eu não sou uma santa é isso?
pq sou brasileira?
ok
quem disse q eu queria?
um idiota das montanhas
ok
eu tbm sou das montanhas
de um belo horizonte
distante daqui
há alguns animais selvagens
uns porcos selvagens tbm
ok
eu vou fazer filosofia pra sempre sim
não vou trabalhar em estações de esqui no inverno
nem vou dar instruções de Kaiaki no verão
fodas
uma vida
outra vida
outra vida
outra vida
outro?
outro?
cada corpo um ser
um estilo
um mundo
um ambiente
fodas
white gold is comming?
ui?
eu queria ter a percepção do branco total
da noite black sem lua...
mas não
eu vou voltar pra vidinha de estudante de filosofia
de quarto
de livros
de universidades
de poucas pessoas interessadas
de nada de novo
de homens idiotas...
de país de muitas mulheres...muitas
vc iria ficar louco
ok
finish
chega natal
Noë
preciso saber de ti...
escrever o artigo...
pluralismo conceitual
ok
7 pages
ok
ok
ce tout...
o céu daqui me mata
as montanhas daqui ficam em mim
o branco dos picos
ficam em mim
ce tout
o frio vai sair de mim
rapidamente
quarta-feira, dezembro 23, 2015
segunda-feira, dezembro 21, 2015
Como é que
que as francesas fazem?
essa carinha
esse jeitinho
tô possessa
as brasileiras...
que diferença
eu não sei nem dizer
o nível
la crém de la crem
sei lá se escreve assim
são atrizes, ótimas
os papeis estão cada qual em seu lugar
a situação só se perde com o vinho
mas aí...há o vinho
e se pode perder
e os franceses?
que lindos...
que lindos
que bêbados
que bêbados
ok
sem generalizações
volte pra percepção, now!
que as francesas fazem?
essa carinha
esse jeitinho
tô possessa
as brasileiras...
que diferença
eu não sei nem dizer
o nível
la crém de la crem
sei lá se escreve assim
são atrizes, ótimas
os papeis estão cada qual em seu lugar
a situação só se perde com o vinho
mas aí...há o vinho
e se pode perder
e os franceses?
que lindos...
que lindos
que bêbados
que bêbados
ok
sem generalizações
volte pra percepção, now!
sábado, dezembro 19, 2015
sexta-feira, dezembro 18, 2015
Devaneios piri piri meus
Esse céu quadrado de estrelas
Na minha cara
É pra eu escutar a casa dormir
Eu devo pensar na percepção a essa hora?
Eu só queria não viajar tanto...
E tudo q estou a tentar perceber
Penso q muito do q percebo é inventado
Por mim
Penso q estou a ter uma percepção exata
Do q se passa no mundo
Nas outras mentes
Mas minha percepção é permeada
Pelos meus medos
Não é possível uma percepção pura..
De sentidos apenas
Os sentidos vem de outros sentidos
Do background de sentidos
Acho q do esquema... Mas é um esquema
Corporal
Viciado
Em dar as mesmas significações
E a se ver como uma situação
Q é dependente do eu...
OK
Merleau... Merleau...merleau
A luz do celular apaga as estrelas...
A percepção e suas coisas...
Eu e meus pensamentos
As estelas e as montanhas
Sim..
As estrelas são sempre lindas
Eu vou ler o céu..
Eu acho q quero ir embora...
Eu não sei estar..
Eu penso muito..eu penso tanto..
Eu confabulo o todo tempo
Eu prefiro estudar do que relacionar...
Fudeu...
Ich
Eu quero teletransportar e estar só...
Meu Deus
E aqui Deus é difamado de maneira
Revoltante
Eu não sei o q sentir
😴😴😴
Como se isso fosse oproblema
Será q não é um peito cabeludo
En Porto?
Volta pras estrelas agora!
Na minha cara
É pra eu escutar a casa dormir
Eu devo pensar na percepção a essa hora?
Eu só queria não viajar tanto...
E tudo q estou a tentar perceber
Penso q muito do q percebo é inventado
Por mim
Penso q estou a ter uma percepção exata
Do q se passa no mundo
Nas outras mentes
Mas minha percepção é permeada
Pelos meus medos
Não é possível uma percepção pura..
De sentidos apenas
Os sentidos vem de outros sentidos
Do background de sentidos
Acho q do esquema... Mas é um esquema
Corporal
Viciado
Em dar as mesmas significações
E a se ver como uma situação
Q é dependente do eu...
OK
Merleau... Merleau...merleau
A luz do celular apaga as estrelas...
A percepção e suas coisas...
Eu e meus pensamentos
As estelas e as montanhas
Sim..
As estrelas são sempre lindas
Eu vou ler o céu..
Eu acho q quero ir embora...
Eu não sei estar..
Eu penso muito..eu penso tanto..
Eu confabulo o todo tempo
Eu prefiro estudar do que relacionar...
Fudeu...
Ich
Eu quero teletransportar e estar só...
Meu Deus
E aqui Deus é difamado de maneira
Revoltante
Eu não sei o q sentir
😴😴😴
Como se isso fosse oproblema
Será q não é um peito cabeludo
En Porto?
Volta pras estrelas agora!
as montanhas
eu estou nas montanhas
com alguns franceses bëbados
esse teclado onde o a eh o q
e tbm nao sei o acento
o ceu te, estrelas demais
mas a noite eh escura e fria
e eh preciso muito vinho
e sentarmos a mesa
para estar mais perto
e euscuto Criolo
e escutam toda noite musica brasileira
acho a sem saberem
eu nao quero sair do pc
alguns a volta
a inspecionarme
o q pensam?
agora a musica ta enchendo
e tudo mais
a borracheira
as montanhas
com alguns franceses bëbados
esse teclado onde o a eh o q
e tbm nao sei o acento
o ceu te, estrelas demais
mas a noite eh escura e fria
e eh preciso muito vinho
e sentarmos a mesa
para estar mais perto
e euscuto Criolo
e escutam toda noite musica brasileira
acho a sem saberem
eu nao quero sair do pc
alguns a volta
a inspecionarme
o q pensam?
agora a musica ta enchendo
e tudo mais
a borracheira
as montanhas
domingo, dezembro 06, 2015
Serra da Estrela
depois dessa Serra da Estrela
que virada
aquele crepúsculo aqueceu meu coração
a completude
e todos estes acontecimentos
mas, sabe o que é melhor
eu não sou mais a mesma
eu sei que poderia te amar
mas não vou
simplesmente porque eu devo voltar.
Aquele cachorro que salva trazendo vinho
na neve
é até bom...
mas, eu não preciso de salvação mais
de homem nenhum.
Sem significações gigantescas e de profundis como esta Sâmara
que está tão atenta ao jogo
e à pele...
atenta ao jogo e à pele...
e a pele diz só do momento...a pele não faz planos...
quem atualiza?
o meu corpo já sabe que há outros vários corpos
vivos como eu no mundo...
não preciso de mais nada, eu atualizo o meu corpo, a minha vida
o sentimento de fundo da consciência
está bem
precisa de estímulos, mas não está preso a nenhuma pele
que não seja a minha.
que virada
aquele crepúsculo aqueceu meu coração
a completude
e todos estes acontecimentos
mas, sabe o que é melhor
eu não sou mais a mesma
eu sei que poderia te amar
mas não vou
simplesmente porque eu devo voltar.
Aquele cachorro que salva trazendo vinho
na neve
é até bom...
mas, eu não preciso de salvação mais
de homem nenhum.
Sem significações gigantescas e de profundis como esta Sâmara
que está tão atenta ao jogo
e à pele...
atenta ao jogo e à pele...
e a pele diz só do momento...a pele não faz planos...
quem atualiza?
o meu corpo já sabe que há outros vários corpos
vivos como eu no mundo...
não preciso de mais nada, eu atualizo o meu corpo, a minha vida
o sentimento de fundo da consciência
está bem
precisa de estímulos, mas não está preso a nenhuma pele
que não seja a minha.
quinta-feira, dezembro 03, 2015
Devaneio português
talvez eu morra agora
mas meu bem
eu não vou morrer
e vou ver tudo isso
agora
estes pêlos
aquela curva da pele
Madri é escuro
eu agora imagino Berlin
ok
não podemos ficar juntos
será que vai ter guerra civil no Brasil?
eu acho vc tão perigoso
eu preciso voltar
meu amor
eu não tenho nada
além de mim
fujo
corro
e chego ao corpo
o próprio
sabe aquele sentimento que gera a consciência
o subjetivo
que precisa existir
é preciso continuar
a memória
eu não sei bem de quem gosto
qual cor
qual comida
predileta
qual música
eu devo voltar
pra formar
pra ser universidade
e se não tiver bolsa
ai...
aí tem casa
eu fui lá
ver os poetas portugueses
e estes rios
e estas chuvas
e este mar
e este cinza
tão bonitooooo
tão bonito
sou eu
sou eu
sou eu
agora eu me acho
agora eu me acho
sim
eu me acho
eu pego a taça
desta saudade
e mato
a tosse desse tempo
o pigarro desta espera
saudade
saudade
que é outra coisa aqui
eu devo ir embora?
Meu Deus
o que eu quero?
eu quero ir?
uns vão..em suas caravelas conhecer outras terras
eles vão
eu volto
eu fico
que vento
que céu nublado rosa, lilás..sei lá
longe da luz dorada de Granada
foi bom
ver os gitanos
estavam tristes pelos turistas
eu sou turista?
q merda
Porca de Murça
prêmio 2013
fodas
força
pois
pronto
ainda bem q há um aquecedor
um ventilador de ventinho quente
eu vou pra onde agora?
fim de ano nos Pirineus?
meu Deus
ah sei lá
quando eu voltar
q saco
q merda
eu não vou mais gozar.
mas meu bem
eu não vou morrer
e vou ver tudo isso
agora
estes pêlos
aquela curva da pele
Madri é escuro
eu agora imagino Berlin
ok
não podemos ficar juntos
será que vai ter guerra civil no Brasil?
eu acho vc tão perigoso
eu preciso voltar
meu amor
eu não tenho nada
além de mim
fujo
corro
e chego ao corpo
o próprio
sabe aquele sentimento que gera a consciência
o subjetivo
que precisa existir
é preciso continuar
a memória
eu não sei bem de quem gosto
qual cor
qual comida
predileta
qual música
eu devo voltar
pra formar
pra ser universidade
e se não tiver bolsa
ai...
aí tem casa
eu fui lá
ver os poetas portugueses
e estes rios
e estas chuvas
e este mar
e este cinza
tão bonitooooo
tão bonito
sou eu
sou eu
sou eu
agora eu me acho
agora eu me acho
sim
eu me acho
eu pego a taça
desta saudade
e mato
a tosse desse tempo
o pigarro desta espera
saudade
saudade
que é outra coisa aqui
eu devo ir embora?
Meu Deus
o que eu quero?
eu quero ir?
uns vão..em suas caravelas conhecer outras terras
eles vão
eu volto
eu fico
que vento
que céu nublado rosa, lilás..sei lá
longe da luz dorada de Granada
foi bom
ver os gitanos
estavam tristes pelos turistas
eu sou turista?
q merda
Porca de Murça
prêmio 2013
fodas
força
pois
pronto
ainda bem q há um aquecedor
um ventilador de ventinho quente
eu vou pra onde agora?
fim de ano nos Pirineus?
meu Deus
ah sei lá
quando eu voltar
q saco
q merda
eu não vou mais gozar.
sábado, outubro 24, 2015
os jogos...os jogos
Não sei, depois de muita vida
eu fiquei com um certo medo
o tronco precisa estar ereto e forte
as mãos precisam de uma certa atenção
sem objetivos é foda
aí não dá
eu miro toda a gente
eu não sei exatamente os discursos
parecem perfomances
é chato eu acho que eu faço
de ficar analisando os discursos
e tudo
eu preciso estudar perfis
a fenomenologia poderia traçar perfis?
não Sâmara
mas e esquemas?
sabe, esquemas corporais
às vezes eu penso que as pessoas querem me convencer
de algo
eu acho que é: vc deve pensar assim tbm
vc deve fazer isso que eu faço também...
será que é viagem minha?
no fundo estão testando suas próprias visões
uns se associando a outros
e líderes buscando fazer algumas cabeças
cara
qual é o caminho?
eu estou percorrendo
e porque eu sempre acho que é a filosofia precisa de
solidão?
eu sinto que as pessoas não querem pensar as mesmas coisas
que eu
então começo com uma performance desengonçada
e todos veem a minha resistência
é uma resistência que diz: Não, seu discurso é só mais um,
se liga
tem tantos
eu gostaria de contar de alguns dos filósofos
mas quando eu começo a falar parece tudo
tão ridículo
é pq a filosofia necessita de não sei que.....
disposição?
é um treco louco
talvez eu tô precisando diferenciar vivências
de estudar filosofia
mas é impossível.
Eu acho que sempre no fim
era melhor eu estar estudando
ou viver sozinha
essa dinâmica da vida
me cansa
essas performances das pessoas
falando diretamente e indiretamente
falando sem saber o que falam
pq dizem de outras formas
dizem com algumas palavras que parece que pra elas diz uma coisa
mas pra mim eu sinto que elas estão a dizer outra
os jogos de linguagem
eu lembro dos jogos da linguagem
eu fiquei com um certo medo
o tronco precisa estar ereto e forte
as mãos precisam de uma certa atenção
sem objetivos é foda
aí não dá
eu miro toda a gente
eu não sei exatamente os discursos
parecem perfomances
é chato eu acho que eu faço
de ficar analisando os discursos
e tudo
eu preciso estudar perfis
a fenomenologia poderia traçar perfis?
não Sâmara
mas e esquemas?
sabe, esquemas corporais
às vezes eu penso que as pessoas querem me convencer
de algo
eu acho que é: vc deve pensar assim tbm
vc deve fazer isso que eu faço também...
será que é viagem minha?
no fundo estão testando suas próprias visões
uns se associando a outros
e líderes buscando fazer algumas cabeças
cara
qual é o caminho?
eu estou percorrendo
e porque eu sempre acho que é a filosofia precisa de
solidão?
eu sinto que as pessoas não querem pensar as mesmas coisas
que eu
então começo com uma performance desengonçada
e todos veem a minha resistência
é uma resistência que diz: Não, seu discurso é só mais um,
se liga
tem tantos
eu gostaria de contar de alguns dos filósofos
mas quando eu começo a falar parece tudo
tão ridículo
é pq a filosofia necessita de não sei que.....
disposição?
é um treco louco
talvez eu tô precisando diferenciar vivências
de estudar filosofia
mas é impossível.
Eu acho que sempre no fim
era melhor eu estar estudando
ou viver sozinha
essa dinâmica da vida
me cansa
essas performances das pessoas
falando diretamente e indiretamente
falando sem saber o que falam
pq dizem de outras formas
dizem com algumas palavras que parece que pra elas diz uma coisa
mas pra mim eu sinto que elas estão a dizer outra
os jogos de linguagem
eu lembro dos jogos da linguagem
quinta-feira, outubro 22, 2015
Resisting Naturalism- The case of free will- Hugh J. McCann
Não é fácil dizer o que é naturalismo
está na filosofia, está na ciência
o problema é que filósofos não empregam a linguagem da física
se eles são reduzidos a mentalistas
conceitos que não tem nenhuma influência no mundo
que nós conhecemos
certamente filósofos desejam evitar isso
uma positiva tese que
conceitos da ciência física que desejam fundar e serem suficientes
e que tem providenciado conhecimento suficiente para nossa experiência
Eu penso que o naturalismo é um tipo de ortodoxia dentro da filosofia analítica.
mas é um tipo que não chama a adesão universal
uma das questões que impede é o problema da vontade livre
que tem sempre soluções resistentes em termos que concernem ao naturalismo
e continua sendo.
São essencialmente duas razões: amigos do naturalismo nunca encontram soluções
para o problema, e uma indeterminada ou libertária solução viola os dogmas do
naturalismo.
Neste trabalho, eu defendo este caso, e digo apenas um pouco o que isso implica
sobre perspectivas para uma filosofia analítica sem o naturalismo.
Alguma história
Naturalismo como nós conhecemos hoje está enraizado numa revolução científica
e movimentos filosóficos que emergeram atualmente.
Estes tendiam para retratar um universo físico e uma grande contradição mecânica, em que
todos estes lugares estão de acordo com leis deterministas. Isto, é claro, um longo caminho
de nossa concepção de mundo físico, e isto deixa aberto questões em que naturalistas
contemporâneos tem fortes visões. Notoriamente, isto é silenciado em relação do mental
para o físico: sobre se fenômenos físicos são meramente aspectos ou produtos de um mundo
material ou em vez de fazer isto separar realmente, e que possui sua própria eficácia.
A imagem do universo como máquina é muda sobre outras questões, como bem, por exemplo,
sobre a origem do universo, o desenvolvimento da vida, e até certo ponto, o status de valores.
Mas há aqui alguns sujeitos com que a revolução científica fala com equívocos claros,
e o que tem a dizer deixou pouco espaço ou nenhum para a vontade livre.
O maior desses assuntos foi o que conta como uma explicação adequada. Para a nova ciência,
a explicação de fenômenos físicos são mecanicistas, não teológicos.
Uma boa explicação deveria proceder não em termos de suposições propostas para que coisas
existam, os fins que eles naturalmente procuram, ou de bons comportamentos adquiridos, mas em termos
de diacrônicos relações de causa e efeito.
Coisas em movimento dizem suas causas
terminando sem isso aqui....
está na filosofia, está na ciência
o problema é que filósofos não empregam a linguagem da física
se eles são reduzidos a mentalistas
conceitos que não tem nenhuma influência no mundo
que nós conhecemos
certamente filósofos desejam evitar isso
uma positiva tese que
conceitos da ciência física que desejam fundar e serem suficientes
e que tem providenciado conhecimento suficiente para nossa experiência
Eu penso que o naturalismo é um tipo de ortodoxia dentro da filosofia analítica.
mas é um tipo que não chama a adesão universal
uma das questões que impede é o problema da vontade livre
que tem sempre soluções resistentes em termos que concernem ao naturalismo
e continua sendo.
São essencialmente duas razões: amigos do naturalismo nunca encontram soluções
para o problema, e uma indeterminada ou libertária solução viola os dogmas do
naturalismo.
Neste trabalho, eu defendo este caso, e digo apenas um pouco o que isso implica
sobre perspectivas para uma filosofia analítica sem o naturalismo.
Alguma história
Naturalismo como nós conhecemos hoje está enraizado numa revolução científica
e movimentos filosóficos que emergeram atualmente.
Estes tendiam para retratar um universo físico e uma grande contradição mecânica, em que
todos estes lugares estão de acordo com leis deterministas. Isto, é claro, um longo caminho
de nossa concepção de mundo físico, e isto deixa aberto questões em que naturalistas
contemporâneos tem fortes visões. Notoriamente, isto é silenciado em relação do mental
para o físico: sobre se fenômenos físicos são meramente aspectos ou produtos de um mundo
material ou em vez de fazer isto separar realmente, e que possui sua própria eficácia.
A imagem do universo como máquina é muda sobre outras questões, como bem, por exemplo,
sobre a origem do universo, o desenvolvimento da vida, e até certo ponto, o status de valores.
Mas há aqui alguns sujeitos com que a revolução científica fala com equívocos claros,
e o que tem a dizer deixou pouco espaço ou nenhum para a vontade livre.
O maior desses assuntos foi o que conta como uma explicação adequada. Para a nova ciência,
a explicação de fenômenos físicos são mecanicistas, não teológicos.
Uma boa explicação deveria proceder não em termos de suposições propostas para que coisas
existam, os fins que eles naturalmente procuram, ou de bons comportamentos adquiridos, mas em termos
de diacrônicos relações de causa e efeito.
Coisas em movimento dizem suas causas
terminando sem isso aqui....
Alfred R. Mele - Acting Intentionally: Probing Folk Notions
o que é fazer alguma coisa intencional?
filósofos trabalham nessa questão por vários motivos
para tentar explicar a ação humana, um projeto que é velho como
Platão e Aristóteles
também para discutir a liberdade da ação
se as pessoas são moralmente responsáveis
o senso-comum descreve estas ações
muitas intuições são ancoradas em seus juízos
e digamos que são os que mais acertam
e há boas razões para isso
Joshua Knobe e Bertram Malle
escrevem um paper muito interessante sobre
estudos empíricos em fok concept da ação intencional
5 questões básicas
1.um desejo para um resultado;
2.crenças sobre uma ação que leva a esse resultado;
3.uma intenção de executar a ação;
4.habilidade para executar a acção;
5.consciência de cumprir a intenção durante a realização da ação
a pergunta É verdade que executar uma ação intencionalmente requer "um desejo de umaresultado e crenças sobre uma ação que leva a esse resultado "? Considereo seguinte caso. Enquanto está feliz fazendo algum trabalho de carpintaria em sua oficina,John assobia uma melodia alegre e gosta de seu assobio. Ele é bastante conscientetanto de seu assobio e de estar gostando. John está assobiando intencionalmente?
Mele diz que não!
sempre o par crença e desejo direcionam a ação?
Os desejos e crenças influenciam nossas ações intencionais, influenciandoo que pretendemos (p. 108). Se a minha sugestão sobre o caso de John é correta,pode ser que alguns propósitos, não são produzidos por uma combinação de desejoe crença instrumentais, e que de Malle e Knobe o desejo instrumental e as condições de crenças são dispensáveis no caso de ações intencionais queexecutam essas intenções.
Será que executar uma ação intencionalmente exige "uma intenção de executar
a acção"?
onde se dá o encontro entre a intenção e sua racionalização conceitual
ah fazendo o meu trabalho direto...
filósofos trabalham nessa questão por vários motivos
para tentar explicar a ação humana, um projeto que é velho como
Platão e Aristóteles
também para discutir a liberdade da ação
se as pessoas são moralmente responsáveis
o senso-comum descreve estas ações
muitas intuições são ancoradas em seus juízos
e digamos que são os que mais acertam
e há boas razões para isso
Joshua Knobe e Bertram Malle
escrevem um paper muito interessante sobre
estudos empíricos em fok concept da ação intencional
5 questões básicas
1.um desejo para um resultado;
2.crenças sobre uma ação que leva a esse resultado;
3.uma intenção de executar a ação;
4.habilidade para executar a acção;
5.consciência de cumprir a intenção durante a realização da ação
a pergunta É verdade que executar uma ação intencionalmente requer "um desejo de umaresultado e crenças sobre uma ação que leva a esse resultado "? Considereo seguinte caso. Enquanto está feliz fazendo algum trabalho de carpintaria em sua oficina,John assobia uma melodia alegre e gosta de seu assobio. Ele é bastante conscientetanto de seu assobio e de estar gostando. John está assobiando intencionalmente?
Mele diz que não!
sempre o par crença e desejo direcionam a ação?
Os desejos e crenças influenciam nossas ações intencionais, influenciandoo que pretendemos (p. 108). Se a minha sugestão sobre o caso de John é correta,pode ser que alguns propósitos, não são produzidos por uma combinação de desejoe crença instrumentais, e que de Malle e Knobe o desejo instrumental e as condições de crenças são dispensáveis no caso de ações intencionais queexecutam essas intenções.
Será que executar uma ação intencionalmente exige "uma intenção de executar
a acção"?
onde se dá o encontro entre a intenção e sua racionalização conceitual
ah fazendo o meu trabalho direto...
quarta-feira, outubro 21, 2015
Eu tremo,
eu não sei dançar
eu danço igual africana
eu não sou húngara
sou brasileira e vc já viu
foi só rebolar e ver como eu olho
é...
nós somos sensuais e sexuais...
e eu digo que o mais importante:
é o amor verdadeiro.
isso é ridículo, mas eu sei que todos buscam.
hahahaha
frio pra caraleo
e o frio nem começou
uiiii
Nietzsche não é bom, sério...hahahaha
hahahaha
"Amigo − respondeu Zaratustra −
palavra de honra que tudo isso de que
falas não existe, não há demônio nem
inferno. A tua alma ainda há de morrer
mais depressa do que o teu corpo; nada
temas". O homem olhou receoso. "Se
dizes a verdade – respondeu − nada
perco ao perder a vida. Não passo de
uma besta que foi ensinada a dançar a
poder de pancadas e de fome". Nietzsche
ele joga demais, é confuso
primeiro se diz um demônio por ser reconhecido com um
depois fala que não existe
pode ser,
mas perdes muito ao perder a vida
perdes tudo
e besta é tu
"Zaratustra fez hoje uma boa pesca!
Não alcançou um homem, mas um
cadáver!
Coisa para nos preocupar é a vida
humana, e sempre vazia de sentido: um
trovão lhe pode ser fatal! Nietzsche
cadáver é vc, aliás esqueleto agora
vazia foi a sua vida
sim, um trovão pode ser fatal
Quero ensinar aos homens o sentido da
sua existência, que é o Super−homem,
o relâmpago que brota da sombria
nuvem homem.
Estou, porém, longe deles, e o meu
sentido nada diz aos seus sentidos.
Para os homens sou uma coisa
intermediária entre o doido e o cadáver.
Escura é a noite, escuros são os
caminhos de Zaratustra. Vem,
companheiro frio e rígido! Levar−te−ei
ao lugar onde por minha mão te
enterrarei".Nietzsche
olha isso.....a me poupe
olha a pompa do cara
Um raio de luz me atravessa a alma:
não é à multidão que Zaratustra deve
falar, mas a companheiros! Zaratustra
não deve ser pastor e cão de um
rebanho! Nit
hã???
companheiros vivos?
mas tem de segui-lo né Zaratustra?
se te seguem vc se torna o que????????
pastor e cão de um rebanho!
ah me poupe, não vou comentar mais, vou ler essa
coisa.....e resmungar sozinha.
como se não fosse assim, agora
q só tem palavra na rede.
Legal voltar a ler Nietzsche depois de não sei quantos
anos.
não resisto
olha isso
O criador procura companheiros, não
procura cadáveres, rebanhos, nem
crentes; procura colaboradores que
inscrevam valores novos ou tábuas
novas.Nietzsche
criador?????????
meu Deus, agora eu entendo
a piração dele
ele quer ser um deus às avessas
ô meninu revoltado...hahaha
valores mesmo vc não criou né?? sabichão!
destruir é fácil meu caro...
cria, cadê o q criou? o q anunciou? o super-homem?
são só ossos
e uma filosofia destrutiva,
mas a culpa não é sua...
será que vc anunciou um homem-cadáver Nietzsche
eu não posso acreditar nisso
é pesado demais
e esse seu Zaratustra, seu alterego?
é trágicômico
mas não deve ser levado a sério
perdemos sim muitos valores companheiro
mas não somos cadáveres
ainda estamos vivos
não sabemos pra onde vamos
mas sabemos que não podemos nos destruir totalmente
sim! sabemos disso
e não vamos fazê-lo.
restará homens que não serão super
essa vontade de poder
fode com tudo
voltaremos ao amor.
sim, voltaremos ao amor.
ridículo é vc pensar que pode destruir coisas desse nível
eu não sei bem o que são
mas sei o que significam.....
eu não sei dançar
eu danço igual africana
eu não sou húngara
sou brasileira e vc já viu
foi só rebolar e ver como eu olho
é...
nós somos sensuais e sexuais...
e eu digo que o mais importante:
é o amor verdadeiro.
isso é ridículo, mas eu sei que todos buscam.
hahahaha
frio pra caraleo
e o frio nem começou
uiiii
Nietzsche não é bom, sério...hahahaha
hahahaha
"Amigo − respondeu Zaratustra −
palavra de honra que tudo isso de que
falas não existe, não há demônio nem
inferno. A tua alma ainda há de morrer
mais depressa do que o teu corpo; nada
temas". O homem olhou receoso. "Se
dizes a verdade – respondeu − nada
perco ao perder a vida. Não passo de
uma besta que foi ensinada a dançar a
poder de pancadas e de fome". Nietzsche
ele joga demais, é confuso
primeiro se diz um demônio por ser reconhecido com um
depois fala que não existe
pode ser,
mas perdes muito ao perder a vida
perdes tudo
e besta é tu
"Zaratustra fez hoje uma boa pesca!
Não alcançou um homem, mas um
cadáver!
Coisa para nos preocupar é a vida
humana, e sempre vazia de sentido: um
trovão lhe pode ser fatal! Nietzsche
cadáver é vc, aliás esqueleto agora
vazia foi a sua vida
sim, um trovão pode ser fatal
Quero ensinar aos homens o sentido da
sua existência, que é o Super−homem,
o relâmpago que brota da sombria
nuvem homem.
Estou, porém, longe deles, e o meu
sentido nada diz aos seus sentidos.
Para os homens sou uma coisa
intermediária entre o doido e o cadáver.
Escura é a noite, escuros são os
caminhos de Zaratustra. Vem,
companheiro frio e rígido! Levar−te−ei
ao lugar onde por minha mão te
enterrarei".Nietzsche
olha isso.....a me poupe
olha a pompa do cara
Um raio de luz me atravessa a alma:
não é à multidão que Zaratustra deve
falar, mas a companheiros! Zaratustra
não deve ser pastor e cão de um
rebanho! Nit
hã???
companheiros vivos?
mas tem de segui-lo né Zaratustra?
se te seguem vc se torna o que????????
pastor e cão de um rebanho!
ah me poupe, não vou comentar mais, vou ler essa
coisa.....e resmungar sozinha.
como se não fosse assim, agora
q só tem palavra na rede.
Legal voltar a ler Nietzsche depois de não sei quantos
anos.
não resisto
olha isso
O criador procura companheiros, não
procura cadáveres, rebanhos, nem
crentes; procura colaboradores que
inscrevam valores novos ou tábuas
novas.Nietzsche
criador?????????
meu Deus, agora eu entendo
a piração dele
ele quer ser um deus às avessas
ô meninu revoltado...hahaha
valores mesmo vc não criou né?? sabichão!
destruir é fácil meu caro...
cria, cadê o q criou? o q anunciou? o super-homem?
são só ossos
e uma filosofia destrutiva,
mas a culpa não é sua...
será que vc anunciou um homem-cadáver Nietzsche
eu não posso acreditar nisso
é pesado demais
e esse seu Zaratustra, seu alterego?
é trágicômico
mas não deve ser levado a sério
perdemos sim muitos valores companheiro
mas não somos cadáveres
ainda estamos vivos
não sabemos pra onde vamos
mas sabemos que não podemos nos destruir totalmente
sim! sabemos disso
e não vamos fazê-lo.
restará homens que não serão super
essa vontade de poder
fode com tudo
voltaremos ao amor.
sim, voltaremos ao amor.
ridículo é vc pensar que pode destruir coisas desse nível
eu não sei bem o que são
mas sei o que significam.....
VIDA
A Paula Romero
Después de todo, todo ha sido nada,
a pesar de que un día lo fue todo.
Después de nada, o después de todo
supe que todo no era más que nada.
Grito «¡Todo!», y el eco dice «¡Nada!».
Grito «¡Nada!», y el eco dice «¡Todo!».
Ahora sé que la nada lo era todo,
y todo era ceniza de la nada.
No queda nada de lo que fue nada.
(Era ilusión lo que creía todo
y que, en definitiva, era la nada.)
Qué más da que la nada fuera nada
si más nada será, después de todo,
después de tanto todo para nada.
José Hierro
A Paula Romero
Después de todo, todo ha sido nada,
a pesar de que un día lo fue todo.
Después de nada, o después de todo
supe que todo no era más que nada.
Grito «¡Todo!», y el eco dice «¡Nada!».
Grito «¡Nada!», y el eco dice «¡Todo!».
Ahora sé que la nada lo era todo,
y todo era ceniza de la nada.
No queda nada de lo que fue nada.
(Era ilusión lo que creía todo
y que, en definitiva, era la nada.)
Qué más da que la nada fuera nada
si más nada será, después de todo,
después de tanto todo para nada.
José Hierro
Ámen
No circo cheio de luz
Há tanto que ver!...
«Senhores!»
— Grita o palhaço da entrada,
Todo listrado de cores —
«Entrai, que não custa nada!»
«À saída é que se paga»
(E eu sou aquele palhaço
Com listras!, e estardalhaço,
Chamando público...)
Na arena,
Está toda a companhia.
E o público contracena
Com a arena,
Como a arena com o público,
Agonias de alegria...
Uma bailarina dança.
A bailarina que dança
Já correu França e Aragança
Dançando do mesmo modo
Com todo o seu corpo todo.
Mas sempre, de cada vez,
Seu pés,
Seus voláteis pés,
Tiveram diverso modo
De raptar da mesma forma
Seu corpo todo!
Os seus movimentos de hoje
São, talvez, iguais aos de ontem,
Aos olhos de quem não vê
Que o gesto feito uma vez
Já se não faz como fez.
Ai!, a vida!
E eu que ouvi que a vida é um dia!
Mas acaba e principia
A cada instante do dia...
(E eu também sou bailarino:
Também danço!;
Também não tenho descanso;
Também cá vivo fingindo
Que só vivo repetindo,
Muito embora
Saiba como a toda a hora
Vario e crio,
Ruo e fluo,
Como um rio...)
Na plateia, um homem bêbado
Tem olhos vítreos do vinho.
Seus olhos vítreos
Pegaram-se às pernas ágeis
Da bailarina.
Seu olhar que foi subindo
A foi despindo...
E ali a cara de todos
Aquele bêbado a goza,
Gemendo, arquejando, rindo...
... De tal modo,
Que, súbito, o circo todo
é um grande leito em festa, a receber
O espasmo daquele homem
Que possui essa mulher.
Que mentira e que verdade
Que é a vida!
(E eu sou, também, esse bêbado
Que a força de desejar
Transformou em realidade
O seu desejo.
Na verdade...,
Sim, na verdade, não vejo
Porque me não enganar...)
O acrobata, que belo,
Cinturado de amarelo!
Que belo
Ser acrobata!
Seu corpo é de oiro e de prata,
Com fogo e gelo a correr...
Pendurado do trapézio,
Crucificado no ar,
Causa angústia e faz prazer
Ver esse corpo bailar,
Voar
Entre a vida e a morte...
E é belo ser assim forte,
Ficando assim delicado.
Ora esse alado elegante
Que sorri com tal desplante
Tem, no entanto,
Há já tanto!,
Uma loucura com ele
Que o impele:
Quer subir
Até onde puder ir;
Além do que puder ir;
Mais e mais!
Seus belos saltos mortais
Desenham cada vez mais
Voos cada vez mais trágicos.
Até que ele há-de chegar
À tristíssima vitória
De não ter mais que avançar.
Então...,
Ele há-de, ainda, sorrir.
Ora verão!
E há-de deixar-se cair.
E há-de deixar-se cair,
Do sétimo céu ao chão.
Ai!, a vida!
Poema da Tentação...
(E eu sou aquele acrobata:
Não subi nem me exibi;
Não me tapei de amarelo,
Nem meu corpo é de oiro e prata,
Nem eu sou belo...
Tenho dó de não ser belo!
Mas sou aquele acrobata.)
Ri, palhaço!
O palhaço entrou em cena,
Ri, cabriola, rebola,
Pega fogo à multidão.
Ri, palhaço!
Corpo de borracha e aço,
Rebola como uma bola,
Tem dentro não sei que mola
Que pincha, emperra, uiva, guincha,
Zune, faz rir!
Ri, palhaço!
Ri..., ri de ti para os outros,
Ri dos outros para ti,
Ri de ti para ti... ri!,
Ri dos outros para os outros...,
Ri, arre!, ri, irra!, ri!
Não!, que não!, que eu não lamente
Quem então, mesmo que o tente,
Não deixa de se exprimir
Tão brutalmente.
Palhaço, ri!
Eu não sei ter dó de ti:
Por miserável que seja,
Não se tem dó do que é belo.
(... Porque,
Será preciso dizê-lo?,
Também sou esse palhaço
Feito de borracha
E aço...)
Ai!, a vida!
Que trambolhões na subida,
Que ascenções pela descida...!
Entre os mil espectadores,
Encolhido,
Pequenino,
— Meu menino, ino, ino... —
Sim, fixo aquele menino.
Seus olhos, duas estrelas,
Acesinhos como velas
E maiores
Que os dos mais espectadores,
São de Menino Jesus
Que dá lição aos doutores.
Esses olhos fazem luz
Sobre todo o circo... São
Duas varas de condão.
Eis como, a luz que eles dão,
Tudo, em redor, se enriquece
De outra significação:
Que linda história de fadas
Se não vai desenrolando!,
Com princesas encantadas
Desencantadas,
E jovens reis escalando
Que muralhas invencíveis
Ao ritmo de árias terríveis,
Enquanto um príncipe excêntrico
Engole espadas e chamas,
Vem divertir o seu povo,
Trava prélios
Com dragões,
Gigantes,
Bruxas,
Anões,
—Criações
Dum mundo novo...
Ai!, a vida!
Maravilhosa historieta!
(E eu sou aquele menino:
Sou poeta...)
Mas em frente,
Do outro lado da arena,
Certa cara mascarada
Foca a cena:
Mascarada de silêncio,
De serenidade e enigma.
Bailados e acrobacias,
Amazonas e corcéis,
Músicas, luzes, e cores,
— Não me parecem que existam
Naqueles ouvidos surdos
E naqueles olhos foscos
De lágrimas,
Sangue,
Suores...
Quem é que ali sabe a história
Destes olhos esvaziados.
Dessa testa de sepulcro,
Daqueles lábios selados?
Poque está ali essa máscara,
Sozinha na multidão,
Fechada no seu caixão
De solidão e silêncio?...
E ai, minha mãe e meu pai!,
Todos que me quereis... ai
Que eu sou também, afinal,
Todo esse frio mortal...!
... Porque eu sou tudo!, — afinal.
E, mais do que bailarino,
Clown, acrobata, menino,
Bêbado ou esfinge, sou
A terra,
O chão que eles pisam,
E o pó que sobe e os envolve...
Moro lá em baixo, enterrado,
Muito lá em baixo!, e calado.
Pairo por cima ondulando,
Ando
No ar
Espalhado...
Ai!, a vida!
Que a vida não tem limites,
E quem vive não tem paz,
Menino, por mais que sonhes!,
Por mais que desejes, bêbado!,
Palhaço, por mais que grites!,
Por ais que vás, acrobata!,
Por mais que vás...!
Ai!, a vida!
... Assi, me surge tão bela,
Tão digna de ser vivida,
Sorvida
Até se esgotar,
Que eu sei que é faminto dela
Que me hei-de matar.
José Régio
No circo cheio de luz
Há tanto que ver!...
«Senhores!»
— Grita o palhaço da entrada,
Todo listrado de cores —
«Entrai, que não custa nada!»
«À saída é que se paga»
(E eu sou aquele palhaço
Com listras!, e estardalhaço,
Chamando público...)
Na arena,
Está toda a companhia.
E o público contracena
Com a arena,
Como a arena com o público,
Agonias de alegria...
Uma bailarina dança.
A bailarina que dança
Já correu França e Aragança
Dançando do mesmo modo
Com todo o seu corpo todo.
Mas sempre, de cada vez,
Seu pés,
Seus voláteis pés,
Tiveram diverso modo
De raptar da mesma forma
Seu corpo todo!
Os seus movimentos de hoje
São, talvez, iguais aos de ontem,
Aos olhos de quem não vê
Que o gesto feito uma vez
Já se não faz como fez.
Ai!, a vida!
E eu que ouvi que a vida é um dia!
Mas acaba e principia
A cada instante do dia...
(E eu também sou bailarino:
Também danço!;
Também não tenho descanso;
Também cá vivo fingindo
Que só vivo repetindo,
Muito embora
Saiba como a toda a hora
Vario e crio,
Ruo e fluo,
Como um rio...)
Na plateia, um homem bêbado
Tem olhos vítreos do vinho.
Seus olhos vítreos
Pegaram-se às pernas ágeis
Da bailarina.
Seu olhar que foi subindo
A foi despindo...
E ali a cara de todos
Aquele bêbado a goza,
Gemendo, arquejando, rindo...
... De tal modo,
Que, súbito, o circo todo
é um grande leito em festa, a receber
O espasmo daquele homem
Que possui essa mulher.
Que mentira e que verdade
Que é a vida!
(E eu sou, também, esse bêbado
Que a força de desejar
Transformou em realidade
O seu desejo.
Na verdade...,
Sim, na verdade, não vejo
Porque me não enganar...)
O acrobata, que belo,
Cinturado de amarelo!
Que belo
Ser acrobata!
Seu corpo é de oiro e de prata,
Com fogo e gelo a correr...
Pendurado do trapézio,
Crucificado no ar,
Causa angústia e faz prazer
Ver esse corpo bailar,
Voar
Entre a vida e a morte...
E é belo ser assim forte,
Ficando assim delicado.
Ora esse alado elegante
Que sorri com tal desplante
Tem, no entanto,
Há já tanto!,
Uma loucura com ele
Que o impele:
Quer subir
Até onde puder ir;
Além do que puder ir;
Mais e mais!
Seus belos saltos mortais
Desenham cada vez mais
Voos cada vez mais trágicos.
Até que ele há-de chegar
À tristíssima vitória
De não ter mais que avançar.
Então...,
Ele há-de, ainda, sorrir.
Ora verão!
E há-de deixar-se cair.
E há-de deixar-se cair,
Do sétimo céu ao chão.
Ai!, a vida!
Poema da Tentação...
(E eu sou aquele acrobata:
Não subi nem me exibi;
Não me tapei de amarelo,
Nem meu corpo é de oiro e prata,
Nem eu sou belo...
Tenho dó de não ser belo!
Mas sou aquele acrobata.)
Ri, palhaço!
O palhaço entrou em cena,
Ri, cabriola, rebola,
Pega fogo à multidão.
Ri, palhaço!
Corpo de borracha e aço,
Rebola como uma bola,
Tem dentro não sei que mola
Que pincha, emperra, uiva, guincha,
Zune, faz rir!
Ri, palhaço!
Ri..., ri de ti para os outros,
Ri dos outros para ti,
Ri de ti para ti... ri!,
Ri dos outros para os outros...,
Ri, arre!, ri, irra!, ri!
Não!, que não!, que eu não lamente
Quem então, mesmo que o tente,
Não deixa de se exprimir
Tão brutalmente.
Palhaço, ri!
Eu não sei ter dó de ti:
Por miserável que seja,
Não se tem dó do que é belo.
(... Porque,
Será preciso dizê-lo?,
Também sou esse palhaço
Feito de borracha
E aço...)
Ai!, a vida!
Que trambolhões na subida,
Que ascenções pela descida...!
Entre os mil espectadores,
Encolhido,
Pequenino,
— Meu menino, ino, ino... —
Sim, fixo aquele menino.
Seus olhos, duas estrelas,
Acesinhos como velas
E maiores
Que os dos mais espectadores,
São de Menino Jesus
Que dá lição aos doutores.
Esses olhos fazem luz
Sobre todo o circo... São
Duas varas de condão.
Eis como, a luz que eles dão,
Tudo, em redor, se enriquece
De outra significação:
Que linda história de fadas
Se não vai desenrolando!,
Com princesas encantadas
Desencantadas,
E jovens reis escalando
Que muralhas invencíveis
Ao ritmo de árias terríveis,
Enquanto um príncipe excêntrico
Engole espadas e chamas,
Vem divertir o seu povo,
Trava prélios
Com dragões,
Gigantes,
Bruxas,
Anões,
—Criações
Dum mundo novo...
Ai!, a vida!
Maravilhosa historieta!
(E eu sou aquele menino:
Sou poeta...)
Mas em frente,
Do outro lado da arena,
Certa cara mascarada
Foca a cena:
Mascarada de silêncio,
De serenidade e enigma.
Bailados e acrobacias,
Amazonas e corcéis,
Músicas, luzes, e cores,
— Não me parecem que existam
Naqueles ouvidos surdos
E naqueles olhos foscos
De lágrimas,
Sangue,
Suores...
Quem é que ali sabe a história
Destes olhos esvaziados.
Dessa testa de sepulcro,
Daqueles lábios selados?
Poque está ali essa máscara,
Sozinha na multidão,
Fechada no seu caixão
De solidão e silêncio?...
E ai, minha mãe e meu pai!,
Todos que me quereis... ai
Que eu sou também, afinal,
Todo esse frio mortal...!
... Porque eu sou tudo!, — afinal.
E, mais do que bailarino,
Clown, acrobata, menino,
Bêbado ou esfinge, sou
A terra,
O chão que eles pisam,
E o pó que sobe e os envolve...
Moro lá em baixo, enterrado,
Muito lá em baixo!, e calado.
Pairo por cima ondulando,
Ando
No ar
Espalhado...
Ai!, a vida!
Que a vida não tem limites,
E quem vive não tem paz,
Menino, por mais que sonhes!,
Por mais que desejes, bêbado!,
Palhaço, por mais que grites!,
Por ais que vás, acrobata!,
Por mais que vás...!
Ai!, a vida!
... Assi, me surge tão bela,
Tão digna de ser vivida,
Sorvida
Até se esgotar,
Que eu sei que é faminto dela
Que me hei-de matar.
José Régio
Exposição da Idéia Universal- Schelling
Schelling vc é bom..
primeiro encontro
eu achei que o universal como ideal e real...
não sei...aquela parte que vc disse do saber absoluto
o subjetivo e o objetivo não são unificados como opostos
mas o subjetivo inteiro é o objetivo inteiro inversamente
subjetivo e objetivo como identidade
absoluto identidade pura
só o absoluto é absolutamente ideal
Devemos mostrar, ainda com mais precisão, a necessidade daquela sujeito-objetividade da absolutez indivisa........................o que quer dizer com isso Schelling? please..
ok absoluto como eterno ato-de-conhecimento que em si mesmo é matéria e forma
que faz de si mesmo ideia
como pura identidade real
toda ideia é um particular e são sínteses da identidade absoluta
estão todas no absoluta como uma só
as coisas em si são ideias no eterno ato de conhecimento, como ideias no Absoluto
que é uma só ideia
a aparição como unidade absoluta objetiva pela forma particular
pela coisa efetiva singular
numa diversidade essencial ou qualitativa, mas meramente inessencial e quantitativa,
que repousa sobre o grau da figuração do infinito no finito.
adoro como escreve Schelling!
o finito no infinito e o infinito no finito..como uma só unidade
o absoluto se expande no particular no ato de conhecimento eterno para,
na absoluta figuração de sua infinitude no finito, recolher o próprio finito em si, e esses dois
atos são nele um só.
refigurando o finito no infinito
tornando se objetivo e disntinguíveis no particular
o conhecer eterno se dá a conhecer na distinção
agora entendo o que quer dizer com real e ideal
e quando diz que a filosofia é a ciência do Absoluto
e o Absoluto em seu agir eterno
com seus dois lados, real e ideal
mas consiste em ver os dois como um no absoluto ato de conhecimento
primeiro encontro
eu achei que o universal como ideal e real...
não sei...aquela parte que vc disse do saber absoluto
o subjetivo e o objetivo não são unificados como opostos
mas o subjetivo inteiro é o objetivo inteiro inversamente
subjetivo e objetivo como identidade
absoluto identidade pura
só o absoluto é absolutamente ideal
Devemos mostrar, ainda com mais precisão, a necessidade daquela sujeito-objetividade da absolutez indivisa........................o que quer dizer com isso Schelling? please..
ok absoluto como eterno ato-de-conhecimento que em si mesmo é matéria e forma
que faz de si mesmo ideia
como pura identidade real
toda ideia é um particular e são sínteses da identidade absoluta
estão todas no absoluta como uma só
as coisas em si são ideias no eterno ato de conhecimento, como ideias no Absoluto
que é uma só ideia
a aparição como unidade absoluta objetiva pela forma particular
pela coisa efetiva singular
numa diversidade essencial ou qualitativa, mas meramente inessencial e quantitativa,
que repousa sobre o grau da figuração do infinito no finito.
adoro como escreve Schelling!
o finito no infinito e o infinito no finito..como uma só unidade
o absoluto se expande no particular no ato de conhecimento eterno para,
na absoluta figuração de sua infinitude no finito, recolher o próprio finito em si, e esses dois
atos são nele um só.
refigurando o finito no infinito
tornando se objetivo e disntinguíveis no particular
o conhecer eterno se dá a conhecer na distinção
agora entendo o que quer dizer com real e ideal
e quando diz que a filosofia é a ciência do Absoluto
e o Absoluto em seu agir eterno
com seus dois lados, real e ideal
mas consiste em ver os dois como um no absoluto ato de conhecimento
Volition
Preciso dizer palavras que são coisas
do mundo que vejo agora
gostaria do sentimento da saudade que falam
estes poetas-filósofos daqui
enviar cartas para amigos e dizer da vida
aqui é outra
na verdade é o espaço
e o tempo
porque a vida
a vida
é vento
vento na janela
lua no céu
dessas coisas de poeta
gostaria de dizer que agora eu sei
que o amor
eu ferrei com ele
não sei
pra qual país viajou
aqui há tantos homens bonitos
que nos olham
nos olham
mas só nos olham a noite
durante o dia ninguém olha nos olhos
estão todos muitos concentrados em sei lá o que
olham pra um vazio que está a frente
não ousam olhar transeuntes
penso que sabem que sou estrangeira
eu olho, olho, olho
as ruas escuras
o vento quando o sol vai embora
há sol e há frio juntos
é estranho...........
eu não sei, meu país tá uma merda
governantes que pretendem se perpetuarem
no poder...poder, poder
eu não sei o que posso
posso viver aqui
até fevereiro
há muitas distâncias
por aqui.
Eu não sei se somos livres
quando olho a cada pedra que vou pisar
o meu pé já está lá...
eu realmente estou comandando onde vou pisar?
parece que sim
o meu corpo sabe que em certos lugares o passo deverá ser maior
e eu me estico
essas persianas não vedam essa temperatura que está no ar
e eu devo ler Leonardo Coimbra, Agostinho da Silva
e tantos outros...
voltei a ler Nietszche e agora penso como pude me influenciar por
aqueles escritos na adolescência?
realmente tem um ar adolescente Nietzsche
pra falar de Super-Homem....ah porfa..........
fodas, ele é um homem como outro qualquer.
Eu sou um homem qualquer?
sim? todos somos um homem qualquer..
qualquer?
qualquer ser?
ha me poupe....o dever ser
sim, sempre o dever ser...............hahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
ok o dever ser
deve ler
e saber se é livre,
e a free will?
intending?
volition?
o que é a ação?
a racionalidade?
a acrasia é possível ou não?
o que vc quer Sâmara?
o que vc quer??????????????????????????
do mundo que vejo agora
gostaria do sentimento da saudade que falam
estes poetas-filósofos daqui
enviar cartas para amigos e dizer da vida
aqui é outra
na verdade é o espaço
e o tempo
porque a vida
a vida
é vento
vento na janela
lua no céu
dessas coisas de poeta
gostaria de dizer que agora eu sei
que o amor
eu ferrei com ele
não sei
pra qual país viajou
aqui há tantos homens bonitos
que nos olham
nos olham
mas só nos olham a noite
durante o dia ninguém olha nos olhos
estão todos muitos concentrados em sei lá o que
olham pra um vazio que está a frente
não ousam olhar transeuntes
penso que sabem que sou estrangeira
eu olho, olho, olho
as ruas escuras
o vento quando o sol vai embora
há sol e há frio juntos
é estranho...........
eu não sei, meu país tá uma merda
governantes que pretendem se perpetuarem
no poder...poder, poder
eu não sei o que posso
posso viver aqui
até fevereiro
há muitas distâncias
por aqui.
Eu não sei se somos livres
quando olho a cada pedra que vou pisar
o meu pé já está lá...
eu realmente estou comandando onde vou pisar?
parece que sim
o meu corpo sabe que em certos lugares o passo deverá ser maior
e eu me estico
essas persianas não vedam essa temperatura que está no ar
e eu devo ler Leonardo Coimbra, Agostinho da Silva
e tantos outros...
voltei a ler Nietszche e agora penso como pude me influenciar por
aqueles escritos na adolescência?
realmente tem um ar adolescente Nietzsche
pra falar de Super-Homem....ah porfa..........
fodas, ele é um homem como outro qualquer.
Eu sou um homem qualquer?
sim? todos somos um homem qualquer..
qualquer?
qualquer ser?
ha me poupe....o dever ser
sim, sempre o dever ser...............hahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
ok o dever ser
deve ler
e saber se é livre,
e a free will?
intending?
volition?
o que é a ação?
a racionalidade?
a acrasia é possível ou não?
o que vc quer Sâmara?
o que vc quer??????????????????????????
sábado, setembro 26, 2015
Ações, Razões e Causas- Donald DAvidson
Qual a relação de uma razão e uma ação?
a razão explica a ação?
a razão para Davidson racionaliza a ação
vai defender que a razão é uma espécie de explicação causal
uma razão racionaliza a ação de acordo com a intenção do agente
quais eram os seus interesses
uma palavra importante: atitude
traços que podem se revelar durante toda uma vida
mas, tbm as efêmeras em ações singulares
dar razão é nomear uma atitude favorável
ou crença relacionada, ou ambos,
recebendo o nome de razão primária
a razão primária para uma ação é sua causa
há ações que sabemos e damos razões para estas
e há outras que não temos razões
nenhuma razão que não pudesse ser inferida do fato de a ação ter sido intencional; nenhuma razão, por outras palavras, além de querer realizá-la. p.3
toda ação tem uma desejabilidade característica, como Anscombe diz
o padrão de justificação fornece as razões, a explicação exigida
mas, não se segue que a explicação não seja também causal
a racionalização como uma espécie de explicação causal
a justificação é uma propriedade diferenciadora (?)
o agente pode dar razões que não sejam as reais
mas continua tendo razão
queremos interpretar sempre nossas ações atribuindo razões para estas
descobrir a razão é descobrir o sentido de uma ação
as razões sendo crenças e atitudes certamente não são iguais a ações
mas são redescritos em termos de suas causas
uma razão primária para uma ação é a sua causa
Melden, por exemplo, diz que as ações são freqüentemente idênticas aos movimentos corporais, e que estes têm causas; no entanto, nega que estas sejam causas das ações. Isto é, penso, uma contradição. Melden é levado a isto pelo seguinte tipo de consideração: “É fútil tentar explicar a conduta através da eficácia causal de um desejo — tudo que isso pode explicar são outros acontecimentos, e não ações realizadas por agentes. O agente confrontando o nexo causal em que tais acontecimentos ocorrem é uma vítima indefesa de tudo que acontece nele e com ele” (Melden, 1961, pp. 128-129).
Citado por DAvidson, claro
Existe um agente ou não?
a razão explica a ação?
a razão para Davidson racionaliza a ação
vai defender que a razão é uma espécie de explicação causal
uma razão racionaliza a ação de acordo com a intenção do agente
quais eram os seus interesses
uma palavra importante: atitude
traços que podem se revelar durante toda uma vida
mas, tbm as efêmeras em ações singulares
dar razão é nomear uma atitude favorável
ou crença relacionada, ou ambos,
recebendo o nome de razão primária
a razão primária para uma ação é sua causa
há ações que sabemos e damos razões para estas
e há outras que não temos razões
nenhuma razão que não pudesse ser inferida do fato de a ação ter sido intencional; nenhuma razão, por outras palavras, além de querer realizá-la. p.3
toda ação tem uma desejabilidade característica, como Anscombe diz
o padrão de justificação fornece as razões, a explicação exigida
mas, não se segue que a explicação não seja também causal
a racionalização como uma espécie de explicação causal
a justificação é uma propriedade diferenciadora (?)
o agente pode dar razões que não sejam as reais
mas continua tendo razão
queremos interpretar sempre nossas ações atribuindo razões para estas
descobrir a razão é descobrir o sentido de uma ação
as razões sendo crenças e atitudes certamente não são iguais a ações
mas são redescritos em termos de suas causas
uma razão primária para uma ação é a sua causa
Melden, por exemplo, diz que as ações são freqüentemente idênticas aos movimentos corporais, e que estes têm causas; no entanto, nega que estas sejam causas das ações. Isto é, penso, uma contradição. Melden é levado a isto pelo seguinte tipo de consideração: “É fútil tentar explicar a conduta através da eficácia causal de um desejo — tudo que isso pode explicar são outros acontecimentos, e não ações realizadas por agentes. O agente confrontando o nexo causal em que tais acontecimentos ocorrem é uma vítima indefesa de tudo que acontece nele e com ele” (Melden, 1961, pp. 128-129).
Citado por DAvidson, claro
Existe um agente ou não?
segunda-feira, setembro 21, 2015
Cântico negro
"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
José
Régio
"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!
sexta-feira, setembro 18, 2015
domingo, agosto 30, 2015
Analogia
vários silêncios vistos
eu não sei se é assim agora
é claro que é..isso contrapõe com o não-ser
que vc tanto pensa
um ser que queria ser um outro ser
mais animado
mais empolgado
mais falante
com muitas histórias
gente, tanta gente com tantas histórias
qual a sua?
eu não lembro!
vc vive só filosofia?
meu Deus
eu vivo só na universidade
meu Deus
e essa vida de família que vc não se reconhece
bom, vc sabe que tem ali um história
mãe, a mesma casa e dois irmãos
meu Deus, meu Deus
eu acho que tenho medo da vida...
eu tenho medo de qual história
lá na universidade é mais seguro
lá tem muitos livros, muita gente repetindo o que tem neles
misturando as coisas que aprendem
pra falar algo
ué, essas pessoas devem também querer escrever livros..
vc vai escrever livros?
hahahahaha
quais histórias Sâmara?
quais histórias vc vai contar
fenomenologia
mas, e o prof que estuda Husserl
disse que quem estuda Merleau-Ponty costuma
pensar por analogia...
hummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
mmmmmmmmmmmmmmmm
vai ser conservadora? mas o que mesmo que vc quer conservar?
conservar coisas que vc acha que são boas e não devem ser mudadas?
quais são essas coisas?
o amor?
o amor?
o amor?
o amor?
mas, que amor q vc acha que existe e quer conservar?
ah, o amor entre os homens!
ahaha
de repente...é muita emoção
e eu sinto que essa viagem tá mechendo comigo
eu lá em outro país
aqui eu reclamo de estar nesse país
desse povo que finge que estuda
dessa universidade que é teatro
bom, lá então vc vai estar feliz?
vc é feliz aqui?
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
que coisa...
quando essas coisas veem na minha cabeça
eu penso: era melhor estar estudando.
e daí eu vou contar histórias
na universidade
pra quem tbm estuda...?
para os que fingem tbm...rs
estuda pra que?
pra si próprio..pra ficar mais inteligente e cada vez mais mudo?
pq gosta?
pq prefere estudar que pensar a própria vida
que ter que pensar em como vai ganhar dinheiro
há uma indústria para os estudantes: as universidades
lá pagam pra gente estudar
e quem estuda mais, ganha o discurso, ou quem tiver
melhor retórica
ou ser mais velho e ter mais títulos, mais livros
eu não sei, mas muitas vezes, como agora
eu sinto a inutilidade de pensar
mas, peraí, não é tão simples
dizer que a experiência de si na dança contemporânea
reflete o esquema corporal adquirido, inclusive no balé dos anos todos,
eu sei, husserlianos, vcs querem a consciência..
eu não sei,
tem horas que eu não sei o que pensar
aí as coisas que costumo pensar são suspensas e tudo parece
tão estúpido, tanto a filosofia como vida pessoal, ou até todas as coisas no mundo
acho que é o absurdo...outra teoria Sâmara?
uma vida que quer ser engajar
e não sabe como.
Se engancha na filosofia e se afasta cada vez mais do mundo...
meu Deus, isso não pode ser assim,
e o mundo da universidade?
Sâmara é o q tem pra vc,
sério, eu quero mais.
eu não sei se é assim agora
é claro que é..isso contrapõe com o não-ser
que vc tanto pensa
um ser que queria ser um outro ser
mais animado
mais empolgado
mais falante
com muitas histórias
gente, tanta gente com tantas histórias
qual a sua?
eu não lembro!
vc vive só filosofia?
meu Deus
eu vivo só na universidade
meu Deus
e essa vida de família que vc não se reconhece
bom, vc sabe que tem ali um história
mãe, a mesma casa e dois irmãos
meu Deus, meu Deus
eu acho que tenho medo da vida...
eu tenho medo de qual história
lá na universidade é mais seguro
lá tem muitos livros, muita gente repetindo o que tem neles
misturando as coisas que aprendem
pra falar algo
ué, essas pessoas devem também querer escrever livros..
vc vai escrever livros?
hahahahaha
quais histórias Sâmara?
quais histórias vc vai contar
fenomenologia
mas, e o prof que estuda Husserl
disse que quem estuda Merleau-Ponty costuma
pensar por analogia...
hummmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm
mmmmmmmmmmmmmmmm
vai ser conservadora? mas o que mesmo que vc quer conservar?
conservar coisas que vc acha que são boas e não devem ser mudadas?
quais são essas coisas?
o amor?
o amor?
o amor?
o amor?
mas, que amor q vc acha que existe e quer conservar?
ah, o amor entre os homens!
ahaha
de repente...é muita emoção
e eu sinto que essa viagem tá mechendo comigo
eu lá em outro país
aqui eu reclamo de estar nesse país
desse povo que finge que estuda
dessa universidade que é teatro
bom, lá então vc vai estar feliz?
vc é feliz aqui?
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
que coisa...
quando essas coisas veem na minha cabeça
eu penso: era melhor estar estudando.
e daí eu vou contar histórias
na universidade
pra quem tbm estuda...?
para os que fingem tbm...rs
estuda pra que?
pra si próprio..pra ficar mais inteligente e cada vez mais mudo?
pq gosta?
pq prefere estudar que pensar a própria vida
que ter que pensar em como vai ganhar dinheiro
há uma indústria para os estudantes: as universidades
lá pagam pra gente estudar
e quem estuda mais, ganha o discurso, ou quem tiver
melhor retórica
ou ser mais velho e ter mais títulos, mais livros
eu não sei, mas muitas vezes, como agora
eu sinto a inutilidade de pensar
mas, peraí, não é tão simples
dizer que a experiência de si na dança contemporânea
reflete o esquema corporal adquirido, inclusive no balé dos anos todos,
eu sei, husserlianos, vcs querem a consciência..
eu não sei,
tem horas que eu não sei o que pensar
aí as coisas que costumo pensar são suspensas e tudo parece
tão estúpido, tanto a filosofia como vida pessoal, ou até todas as coisas no mundo
acho que é o absurdo...outra teoria Sâmara?
uma vida que quer ser engajar
e não sabe como.
Se engancha na filosofia e se afasta cada vez mais do mundo...
meu Deus, isso não pode ser assim,
e o mundo da universidade?
Sâmara é o q tem pra vc,
sério, eu quero mais.
sábado, agosto 08, 2015
passadas algumas luzes
iluminação da vida mesmo
ora natural, ora das lâmpadas...
quentes ou frias.
o corpo em movimento
o pensamento tentando
a percepção...sei lá...
no quarto?
bom, a escrever
a ler...
sim, é isso!
um momento
a maior ânsia
um esfriamento
um preparar o corpo
para o esfriamento
outros mundos
a apresentação na Faje
o medo de ter algum padre lá que argumenta a favor do Descartes...
alma, Deus, metafísica....ahhhhhh...um belo orador, com um belo discurso
enfim, sem bola de cristal
eu organizo o que falta
para acontecer na visão
um outro quarto do lado de lá do oceano
e outras coisas pra ler e estudar
Filosofia contemporânea de novo..uhuuu...
filosofia da ação.. bora ver
eu e aquele mundo que eu não conheço
iluminação da vida mesmo
ora natural, ora das lâmpadas...
quentes ou frias.
o corpo em movimento
o pensamento tentando
a percepção...sei lá...
no quarto?
bom, a escrever
a ler...
sim, é isso!
um momento
a maior ânsia
um esfriamento
um preparar o corpo
para o esfriamento
outros mundos
a apresentação na Faje
o medo de ter algum padre lá que argumenta a favor do Descartes...
alma, Deus, metafísica....ahhhhhh...um belo orador, com um belo discurso
enfim, sem bola de cristal
eu organizo o que falta
para acontecer na visão
um outro quarto do lado de lá do oceano
e outras coisas pra ler e estudar
Filosofia contemporânea de novo..uhuuu...
filosofia da ação.. bora ver
eu e aquele mundo que eu não conheço
domingo, julho 19, 2015
O amor saiu pra passear ontem
deu uma volta na cidade
comprou um casaco de lã,
o amor evita sentir frio...
estudou pouco,
tudo bem, está tudo bem...
o amor já não se culpa quando a razão
atenta quer fazer dele um idiota...
está tranquilo, esperando respostas sobre
mudanças
o amor
já sabe o que vai dizer no Congresso..
a verdade do mundo natural
já descobriu que a verdade não pode ser pensada...
somente vivida...
Cantou um pouco,
viu um filme
acordou cedo hoje
viu uns poemas
e ficou inspirado
o sol tá brilhando
e mesmo que o domingo esteja um pouco frio
para um amor tropical
o dia está lindo
bateu aquela antiga vontade nele...
de amar
o amor sempre acha que precisa de
coisas mágicas
que ele não sabe se inventa,
ou se assim são.
deu uma volta na cidade
comprou um casaco de lã,
o amor evita sentir frio...
estudou pouco,
tudo bem, está tudo bem...
o amor já não se culpa quando a razão
atenta quer fazer dele um idiota...
está tranquilo, esperando respostas sobre
mudanças
o amor
já sabe o que vai dizer no Congresso..
a verdade do mundo natural
já descobriu que a verdade não pode ser pensada...
somente vivida...
Cantou um pouco,
viu um filme
acordou cedo hoje
viu uns poemas
e ficou inspirado
o sol tá brilhando
e mesmo que o domingo esteja um pouco frio
para um amor tropical
o dia está lindo
bateu aquela antiga vontade nele...
de amar
o amor sempre acha que precisa de
coisas mágicas
que ele não sabe se inventa,
ou se assim são.
sexta-feira, julho 17, 2015
O amor não tem cárie
foram palpitações noturnas
de dentes sensíveis
ufa!
sem raio X por ora.
O amor precisa dormir um pouco agora
depois de escutar aqueles zumbidos do The Shinning
e traduzir aquele artigo amanhã.
Afinal, o mundo natural é mais importante que o cultural,
por que?
sensível x logos..........................................
Ele é o dado, e a verdade só pode estar ali, amor.
mas, e o mito do dado, amor?
ah! pensa nisso amanhã.
Vai ter que recorrer ao Mente e Mundo,
gostei da ideia,
vamos ver se rende alguma fala,
mas, não é a busca da verdade, amor?
ah só amanhã.
foram palpitações noturnas
de dentes sensíveis
ufa!
sem raio X por ora.
O amor precisa dormir um pouco agora
depois de escutar aqueles zumbidos do The Shinning
e traduzir aquele artigo amanhã.
Afinal, o mundo natural é mais importante que o cultural,
por que?
sensível x logos..........................................
Ele é o dado, e a verdade só pode estar ali, amor.
mas, e o mito do dado, amor?
ah! pensa nisso amanhã.
Vai ter que recorrer ao Mente e Mundo,
gostei da ideia,
vamos ver se rende alguma fala,
mas, não é a busca da verdade, amor?
ah só amanhã.
quinta-feira, julho 16, 2015
Oye, hijo mío, el silencio.
Es un silencio ondulado,
un silencio,
donde resbalan valles y ecos
y que inclina las frentes
hacia el suelo.
Es un silencio ondulado,
un silencio,
donde resbalan valles y ecos
y que inclina las frentes
hacia el suelo.
Federico García Lorca
Saiba que tudo ocupa meu silêncio
e tu não estaria nele?
penso que ao calar-me quero fazer
a alma acomodar-se melhor ao corpo
falamos demais
talvez no silêncio fique mais claro o que se sente
muitos pensam que tal silêncio é tristeza
parece, mas não é
me obrigas a falar do meu silêncio
a rompê-lo
ocuparemos com o que?
precisamos falar de que?
sentimos o que?
calabouço é uma prisão
e prisão é ter a obrigação de expressar por expressar
sabe o blá blá blá
a distância
silenciosa
no es la muerte para lo que todavia
quer vivir.
ah o amor...
estava dando umas voltas
foi parar naquele vale,
subiu, desceu andando calmamente na grama verde
havia uns boizinhos pastando ao lado
tudo bem, voltou e viu o pico
tava alto, alto, alto
lá nem tinha grama
um vento gelado
nem subiu mais
a estas alturas já estava bom
tinha um zumbido no ouvido que o incomodava
não sabia o porquê
devia ser aquele troço de altitude
pressão atmosférica, o amor pensava
pôs o rabo entre as pernas e deixou a escalada
pra quando começar a primavera
umas florzinhas no caminho o
animava
um Rio D'ouro
umas vinhas...
vai esperar o Dionísio passar por lá
e o gelo derreter em silêncio
tomando um vinho a coisa muda.
estava dando umas voltas
foi parar naquele vale,
subiu, desceu andando calmamente na grama verde
havia uns boizinhos pastando ao lado
tudo bem, voltou e viu o pico
tava alto, alto, alto
lá nem tinha grama
um vento gelado
nem subiu mais
a estas alturas já estava bom
tinha um zumbido no ouvido que o incomodava
não sabia o porquê
devia ser aquele troço de altitude
pressão atmosférica, o amor pensava
pôs o rabo entre as pernas e deixou a escalada
pra quando começar a primavera
umas florzinhas no caminho o
animava
um Rio D'ouro
umas vinhas...
vai esperar o Dionísio passar por lá
e o gelo derreter em silêncio
tomando um vinho a coisa muda.
quarta-feira, julho 15, 2015
Más allá del amor
Todo nos amenaza:
el tiempo, que en vivientes fragmentos divide
al que fui
del que seré,
como el machete a la culebra;
la conciencia, la transparencia traspasada,
la mirada ciega de mirarse mirar;
las palabras, guantes grises, polvo mental sobre la yerba,
el agua, la piel;
nuestros nombres, que entre tú y yo se levantan,
murallas de vacío que ninguna trompeta derrumba.
Ni el sueño y su pueblo de imágenes rotas,
ni el delirio y su espuma profética,
ni el amor con sus dientes y uñas nos bastan.
Más allá de nosotros,
en las fronteras del ser y el estar,
una vida más vida nos reclama.
Afuera la noche respira, se extiende,
llena de grandes hojas calientes,
de espejos que combaten:
frutos, garras, ojos, follajes,
espaldas que relucen,
cuerpos que se abren paso entre otros cuerpos.
Tiéndete aquí a la orilla de tanta espuma,
de tanta vida que se ignora y se entrega:
tú también perteneces a la noche.
Extiéndete, blancura que respira,
late, oh estrella repartida,
copa,
pan que inclinas la balanza del lado de la aurora,
pausa de sangre entre este tiempo y otro sin medida.
Octavio Paz
Todo nos amenaza:
el tiempo, que en vivientes fragmentos divide
al que fui
del que seré,
como el machete a la culebra;
la conciencia, la transparencia traspasada,
la mirada ciega de mirarse mirar;
las palabras, guantes grises, polvo mental sobre la yerba,
el agua, la piel;
nuestros nombres, que entre tú y yo se levantan,
murallas de vacío que ninguna trompeta derrumba.
Ni el sueño y su pueblo de imágenes rotas,
ni el delirio y su espuma profética,
ni el amor con sus dientes y uñas nos bastan.
Más allá de nosotros,
en las fronteras del ser y el estar,
una vida más vida nos reclama.
Afuera la noche respira, se extiende,
llena de grandes hojas calientes,
de espejos que combaten:
frutos, garras, ojos, follajes,
espaldas que relucen,
cuerpos que se abren paso entre otros cuerpos.
Tiéndete aquí a la orilla de tanta espuma,
de tanta vida que se ignora y se entrega:
tú también perteneces a la noche.
Extiéndete, blancura que respira,
late, oh estrella repartida,
copa,
pan que inclinas la balanza del lado de la aurora,
pausa de sangre entre este tiempo y otro sin medida.
Octavio Paz
Un amor más allá del amor,
Un amor más allá del amor,
por encima del rito del vínculo,
más allá del juego siniestro
de la soledad y de la compañía.
Un amor que no necesite regreso,
pero tampoco partida.
Un amor no sometido
a los fogonazos de ir y de volver,
de estar despiertos o dormidos,
de llamar o callar.
Un amor para estar juntos
o para no estarlo
pero también para todas las posiciones
intermedias.
Un amor como abrir los ojos.
Y quizá también como cerrarlos.
por encima del rito del vínculo,
más allá del juego siniestro
de la soledad y de la compañía.
Un amor que no necesite regreso,
pero tampoco partida.
Un amor no sometido
a los fogonazos de ir y de volver,
de estar despiertos o dormidos,
de llamar o callar.
Un amor para estar juntos
o para no estarlo
pero también para todas las posiciones
intermedias.
Un amor como abrir los ojos.
Y quizá también como cerrarlos.
Roberto Juarroz
Los amorosos
Los amorosos callan.
El amor es el silencio más fino,
el más tembloroso, el más insoportable.
Los amorosos buscan,
los amorosos son los que abandonan,
son los que cambian, los que olvidan.
Su corazón les dice que nunca han de encontrar,
no encuentran, buscan.
Los amorosos andan como locos
porque están solos, solos, solos,
entregándose, dándose a cada rato,
llorando porque no salvan al amor.
Les preocupa el amor. Los amorosos
viven al día, no pueden hacer más, no saben.
Siempre se están yendo,
siempre, hacia alguna parte.
Esperan,
no esperan nada, pero esperan.
Saben que nunca han de encontrar.
El amor es la prórroga perpetua,
siempre el paso siguiente, el otro, el otro.
Los amorosos son los insaciables,
los que siempre -¡que bueno!- han de estar solos.
Los amorosos son la hidra del cuento.
Tienen serpientes en lugar de brazos.
Las venas del cuello se les hinchan
también como serpientes para asfixiarlos.
Los amorosos no pueden dormir
porque si se duermen se los comen los gusanos.
En la oscuridad abren los ojos
y les cae en ellos el espanto.
Encuentran alacranes bajo la sábana
y su cama flota como sobre un lago.
Los amorosos son locos, sólo locos,
sin Dios y sin diablo.
Los amorosos salen de sus cuevas
temblorosos, hambrientos,
a cazar fantasmas.
Se ríen de las gentes que lo saben todo,
de las que aman a perpetuidad, verídicamente,
de las que creen en el amor
como una lámpara de inagotable aceite.
Los amorosos juegan a coger el agua,
a tatuar el humo, a no irse.
Juegan el largo, el triste juego del amor.
Nadie ha de resignarse.
Dicen que nadie ha de resignarse.
Los amorosos se avergüenzan de toda conformación.
Vacíos, pero vacíos de una a otra costilla,
la muerte les fermenta detrás de los ojos,
y ellos caminan, lloran hasta la madrugada
en que trenes y gallos se despiden dolorosamente.
Les llega a veces un olor a tierra recién nacida,
a mujeres que duermen con la mano en el sexo,
complacidas,
a arroyos de agua tierna y a cocinas.
Los amorosos se ponen a cantar entre labios
una canción no aprendida,
y se van llorando, llorando,
la hermosa vida.
Jaime Sabines.
El amor es el silencio más fino,
el más tembloroso, el más insoportable.
Los amorosos buscan,
los amorosos son los que abandonan,
son los que cambian, los que olvidan.
Su corazón les dice que nunca han de encontrar,
no encuentran, buscan.
Los amorosos andan como locos
porque están solos, solos, solos,
entregándose, dándose a cada rato,
llorando porque no salvan al amor.
Les preocupa el amor. Los amorosos
viven al día, no pueden hacer más, no saben.
Siempre se están yendo,
siempre, hacia alguna parte.
Esperan,
no esperan nada, pero esperan.
Saben que nunca han de encontrar.
El amor es la prórroga perpetua,
siempre el paso siguiente, el otro, el otro.
Los amorosos son los insaciables,
los que siempre -¡que bueno!- han de estar solos.
Los amorosos son la hidra del cuento.
Tienen serpientes en lugar de brazos.
Las venas del cuello se les hinchan
también como serpientes para asfixiarlos.
Los amorosos no pueden dormir
porque si se duermen se los comen los gusanos.
En la oscuridad abren los ojos
y les cae en ellos el espanto.
Encuentran alacranes bajo la sábana
y su cama flota como sobre un lago.
Los amorosos son locos, sólo locos,
sin Dios y sin diablo.
Los amorosos salen de sus cuevas
temblorosos, hambrientos,
a cazar fantasmas.
Se ríen de las gentes que lo saben todo,
de las que aman a perpetuidad, verídicamente,
de las que creen en el amor
como una lámpara de inagotable aceite.
Los amorosos juegan a coger el agua,
a tatuar el humo, a no irse.
Juegan el largo, el triste juego del amor.
Nadie ha de resignarse.
Dicen que nadie ha de resignarse.
Los amorosos se avergüenzan de toda conformación.
Vacíos, pero vacíos de una a otra costilla,
la muerte les fermenta detrás de los ojos,
y ellos caminan, lloran hasta la madrugada
en que trenes y gallos se despiden dolorosamente.
Les llega a veces un olor a tierra recién nacida,
a mujeres que duermen con la mano en el sexo,
complacidas,
a arroyos de agua tierna y a cocinas.
Los amorosos se ponen a cantar entre labios
una canción no aprendida,
y se van llorando, llorando,
la hermosa vida.
Jaime Sabines.
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