terça-feira, julho 17, 2007

Mal humor...

que porcaria de tarde que não passa,
eu enjaulada entre a repulsa e o desejo,
entre o tédio das obrigações
e o necessário.
A vida sempre foi tão intensa, parece que agora
os momentos são tão rotineiros...
Eu sempre esperando que algo extraordinário aconteça,
e o novo já nasce velho.
A minha lassidão aparente vence o cotidiano sem maiores
desejos.
Eu te amo,
mas bem longe de mim, e a vida assim segue.
Como se sempre eu me completasse com o outro...
que ridículo, dependência que vai exaurindo
as minhas forças.
E como a Sibéria me cansa, óh cielos!
onde vou conseguir forças para salvar a mim?
Salvar de que?
salvar-me da falta de entusiasmo com a mesmice,
com o trabalho cotidiano.
Se pudesse viajaria, viajaria, mas como?
como viver de novo a mesma coisa?
eu não posso...eu não devo...
eu não quero nada...
ah como sempre eu só quero
amar,
patéticamente como sempre.
Ai que dor no pescoço da p...