência através de um defasamento. Argumentei que esse papel causal deve ser estendido a expectativas negativas: quando esperamos um objeto ausente, semelhante nós confirmamos sua ausência através de uma incompatibilidade.

mas não perceber causas prováveis
é possível a ausência sem expectativa?

Modelo de incompatibilidade pode ser visto como uma conta atraente decomo chegamos a julgar que há uma ausência, mas não pode funcionar como uma conta decomo vemos uma ausência. Como foi dito, este argumento é fraco. Processamento inferencial é tido como fundamental para muitos processos em ver positivo (por exemplo, Kveraga et al 2009;. Fenske et al., 2006). 

tendo em conta memória e imaginação
é isso tudo que tem a ver com ausência?
pode ser uma projeção, detecção, mas imagens
são construídas por memória e imaginação
tem que ser uma detecção espontânea
e assim só uma quebra de expectativa poderá realizar
em vez de um mero pensamento
não é uma operação doxática
mas dependem do processo conceitual
muitas vezes ver ausências são instâncias de visão conceitual
certas  ausências por exemplo, requer especialização
um médico por exemplo vendo uma ausência
mas muitas não exigem nem perícia, nem conceito
como por exemplo em animais e bebês
podemos ver q a cena mudou mas não sabemos o que falta
enfim, não podemos ver ausências visualmente
ausência de som, de luz, 
ausência de aparição da coisa.


 

segunda-feira, abril 06, 2015

verso livre com música
com meu estilo
meu canto...
eu tenho um canto?
sim, e agora a luz está a melhor
devo olhar pela janela
o mundo está ali
esperando que eu o veja.
As plantas não parecem cansar
nunca
verde, verde, verde
parecem sempre prontas
para crescer.
pensando em como o outro pode ocupar meu mundo
mesmo que sua existência seja por mim tão pouco acessada
sonhei com um outro professor
sim, os professores....vai ser professora, Sâmara?
dever ser...blá blá....é...vai ser...se viver...
já que o feriado foi de muito trabalho
eu mereço descanso hj
não sei fazer poesia
só sei falar de mim
eu não tô afim de voltar pro artigo em inglês
descansei a tarde e continuo cansada
deve ser da vida...
ao menos estou magra, depois de fazer compras pesei...
posso dizer que estou mais leve.............................
mas a cabeça não...
pareço estar num estado de enxaqueca...é só começar a pensar muito...
ler, ir à aulas...
hj na aula de poesia crítica, eu estava com dores de cabeça e um cansaço
gigante...
sim, uma canseira....do meu esquema....
da situação, não vejo a hora de partir
preciso respirar outro ar.

domingo, abril 05, 2015

não sei
quantos textos
aqui se explora textos
o mundo não chega no terceiro andar
ora desce pra olhar
tem medo de ficar
sabe do tempo
não sabe explicar
poesia, absurdo
percepção
projeto hj não
filosofia das ciências hj não
moderna nem pensar...
epistemologia um pouco de auto-conhecimento
texto do Perini
em vez de ler a apostila, Sâmara!
um pouco de Mario Andrade...ah sei lá..
o artigo é pra quarta Sâmara..não vai dar tempo...ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Pessoa
Hierro
Espanca
Baudelaire
Merleau-Ponty
Quem mais?
lembro não
hj é páscoa
hummmmmmmm
fiz brigadeiro..duas colheres até agora, sem mais........
e são 20:00 e parece que são 22:00
gastou muito com tempo lendo poesia hein Sâmara....
tô te filmando...poesia né....sei......ah Sâmara
o que ler agora, merda?????? caralho, porraa....buceta....
tranquila Sâmara...vai ver um filme, Asas do desejo de novo?
ah não...vai escolhe outra coisa...rs relax..........take it easy
a ver...
abraços que se vão pra longe
de pensar estar bem perto
abraços que não são abraços
é um fingir apertar as mãos e encostar
um dos ombros
abraços que existem enquanto fim dos emails
que nunca serão dados
abraços que se buscam no passado
para aquecer um coração
abraços que existem
sem nenhuma razão
abraços que querem ser dados e nunca se dão
abraços que em despedida partem o coração
abraços
que existem no tempo e enchem a nossa vida
do outro.

sábado, abril 04, 2015

A OBRA DE ARTE NA ERA DA SUA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA- W. Benjamin

As nossas belas-artes foram instituídas e os seus tipos e usos fixados numa época que se
diferencia decisivamente da nossa, por homens cujo poder de acção sobre as coisas era
insignificante quando comparado com o nosso. Mas o extraordinário crescimento dos nossos
meios, a capacidade de adaptação e exactidão que atingiram, as ideias e os hábitos que
introduzem anunciam-nos mudanças próximas e muito profundas na antiga indústria do
Belo. Em todas as artes existe uma parte física que não pode continuar a ser olhada nem
tratada como outrora, que já não pode subtrair-se ao conhecimento e potência modernos.
Nem a matéria, nem o espaço, nem o tempo são desde há vinte anos o que foram até então. E
de esperar que tão grandes inovações modifiquem toda a técnica das artes, agindo, desse
modo, sobre a própria invenção, chegando talvez mesmo a modificar a própria noção de arte
em termos mágicos.
Paul Valéry: Pièces sur l’art. Paris (s. data) pp. 103/104 ('La conquête de l'ubiquité").

a segunda palavra é Marx
ah ele iniciou uma descrição que estava apenas no começo, se ele visse hoje....
blá blá blá
inventamos um sistema que exclui o próprio proletariado...diz de "condições possíveis para sua abolição..."
alteração nas condições de produção em toda cultura

"A transformação da superstrutura, que decorre muito mais lentamente do que a da infraestrutura,
necessitou de mais de meio século para tomar válida a alteração das condições de
produção, em todos os domínios da cultura. Só hoje se pode indicar sob que forma isso
sucedeu. A essas indicações colocam-se certas exigências de prognóstico. Mas estas
exigências correspondem menos a teses sobre a arte do proletariado depois da tomada de
poder, para não falar da sociedade sem classes, do que a teses sobre as tendências de evolução
da arte, sob as condições de produção actuais. A sua dialéctica nota-se tanto na superstrutura
como na economia. Por essa razão seria errado subestimar o valor de luta de tais teses.
Eliminam alguns conceitos tradicionais – como a criatividade, a genialidade, o valor eterno e
o secreto – conceitos cuja aplicação descontrolada (e actualmente dificilmente controlável)
conduz ao tratamento de material factual num sentido fascista. Os conceitos seguidamente
introduzidos, novos em teoria da arte, diferenciam-se dos correntes pelo facto de serem
totalmente inadequados dos para fins fascistas. Pelo contrário, são aproveitáveis para
formulação de exigências revolucionárias em politica de arte". (Benjamim)

alguém me explica isso?

a obra de arte sempre reprodutível
sempre pode ser imitada
imitada por quem quer aprender, ou por quem quer vender...rs
cita a incapacidade dos gregos de reproduzir a obra de arte, poucas técnicas
e proteção das obras de arte
o poder da reprodução da literatura e seus efeitos
a xilogravura, litografia, a reprodução inicial de imagens
a litografia como  para reprodução das artes gráficas
começaram a acompanhar a impressão

depois, a fotografia
o cinema
a aceleração no processo de reprodução de imagens

"No início do século XX, a reprodução técnica tinha atingido um
nível tal que começara a tornar objecto seu, não só a totalidade das obras de arte
provenientes de épocas anteriores, e a submeter os seus efeitos às modificações mais
profundas, como também a conquistar o seu próprio lugar entre os procedimentos
artísticos. Para o estudo deste nível, nada é mais elucidativo do que as suas duas diferentes
manifestações – a reprodução da obra de arte e o cinema – e a sua repercussão retrospectiva
sobre a arte, na sua forma tradicional."(Benjamim)

diz que a reprodução da obra de arte nunca é satisfatória
do caráter único de uma obra
como a obra de arte é capaz de contar a história
o conceito de autenticidade e falsificação
"A autenticidade
de uma coisa é a suma de tudo o que desde a origem nela é transmissível, desde a sua duração
material ao seu testemunho histórico." Benjamin

reprodução técnica: mais autônoma que a manual
como a fotografia nos engana ao que pode ser original
realizam imagens que não são captados por nossa óptica natural

"A catedral abandona o seu lugar para ir ao encontro do seu registro num estúdio de um apreciador de arte, a obra coral, que foi executada ao ar livre ou numa sala, pode ser ouvida num quarto." (Benjamin)

a obra de arte perde sua aura
retira o objeto do domínio da tradição quando o multiplica
ocorrência única e em massa....
"Ambos os processos provocam um profundo abalo do reproduzido, um abalo
da tradição que é o reverso da crise actual e a renovação da humanidade. "Benjamin


cita o poder dos filmes
os herois da história de certa forma acotovelam-se em filas
herois da nossa história que serão ressignificados...

e essa é uma nota de rodapé...:

4 A representação mais lamentável do "Fausto", apresentada por um teatrinho de província, tem, relativamente a um filme sobre o 'Tausto11, a vantagem
de estar em concorrência ideal com a estreia em Weimar. E o que dos conteúdos tradicionais pode ser recordado no palco, deixa de ser explorado na
tela, como o facto de o Mefistófeles de Goethe ser a representação do seu amigo da juventude, Johann Heinrich Merck, e outros. (Benjamin)

oba!
cita mudanças na percepção sensorial
e como está condicionada à história social
decadência da aura...
isso pra ele é aura..rs
"a manifestação única de uma lonjura, por mais próxima que esteja"

"É aconselhável ilustrar o conceito de aura, acima proposto para objectos históricos, com o
conceito de aura para objectos naturais. Definimos esta última como manifestação única de
uma lonjura, por muito próxima que esteja. Numa tarde de Verão descansando, seguir uma
cordilheira no horizonte, ou um ramo que lança a sombra sobre aquele que descansa – é isso a
aura destes montes, a respiração deste ramo." Benjamin

caráter único e durabilidade X fugacidade e repetividade
retirar a aura é ter percepção de sentido para o semelhante
processo de amplitude ilimitada, tanto para o pensamento como para intuição...???

o que uma estátua de Vênus representou no decorrer da história
tanto para os gregos como para os medievais, era distinto
...mas ainda com sua aura
o surgimento da obra para os ritos
era algo sagrado

Por outras palavras: o valor singular da obra de arte "autêntica" tem o seu
fundamento no ritual em que adquiriu o seu valor de uso original e primeiro. Este,
independentemente de como seja transmitido, mantém-se reconhecível, mesmo nas formas
profanas do culto da beleza, enquanto ritual secularizado. Benjamin

 O culto profano da beleza, que surgiu na Renascença para se manter em vigor durante três
séculos, permite reconhecer com nitidez aqueles fundamentos, ao expirar quando sofre os seus
primeiros abalos significativos. Quando, com o aparecimento da fotografia, o primeiro meio
de reprodução verdadeiramente revolucionário (que coincide com o alvorecer do socialismo),
a arte sente a proximidade da crise que, cem anos mais tarde, se tinha tomado inequívoca,
reagiu com a doutrina da "l'art pour l’art", que é uma teologia da arte. Dela surgiu
precisamente uma teologia negativa na forma de uma arte "pura" que recusa, não só qualquer
função social da arte, como também toda a finalidade através de uma determinação concreta.
(Na poesia, Mallarmé, foi o primeiro a alcançar esta posição.) Benjamin

reprodutibilidade técnica da obra de arte emancipa-a, pela primeira vez na história do mundo,
da sua existência parasitária no ritual. Ben

Apesar de tudo isto, a função do conceito do autêntico na observação da arte mantém-se inequívoca: com a
secularização da arte, a autenticidade toma o lugar do valor de culto..notinha de rodapé do Ben

o filme, fotografia como cópia autêntica

modifica-se a função social da arte, em vez de assentar no ritual
agora na política
comentário de notinha...sobre Hegel, arte na igreja, mas o seu papel já para os religiosos, como era colocada, a competição, o valor comercial, mas...com espírito...hj não
hoje se destaca o valor artístico da obra de arte, que talvez foi reconhecida acidentalmente

na fotografia o valor de culto começa a se afastar
porém este ainda não cedeu totalmente, resiste
ocupa a última trincheira o rosto humano
o valor da imagem dos rostos
isso está na aura das fotografias
Atget q fotografou as ruas de Paris vazias...dizia que era o local de um crime
destina-se a captar os indícios

a questão da fotografia ser ou não arte, perda de tempo ao pensar no que a fotografia
alterou na arte, e depois os teóricos do cinema fizeram o mesmo...

Assim, Abel Gance, por exemplo, compara o filme com o hieróglifo: "Eis como, em consequência de um
retrocesso altamente curioso, regressamos ao nível de expressão dos Egípcios... A linguagem
das imagens ainda não atingiu a sua maturidade porque os nossos olhos ainda não evoluíram o
suficiente. Ainda não existe suficiente respeito, culto por aquilo que elas exprimem." Séverin-Mars escreve: "A que arte estava reservado um sonho, que... fosse, em simultâneo, poético e real!"Benjamin

o filme como contos de fada, maravilhoso, sobrenatural

como cópia do real
a representação do ator no teatro e no cinema
a atuação submetida a uma variedade de testes ópticos no cinema
a identificação do público com o ator a medida em q este se identifica com o equipamento
 tal atitude não se pode atribuir valores de culto
comentários sobre o ator de teatro e do filme, que o mínimo de representação alcança
o máximo de efeitos pelos aparelhos...o público no cenário são a aparelhagem técnica
o filme representando o poder da matéria sobre o homem, representação materialista..?

o culto da estrela, do ator, da personalidade q se vende

Enquanto o capital cinematográfico der o tom, não se
poderá atribuir ao cinema actual, em geral, outro mérito revolucionário para além do de
promover uma crítica revolucionária de concepções tradicionais da arte.Benjamin

a questão do autor e escritor,
a relação do pintor e do operador de câmera
que não opera na reprodução da imagem como faz o primeiro
por força da mão...metáfora ao cirurgião ao impor sua autoridade ao tocar no doente...
diz de ser muito mais operante na reprodução da imagem o pintor..

O pintor, no seu trabalho, observa uma distância natural relativamente à realidade, o operador de câmara, pelo contrário, intervém profundamente na textura da realidade. Há uma enorme diferença entre as imagens que obtêm. A do pintor é total, enquanto a do operador de câmara consiste em fragmentos
múltiplos, reunidos devido a uma lei nova. Assim, para o homem contemporâneo, a
representação cinematográfica da realidade é a de maior significado porque o aspecto da
realidade isento de equipamento, que a obra de arte lhe dá o direito de exigir, é garantido,
exactamente através de uma intervenção mais intensiva com aquele equipamento. Benjamin ??

não entendi muito bem isso...de uma premissa conclui o contrário...?? perguntar ao prof....

A pintura não está, pois, em condições de ser objecto de uma recepção colectiva simultânea,
como sempre sucedeu com a arquitectura, outrora com a epopeia e actualmente com o cinema. E por pouco que esta circunstância, em si, nos permita tirar conclusões sobre o papel social da pintura, é certo que isso institui uma séria limitação num momento em que, devido a uma série de circunstâncias particulares, e de um modo que até certo ponto contradiz a sua natureza, ela se vê directamente confrontada com as massas.Benjamin

a expressão de conflito causado pela pintura na reprodutibilidade técnica da imagem

a crise da pintura após a fotografia
o alcance da pintura em relação a reprodutibilidade de imagens
o papel social da pintura diretamente confrontada com as massas...
 a transmissão da pintura sendo vista de uma forma hierárquica
até finais de séc XVIII

Na mudança que entretanto se verificou, está contida a expressão do conflito
particular causado pelo envolvimento da pintura na reprodutibilidade técnica da imagem. Mas,
embora fosse exibida em público, em galerias e salões, não houve meio que permitisse às
massas organizar ou controlar a sua recepção23. Assim, exactamente o mesmo público que
reage com uma atitude progressista a um filme grotesco, tem de reagir de forma reaccionária
perante o surrealismo. Benjamin

como o cinema enriqueceu nosso horizonte de percepção
ótica, acústica

notinha boa..rs
"A pintura é superior à música porque não tem que morrer logo
que lhe é dada vida, como sucede com a pobre música... A música que se esvai logo que surge é inferior à pintura que se tornou eterna com o uso do
verniz." (Leonardo de Vinci: Frammenti letterarii e filosofici, citado por Fernand Baldensperger: Le raffermissement des tecniques dans Ia littérature
occidentale de 1840, in: Revue de Littérature Comparée, XV/I, Paris 1935, pág. 79 - nota 1 -)

como o André disse numa aula
recortar uma imagem de um filme requer uma percepção mais analítica
a imagem está para se ter um outro tipo de olhar que se passa numa sequência...o filme.por exemplo..
a imagem pede uma reflexão própria...não está impregnada do roteiro, da história...eu divagando...

relação de arte e ciência
desenhos de anatomia por exemplo
se o fascínio ou o aproveitamento científico

Uma das funções
revolucionárias do cinema será a de tornar reconhecíveis como idênticos os
aproveitamentos artístico e científico da fotografia, até agora divergentes, na maioria dos
casos24. Isto porque o cinema, através de grandes planos, do realce de pormenores escondidos
em aspectos que nos são familiares, da exploração de ambientes banais com uma direcção
genial objectiva, aumenta a compreensão das imposições que rege nossa existência e consegue
assegurar-nos um campo de acção imenso e insuspeitado. As nossas tabernas, as ruas das
grandes cidades, os nossos escritórios e quartos mobilados, as nossas estações ferroviárias e as
fábricas, pareciam aprisionar-nos irremediavelmente. Chegou o cinema e fez explodir este
mundo de prisões com a dinamite do décimo de segundo, de forma tal que agora viajamos
calma e aventurosamente por entre os seus destroços espalhados.Benjamin

pootz obrigada, do caralho esse parágrafo Ben..rs
o mundo adquirindo novas dimensões
significações..por minha conta..rs

natureza do olho da câmera e diferença da natureza do olho humano
uma nova forma de ocupar o mundo
com outros olhares
aspectos banais visto com outras ampliações, destaques...

outra notinha boa..
Se procurarmos uma analogia para esta situação, depara-se-nos uma, muito elucidativa, na pintura renascentista. Também aqui enfrentamos uma arte, cujo incomparável desenvolvimento e significado se devem ao facto de ter integrado um determinado número de novas ciências ou, pelo menos, de
novos dados da ciência. Ela reivindica a anatomia, a perspectiva, a matemática, a meteorologia e a teoria das cores. "Que poderia ser para nós mais distante”, escreve Valéry, "do que a estranha pretensão de Leonardo, para quem a pintura foi supremo objectivo e demonstração do conhecimento, de
forma tal que tinha a convicção que a pintura requeria um saber universal, pelo que não se furtava a uma análise teórica, perante a qual, devido à sua profundidade e exactidão, hoje ficamos perplexos." (Paul Valéry: Pièces sur l’art, op. cit. pág. 191, "Autour de Corot".) Benjamin

"A obra de arte", diz André Breton, "só tem valor na medida em que vibrem nela os reflexos do futuro." De facto, qualquer forma de arte desenvolvida situa-se no ponto de intersecção de três linhas de desenvolvimento. A técnica, em primeiro lugar, trabalha no sentido de uma determinada forma de arte.
Antes de surgir o filme, havia aqueles livrinhos de fotografias cujas imagens, através da pressão do polegar, passavam muito depressa, para o observador, um combate de boxe, ou um jogo de ténis; havia as máquinas dos bazares que, dando uma volta à manivela, mostravam sequências de imagens. - Em segundo lugar, as formas de arte tradicionais, em determinadas fases do seu desenvolvimento, esforçaram-se por obter efeitos que, posteriormente, foram facilmente obtidos por novas formas de arte. Antes do cinema se impor, os dadaístas procuraram, através dos seus espectáculos, levar ao público um movimento que Chaplin provocou com toda a naturalidade. - Em terceiro lugar, mudanças sociais, que frequentemente passam
despercebidas, suscitam uma mudança na recepção, que beneficia novas formas de arte. Antes do cinema ter começado a criar o seu público, já o público se reunia no 'Kaiserpanorama' para a recepção de imagens (que tinham deixado de ser imóveis). O público ficava em frente de um biombo no qual estavam instalados estereosc6pios atribuídos a cada um dos espectadores. Nestes estereoscópios surgiam imagens, uma a uma, que persistiam um instante para depois dar lugar às seguintes. Edison ainda teve que trabalhar com meios semelhantes (antes de se conhecer a tela de cinema e o método da projecção), ao apresentar as primeiras fitas de cinema a um público pouco numeroso que fixava o olhar num aparelho em que se desenrolava a
sucessão de imagens. - Aliás, na instalação do 'Kaiserpanorama' é expressa muito claramente uma dialéctica do desenvolvimento. Pouco tempo antes do cinema ter tornado colectivo o visionamento de imagens, antes do estereoscópio, surge o visionamento individual, rapidamente ultrapassado, com a mesma intensidade que outrora tinha suscitado a contemplação da imagem de Deus pelo padre, na sua cela.  Benjamin...notinha...

Os dadaístas atribuíam muito menor valor à possibilidade de
aproveitamento mercantil das suas obras de arte do que à sua inutilidade enquanto objectos de
imersão contemplativa. O princípio da degradação dos materiais não foi de somenos
importância na sua tentativa de atingir aquela inutilidade. Os seus poemas são "uma salada de
palavras" que contêm obscenidades e os detritos verbais que é possível conceber. Não é
diferente o panorama das suas pinturas em que colam botões ou bilhetes de transportes. O que
conseguiram, com estes meios, foi uma destruição irreverente da aura das suas criações, as
quais, pelos meios da produção, imprimem o estigma de uma reprodução. Perante um quadro
de Arp ou de um poema de August Stramm é impossível ter a mesma atitude de recolhimento
ou de opinião que se tem perante um quadro de Derain ou um poema de Rilke. Benjamin

 a obra de arte no dadaismo
 no centro de um escândalo público
como um choque
o cinema libertou o dadaismo de uma linguagem no qual se mantinha preso
o efeito de choque físico do invólucro moral
é disso que ele tá falando:
notinha:
O cinema é a forma de arte correspondente à vida cada vez mais perigosa que levam os contemporâneos. A necessidade de se submeter a efeitos de
choque é uma adaptação das pessoas aos perigos que as ameaçam. O filme corresponde a alterações profundas do aparelho de percepção, alterações
como as com que se confronta, na sua existência privada, qualquer transeunte no trânsito de uma grande cidade, ou como as que, numa perspectiva
histórica, actualmente, qualquer cidadão experimenta.

o número maior de pessoas que são alcançadas pelo cinema
e uma participação de tipo diferente
muitos denunciaram o cinema como modo superficial
Duhamel quem mais critica o alcance do cinema e o que suscita nas massas

Duhamel chama ao cinema "um passatempo para a ralé, uma diversão
para criaturas iletradas, miseráveis, gastas pelo trabalho e consumidas pelas preocupações...
um espectáculo que não exige concentração nem pressupõe qualquer capacidade de
raciocínio.... que não ilumina nenhum coração e que de forma alguma desperta qualquer
esperança a não ser a esperança ridícula de vir um a ser estrela em Los Angeles." citado por Ben

pegou pesado en Duhamel..rs (Georges Duhamel: Scènes de Ia vie future. 2ª ed., Paris 1930, pág. 52.)

aquele pensamento: as massas precisam de diversão
a arte requer contemplação...
isso proporciona análise?
da mesma forma a arquitetura como obra de arte para as massas...
a arquitetura como necessidade
de dois tipos de uso ou de percepção
melhor: tática e óptica
necessidade da arquitetura em relação à obra de arte
a arquitetura nunca parou
a pintura de quadros é uma criação da Idade Média
e nada garante sua existência eterna
a necessidade humana de abrigo é duradoura
requer atualização e se relaciona com a criação da obra de arte
e recepção das massas
numa noção de arquitetura como acolhimento
recepção visual das massas
observação natural sem esforço de atenção
algumas vezes tal recepção adquire valor canônico

Porque: as tarefas que são apresentadas ao aparelho de percepção humana em épocas de mudança histórica, não podem ser resolvidas por meios apenas visuais, ou seja, da contemplação. Elas só são dominadas gradualmente, pelo hábito, após a aproximação da recepção táctil. Benjamin

a recepção divertida nas obras de arte,  como no cinema, este rejeita o valor de culto
não só por provocar atitude crítica
disperta atenção, mas o público é distraído

ich tem um epílogo que começa falando do fascismo....preguiça
estetização na vida política
a guerra
inaugura a metalização do corpo humano
metralhadoras
sinfonia do fogo
a putrefação
que foi Ben??
cria novas arquiteturas, novos tanques
aviões
estética da guerra

é um manifesto para concluir que o homem não sabe lidar com a técnica
pq foi apropriado pela discrepância dos meios de produção
a guerra é uma revolta da técnica

"Fiat ars – pereat mundus"34, diz o fascismo e, como Marinetti reconhece, espera que a guerra
forneça a satisfação artística da percepção dos sentidos alterados pela técnica. Isto é,
evidentemente, a consumação da "l'art pour l'art”. A humanidade que, outrora, com Homero,
era um objecto de contemplação para os deuses no Olimpo, é agora objecto de auto
contemplação. A sua auto-alienação atingiu um grau tal que lhe permite assistir à sua própria
destruição, como a um prazer estético de primeiro plano. É isto o que se passa com a estética
da política, praticada pelo fascismo. O comunismo responde-lhe com a politização da arte. Benjamin

outro que sonha com o comunismo....fim.



quinta-feira, abril 02, 2015

fico pensando o que penso
poderia pensar tantas outras coisas
mas penso minha vida
mas poderia ser totalmente diferente meus pensamentos
não sei
seria outra vida?
seriam outros pensamentos...
gostaria de pensar sobre o mundo
o que posso fazer a não ser ver?
se o amor invadisse pensaria no outro
eu sei como é
não.....
nesse caso é bem melhor pensar nestas coisas
insignificantes....do que ser obrigada a pensar no outro
mas se esse outro fosse muito bom??
não viaja Sâmara...
tentando contemplar o mundo e fazer do seu pensamento alguma
poesia
pra si própria narrada
nas caminhadas de todos os dias...
enfim, penso se a lagoa estivesse em outro país
teria tantos outros significados
estes que são familiares parecem que vão ficando opacos
por isso é preciso ressignificar
é preciso poesia
eu não quero descrever a minha vida átomo
o que há nela de universal?
o medo, a insegurança? o ficar repetindo falas filosofias
quero poesia
que eu me sinto a guiar um navio sob estas águas sujas verdes....
eu só vejo verdes...mas sei que estão sujas....que não se deve pescar
muito menos nadar....
eu quero poder mergulhar...preciso ir viver em lugar onde há águas limpas
todos os dias............e sol....................e sol..................e árvores
e passarinhos,
na roça Sâmara
dormiu.

Cygne- sygne



transformar a realidade em símbolos
não a sua como um átomo
mas
como expressão simbólica que traga o reconhecimento
dos outros
na própria experência
se a literatura não expressa aspectos de um povo
vá buscar em outras...
meu literário imaginário
para que a experiência real adquira a sua significação
a ligação do passado com o presente
a história de lutas de classes já está pronta....
aí é fácil...já te deram prontinho
cadê a experiência real?
o ser humano tem uma visão dotodo
do mundo ?????????
quando foi que vc escreveu isso ? que horas?
pq os cisnes?
só porque no francês é signo, cygne...?
pq tem o último canto antes da morte?
eu vi uma garça, ou era uma gaivota?
estava a mirar o fluxo das águas do esgoto que desaguam
na lagoa
a minha lagoa linda
as suas águas são espelhadas
mas isso é só a luz do sol
ah eu quero transar com o sol...
e eu sempre me identifiquei mais com os joão-de-barros...
e daí?