segunda-feira, março 26, 2012

O espelho, partiu

Partiu-se em mil pedaços, sentei a mirar os cacos no chão...
deixei que descansassem do susto da queda...
Apanhei todos, e dei adeus.
Empilhados, foram embalados ao lixo, Adeus!
Vi os passos marcados no chão, num cambio de pele até o próximo espelho.
Os passos simbólicos até à vista de um concretismo...blá blá blá
Já não sei mais o que me aflige, quebrei o espelho.
E agora? hahaha
Sentir-se mais viva no inferno, do que em qualquer outro lugar?
Retirar o vermelho das mãos.

Muito otimismo num sábado à noite

Como me sinto?
Trocando de pele, propositalmente? fatalmente?
Fiel à amargura de estar só,
absorta em si mesma,
esqueço-me do que sou, do que se deixou ser..?
Escrevo me para não ver, que não amo, cala-te!
Não amas!! hahaha
Numa esperança louca, evoco fantasmas do que possa ser. Quem és tu?
Num abandono da personagem caricatural, abdico-me ao nada, eu morro e mato, sou nova, numa psoríase...fatalmente?
Se pudesse não ter o ser que sou, trocaria a pele? É tristeza olhar pro passado e ver as escamas do que fui.
O que vai nascer, não sei, mas partindo do que sou, possíveis alegrias consistem?
Apresentarei-me uma nova cor. Nova! Do outro não sei, nada, dormes...
Prossegues na estrada de ser, o que se quer, mas o que é o meu querer? Cala-te! não amas...
Vai ser um novo ser? hahaha
Pesas fazer o que não gosta, por que, eu não sei fazer? aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Troca a pele, mato, perco, fujo da personagem, do drama que dói.
É presente, ya lo sé..
Amanhã serei mais feliz, ou serei feliz..?
Numa nova epiderme, que eu não sei como é...Encontrarei-me sem julgar, num sonho do que posso ser, tudo em vão. Conclusão, não sei ser.
E não alivia porra nenhuma tentar não ser caricatural, lê Nietzsche, Schopenhauer ou Sartre, nada!!
Enterro e morro pernas, braços, costas que se desfazem, meto-me numa cova, colho um destino digno, perco o fio da vida. Não! morro na mentira que fui, descubro o que tinha de ser... cala-te e dormes- não amas!

domingo, março 18, 2012

O sonho Brigitte Bardot


Poder e esforçar-me para parecer interessante, é avaliado como é feito tal esforço, e este que dita se é ou não interessante...(?)
Já existe um olhar convidando pro acesso, algo mudou e está diferente, mesmo sendo um convite que foge, ainda existe um retesamento na espinha, na espera dum relaxamento, yo estoy mui feliz..sem a ânsia de poder ser vista ou desejada, gerando um movimento contrário ao encontro, medo da nudez..da entrega. Como apresentar-me? Podo, podo as arestas, o desejo latente, atrai o olhar do convite e logo a negação do sim...estranho, diferente.
Agora que eu comecei a relacionar-me com o mundo -isso claramente pode ser visto_ numa conquista que já não é dada, já não há um oferecimento ao alheio consumo, por nada, vá consumam-me...há o esforço. E a pitangueira com seus frutos verdes é vista como uma promessa do vermelho suculento e vitamínico, haaaaaaaaaaaa promessas, mas a questão é que o Sol não marca mais coisa alguma, pontos marcados cronologicamente fundamentados em conquistas sentido. Sempre destrambelhamento, mas não é bem essa palavra, não é confusão, é um não sei quê de olhares de profundidade inútil, ser diferente em caminhos bem diferentes, escolhas de ser acessível, ou não.. merda pro autismo manifesto em sorrisos convidativos pra uma massagem nas costas...medo de ser vista e saber da possibilidade de deixar-se ver, brincadeirinha gostosa e sensual, - diferente! porém sinto que a palavra já não é mais somente diferente e estranho, isso já um grande alívio, coeso e pacífico.
Em sonhar Brigitte, sonho com o desejo de sentidos novos, a conversa não é novo tema, é nova imagem, não sei. Muda a fronte, o sonho do belo.

sábado, março 17, 2012

Hot spot

Dia de chuva e labore..sábado, e no fim..coceira...frieira.
um pouco de auto-destruição, só um pouco, menos do que se programava..
as expectativas, quanto a barbudos e cabeludos, deu em chuva,
um hot spot que arde, jorrando do núcleo...formando altos de ilhas, em mim.
A noite, ainda em chuva, sem expectativas,
não espero, não espero mais. Vi-vo, a bike, os concursos, os cursos, o tempo.
O sol já não marca coisa alguma, aliás, tempestades solares podem afetar...hum...
O amor que porra é essa? relâmpagos, clarões, carência infantil, eu fujo, das fodas..dos homens. Homens? cabeludos, barbudos, idiotas, homens..
Não sei o que fazer de mim, como ser par, já não há a busca pelo outro de fato, mas há...
Garrafas vazias sobre a mesa, copos, cinzeiros cheios...vida cheia do que eu nem vivi.. morte do que foi.
Estou farta, e ainda anseio encontros, como? Acontece algo somente na expectativa do que eu possa ser, sem-pre..do que eu possa sentir. Algo fora de mim, dois..
Alguns dizem pra que eu tente com qualquer um que possa parecer, oferecer carne, merda pra isso.. avulsa, desejo desejar...
Mas já não sou aquela que em vão tenta encontrar meios, deseos.
Não sei se vou acabar por desejar o que não queria, não, não, avulsa sigo.
Como um aviso inútil, rotulo o todo insignificante, numa ânsia de símbolos que inventei.
blá, blá, blá.. sinto o pulsar do nada no peito,
A necessidade de salvar o belo, o pensar
do encontro, sai de mim como seiva, jorra vira ilha num oceano louco e pessimista, cansado da reflexão do azul, que é pura ilusão...
Vai coça, arranca os pés com as unhas, pele morta nas mãos, isso sim é a única verdade de hoje. A única. Fungos.

domingo, março 11, 2012

pré-mal-estar

Não poderei expressar tal sentimento, um pavor de estar aqui olhando pra mim, de saber dos pares nos quartos em minha casa e estar só..
Gozo só a minha própria existência, não tenho o prazer de dividi-lo, talvez nem queira, ou queira muito...
Chamo as lágrimas, são bem-vindas, meu egoísmo não permite o transbordar sobre a face.
Venham! Eu grito d´alma como os pingos das goteiras gritam no chão.., não ousariam vir, sorrio do pensar louco, duvido, não adianta pensar que outro poderia estar aqui? a dividir? o gozo? não concebo o amor.(hã?)
Eu o desejo como um sonho, um sonho louco.
Dói me o estômago, sinto que um dente também pede pra doer..infiltrações?
a pele...não sei, não sei, coça, a náusea existencial de pensar, enjoar, coçar, existir............. o vazio de sentir, o não-sentir, de sentir demais, eu trocaria de pele se pudesse, arrancaria o dente se pudesse, vomitaria se conseguisse.
AAAAAhhh! eu descobri! a associação ao limpar das paredes, o sangue........ Não há lucidez em sangrar literalmente, por que não vem? tá esperando o que? eu precisaria estar bem, eu penso, enjoo..eu estou bem (?) a natureza incumbida...
O feminino presente grita, todo o meu pensar e pesar agora está reduzido a uma conclusão física numa rotina.. a fúria, a angústia, a carência reduz a uma espera fatal. Como poderia esquecer?
Pro caralho a vida, a tensão, o amor, o próprio caralho, tudo!!
Não! Eu podia ter um caralho agora...Ser um pau rosado num corpo bronzeado...! hhaaaaa eu poderia transar comigo... ser outro..putz..