quinta-feira, julho 19, 2007

Parvoíce

Olha hoje eu vi que quase todos nas ruas leêm o popular, sangrento "Super Notícias".

As notícias são verdadeiramente "Super, hiper, mega, power" trágicas e sangrentas.

Eu lendo Schopenhauer, Kant como uma louca,

sem nenhuma paridade com a minha volta.

Leio, leio, penso, penso...

faço o que não quero, vivo num mundo que me é estranho, e as metafísicas e ensaios...cansam...metafísica dos costumes, do amor, da morte, do sofrimento do mundo...

Já não sei mais, estou perdida em meio a tantas idéias enquanto as minhas borbulham, exalam por meus poros

e não há quem as ouça.

Os meus conflitos gritam tão mais alto que os outros e, não sei definir qual angústia é maior, de saber tantas e não saber o que sou.

É um mundo fantástico que criei, nos meus quartos em desordem rogando afeto;

em meio às traças dos livros.

Enfumaçada em pensamentos que tentam compreender e curar as feridas que eu mesma faço, punindo-me na insistência de pedir sacrifícios ou demonstrações de apego.

O que adianta ter a razão pra entender representações do outro se ainda não reconheço as minhas.

Não me digas que foi usado, experimentado; o bel prazer foi para ambos.

E não diga que contigo é diferente, afinal o que é diferente?

Agora já sabes, o palco já foi montado, o jogo começou, eu sei...

Ficou comovido e excitado com minha parvoíce...no pasa nada!

Sâmara Araújo