O verbo e questão primeira era, não ter,
não ter..
gramados verdes a mirar e possuir
e agora que os via
não havia nenhum pau
nem um discurso amoroso
nada e ninguém
não sabia de que falta era
objetos? atos?
a resposta sanada
Deus, poderia tê-lo em minha visão
já que inicia a vontade de negação
de tudo
o medo de nunca conhecer
de morrer em ignorância desprezível
de ser toda errada
e ainda sim, não ter..
Muda-se o discurso imbecil
os hábitos ridículos
da inclinação ao inflamar que me parecia eterno
numa tristeza de biblioteca vazia
e uma batucada externa que só me trazia mais
apatia..
No fim, estou triste, rego as maçãs um pouco
até com o prazer de sentir-me revolvida por algo
acendo uma vela e observo
a chama no início, que é pequena...
na madrugada acordo,
a chama está vermelha
acordo de novo e está normal..
de manhã tudo se queimou..
Não sei de nada pro meu discurso,
reservo-me a falta de opiniões..
de amores, de punhetas e cacetes..