segunda-feira, julho 30, 2007

Metafísica do amor



as almas elevadas sentimentais, sobretudo as enamoradas poderão protestar contra brutal realismo;

mas o egoísmo é tão arraigado nos homens, que os fins egoístas são os únicos com os quais se podem contar com segurança para estimular a atividade de um ser individual.

O amor tem o seu fim primordial a conservação da espécie, é uma ilusão ao instinto. Não falo do amor vulgar que não vai além de impulsos sexuais, direcionado para seres indeterminados, firmando as inclinações impelidas à beleza, força, etc.. É uma ilusão voluptuosa... que faz brilhar os olhos do homem a imagem ilusória de uma felicidade suprema, fazendo acreditar que apenas nos braços daquele ser e de mais nenhum outro poderá obter tamanho gozo; supõe-se ser para seu próprio gozo...quando na verdade está trabalhando para a manutenção do tipo integral da espécie.

E o gozo...sim, a volúpia é fugaz seguido de um rápido desencanto, e nada mais.

Com efeito, este desejo está para os outros desejos que agitam o coração do homem assim como a espécie está para o indivíduo, ou seja, como o infinito está para o finito.

Platão estava certo ao descrever nosso ser ludibriado: "não existe nada mais presunçoso que a volúpia."

Para uma inclinação verdadeiramente apaixonada é necessária uma condição que só podemos expressar por meio de uma metáfora extraída da química: as duas pessoas devem se neutralizar mutuamente, base e ácido talvez...neutralização mútua de duas individualidades.

Estes termos patéticos da harmonia de suas almas sempre vai acabar em ferozes discordâncias, e as questões das efêmeras individualidades são insignificantes pois o gênio da espécie está sempre disposto a sacrificá-las, sem contemplação.

E por se fixar sobre um único objeto e representar uma missão especial da espécie, esse desejo assume uma aura nobre e sublime.

Pela razão inversa, o mero impulso sexual é vulgar, porque não se dirige a um indivíduo único, não visa a qualidade...hehe e sim a quantidade..

O desejo de amor, que desde sempre os poetas ocuparam em exprimir de mil formas, é a vontade de vida, a sobrevivência, a eternidade firmada na continuidade da espécie, portanto não é de espantar que pareça despedaçar-se e não consiga expressar o pressentimento da delícia ou dor infinitas que o invadem.

É justamente essa fonte de toda poesia erótica de gênero elevado que eleva-se em metáforas transcendentes que pairam muito acima de coisas terrenas.

Esse valor infinito que os amantes se dão mutuamente não pode se basear em eventuais qualidades intelectuais e nem qualidades objetivas reais; até porque os amantes, com frequência, não se conhecem o suficiente.

Por isso fundar a própria felicidade deixando os amantes entregues a sua vitória é compartilhar a ilusão que sacrificaram sua individualidade para o bem da espécie, isso sim é que está acima de si mesmos, que torna o amor um episódio poético até mesmo na vida do homem mais prosaico, o que, às vezes, o torna ridículo.

Cupido, deus hostil e cruel, mal-afamado, demônio caprichoso, despótico, com seus atributos, flechas mortíferas, uma venda e asas...que indicam incostância, que vem geralmente acompanhado com a decepção, que é a consequência do desejos satisfeito.
Nada me resta além da satisfação vulgar dos sentidos: contra toda expectativa, não me encontro mais feliz que antes. Oh! Existência individual atormentada, contudo em meio ao tumulto há olhares em pleno desejo.
Mas estas são considerações inúteis...

Metafísica do amor

Insisto
em dividir o que há
em mim...
entoncés...divido comigo mesma.
O amor nos é dito como o sentimento mais nobre
e mais fecundo de todos, não é mesmo?
Bom, na poética...porque na filosofia poucos se ataram
a esclarecer, digerir o tema...
Kant aborda de modo superficial, como quem não entende o assunto.
Platão ainda nos domínios dos mitos.
Para que complicar tanto as coisas se
tudo não passa em encontrar
um par...a importância onde repousa o patético e o sublime.
Ah! os impulsos sexuais...esses sim, são importantes.
Mas não de modo vago e geral, pois assim fica fora do grande
fenômeno. A natureza afirma-se sobre nós,
a conservação da
espécie vem mascarada por "grandes" nomes, iludindo homens.
E inteligentes são os que escapam do gênio da espécie,
disfarçado por Cupido, deus tirano.
ah depois eu continuo...

quinta-feira, julho 26, 2007

uni duni tê
salamê minguê o sorvete colorê
o escolhido
foi...
foi...
ich...
eu ainda não sei...
uhauahauha

quarta-feira, julho 25, 2007

Equinócio



E assim eu me conto a minha vida.
Como eu não haveria de ser agradecida?
As experiências, a ventura de minha existência,
a minha narrativa, minha decadência...
E agora eu, que tomei-me pela mão
e voltei a caminhar.
Sigo,
depois de acordar do sono tragédia
que passou...escrevendo em páginas de hoje
os pensamentos de ontem _só serviram para
abrir mais meus cinco e outros sentidos para a
vida.
Quem é esta que surge?
É algum desmembramento de alma, ou qualquer
loucura que eu criei.
Hilária, como está...
Dias não mais aziagos.
Acariciemos o novo tempo
e saudemos com festa os dias
vindouros.

terça-feira, julho 24, 2007

Entretenimento

Quando


caio


e penso;


nestes momentos lentos...


Hei!! Solene chamamento!


venham as


imagens


da sua boca


comendo-me às


fartas vulvas...


Vamos nos entreter...


Pensar em nada,


e depois de cada sacudidela


de minha bainha


embalarmos numa dança.

segunda-feira, julho 23, 2007

ODES

Tão cedo passa tudo quanto passa!
Morre tão jovem ante os deuses quanto
Morre! Tudo é tão pouco!
Nada se sabe, tudo se imagina.
Circunda-te de rosas, ama, bebe
E cala. O mais é nada.



RICARDO REIS

quinta-feira, julho 19, 2007

Parvoíce

Olha hoje eu vi que quase todos nas ruas leêm o popular, sangrento "Super Notícias".

As notícias são verdadeiramente "Super, hiper, mega, power" trágicas e sangrentas.

Eu lendo Schopenhauer, Kant como uma louca,

sem nenhuma paridade com a minha volta.

Leio, leio, penso, penso...

faço o que não quero, vivo num mundo que me é estranho, e as metafísicas e ensaios...cansam...metafísica dos costumes, do amor, da morte, do sofrimento do mundo...

Já não sei mais, estou perdida em meio a tantas idéias enquanto as minhas borbulham, exalam por meus poros

e não há quem as ouça.

Os meus conflitos gritam tão mais alto que os outros e, não sei definir qual angústia é maior, de saber tantas e não saber o que sou.

É um mundo fantástico que criei, nos meus quartos em desordem rogando afeto;

em meio às traças dos livros.

Enfumaçada em pensamentos que tentam compreender e curar as feridas que eu mesma faço, punindo-me na insistência de pedir sacrifícios ou demonstrações de apego.

O que adianta ter a razão pra entender representações do outro se ainda não reconheço as minhas.

Não me digas que foi usado, experimentado; o bel prazer foi para ambos.

E não diga que contigo é diferente, afinal o que é diferente?

Agora já sabes, o palco já foi montado, o jogo começou, eu sei...

Ficou comovido e excitado com minha parvoíce...no pasa nada!

Sâmara Araújo

quarta-feira, julho 18, 2007

Baboseiras...

Café bem doce, com muito doce aliás...
Até que enfim, finalizando as atividades laborais.
E é só isso que se passa, um affair aqui outro ali,
que só faz bem pro meu ego encolhido.
E eu ainda lembro daquele sorriso,
o pior de tudo é que eu sei que não é tudo isso
que eu penso.
Cansa-me toda essa tortura inútil, em função de realizações
que não são minhas...e se fosse fácil eu não ia querer...
eu já nem queria, mas como é triste ficar na estação se não foi
você que disse adeus.
E se o amor não prevalece, o que é que fica?
Não é necessário sacrifícios, o sentido da vida para essa nossa
razão inquieta é compor dramas dos quais o conteúdo patético tem
a sua mola tão somente na falta de sentido.
E por mais amarga, breve e incerta que a vida possa ser, o conhecimento,
está bem longe de ser a causa do apego à vida, que revela pouco valor.
Ah...quantas declamações eu poderia imaginar, o que é incontestável é o fato
de que após o intermédio momentâneo de uma existência "efêmera",
o espírito do homem elevado e com excelentes pensamentos e idéias,
esse espírito capaz de abarcar o mundo, pleno de tão nobres e lúcidos
projetos, também descem para o túmulo!
ah chega!

terça-feira, julho 17, 2007

Mal humor...

que porcaria de tarde que não passa,
eu enjaulada entre a repulsa e o desejo,
entre o tédio das obrigações
e o necessário.
A vida sempre foi tão intensa, parece que agora
os momentos são tão rotineiros...
Eu sempre esperando que algo extraordinário aconteça,
e o novo já nasce velho.
A minha lassidão aparente vence o cotidiano sem maiores
desejos.
Eu te amo,
mas bem longe de mim, e a vida assim segue.
Como se sempre eu me completasse com o outro...
que ridículo, dependência que vai exaurindo
as minhas forças.
E como a Sibéria me cansa, óh cielos!
onde vou conseguir forças para salvar a mim?
Salvar de que?
salvar-me da falta de entusiasmo com a mesmice,
com o trabalho cotidiano.
Se pudesse viajaria, viajaria, mas como?
como viver de novo a mesma coisa?
eu não posso...eu não devo...
eu não quero nada...
ah como sempre eu só quero
amar,
patéticamente como sempre.
Ai que dor no pescoço da p...

sexta-feira, julho 13, 2007

White flag

I know you think that I shouldn't still love you,
I'll tell you that.But if I didn't say it, well I'd still have felt it
where's the sense in that?
I promise I'm not trying to make your life harder
Or return to where we were
But I will go down with this ship
And I won't put my hands up and surrender
There will be no white flag above my door
I'm in love and always will beI know I left too much mess and
destruction to come back again
And I caused nothing but trouble
I understand if you can't talk to me again
And if you live by the rules of "it's over"
then I'm sure that makes sense
But I will go down with this ship
And I won't put my hands up and surrender
There will be no white flag above my door
I'm in love and always will be
And when we meet
Which I'm sure we will
All that was thenWill be there still
I'll let it passAnd hold my tongue
And you will thinkThat I've moved on....
I will go down with this ship
And I won't put my hands up and surrender
There will be no white flag above my door
I'm in love and always will be
I will go down with this ship
And I won't put my hands up and surrender
There will be no white flag above my door
I'm in love and always will be
I will go down with this ship
And I won't put my hands up and surrender
There will be no white flag above my door
I'm in love and always will be

Dido

quinta-feira, julho 12, 2007

O presente

HOJE acordei sem despertar,
e a rotina "plausível" caiu sobre mim.
Lendo "Da morte" de Schopenhauer,
voltei a mim,
com a percepção da minha existência
e consciência de não mais perder-me no outro.
Dar forma ao verbo transitivo
do latim transformare.
Principalmente com toda a profundidade
que em mim faz-se necessária.
O tempo é fugaz, passa, passa, passa...
Como será o amanhã?
O processo se desenvolve;
bom, eu espero que seja evolutivo.
E a minha narrativa,
_pronome possessivo
pertence a mim.
Viver o presente, olhar o passado
para enfim, num futuro próximo,
continuar vivendo o presente.
Olhar pra si e perceber-se clareando
os pensamentos,
com a minha máxima influenciada
pela leitura matinal
dita por jovens hegelianos,
conduzindo à fórmula final:
Edite, bibite, post mortem nulla voluptas.
E por mais que possa levar a uma bestialidade
materialista,
criticada por Schopenhauer, faz com que minhas
inclinações tornem-se não somente racionais,
que nada mais é, minha vontade,
meu desejo de realização racionalizada por mim.
E as inclinações, essas tais inclinações...
Eu estou procurando...como defini-las, todos os dias...
logo, eu as encontrarei, com muito prazer.
Passar o olho sobre a minha história,
coisas boas acontecem sempre, se é bom ou ruim,
só o futuro dirá;
descobrir-se mais forte
quando a vida o surpreende.

S.A

quarta-feira, julho 11, 2007

Hola, Afrodite!

No meu seio que delira,
ais da paixão inesperada,
beijos que ardem,
para fazer-me esquecer as santas ilusões
que eu vivia.
Não poderia acreditar que melhor existia,
trazendo aprazimento num gozo
que nem a noite se via.
Cielos, luego tu me quieres?
Consonância vulgar,
volúpia...em teus braços febris,
receber teu corpo.
Com particular influxo
movendo minha'lma.
Ler em teus olhos,
e satisfazer-me,
Ai, Jesus!
é só para o meu bel prazer.

S.A

"Vós, sábios de elevada e profunda ciência,
Vós que meditais e que sabeis,
Quando, onde e como tudo se une:
Por que todo esse amor e essas carícias?
Vós, grandes sábios, dizei-me!
Revelai-me o que sinto,
Revelai-me onde, como, quando
E por que tais coisas me sucederam."

Bürger

segunda-feira, julho 09, 2007

AINDA que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno;
o amor não é invejoso;
o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha;
mas havendo profecias, serão aniquiladas;
havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.

1 Coríntios

sexta-feira, julho 06, 2007

Sensações do tempo

Como poderia tentar definir
a sonoridade que soou e que eu não reconheci...
Sim, era linda, melodiosa e harmônica.
Ouvi-la e não reconhecê-la...
prontamente apreciá-la?
Perceber que o estranho,
inexistente em minha memória,
seja poética, musical...seja qual for...
pode ser ainda mais belo e singular.
Extraordinário e desconhecido,
e eu ainda não sei qual é a vibração
que produziu essa sensação
e que fez-me compreender o tempo
que há de vir.

quinta-feira, julho 05, 2007

Eu sei que vou amar
Por toda minha vida, eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que a ausência tua me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
A espera de viver ao lado teu
Por toda minha vida ......

Inclinações

Na sensatez da manhã
no silêncio concentrado e suave de todos
pelas ruas despertando para mais um tempo...
Um tempo dividido, sempre novo e velho.
As minhas inclinações para a razão e entedimento
das minhas inclinações...a minha máxima é mínima.
E nem sempre o que prevalece não é vontade,
não é razão, não é nada.
O que é?
É meu dever moral buscar a felicidade,
satisfação pessoal...buscar o que?
o que pra mim é felicidade?
"Felicidade foi-se embora e a saudade no meu peito ainda mora"!
ops...firma o corpo...
As minhas inclinações...
Essas tais inclinações, vontade...

terça-feira, julho 03, 2007

Hoje

O dia começou,
e este é novo, depois do ontem...
que pra mim há pouca diferença,
da dor que ficou pra hoje.
Na rotina que mata-me e não há
remédio pra alma...
Como a noite é mais agradável...
Noturna e melancólica.
Ah! o dia tá lindo!
Está! e não vejo a hora que ele acabe...
E que a claridade loira do luar possa
fazer-me companhia
na despedida de mais um dia,
mais um dia feliz...larari...lalalá...larri...lalalá...
hahaha

segunda-feira, julho 02, 2007

eu pós fim

É a última vez que tento escrever algo
que interessa...que interesse a mim, ora!
Chega de sabotar, a esfera continua
não há obstáculos reais...
é simplesmente ridículo e,
ignoraria-me se pudesse,
se soubesse,
se não fosse previsível tanta tolice.
Já cansei em tentar definir-me....pós....alguém...
tá chato...
Tive um sonho interessante já vai dizer muito,
estava
em um cordilheira linda
e não poderia
perder o crepúsculo...
pedi o carro pra mamãe...ela não me emprestou...
quis esperar um amor...ele não apareceu,
tentei fazer que subisse alguém comigo, não havia tempo...
0 sol já ia se pôr...
Quando vi já estava muito atrasada
se não chegasse ao topo bem
rápido perderia...
Fui correndo, quando cheguei fiquei contente, pude ver sua forma final
e o rastro de luz por detras da montanha,
fiquei tão extasiada, contentamento...
olhei pra trás e não havia ninguém,
a melancolia de um crepúsculo lindo
que se viu até o fim,
essa sou eu depois do fim.