Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã...
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não...
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico...
Esta espécie de alma...
Só depois de amanhã...
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte...
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos...
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã...
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro...
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã...
Quando era criança o circo de domingo divertia-me toda a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância...
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital...
Mas por um edital de amanhã...
Hoje quero dormir, redigirei amanhã...
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo...
Antes, não...
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser.
Só depois de amanhã...
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã...
Sim, talvez só depois de amanhã...
O porvir...
Sim, o porvir...
Álvaro de Campos
quarta-feira, janeiro 30, 2013
Estoy lista..
E agora invisível?
começas a esquecer memórias insistentes
mentira
só ignora
dia comum sem amor com doce de abóbora
e coco
a ver Anna Karenina ahora
só depois de amanhã
eu vou saber do cumprimento das promessas
por hora, nada.
Plano A e B, qual viverá?
mais essa tpm de merda e hoje nenhum regalo
passiflora.
Eu fico pensando por que sua carne branca me aparece
se o desejo é pigmentação?
Depois de amanhã serei outra
tudo mudará numa lista
Por enquanto não sou nada.
terça-feira, janeiro 29, 2013
Passiflora
Teríamos uma desculpa pra dizer qualquer verdade
terminar o que não compensa começar
preparar-se pra sangrar
numa falta vazia
de objetos de desejo
de nada.
E o bom é que só escreve, a própria alma
ler depois,
e o ser carecente é só abafar,
sem precisar deixar alguma fumaça escapar
inacreditável
a hora perdida em sonhos
pensa que é viver ali?
projetando
naquela piscina verde quer era mar
sendo a beleza corrente, a fantástica
que nadava..
Não era nenhuma botija de gás prestes
a explodir..
então,
ficas em casa, passas a roupa,
já que só chove...
biscoito frito, macarrão, corre a tarde..
Tenta ao menos desprender de todos desejos,
mantendo a acidez..
Passiflora..óh graças a Deus...passiflora...pra não inculcar-se com nadie..
passiflora |ó|
terminar o que não compensa começar
preparar-se pra sangrar
numa falta vazia
de objetos de desejo
de nada.
E o bom é que só escreve, a própria alma
ler depois,
e o ser carecente é só abafar,
sem precisar deixar alguma fumaça escapar
inacreditável
a hora perdida em sonhos
pensa que é viver ali?
projetando
naquela piscina verde quer era mar
sendo a beleza corrente, a fantástica
que nadava..
Não era nenhuma botija de gás prestes
a explodir..
então,
ficas em casa, passas a roupa,
já que só chove...
biscoito frito, macarrão, corre a tarde..
Tenta ao menos desprender de todos desejos,
mantendo a acidez..
Passiflora..óh graças a Deus...passiflora...pra não inculcar-se com nadie..
passiflora |ó|
s. f.
[Botânica ] Género de passifloráceas, também chamado martírio ou flor-da-paixão. rs
domingo, janeiro 27, 2013
A comodidade da fragilidade
Destruir a força? que força?
quando que um dia fostes forte?
nos momentos em que estava mais frágil?
Fazes melhor não buscar na memória...
Para destruir deves ter sido, não?
ah sim algumas vezes
é confortável mostrar-te frágil?
será que é isso mesmo?
que fim?
que fim?
como podes dizer do fim?
ah vai esfolar-te lixa alma
depois de elogiar-te
e julgar-me num jogo
sim, a carência pode ser criticada
somente, e isso meu caro é tão óbvio
que se faz desnecessário
eu não tenho imagens, nem referências nada
dois, três
merdinha pra você que já consegue se desprezar...
vocês filósofos, tenho medo de mim
de tornar-me mais desprezível do que posso..
destruindo tudo
não, eu não quero assim..
Não dar-se créditos mesmo que sejam tolices..
São minhas
e as valorizo por ser eu,
mesmo que não valham nada...iludo-me?
tu dirá?
dane-se outra vez...
ah comodo...
e não se acomodar nunca ou parecer isto
sabe negando, a vida, o ser
ah quer saber..blá blá, se fuder...rimaaaaaa! olhaaa...
esforça-te Sâmara, deves parecer forte, a fragilidade
pode ser ridicularizada como uma vontade de potência
inútil e intencional......um despropósito.
quando que um dia fostes forte?
nos momentos em que estava mais frágil?
Fazes melhor não buscar na memória...
Para destruir deves ter sido, não?
ah sim algumas vezes
é confortável mostrar-te frágil?
será que é isso mesmo?
que fim?
que fim?
como podes dizer do fim?
ah vai esfolar-te lixa alma
depois de elogiar-te
e julgar-me num jogo
sim, a carência pode ser criticada
somente, e isso meu caro é tão óbvio
que se faz desnecessário
eu não tenho imagens, nem referências nada
dois, três
merdinha pra você que já consegue se desprezar...
vocês filósofos, tenho medo de mim
de tornar-me mais desprezível do que posso..
destruindo tudo
não, eu não quero assim..
Não dar-se créditos mesmo que sejam tolices..
São minhas
e as valorizo por ser eu,
mesmo que não valham nada...iludo-me?
tu dirá?
dane-se outra vez...
ah comodo...
e não se acomodar nunca ou parecer isto
sabe negando, a vida, o ser
ah quer saber..blá blá, se fuder...rimaaaaaa! olhaaa...
esforça-te Sâmara, deves parecer forte, a fragilidade
pode ser ridicularizada como uma vontade de potência
inútil e intencional......um despropósito.
'Cantem comigo'
Poema: 'Cantem comigo'
cantem comigo, todas as tristes coisas —
loucos em casas de pedra
sem portas e janelas
leprosos fumegando o amor e o cantar
um sapo a tentar
o céu alcançar;
cantem comigo, todas as tristes coisas —
dedos fendidos numa forja
a velha idade como uma almoço envolto
numa couraça
livros usados, pessoas usadas
flores usadas, amores usados
de ti preciso
de ti preciso
de ti preciso:
que fugiu
como um cavalo ou um cachorro
perdido ou morto
sentimento de fato
implacável
inexorável.
sábado, janeiro 26, 2013
Mefistófeles Buda lindo
tratando bem de enlouquecer antes de 03:26 (Manuel Carvalho)
e que estação é?
ah é artista?
não diga
quem não é?
não sei qual estação
essa que eu tenho aqui no vinil
tan tan tan tannnn
tan tan tan tannn
ainda bem que eu fugi
hoje foi muito pra mim
demasiado
e eu não poderia transformar-te
em meu Buda já que foi Mefistófeles
lambendo como se o mundo fosse acabar
porque seria isso o que eu faria
você tem patrocínio
já vende
é universal
nem precisa fazer beicinho nem usar chapéu mais
eu só precisa chegar em casa
isso é possível
e Manolo é muito espanhol regressão pra mim
no puedo
Vai Vivald, não agora é o que?
chega de Itália
Alemanha melhor
Handel
e dane-se se você me ler
posso escrever o que quiser no meio da tarde
da noite
e a tela maior está preenchida
espaços brancos, claro
acho que não vende, Manolo
depois de Tio Vânia e o público lixo
como digo eu, não você
num drama psicológico achando graça
e Gilberto no café
e o Ainsterbg mais o Lolo no Maleta
e a fuga..depois de vista a exposição
e chica que tentou Filosofia, sua concorrente de merda
em frente
e o Flamengo e os protetores trabalhadores descendo do ônibus da Fiat
assistindo
a chegada em casa, nem uma rua tu correste hoje, Sâmara
mais o diário infantil sem poesia
com a Hilda Hilst na bolsa.
Ah e não tem nada de burguesia no Tabacaria
eu sei.
tudo o que fui me desce a boca eu engulo
eu poderia ter dito o que decorei pra dizer
mas não disse
são fragmentos
suficientes pra ti.
Pouco demais pra mim,
sigo
agora impossível dormir
fazer o que?
sem tinta
só discos e letras
sem telas
pé no piso frio
banho
mais inútil que a bolha de sabão
o gozo com a água do chuveirinho
outro vinil
eu não consigo cuspir-te sem ao menos saber a
textura
mas eu gozei pensando no cinza escorrendo lambendo
aquele cinza escorrendo na tela de 3,20 metros
chega de Alemanha vai pra Áustria
com Flauta Mágica
estou apostando a hora
apostando
sem tirar a toalha
assim inflamando
vai, vai pra praia da Estação amanhã
hoje
depois faz a prova de São João
duvido
O leviatã, O crepúsculo dos ídolos
mentira, nada, nada..
O amor é desejo?
Não Hobbes arcaico
desejo eu acho que sei
amor nunca vi
ah sim Deus, Santo Agostinho..
ah agora que começou a flauta
e esse tanto de violino?
sempre
é o murmurar som sentimento em mim
ranger estridente suave lindo
não sei imitar
como no início Kandinsky..
a lua mistério entre prédios
mais as projeções do projetor
e daí impressões pra que valem agora?
nem tem letras pra eu imitá-las
e eu achando que iria me mostrar "arte"
ah sim "arte"
e o objeto de desejo o que vale agora?
nada
infimamente abaixo de tudo isso..
tudo que não é nada pra quem deveria dormir
agora
impossível
nem vai digerir todas as impressões antes disso
impossível
ah tá filósofa
e que estação é?
ah é artista?
não diga
quem não é?
não sei qual estação
essa que eu tenho aqui no vinil
tan tan tan tannnn
tan tan tan tannn
ainda bem que eu fugi
hoje foi muito pra mim
demasiado
e eu não poderia transformar-te
em meu Buda já que foi Mefistófeles
lambendo como se o mundo fosse acabar
porque seria isso o que eu faria
você tem patrocínio
já vende
é universal
nem precisa fazer beicinho nem usar chapéu mais
eu só precisa chegar em casa
isso é possível
e Manolo é muito espanhol regressão pra mim
no puedo
Vai Vivald, não agora é o que?
chega de Itália
Alemanha melhor
Handel
e dane-se se você me ler
posso escrever o que quiser no meio da tarde
da noite
e a tela maior está preenchida
espaços brancos, claro
acho que não vende, Manolo
depois de Tio Vânia e o público lixo
como digo eu, não você
num drama psicológico achando graça
e Gilberto no café
e o Ainsterbg mais o Lolo no Maleta
e a fuga..depois de vista a exposição
e chica que tentou Filosofia, sua concorrente de merda
em frente
e o Flamengo e os protetores trabalhadores descendo do ônibus da Fiat
assistindo
a chegada em casa, nem uma rua tu correste hoje, Sâmara
mais o diário infantil sem poesia
com a Hilda Hilst na bolsa.
Ah e não tem nada de burguesia no Tabacaria
eu sei.
tudo o que fui me desce a boca eu engulo
eu poderia ter dito o que decorei pra dizer
mas não disse
são fragmentos
suficientes pra ti.
Pouco demais pra mim,
sigo
agora impossível dormir
fazer o que?
sem tinta
só discos e letras
sem telas
pé no piso frio
banho
mais inútil que a bolha de sabão
o gozo com a água do chuveirinho
outro vinil
eu não consigo cuspir-te sem ao menos saber a
textura
mas eu gozei pensando no cinza escorrendo lambendo
aquele cinza escorrendo na tela de 3,20 metros
chega de Alemanha vai pra Áustria
com Flauta Mágica
estou apostando a hora
apostando
sem tirar a toalha
assim inflamando
vai, vai pra praia da Estação amanhã
hoje
depois faz a prova de São João
duvido
O leviatã, O crepúsculo dos ídolos
mentira, nada, nada..
O amor é desejo?
Não Hobbes arcaico
desejo eu acho que sei
amor nunca vi
ah sim Deus, Santo Agostinho..
ah agora que começou a flauta
e esse tanto de violino?
sempre
é o murmurar som sentimento em mim
ranger estridente suave lindo
não sei imitar
como no início Kandinsky..
a lua mistério entre prédios
mais as projeções do projetor
e daí impressões pra que valem agora?
nem tem letras pra eu imitá-las
e eu achando que iria me mostrar "arte"
ah sim "arte"
e o objeto de desejo o que vale agora?
nada
infimamente abaixo de tudo isso..
tudo que não é nada pra quem deveria dormir
agora
impossível
nem vai digerir todas as impressões antes disso
impossível
ah tá filósofa
filósofo
(latim philosophus, -i)
(latim philosophus, -i)
s. m.
1. Pessoa que é versada em filosofia.
2. Amigo do saber, da ciência.
3. Pessoa que está acima das paixões, dos acidentes da vida.
4. Ânimo forte.
5. Incrédulo, livre-pensador.
6. Pessoa que vive afastada da sociedade e é indiferente às coisas do mundo.
7. [Popular] Excêntrico.
porra nenhuma..
vai dormir.
poetisa que pinta o abstrato, e não é menor, só não é grande.
Já passou do meio e ainda não está no final, só chove..
Sem aurora por hoje, sem nirvanas Buda...é só de água mesmo
que preciso.. vestir roupa...essas coisas..
a rosa custa a abrir, está como ontem, ou pouco mais, nem percebi
sem gatos gemendo a noite toda,
afinal eu não a tenho mais
e como é só pingo
eu vou dormir pelada.
Amanhã tudo isso é nada. 04:19
Melhor em poucas horas..
Eu apostei mais e chega de vinil e inflamar-se 04:25
o último tá muito cedo pra perder tudo isso
a ver
que?
Strauss cama
ah acho que podia ser outro
humm
Paganini niña pagã..ah o q foi isso?
desligaaaaaaaaaa
tá..
ui o estômago, é agora...
sexta-feira, janeiro 25, 2013
Amor fati
Tá agora embriagar com os violinos todos
amigos, vinho, discos
tango
o toque da rosa vermelha
é do amor
amor de pele com poesia
chocolate
improviso
Pierrot Lunaire um pouco,
mas tá bom pra essa hora
depois
ahora melhor piano, piano
piano
de Grieg
nome de galã, e o que eu vejo
é meio russo e italiano
ah é filósofo
ahhh quem precisa?
Conhecer?
tamanha pretensão
de quem não sabes
calmo o bastante
aquela que hoje corre na chuva
trompetes
violinos
flauta
e piano
piano
piano..
sente sente
nem mente
pululam as notas
e as palavras
nem sei o que penso hoje
eu não sei nada para escrever
há uma tela branca no horizonte
da parede
e a música transubstancia qualquer
alguma substância prós versos
afinal hoje não há contras
ah não ser inflamar-se fumegando
quem é que pensa e sente?
sente pensa e escreve?
quem é?
sente
não há estranho ou abismo
espasmo
nódulo dor espanto
como se hoje nada temesse
sim! não houve temor..
e termina com Tristão e Isolda
amor fati
ao eterno retorno..
amigos, vinho, discos
tango
o toque da rosa vermelha
é do amor
amor de pele com poesia
chocolate
improviso
Pierrot Lunaire um pouco,
mas tá bom pra essa hora
depois
ahora melhor piano, piano
piano
de Grieg
nome de galã, e o que eu vejo
é meio russo e italiano
ah é filósofo
ahhh quem precisa?
Conhecer?
tamanha pretensão
de quem não sabes
calmo o bastante
aquela que hoje corre na chuva
trompetes
violinos
flauta
e piano
piano
piano..
sente sente
nem mente
pululam as notas
e as palavras
nem sei o que penso hoje
eu não sei nada para escrever
há uma tela branca no horizonte
da parede
e a música transubstancia qualquer
alguma substância prós versos
afinal hoje não há contras
ah não ser inflamar-se fumegando
quem é que pensa e sente?
sente pensa e escreve?
quem é?
sente
não há estranho ou abismo
espasmo
nódulo dor espanto
como se hoje nada temesse
sim! não houve temor..
e termina com Tristão e Isolda
amor fati
ao eterno retorno..
quinta-feira, janeiro 24, 2013
Aceno
Já com o sal exorcizado em mãos
mais a rosa vermelha, será do amor?
Tanta gente linda
eu
aqui perdendo tempo..
bem na frente do desejo
mais projeções loucas
mas parece que eu já te vi...
é porque me parece tudo feliz
o olho sorri e curva com a cara toda
mais a boca risco côncavo
e a barba meio laranja...
tá eu só preciso de tempo
é sempre assim
mas de tempo eu preciso
de lista de aprovados
nem de carnaval
mentira...
e desejo, e o desejo?
humm..ich
nem sei mais
os vinis hipnotizantes
humm será?
embriagada nos violinos
amor chega, eu sei..rosa roja...
e sua cara, eu hein...um fantasminha
que tá aparecendo pra mim.
Ah só um aceno pro meu desejo..
putz muita especulação pro tal do desejo
discurso filosófico embasbacado
pra tu que é besta e carecente.
putz muita especulação pro tal do desejo
discurso filosófico embasbacado
pra tu que é besta e carecente.
segunda-feira, janeiro 21, 2013
Vazão
Já ganhei do Freud o perdão do Édipo
se fez necessário
e deixei de lado as projeções doentias
afinal a patologia da paixão
não tem nada a ver com minhas neuroses..
passado a terapia,
ficam
as férias
as expectativas e
a vida que reluz
recebe a volta do sossego..
depois do surto.
Fico em casa em paz mais o universo inteiro
Já não ouço perturbações
Vi a lua hoje e uma estrela mais a nuvem
estavam bonitos juntos..
E é assim que é..
Mas agora vai tudo dormir
O desejo de sair começa a invadir
amanhã devo sentir a noite tocar-me
fora das raízes daqui
espero sempre algo antes de ir
gostaria mesmo
e nem é meia-noite ainda
os gozos foram pelas paixões
e mesmo que se tornem ou sejam inúteis
já não me importa.
Eu declaro-me sem medo de sentir idealizar
sim vazão, sem medo de ser eficaz ou não..
Passas lento o querer-te perto
e ainda ouço uma buzina
havia algo na frente, como um transeunte
que vira ausente, preso na mente
vai te de dentro de mim,
vete, vete,
passa, passa da minha vista
segue teu destino e deixa que a paixão fique aqui..
Quem és tu para que intimides meu desejo?
E quem sou eu para dizer que o tens todo?
Larga tua vida, e vens
faça como pedes a mim
ou no próximo feriado
perseguindo a pigmentação translúcida
galopa meu desejo.
se fez necessário
e deixei de lado as projeções doentias
afinal a patologia da paixão
não tem nada a ver com minhas neuroses..
passado a terapia,
ficam
as férias
as expectativas e
a vida que reluz
recebe a volta do sossego..
depois do surto.
Fico em casa em paz mais o universo inteiro
Já não ouço perturbações
Vi a lua hoje e uma estrela mais a nuvem
estavam bonitos juntos..
E é assim que é..
Mas agora vai tudo dormir
O desejo de sair começa a invadir
amanhã devo sentir a noite tocar-me
fora das raízes daqui
espero sempre algo antes de ir
gostaria mesmo
e nem é meia-noite ainda
os gozos foram pelas paixões
e mesmo que se tornem ou sejam inúteis
já não me importa.
Eu declaro-me sem medo de sentir idealizar
sim vazão, sem medo de ser eficaz ou não..
Passas lento o querer-te perto
e ainda ouço uma buzina
havia algo na frente, como um transeunte
que vira ausente, preso na mente
vai te de dentro de mim,
vete, vete,
passa, passa da minha vista
segue teu destino e deixa que a paixão fique aqui..
Quem és tu para que intimides meu desejo?
E quem sou eu para dizer que o tens todo?
Larga tua vida, e vens
faça como pedes a mim
ou no próximo feriado
perseguindo a pigmentação translúcida
galopa meu desejo.
sábado, janeiro 19, 2013
Oráculo de Delfos
O diálogo interno
interminável
a procura das lembranças
livrar-se de Édipo
sem Freud
como?
A carta é: O Sol
ou seja
vida
a minha verdade será iluminada
não importa quanto tempo
eu estou no caminho
e o mais claro é que isso
tornou-se mais importante que tudo.
Conhece-te a ti mesmo
meu primeiro princípio
para ser livre do medo e da
cegueira.
Fico feliz que seja 00:10 de
sexta-feira,
para dar rima
ao melhor dia, Eiaaaaaaaa!
Eira e beira..
Não sei se é feliz, a palavra...é outra coisa.
sexta-feira, janeiro 18, 2013
Neurosis projeção
son tantas, demasiadas tonterias
que en sério
no logres a buscar alguna verdad
seguro que no sabes de mas nada
Sus palavras perderan sentido
Sus palavras perderan sentido
seguro que necessitas burlar sentimentos
para sentirte viva
o sea...és verdad todo lo que pasa en su
cabecita loca?
ooww
y lo mas tonto, no te intimidas
continuar así
a decir todo lo que pensa
y ahora?
nada pasa...
por Dios, ayuda me a ser distinta
dame luz
mis pensamientos se pasman por la
seguridad e incertumbre de mi intuición
tengo verguenza de pensar como penso
por mirar solamente lo que fui
en el otro
lo echo és que intento verme e estar cierta
deso
por que?
me pongo loca, no es posible que la vida sea así,
Dio, dame razon..
yo no quiero mas ninguna verdad
estás loca, seguro, o no
no puedes ser verdad, no, la vida
no articularia así
carai
tengo q aprender algo con eso..
con una neurosis..intenta arreglar su projeción,
su loca.
Aquele que luta com monstros deveria olhar para si mesmo para não se tornar um monstro. E quando você olhar para um longo abismo o abismo também deve olhar para você." Nietzsche
por Dios, ayuda me a ser distinta
dame luz
mis pensamientos se pasman por la
seguridad e incertumbre de mi intuición
tengo verguenza de pensar como penso
por mirar solamente lo que fui
en el otro
lo echo és que intento verme e estar cierta
deso
por que?
me pongo loca, no es posible que la vida sea así,
Dio, dame razon..
yo no quiero mas ninguna verdad
estás loca, seguro, o no
no puedes ser verdad, no, la vida
no articularia así
carai
tengo q aprender algo con eso..
con una neurosis..intenta arreglar su projeción,
su loca.
Aquele que luta com monstros deveria olhar para si mesmo para não se tornar um monstro. E quando você olhar para um longo abismo o abismo também deve olhar para você." Nietzsche
Ato III Cena I
HAMLET: Ser ou não ser... Eis a questão. Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e
arremessos do fado sempre adverso, ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando
resistir-lhes? Morrer... dormir... mais nada... Imaginar que um sono põe remate aos sofrimentos do
coração e aos golpes infinitos que constituem a natural herança da carne, é solução para almejar-se.
Morrer.., dormir... dormir... Talvez sonhar... É aí que bate o ponto. O não sabermos que sonhos poderá
trazer o sono da morte, quando alfim desenrolarmos toda a meada mortal, nos põe suspensos. É essa idéia
que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do
mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis
amorosas, a implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas
mãos obter sossego com um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por
temer algo após a morte - terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou - que nos inibe a
vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males ignorados?
De todos faz covardes a consciência. Desta arte o natural frescor de nossa resolução definha sob a
máscara do pensamento, e empresas momentosas se desviam da meta diante dessas reflexões, e até o
nome de ação perdem. Mas, silêncio! Aí vem vindo a bela Ofélia. Em tuas orações, ninfa, recorda-te de
meus pecados.
OFÉLIA Como tem passado, príncipe, no correr de tantos dias?
HAMLET: Muitíssimo obrigado; bem, bem, bem.
OFÉLIA: Tenho algumas lembranças suas, príncipe, que há muito devolver eu desejara; receba-as, por
favor.
HAMLET: Eu, não; eu, não; eu nunca te dei nada.
OFÉLIA: O príncipe bem sabe que é verdade, e com palavras de tão doce anélito, que o valor dos
presentes aumentava. Mas, evolado o aroma, agora os trago. Os brindes se empobrecem, para uma alma
bem-nascida, de par com os sentimentos de quem os dá. Ei-los aqui, meu príncipe.
HAMLET: Ah! Ah! És honesta?
OFÉLIA: Como assim, príncipe?
HAMLET: És bela?
OFÉLIA Que quer dizer Vossa Alteza com isso?
HAMLET: É que se fores, a um tempo, honesta e bela, não deves admitir intimidade entre a tua
honestidade e a tua beleza.
OFÉLIA Mas, príncipe, poderá haver melhor companhia para a beleza do que a honestidade?
HAMLET: Realmente, que a beleza, com o seu poder, levaria menos tempo para transformar a
honestidade em alcoviteira do que esta em modificar a beleza à sua imagem. Já houve época em que isso
era paradoxo; mas agora o tempo o confirma. Cheguei a amar-te.
OFÉLIA: Em verdade, o príncipe me fez acreditar nisso.
HAMLET: Não deverias ter-me dado crédito, porque a virtude não pode enxertar-se em nosso velho
tronco, sem que deste não remanesça algum travo. Nunca te amei.
OFÉLIA: Tanto maior é a minha decepção.
HAMLET: Entra para um convento. Por que hás de gerar pecadores? Eu, de mim, considero-me mais ou
menos honesto, mas poderia acusar-me de tais coisas, que teria sido melhor que minha mãe não me
houvesse dado à luz. Sou orgulhoso, vingativo, cheio de ambição, e disponho de maior número de delitos
do que de pensamentos para vesti-los, imaginação para dar-lhes forma, ou tempo para realizá-los. Para
que rastejarem entre o céu e a terra tipos como eu? Todos somos consumados velhacos; não deves
confiar em ninguém. Toma o caminho do convento. Onde se encontra teu pai?
OFÉLIA: Em casa, alteza
HAMLET: Que lhe fechem as portas, a fim de impedirem que faça papel de tolo, a não ser em sua
própria casa. Adeus.
OFÉLIA: Ajuda-o, céu de bondade.
HAMLET: Se tiveres de casar, dou-te por dote a seguinte maldição: ainda que sejas casta como o gelo e
pura como a neve, não escaparás à calúnia. Vai; entra para o convento; adeus. Ou então, se tiveres
mesmo de casar, escolhe um néscio para marido, porque os assisados sabem perfeitamente em que
monstros as mulheres os transformam. Para o convento, vai; e isso depressa. Adeus.
OFÉLIA: Poderes celestiais, restituí-lhe a razão!
HAMLET: Conheço muito bem vossas pinturas; Deus vos deu um rosto e arrumais outro; andais aos
pulinhos e com requebros, falais cheias de esses e dais nomes indecentes às criaturas de Deus, fazendo
vossa leviandade passar por inocência. Vai; não insisto, porque foi isso que me deixou louco. O que digo
é que não teremos casamentos; os que já são casados, com exceção de um, hão de continuar vivos; os de
mais, prosseguirão como estão. Para o convento; vai!
Hamlet
(Sai.) OFÉLIA: Que nobre inteligência assim perdida!
A TRAGÉDIA DE HAMLET, PRÍNCIPE DA DINAMARCA
William Shakespeare
Já que é pra ser trágico, que seja grandioso..
Retirada
Ah..até que enfim
eu entendi tudo
é porque você é puto
eu vi
devo estar querendo te salvar
como tentaram
comigo
não vai dar
eu me retiro
a história não se repete, Sâmara
ah não mesmo
ou melhor
és tu que
és nada foi a vida
eu por acaso procurava prostitutos?
o que foi isso afinal?
Eu não sei nada desse diálogo vida,
eu só consigo me ver em ti e ter pena
eu vejo o palco
a sensualidade
mas me parece que você é diferente
você parece se divertir
eu só tentava
não conseguia
sempre quis ser salva
mas era pelo amorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
ahhhhhhhhhh
ahhhh só o ser o faz,
ninguém mais pode
disso eu sei.
E eu agora buscando o trágico
porque isso pra mim é isso
demoraaa sarar..quando se busca inteireza
mas não sei se contigo é assim
teve um tempo que eu também não sabia disso
e alguém me disse
foi assim..
Eu só não se o que a vida intenta mostrarme,
nem se cogita coincidência
é demais pra minha cabeça agora..
A vida não pode ser tão pungente
não dá pra acreditar
putz que baixaria...ahhh mas não é bem essa palavra
é quase sublime
mas não são estas as grandiosidades,
eu não consigo revirar sentimentos reviver
não, não há necessidade disso,
pero que siento por ti es como por mi
solo lo siento..por no saber amarte
no yo
tu
yo poderia amarte
como a mi..
Salgo ahora.
eu entendi tudo
é porque você é puto
eu vi
devo estar querendo te salvar
como tentaram
comigo
não vai dar
eu me retiro
a história não se repete, Sâmara
ah não mesmo
ou melhor
és tu que
és nada foi a vida
eu por acaso procurava prostitutos?
o que foi isso afinal?
Eu não sei nada desse diálogo vida,
eu só consigo me ver em ti e ter pena
eu vejo o palco
a sensualidade
mas me parece que você é diferente
você parece se divertir
eu só tentava
não conseguia
sempre quis ser salva
mas era pelo amorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
ahhhhhhhhhh
ahhhh só o ser o faz,
ninguém mais pode
disso eu sei.
E eu agora buscando o trágico
porque isso pra mim é isso
demoraaa sarar..quando se busca inteireza
mas não sei se contigo é assim
teve um tempo que eu também não sabia disso
e alguém me disse
foi assim..
Eu só não se o que a vida intenta mostrarme,
nem se cogita coincidência
é demais pra minha cabeça agora..
A vida não pode ser tão pungente
não dá pra acreditar
putz que baixaria...ahhh mas não é bem essa palavra
é quase sublime
mas não são estas as grandiosidades,
eu não consigo revirar sentimentos reviver
não, não há necessidade disso,
pero que siento por ti es como por mi
solo lo siento..por no saber amarte
no yo
tu
yo poderia amarte
como a mi..
Salgo ahora.
quinta-feira, janeiro 17, 2013
Acaso
No acaso da rua o acaso da rapariga loira.
Mas não, não é aquela.
A outra era noutra rua, noutra cidade, e eu era outro.
Perco-me subitamente da visão imediata,
Estou outra vez na outra cidade, na outra rua,
Que grande vantagem o recordar intransigentemente!
Agora tenho pena de nunca mais ter visto a outra rapariga,
E tenho pena de afinal nem sequer ter olhado para esta.
Que grande vantagem trazer a alma virada do avesso!
Ao menos escrevem-se versos.
Escrevem-se versos, passa-se por doido, e depois por gênio, se calhar,
Se calhar, ou até sem calhar,
Maravilha das celebridades!
Ia eu dizendo que ao menos escrevem-se versos...
Mas isto era a respeito de uma rapariga,
De uma rapariga loira,
Mas qual delas?
Havia uma que vi há muito tempo numa outra cidade,
Numa outra espécie de rua;
E houve esta que vi há muito tempo numa outra cidade
Numa outra espécie de rua;
Por que todas as recordações são a mesma recordação,
Tudo que foi é a mesma morte,
Ontem, hoje, quem sabe se até amanhã?
Um transeunte olha para mim com uma estranheza ocasional.
Estaria eu a fazer versos em gestos e caretas?
Pode ser... A rapariga loira?
É a mesma afinal...
Tudo é o mesmo afinal ...
Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isto é o mesmo também afinal.
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Mas não, não é aquela.
A outra era noutra rua, noutra cidade, e eu era outro.
Perco-me subitamente da visão imediata,
Estou outra vez na outra cidade, na outra rua,
E a outra rapariga passa.
Que grande vantagem o recordar intransigentemente!
Agora tenho pena de nunca mais ter visto a outra rapariga,
E tenho pena de afinal nem sequer ter olhado para esta.
Que grande vantagem trazer a alma virada do avesso!
Ao menos escrevem-se versos.
Escrevem-se versos, passa-se por doido, e depois por gênio, se calhar,
Se calhar, ou até sem calhar,
Maravilha das celebridades!
Ia eu dizendo que ao menos escrevem-se versos...
Mas isto era a respeito de uma rapariga,
De uma rapariga loira,
Mas qual delas?
Havia uma que vi há muito tempo numa outra cidade,
Numa outra espécie de rua;
E houve esta que vi há muito tempo numa outra cidade
Numa outra espécie de rua;
Por que todas as recordações são a mesma recordação,
Tudo que foi é a mesma morte,
Ontem, hoje, quem sabe se até amanhã?
Um transeunte olha para mim com uma estranheza ocasional.
Estaria eu a fazer versos em gestos e caretas?
Pode ser... A rapariga loira?
É a mesma afinal...
Tudo é o mesmo afinal ...
Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isto é o mesmo também afinal.
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Patholices
Entregue nessa patologia
insistente
é só uma febre
eu bem que queria dar adeus a todas as ilusões
mas esse controle todo
não tenho, não há jeito pra isso
só sei que é besteira esse deslocamento
no presente, se é que existe presente
já que pasmas no ar
não pode ser, não tem nada a ver
nem sei idealizar
bem, eu espero alguma transformação
mas não acredito, não creio nisso
é possessão terrível
sei que compadeço em vão
no fim vou ver tudo que és
que não é o que vejo agora..
Enfim, eu só vejo pigmentação
abdômen
caralho..
Você nem é o que eu queria ser
nem é..
não tem nada do que eu queira, nada terno
foi dito
ah não ser usá-lo para meu bel prazer
puro gozo
transformá-lo em algo terno
pura loucura
culpa daquela estrela fugaz
nem tá divertido, esse físico-paixão
A questão toda só se reflete a mim
na minha relação com o outro
só nisso há subtância, só nisso deve haver
alguma reflexão
que eu não tô conseguindo entender
eu quero forçar a relação com o outro e vê-lo belo?
e ser seduzida pelo outro?
Sem esperança não existe paixão?
então onde está a minha
sanidade mental?
num começo feliz?
Eu nem te cristalizei, sua imagem da cara, vejo defeituosa
numa boca grade assimétrica...
ahhhhhhhhhhh
É só pra ocupar meu tempo, mas para que perder meu tempo,
se o importante é relacionar-me com o outro..
Não há belezas, há sim, na cor,
minha mente constrói um fascínio ridículo mal fundamentado,
sem esperança, minto...e medo, sim, verdade..
Não é você, eu sei, o que me dá raiva, já que não é, ficar perdendo
meu tempo pensando, blá blá blá
Jogo cristalizado,
fiquei anos apaixonada pelo abandono, mas havia alguma esperança,
por que?
alguma esperança que voltasse...
Mas contigo, nossos caminhos nem se cruzaram, digo com toda certeza...
Só marcamos pelo pó das estrelas alguma esperança..ah já sei,
eu espero algo é do pedido, daquele de amor, da estrela...fugaz..
putzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
vai dormir depois dessa,
dissipar um pouco dessa coisa
avassaladora e ridícula.
Limite-se a calar essa voz passiva.
Esfria esse tomamento,
resista..caráter carecente...
O que é bom da paixão é a consciência de finitude,
no fundo é como eu enxergo o outro e a mim,
eu não quero ser nada do que você é..aliás, eu nem sei o que és...
vai ver se reduz tudo a isso, pronto. Resolvido.
Eu nunca mais o verei do mesmo jeito..
Depois do sonho, vou pensar no tempo desperdiçado,
como sempre,
da esperança sumida..
A paixão é uma das maiores valorizações da experiência com o outro,
tão intensa, tão sei lá..
talvez seja a alegria, o que eu queria ter, a dança, a espontaneidade,
a sensualidade...ah q besteirol...
Chega de construções mentais, eu quero enxergar o outro,
lamento muito estou te vendo..ora você não é aquele Outro...ich..
outro é aquele que não sou eu, ich...
Seu lugar já está pronto, não é você, é só uma imagem que eu quero ocupar.
Ah como eu poderia me perder em grandiosidades, só não sei quais..
insistente
é só uma febre
eu bem que queria dar adeus a todas as ilusões
mas esse controle todo
não tenho, não há jeito pra isso
só sei que é besteira esse deslocamento
no presente, se é que existe presente
já que pasmas no ar
não pode ser, não tem nada a ver
nem sei idealizar
bem, eu espero alguma transformação
mas não acredito, não creio nisso
é possessão terrível
sei que compadeço em vão
no fim vou ver tudo que és
que não é o que vejo agora..
Enfim, eu só vejo pigmentação
abdômen
caralho..
Você nem é o que eu queria ser
nem é..
não tem nada do que eu queira, nada terno
foi dito
ah não ser usá-lo para meu bel prazer
puro gozo
transformá-lo em algo terno
pura loucura
culpa daquela estrela fugaz
nem tá divertido, esse físico-paixão
A questão toda só se reflete a mim
na minha relação com o outro
só nisso há subtância, só nisso deve haver
alguma reflexão
que eu não tô conseguindo entender
eu quero forçar a relação com o outro e vê-lo belo?
e ser seduzida pelo outro?
Sem esperança não existe paixão?
então onde está a minha
sanidade mental?
num começo feliz?
Eu nem te cristalizei, sua imagem da cara, vejo defeituosa
numa boca grade assimétrica...
ahhhhhhhhhhh
É só pra ocupar meu tempo, mas para que perder meu tempo,
se o importante é relacionar-me com o outro..
Não há belezas, há sim, na cor,
minha mente constrói um fascínio ridículo mal fundamentado,
sem esperança, minto...e medo, sim, verdade..
Não é você, eu sei, o que me dá raiva, já que não é, ficar perdendo
meu tempo pensando, blá blá blá
Jogo cristalizado,
fiquei anos apaixonada pelo abandono, mas havia alguma esperança,
por que?
alguma esperança que voltasse...
Mas contigo, nossos caminhos nem se cruzaram, digo com toda certeza...
Só marcamos pelo pó das estrelas alguma esperança..ah já sei,
eu espero algo é do pedido, daquele de amor, da estrela...fugaz..
putzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
vai dormir depois dessa,
dissipar um pouco dessa coisa
avassaladora e ridícula.
Limite-se a calar essa voz passiva.
Esfria esse tomamento,
resista..caráter carecente...
O que é bom da paixão é a consciência de finitude,
no fundo é como eu enxergo o outro e a mim,
eu não quero ser nada do que você é..aliás, eu nem sei o que és...
vai ver se reduz tudo a isso, pronto. Resolvido.
Eu nunca mais o verei do mesmo jeito..
Depois do sonho, vou pensar no tempo desperdiçado,
como sempre,
da esperança sumida..
A paixão é uma das maiores valorizações da experiência com o outro,
tão intensa, tão sei lá..
talvez seja a alegria, o que eu queria ter, a dança, a espontaneidade,
a sensualidade...ah q besteirol...
Chega de construções mentais, eu quero enxergar o outro,
lamento muito estou te vendo..ora você não é aquele Outro...ich..
outro é aquele que não sou eu, ich...
Seu lugar já está pronto, não é você, é só uma imagem que eu quero ocupar.
Ah como eu poderia me perder em grandiosidades, só não sei quais..
terça-feira, janeiro 15, 2013
Cansaço trágico
o que foi que eu fiz co´a tristeza?
isolei-a num quarto
e o plano
um sonho de conhecer
eu já nem sei mais
dos boicotes
agora eu só quero falar de coisas
e ser suspensa pelo amor
levar-me
e deixar vir
e passar
de sentir assim
em dias de término de fases
um vazio
imenso
de não saber
nada
mendigar afetos
nas cartas do tarô
do amor que virá...
E está verde em meus olhos...
em meu pijama verde, em meu quarto verde
e nas minhas conclusões verdes e inúteis..
Náusea madura e sem sono,
verdades verdes, (ah tá, verde, maduro, esplêndido!)
Vedes, já se esmaecem até os sonhos de liberdade
de poetas ou filósofos,
e não há outros horizontes ou revoluções que mudarão
o que se passa ao fundo, falo do coração...ãoãoãoão
Sempre à noite, no silêncio, na solidão é quem vos fala
querendo ou não, rimando ou não, (pobres, óbvias e pobres)
é vontade de não sei quê, viver o prazer, a dor,
o grito, o amor...rimar amor com dor, consegues superar-te
sempre..és linda e emociona-me tanto..rárárá
À noite, cansa-me sentir tanto assim,
emoção do sem fim
eterna em mim..im im im
De repente pensa delícias da vida, já que sentir
sossegas... quais?
viagens, paisagens, bondades? idades? o que?
Nada, não vais partir,
sigues aqui,
nem dormes,
atônita sem saber dos desejos..
Em verdade vos digo: é cansaço trágico!
isolei-a num quarto
e o plano
um sonho de conhecer
eu já nem sei mais
dos boicotes
agora eu só quero falar de coisas
e ser suspensa pelo amor
levar-me
e deixar vir
e passar
de sentir assim
em dias de término de fases
um vazio
imenso
de não saber
nada
mendigar afetos
nas cartas do tarô
do amor que virá...
E está verde em meus olhos...
em meu pijama verde, em meu quarto verde
e nas minhas conclusões verdes e inúteis..
Náusea madura e sem sono,
verdades verdes, (ah tá, verde, maduro, esplêndido!)
Vedes, já se esmaecem até os sonhos de liberdade
de poetas ou filósofos,
e não há outros horizontes ou revoluções que mudarão
o que se passa ao fundo, falo do coração...ãoãoãoão
Sempre à noite, no silêncio, na solidão é quem vos fala
querendo ou não, rimando ou não, (pobres, óbvias e pobres)
é vontade de não sei quê, viver o prazer, a dor,
o grito, o amor...rimar amor com dor, consegues superar-te
sempre..és linda e emociona-me tanto..rárárá
À noite, cansa-me sentir tanto assim,
emoção do sem fim
eterna em mim..im im im
De repente pensa delícias da vida, já que sentir
sossegas... quais?
viagens, paisagens, bondades? idades? o que?
Nada, não vais partir,
sigues aqui,
nem dormes,
atônita sem saber dos desejos..
Em verdade vos digo: é cansaço trágico!
Ainda que mal
Ainda que mal pergunte,
ainda que mal respondas;
ainda que mal te entenda,
ainda que mal repitas;
ainda que mal insista,
ainda que mal desculpes;
ainda que mal me exprima,
ainda que mal me julgues;
ainda que mal me mostre,
ainda que mal me vejas;
ainda que mal te encare,
ainda que mal te furtes;
ainda que mal te siga,
ainda que mal te voltes;
ainda que mal te ame,
ainda que mal o saibas;
ainda que mal te agarre,
ainda que mal te mates;
ainda assim te pergunto
e me queimando em teu seio,
me salvo e me dano: amor.
Carlos Drummond de Andrade
sábado, janeiro 12, 2013
quarta-feira, janeiro 09, 2013
Biodiversidade
Ha maneiras mais fáceis de se expor ao ridículo,
Que não requerem prática, oficina, suor.
Maneiras mais simpáticas de pagar mico
E dizer olha eu aqui, sou único, me amem por favor.
Porém ha quem se preste a esse papel esdrúxulo,
Como ha quem não se vexe de ler e decifrar
Essas palavras bestas estrebuchando inúteis,
Cágados com as quatro patas viradas pro ar.
Então essa fala esquisita, aparentemente anárquica,
de repente é mais que isso, é urna voz, talvez,
do outro lado da linha formigando de estática,
Dizendo algo mais que testando, testando, um dois três,
Câmbio? Quem sabe esses cascos invertidos,
Incapazes de reassumir a posição natural,
Não são na verdade uma outra forma de vida,
Tipo um ramo alternativo do reino animal?
Que não requerem prática, oficina, suor.
Maneiras mais simpáticas de pagar mico
E dizer olha eu aqui, sou único, me amem por favor.
Porém ha quem se preste a esse papel esdrúxulo,
Como ha quem não se vexe de ler e decifrar
Essas palavras bestas estrebuchando inúteis,
Cágados com as quatro patas viradas pro ar.
Então essa fala esquisita, aparentemente anárquica,
de repente é mais que isso, é urna voz, talvez,
do outro lado da linha formigando de estática,
Dizendo algo mais que testando, testando, um dois três,
Câmbio? Quem sabe esses cascos invertidos,
Incapazes de reassumir a posição natural,
Não são na verdade uma outra forma de vida,
Tipo um ramo alternativo do reino animal?
Paulo Henriques Britto
segunda-feira, janeiro 07, 2013
Acalmação
Quando se vê a negar todo o gosto
não podes transfigurar as crenças
sabes que sim
todo o plano pigmento servil de prazer
que existe em mim
não devo tentar prever o que irá acontecer
fingindo desdém, mudando de assunto
iniciar o jogo
querendo algum tipo de entrega declarada
ao telefone, ah tah, eita precisão de amor,
entrega algum sentido pra mim, vai
inventa, vai inventa...
nem precisa dizer nada, ou preocupar-se
ficar imaginando calada, pensando conduzir
se doer
ao fim verá que passa, realmente a vida passa
e o que não passa, é porque insistiu em ficar
o tempo que nos acostou se vira pra trás
o presente idealizado, o sonhar tanto, é devido ao tamanho
do tempo que hoje se tem...e é tão bom ter tempo..
Todo esse tempo pra sonhar, só querer aprender amar..
Pensa quando as ocupações maiores virem
sim virão, o que serão, preocupações maiores?
Busca e não importa se os valores são
atribuídos por ti, é assim que dever ser
não precisa dizer a Filosofia é importante, tia...
Não é a psicologia que está atrelada a teoria do conhecimento
não do qual eu quero, eu quero...
Não é um muso, não é objeto de desejo, ahhhhhh
ou é? não, não é...ou é..?
mas enfim, a estética sensual e pobre no fim, não...
eu penso estar guiando-me, cuidar é de mim
e no mais já perdi tanto que não se imagina sentir
de novo assim
portanto pra que medo?
Entregue ao passo, vou passar passeando..
não podes transfigurar as crenças
sabes que sim
todo o plano pigmento servil de prazer
que existe em mim
não devo tentar prever o que irá acontecer
fingindo desdém, mudando de assunto
iniciar o jogo
querendo algum tipo de entrega declarada
ao telefone, ah tah, eita precisão de amor,
entrega algum sentido pra mim, vai
inventa, vai inventa...
nem precisa dizer nada, ou preocupar-se
ficar imaginando calada, pensando conduzir
se doer
ao fim verá que passa, realmente a vida passa
e o que não passa, é porque insistiu em ficar
o tempo que nos acostou se vira pra trás
o presente idealizado, o sonhar tanto, é devido ao tamanho
do tempo que hoje se tem...e é tão bom ter tempo..
Todo esse tempo pra sonhar, só querer aprender amar..
Pensa quando as ocupações maiores virem
sim virão, o que serão, preocupações maiores?
Busca e não importa se os valores são
atribuídos por ti, é assim que dever ser
não precisa dizer a Filosofia é importante, tia...
Não é a psicologia que está atrelada a teoria do conhecimento
não do qual eu quero, eu quero...
Não é um muso, não é objeto de desejo, ahhhhhh
ou é? não, não é...ou é..?
mas enfim, a estética sensual e pobre no fim, não...
eu penso estar guiando-me, cuidar é de mim
e no mais já perdi tanto que não se imagina sentir
de novo assim
portanto pra que medo?
Entregue ao passo, vou passar passeando..
Definição do Amor
Mandai-me Senhores, hoje
que em breves rasgos descreva
do Amor a ilustre prosápia,
e de Cupido as proezas.
Dizem que de clara escuma,
dizem que do mar nascera,
que pegam debaixo d’água
as armas que o amor carrega.
O arco talvez de pipa,
a seta talvez esteira,
despido como um maroto,
cego como uma toupeira
E isto é o Amor? É um corno.
Isto é o Cupido? Má peça.
Aconselho que não comprem
Ainda que lhe achem venda
O amor é finalmente
um embaraço de pernas,
uma união de barrigas,
um breve tremor de artérias
Uma confusão de bocas,
uma batalha de veias,
um reboliço de ancas,
quem diz outra coisa é besta.
Gregório de Matos
que em breves rasgos descreva
do Amor a ilustre prosápia,
e de Cupido as proezas.
Dizem que de clara escuma,
dizem que do mar nascera,
que pegam debaixo d’água
as armas que o amor carrega.
a seta talvez esteira,
despido como um maroto,
cego como uma toupeira
E isto é o Amor? É um corno.
Isto é o Cupido? Má peça.
Aconselho que não comprem
Ainda que lhe achem venda
O amor é finalmente
um embaraço de pernas,
uma união de barrigas,
um breve tremor de artérias
Uma confusão de bocas,
uma batalha de veias,
um reboliço de ancas,
quem diz outra coisa é besta.
Gregório de Matos
domingo, janeiro 06, 2013
Punhetinha
A que sentidos de merda
distância boa merda
negação total
razão
relax merda nenhuma
chá e vídeo aulas todo o dia
nenhum sossego
ligações de merda
vai pula o muro
vai confessar pra mãe
chá de hortelã
estende a roupa
vai bebe mais chá
estoura essa boca
sangra
e esparrama-se pelo chão
vídeoaulas
ventilador de merda
mentira
chá chá chá
diarreia
mentira
mentira
mentira
como vai saber?
você não possui, não tem pessoa
não existe isso
ter pessoa Sâmara
caminhar
comprar pão fumar
mais chá
diarreia
colhe a roupa
vai chover
família
Elissssssssss
grita
o passado já não serve mais
banho
família
jantar do Marcus
De novo signos de merda
e dane-se se é muita merda.
Eu não sei nada de gostar e ser livre, nada.
ich vai ter que ser de Janis mesmo.
e chega a História que vá se fuder
por hoje não dá mais.
anem...que carajo
si yo quiero el tuyo
carajo
carajo
i can see your face again
putz
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Honey how you feel?
Vontade de substituir toda merda
amorzinho de merda
quando? quando?
Eu não sei como você se sente...não.
E não vou ficar contando dedinhos,
foda-se.
Eu viajo demais.
Até que se domou, me surpreendeu a não
demonstrativa
de louca
mais vai ser assim sempre?
ai ai
Deixa a Janis gritar, vai..
Que distração mais idiota nessa altura do campeonato
sensualidade excessiva
vai ser difícil se livrar disso
soooooooooooooooo oowa
cuidar? ahauaha cuidar...
só eu
é possível,
não sabe nada mesmo,
putz.
Tremendo as bases...vai besta, estrela fugaz, blá blá
bronzeando sensualizando
fica assim, quero ver a alma assentar, vai racionaliza
você é boa nisso né? hauaha
Tudo ilusão,
aparências
home to meeeeeeeeeeeeeeeeeeee
maybe
ah que punheta, chega..
maybe, maybe, maybeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee ahhhhhhhhhhhhahhhhhhhhhhh uhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhuu
Fornecer uma ideia a força de uma impressão
e essa disponibilidade para sensações
alguma ideia quer perdurar no tempo
será a pigmentação?
a vontade da crença?
A sensibilidade da imaginação
ao me expor às sensações,
minha crença no amor.
A experiência diz que meu comportamento
atribui profundidade num objeto que seria um outro.
E agora é o estômago que embrulha
em última instância..
distância boa merda
negação total
razão
relax merda nenhuma
chá e vídeo aulas todo o dia
nenhum sossego
ligações de merda
vai pula o muro
vai confessar pra mãe
chá de hortelã
estende a roupa
vai bebe mais chá
estoura essa boca
sangra
e esparrama-se pelo chão
vídeoaulas
ventilador de merda
mentira
chá chá chá
diarreia
mentira
mentira
mentira
como vai saber?
você não possui, não tem pessoa
não existe isso
ter pessoa Sâmara
caminhar
comprar pão fumar
mais chá
diarreia
colhe a roupa
vai chover
família
Elissssssssss
grita
o passado já não serve mais
banho
família
jantar do Marcus
De novo signos de merda
e dane-se se é muita merda.
Eu não sei nada de gostar e ser livre, nada.
ich vai ter que ser de Janis mesmo.
e chega a História que vá se fuder
por hoje não dá mais.
anem...que carajo
si yo quiero el tuyo
carajo
carajo
i can see your face again
putz
Don't make no difference, babe, no, no, no,
And it never ever will, hey,
I wanna talk about a little bit of loving, yeah,
I got to hold it, baby,
I'm gonna need it now,
I'm gonna use it, say, aaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
Honey how you feel?
Vontade de substituir toda merda
amorzinho de merda
quando? quando?
Eu não sei como você se sente...não.
E não vou ficar contando dedinhos,
foda-se.
Eu viajo demais.
Até que se domou, me surpreendeu a não
demonstrativa
de louca
mais vai ser assim sempre?
ai ai
Deixa a Janis gritar, vai..
Que distração mais idiota nessa altura do campeonato
sensualidade excessiva
vai ser difícil se livrar disso
soooooooooooooooo oowa
cuidar? ahauaha cuidar...
só eu
é possível,
não sabe nada mesmo,
putz.
Tremendo as bases...vai besta, estrela fugaz, blá blá
bronzeando sensualizando
fica assim, quero ver a alma assentar, vai racionaliza
você é boa nisso né? hauaha
Tudo ilusão,
aparências
home to meeeeeeeeeeeeeeeeeeee
maybe
ah que punheta, chega..
maybe, maybe, maybeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee ahhhhhhhhhhhhahhhhhhhhhhh uhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhuu
Fornecer uma ideia a força de uma impressão
e essa disponibilidade para sensações
alguma ideia quer perdurar no tempo
será a pigmentação?
a vontade da crença?
A sensibilidade da imaginação
ao me expor às sensações,
minha crença no amor.
A experiência diz que meu comportamento
atribui profundidade num objeto que seria um outro.
E agora é o estômago que embrulha
em última instância..
sábado, janeiro 05, 2013
nhem nhem nhem e a verdade dos sentidos não é questionada (?)
O ser não é só presente
também está reunindo o que se passa
e sentindo-se representando
pode-se dizer amando sem necessidade de negar
entregando-se à uma distância que se mostra
tão boa, tão sem rotina.
E que amar que é esse que não é louco?
Que vê o outro livre, porque se é livre.
A vida tá tão boa, a família, a casa, as flores.
Talvez seja eu que esteja menos louca,
e um corpo bonito assim...eu nem pensava que poderia
ser tão sensual
assim,
hauaha
ah Sâmara
o vento do ventilador até parece do campo,
agora até sentamos à mesa juntos e eu nem ligo
se ninguém vai lavar a louça..
E fico em casa num sábado à noite depois de caminhar
sem nenhum espasmo, devaneio, sem ser jodida
organizando e entronizando toda a História possível.
E até emociona-me tal estado das coisas, hauaha do ser...
A negação não se cogita pois a verdade está nos sentidos.
sexta-feira, janeiro 04, 2013
Lo que ocurre
Dada a percepção do dia
numa balança estável
o que acontece, agora todos os homens resumem nudez?
Será que aos 30 é assim?
Eu devo estar masculinizando em demasia, já que nada faz falta
e eu cogito só o porvir, a ocorrência.
Eu digo pra mim, não há estado de coisas Sâmara...
O ser fica à vontade em casa, estuda nua com o ventilador.
Dorme pouco, lê mais,
os planos com salvaguardas
a confiança em Deus
Meu Deus, isso sim mete medo.
Porém é confortável também.
Que confiança no futuro é essa?
Essa que emana do presente...do atual estado do ser,
ah sim, do ser, não das coisas.
Relax, viernes bebes para reír y no pensar en nada.
A salir por la calle. Tudo me parece mui bueno.
Sí no pasa nada, y pasa todo.
numa balança estável
o que acontece, agora todos os homens resumem nudez?
Será que aos 30 é assim?
Eu devo estar masculinizando em demasia, já que nada faz falta
e eu cogito só o porvir, a ocorrência.
Eu digo pra mim, não há estado de coisas Sâmara...
O ser fica à vontade em casa, estuda nua com o ventilador.
Dorme pouco, lê mais,
os planos com salvaguardas
a confiança em Deus
Meu Deus, isso sim mete medo.
Porém é confortável também.
Que confiança no futuro é essa?
Essa que emana do presente...do atual estado do ser,
ah sim, do ser, não das coisas.
Relax, viernes bebes para reír y no pensar en nada.
A salir por la calle. Tudo me parece mui bueno.
Sí no pasa nada, y pasa todo.
quinta-feira, janeiro 03, 2013
O Corpo Presente
Na ânsia de sentir e expressar
a realidade
na sensualidade da cor
a objetividade da vida, a fuga.
A baixa imunidade na planície seca.
O amarelo dos ipês hipnotizantes no crepúsculo
o cerrado, a seriema e seu canto de espanto, o lago com o céu
e o sol
pisando a grama plana.
Quantas contorções de caules e galhos
quanta secura bonita..
A lua vela cheia ilumina
sobre o pé de seriguela e os outros.
Arde, arde..na rede amarela.
Os Corpos Presentes de Gormley puros
o corpo espaço aberto
sem olhar pro passado
já Sâmara
co´as ideias só sentidos. De quatro
enquanto mete-me, mete-me, mete-me, nem mete medo.
Um voo sobre a planície, do alto nada vale.
O corpo é chão.
Viro-me
ocorre-me, ocorre-me, o estado das coisas chega em casa,
depois de um show pirotécnico
mirando um não sei quê de sensações, de corpos em torpor
presente? espírito é afetado? como? o ser só sente? o ente...
O ser chega e mente, minimiza, num grafismo de formas,
(O Anjo do Norte)
afinal o ser é só presente.
(Obras esculturas Antony Gormley )
a realidade
na sensualidade da cor
a objetividade da vida, a fuga.
A baixa imunidade na planície seca.
O amarelo dos ipês hipnotizantes no crepúsculo
o cerrado, a seriema e seu canto de espanto, o lago com o céu
e o sol
pisando a grama plana.
Quantas contorções de caules e galhos
quanta secura bonita..
A lua vela cheia ilumina
sobre o pé de seriguela e os outros.
Arde, arde..na rede amarela.
Os Corpos Presentes de Gormley puros
o corpo espaço aberto
sem olhar pro passado
já Sâmara
co´as ideias só sentidos. De quatro
enquanto mete-me, mete-me, mete-me, nem mete medo.
Um voo sobre a planície, do alto nada vale.
O corpo é chão.
Viro-me
ocorre-me, ocorre-me, o estado das coisas chega em casa,
depois de um show pirotécnico
mirando um não sei quê de sensações, de corpos em torpor
presente? espírito é afetado? como? o ser só sente? o ente...
O ser chega e mente, minimiza, num grafismo de formas,
(O Anjo do Norte)
(Obras esculturas Antony Gormley )
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