não! não podes morrer
no meu horizonte
por que fiquei eu assim
tão enlouquecida por ti?
escutando-me balbuciar todos os dias
o teu
nome em vão
a buscar-te por todos os lados
no espasmo espero-o
como um espectro que no fim
da tarde
viria ao encontro
vendo teus pés no chão
esperando ao pé da porta
que eu lhe abrisse
e assim
ocupasse tudo o que era meu
desde então...
seria mais uma alucinação
do meu distúrbio paixão
no seu apogeu porque você
não quer ser visto
e tocado
por minhas mãos
nem sequer quer ser
beijado
e desejado
com minha imaginação ardente
você insiste em virar cinza
neste clarão...
tão vivo
aqui
em mim.
respiro
sôfrega
o fôlego
desejante
estertor.