Num só pasmo, busco em sobressalto.
Tardio é o tempo que se faz em falta;
onde possa encontrar o olhar, o desejo vencido ali, inteiramente acabado.
O Paraíso e todo o lume, ofuscaram-me os olhos, talvez não pudesse ver o real.
Beatriz! Beatriz! onde está você?
O conhecimento, nem razão há que explique inquietação. Divina virtude, duvida?
Tal disposição é essencial, desejos d'uma incorente.
Não sentes que poderia estar dentro? Ficas no frio, recebes o gélido luar com os ventos e não vem. Que asco, tua presença não sai. Sinto-me impelida a procurar-te, a que sítio visitas, onde possa ir ao teu encontro?
Mendigando, falas como quem sonha. Amor, revela-me teu nome e destino. Podes zombar e ocultar, já não há receio, nem entendimento..Sinto transformar, julgo-me, perco-me.
Os fatos me darão razão, enfim, a subida ao primeiro céu, quando hei de vê-lo outra vez?
Mergulho cogitando o caminho que posso percorrer, purificada darei clareza às palavras.
Alcançar o juízo sem exigir provas.
Equivoco-me, no lo sé, senhora de mim, percebo oscilar em verdade. Não consigo ver o fundo, convence-me de não estranheza. O que almejo conhecer, orienta-me os movimentos, o ânimo, toma a imagem e permanece...Possível?
Quizá..afetos flamejantes, alegria havendo em encontrá-lo, desejo de conhecer a causa...livre do meu querer.