domingo, abril 30, 2017

DIARIO DE UN SEDUCTOR


No es tu sexo lo que en tu sexo busco
sino ensuciar tu alma:
desflorar
con todo el barro de la vida
lo que aún no ha vivido.

Leopoldo María Panero

sexta-feira, abril 21, 2017

Dionísio quero a vida líquida

Baco
você pode ver
eu não busco mais o belo
ou o interessante
daqui...digamos
eu não consigo mais vê-lo
aqui...
eu só vejo o sol
escuto o barulho das reclamações
eu quero a missão
acabo de me alistar
pra fugir do passado
que agora é presente
não será guerra ou sonho
será o futuro
um frio que será quente
quando se realiza
o belo é verdade, e até a neblina é linda
I know, Im crazy and drunk
mui cerca del corazón, mejor así
o que agora é tão pouco
será tudo e muito
e meu eu projetará o que quero
tudo
tin tin por tin tin
tin tin Baco!
hahaha
e eu terei surpresas no fluxo
nessa vida líquida
quem precisa de copo?
essa garrafa é o falo do Baco
que eu abro a boca para receber
o néctar de Dionísio...hahaha
sim, se algo foge do querido, esperado
o eu aqui pode projetar uma nova
realidade que almeja
e
hein??
sim, candidatura lançada agora
com o Baco. Vamos Vênus, aja!
afinal, cada um cria a realidade que
quer.
Eu Dionísio no caminho
sigue, vida, sigue, sigue...


"SONETO DEL VINO"

Jorge Luis Borges

¿En qué reino, en qué siglo, bajo qué silenciosa
Conjunción de los astros, en qué secreto día
Que el mármol no há salvado, surgió la valerosa
Y singular ideia de inventar la alegria?
Com otoños de oro la inventaron.
El vino fluye rojo a lo largo de las generaciones
Como el río del tiempo y en el arduo camino
Nos prodiga su música, su fuego y sus leones.
En la noche del júbilo o en la jornada adversa
Exalta la alegria o mitiga el espanto
Y el ditirambo nuevo que este día le canto
Otrora lo cantaron el árabe y el persa.
Vino, enseñame el arte de ver mi propia historia
Como si ésta ya fuera ceniza en la memória.





A la mudanza de la fortuna

Juan de Arguijo

Yo vi del rojo sol la luz serena
turbarse, y que en un punto desaparece
su alegre faz, y en torno se oscurece
el cielo, con tiniebla de horror llena.

El Austro proceloso airado suena,
crece su furia, y la tormenta crece,
y en los hombros de Atlante se estremece
el alto Olimpo, y con espanto truena;

Mas luego vi romperse el negro velo
deshecho en agua, y a su luz primera
restituirse alegre el claro día,

Y de nuevo esplendor ornado el cielo
miré, y dije: ¿Quién sabe si le espera
igual mudanza a la fortuna mía?

sexta-feira, abril 07, 2017

Para Juan

Deus se não há amor
dá me a alma liberta para encontrar
a palavra dada por ti
em minha boca o teu raio
venha brilhar
por que se do amor
eu souber falar
já me contentaria
antes mesmo que amar

mentira tua
a palavra só virá
quando souber
descrever o que no
peito transborda

na visão se vê
na espinha aperta
no corpo está cheio

venha, venha
amado Juan
que eu me espantarei
ao ver tua cara
pois meu amor
não vem de ti
ele sai de mim
é todo meu....lindeza.

é todo seu jogo
que me envolve
e sua ausência o torna
tão presente.

enfim,
o seu corpo preencheria
o meu sim
e é isso que eu sonho.

Merd

tenho imagens
fantasias armazenadas na memória
não há diálogo
não há mais uma imagem nova
fico com aquelas velhas
o que salva é meu gozo em
suas mãos
seus desenhos todos
que vão estilhaçando
fragmentos soltos
eu tento destruir tudo
ver como você quer se destruir
é um bom incentivo
uso todos os seus insultos
como um porrete pra bater na minha
cabeça
não funciona
isso tudo por que eu ainda não te substituí
não há outra pica
pronto,
quero dizer, há picas por aí...
que eu não quero e você sabe
merdaaaa

é preciso comprar uma botelha
chamar Baco Graco pra fazer companhia
a casa vazia
é um convite para eu encontrar
a mais linda de todas...kkkk
eu!

está decidido eu vou me embora
deste país,
não há uma pica sequer
aqui pra mim.
kkkkk

ahhhhhhhhhh

eu quero os poetas portugueses
ou os bon vivants franceses
ou qualquer outra loucura
que não seja teu desprezo
afinal
é ele mesmo que me faz tão ligada a ti...rs




divagações

eu volto pro bairro
a França está longe demais
eu volto a querer um rubio
falso
afinal, eu tbm carrego a
artificialidade na cabeça
que nem sequer é mais "amigo"
uau... ui....
meu Deus, que jogo...

ai
tudo por que é mais uma sexta
e me falta drogas, nem quero mais....
me falta picas, quero, uma bem boa...
me faltam filmes
só não me faltam

sonhos.

a sequência segue
seu pé
e minha bunda

vida que segue.
kkkkk

grande drama...
aff

eu sei que um dia vou rir disso.

quinta-feira, abril 06, 2017

Ventos do Sul

Amor quer despertar-me outra vez?
por que retornas neste exato momento
em que eu já pensavas n'outro?

por que fostes o verdadeiramente rubio
e no fundo dos teus olhos eu via
um inseguro azul que me banhava

aquelas noites do Porto
e nas montanhas foram tão lindas
um sonho dentro do sonho que é
minha vida

aquela botelha naquele hotel
e todas as brigas
aquele desmedido ciúme
parecendo que era de quem
muito amava

agora te vendo
eu nem sei
eu sinto
que o sonho
é sonho mesmo
mas, se é de dois....
a loucura se ajeita.

quarta-feira, abril 05, 2017

Quem?


Não sei quem és. Já não te vejo bem... 
E ouço-me dizer (ai, tanta vez!...) 
Sonho que um outro sonho me desfez? 
Fantasma de que amor? Sombra de quem? 

Névoa? Quimera? Fumo? Donde vem?... 
- Não sei se tu, amor, assim me vês!... 
Nossos olhos não são nossos, talvez... 
Assim, tu não és tu! Não és ninguém!... 

És tudo e não és nada... És a desgraça... 
És quem nem sequer vejo; és um que passa... 
És sorriso de Deus que não mereço... 

És aquele que vive e que morreu... 
És aquele que é quase um outro eu... 
És aquele que nem sequer conheço... 

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas" 


Soneto XXX

Sospechas, que en mi triste fantasía
puestas, hacéis la guerra a mi sentido,
volviendo y revolviendo el afligido
pecho, con dura mano noche y día;

ya se acabó la resistencia mía
y la fuerza del alma; ya rendido
vencer de vos me dejo, arrepentido
de haberos contrastado en tal porfía.

Llevadme a aquel lugar tan espantable,
que, por no ver mi muerte allí esculpida,
cerrados hasta aquí tuve los ojos.

Las armas pongo ya, que concedida
no es tan larga defensa al miserable;
colgad en vuestro carro mis despojos.

Garcilaso de La Vega