segunda-feira, dezembro 24, 2018

Jungle Bells

então, metade da vida
mais um ano
menos da metade da vida
vai ser chato esse fim de ano
jingle bells
jungle 
bells
podes deixar de achar que 
qualquer situação 
pode ser alegre ou triste
pode ser
mas é o que é
dá o sentido que quiser babe
qual o plano?
life is hard babe
life is great babe
deves procriar babe
respira,
água com gás
Roma.

faça o que tem de fazer
andiamo
não há integração
where is the love?
fodas
Mis Lonely
Arrota e assiste uma aula
pega no Dennet
relaciona 
o Ryle e a Pica
andaimo
acha
uns comentadores, se vira
Michelangelo!
Pictures of life
imagens
sentidos
sensações
fica pelada e bebe esse espumante 
nesse quarto minúsculo em 
Rome
afinal tem aquecedor central
e fodas
vou abrir a janela pra fumar um
cigarro


espero que a filosofia não seja apenas 
expressão de personalidades

caralho, era pra eu estar feliz…por estar em Roma?
eu não sei em que situação eu estaria
seria o natal em família no Brasil?
seria o que?

e eu não queria encontrar alguém pra isso

afinal, o alarme de incêndio não apitou

não entendo mais nada.
banho quente.

sexta-feira, novembro 02, 2018

cadê a água

lento, lento
escrevo pouco
tô no meio do Ryle
os príncipes duram pouco
agora estou focada em sentir menos
frio
mas insisto em ficar com a janela aberta
uma vela
custo a terminar o fichamente do Ryle
e me parece estúpido fazer fichamentos
eu tô lenta
lenta
escutando uns raps
uns treco francês
pootz ontem escutei a Sherazade do Korsakov
numa orquestra da Galícia que foi triunfante
assim sigo
cansada
essas coisas estúpidas
lenta com a tese
parece que tô fazendo uma força
e cara é simplesmente o primeiro capítulo
e tenho 10 meses pra terminar
preciso de tempo pra dedicar aiiiii
queria aquelas sentadas de um mês por conta
ou mais
seria incrível
em qualquer lugar onde o tempo passe devagar..
entrei no Crossfit e fui 4x num mês..hilário
comendo uma barra de chocolate e dispensando
o portuguesim o paquistanês...preguiça
não tem ninguém pra me dar a volta?
tô gostando de estudar o Eça pro seminário da minha
cadeira….
o inglês...já largou de novo
arruma um ansiolítico uma viagem
um poeta
uma música
o que adianta ser lindo e ter um hálito esquisito
uma boca seca
e o que adianta ser amável se só tem 20 anos…

e o Ryle tbm tá chato
fudeu, ok
volta pro Ryle
com trilha de fundo e segue

Otelo sensations- coisa que já foi, nada extraordinário...o mesmo de sempre

E se ele dissesse que me ama mudaria algo?
completamente nada
é melhor bloquear hahaha
não há nenhum príncipe mouro..
lembrava-me dos silêncios que sempre
houve em tantos
seja passando um frio mirando aqueles pintores no
frio da Sacre Croix
meu final de verão em Andaluzia
seja Amsterdam, Malta
já não lembro mais do Brasil
ah tenho uma memória melhor dos dois últimos anos
lá…sempre foram esses amores impossíveis….


hj
fui ver Otelo
queria um pouco de catarse
queria me emocionar, acho que ninguém olhava o teto do
teatro São João como eu… a brasileira impressionada com
cortinas de veludo...ouro e carmim num modesto e maravilhoso
teatro... lembro
do Otelo do Welles...pootz
mas esses portugueses gritavam muito
não entendia porque gritavam tanto
mas entendi que era uma espécie de nervosismo
de começo da peça
estiveram bem
o Otelo era um barrigudo careca….baixinho
mas com umas caras
uma ironia latente
Desdémona uma loira de cintura fina e quadris largos
maravilhosa, parecia esguia naquela saia comprida e camiseta brancas
ok o final é sempre lindo…e deu pra emocionar um pouco…
pootz...q sensação é essa?
volta pro Ryle please.
ainda tô vendo o Fausto do Murnau


agora a pensar as sensações
o quanto sentir dores ou alterações de temperatura
é um sentir diferente dos outros aparatos sensoriais
como ver, cheirar, ouvir
a temperatura é preciso ser sentida
não se dá pelo que vejo, ouço,




um conceito é proveniente de sensações?



O que é fenomenologia é uma questão que coloca Merleau-Ponty mesmo depois de Husserl e Heidegger.
Para Ponty ela se trata de descrição do mundo vivido, mas parte de Husserl na busca das essências. Seja a essência da percepção, da consciência.  A filosofia se mostra como modo ou estilo de descrever o mundo vivido. Não há intenção de tentar explicar, não somos uma explicação da ciência. Tudo que sabemos da ciência e todos seus símbolos é construído a partir do mundo vivido. É preciso expressar esse mundo bem antes de tentá-lo explica-lo. É horizonte de retomada, mas não é dizer de propriedades, ou dizer das representações do mundo. Retornar às coisas mesmas é independente de qualquer explicação abstrato, do retorno da especulação e análise reflexiva à experiência. Não é mais um relato e sim uma construção.

MP

O mundo está ali antes de qualquer análise que eu possa fazer dele, e seria artificial fazê-lo derivar de uma série de sínteses que ligariam as sensações, depois os aspectos perspectivos do objeto, quando ambos são justamente produtos da análise e não devem ser realizados antes dela. A análise reflexiva acredita seguir em sentido inverso o caminho de uma constituição prévia…


O ponto de Merleau-Ponty é: estamos no mundo antes de significa-lo, ao passo que também estamos condenados ao sentido. A reflexão é sobre um irrefletido, não deixa de ser uma criação, uma outra estrutura da consciência, o real deve ser descrito não constituído a partir de sínteses. A fenomenologia é encontrar-se e ver ali muito mais sobre a experiência do que um enumerado de explicações. O homem se conhece a partir de sua facticidade reconhece a tradição fenomenológica. é também contra a ciência, a experiência que temos no mundo é anterior sua analise reflexiva. Somos reintegrados ao mundo a partir do cogito, mas…..


fodas, nem sei pra que eu que escrevi isso…




quarta-feira, outubro 03, 2018

Just write

segue escolar pela vida
estupidamente escrevendo num blog
e uma página do primeiro capítulo
agora parece que o fichamento já vem comentado
hahahahahaha será ainda obscuro? ou simplesmente
nada a ver mesmo…?
ah eu sei que estou aprendendo muito
não com as aulas mais...eu agora tenho de buscar
sozinha…
mas muita gente já fez um bom trabalho….
aff, faz um diário então...pqp….
não sabe fazer poesia mesmo…
anemmmmmmmmmmmmmmmzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
afinal
o que é sensação…
ver é uma sensação?
perceber tem significado…
interpretação?
fundo simbólico?
catarse
vou ver Otelo na sexta…mais catarse...
não há nenhum príncipe mouro
apaixonando por crianças...pedofilia Sâmara
que tola
sempre em crise
no meio da vida…
tem medo de falar com Mephisto
não sabe descrever os capítulos
conectá-los
diz um olá e toca o braço da Sophia
desfilando pela corredor da universidade
ui...isso é percepção com interpretação?
tá interpretando ridículo ou espantoso?
aff...
segue linda maravilhosa forte
nossa…
cansada…
keep calm…
just write..
vitaminas, stresstabs….vitamina C
D
aveia
sei lá…
just write.

sábado, setembro 29, 2018

Vacaciones andaluzas

No calor inebriante en el fin de verano
Mi cara quema en Sevilla
A ver sobre concepts in Malága
Nada de lo que yo pensava
Ao menos tengo un grand amigo
E um vestido de seda como regalo
De mis cumple años
Y todavia estoy a pensar sobre los
Capítulos
Sobre el amor
Sobre mi projecto de filosofia.
Casi desnuda a provar un salmorejo...mmmm
Como se estivesse no Rio..40 graus
A comer flamenquin, tiene carne de touro
De espinacas de queso de cabra…
a comer em postos  que foram casas de mouros
no desierto chamado España
E unos bellos edificios terracota
A torre del oro
Mas protetor solar que esto está a quemar a todos
Sea los viejos alemanes ingleses
A la chica desnuda brasileña con sus havaianas falsificadas.
Pero no quemam la cara de estos hombres de la carruaje a levar turistas...
No entiendo como podem…
passamos por Salamanca, Sevilla, Malága,
Ronda, Mérida,
vi touros, teatros romanos
templos, mais touros
oliveiras de Andaluzia
Picasso
pontes sobre desfiladeiros
castelos mouros, ah os mouros…
não há nenhum príncipe mouro, "paquistânes"
que loucura tudo…
yo me lave e echo pedidos en aquela água...casi un oasis
os campos dourados, eu era o Sancho
os moinhos de vento
bem modernos...e lindos….
o dourado dos campos, o deserto, o céu azul mais lindo, até as nuvens eram lindas….tudo era um contraste de cor tão lindo... o calor a queimar minha cara
os campos imensos de oliveiras
y todo terminou com uma tosse
paranoia delirante
que parecia mais um pedido de socorro (sei lá, algo que parecia poder abarcar um tipo de descrição histérica)
mas me disseram que era apenas um
pulmão negro.



segunda-feira, setembro 17, 2018

Disse ação

ui se passaram um ano
a estrangeirice cada vez mais acentuada
não aguento mais ver o Brasil pelo Facebook e carregar essa cultura
a filosofia cada vez mais chata
a não ser quando descobre as coisas sozinha
os congressos
se aprende algumas duas descrições importantes
fala-se demais e quer dizer muita coisa junto Sâmara
já não te gravas, a última apresentação...como sempre
você ri demais Sâmara
é tanto tesão de estar ali a tentar explicar algo que aprendeu
é extraordinário
e este projeto?
é conceito, sensação, representação
amodal, multimodal
fenomenologia
experiência perceptiva
fenomenologia da percepção
eu hein Sâmara
o que mesmo que vc quer saber?
o que mesmo que vc quer ler?
o que mesmo que vc quer falar?
as pessoas daqui, hummm
já quero mudar de país…
meu cabelo estava rosa e tô querendo de novo
agora tá branco e amarelo
antes era amarelo e laranja
o que é você Sâmara
o que é o Brasil?
preciso organizar os capítulos
não aguento mais ver a situação do Brasil
quero mudar pra Lisboa
quero mudar pra Barcelona
ou Dinamarca
ou Budapeste
ou qualquer lugar na Inglaterra….
talvez ter um filho…
não há ninguém que ama mais os nevoeiros do Porto
o espelho das águas do Douro com a luz da lua
o céu, o farol, as luzes amarelas
o Porto escuro…
o nevoeiro no fim de verão.
Eu sou o infinito no meu nome
eu assino o infinito no meu nome
eu quero também ir para os EUA
eu quero uma cultura sana pelo amor de Deus!
há algum lugar do mundo em que se tenha uma cultura
sana?
o que vc quer dizer com isso?
mas talvez esses círculos de intelectuais seja muito chato…
mas se eu conhecesse grandes e verdadeiros intelectuais?
poetas?
pintores?
aquele dançarino do Senegal… hahahaha
a neblina passa, eu assisto pela janela
vamos pensar sobre conceito e sensação.
percepção.
percepção.
vamos traduzir o artigo.
acho que eu preciso casar. hein?
dissertação disser disse ação

sábado, julho 07, 2018

Acendedor

Se pudesse criar algumas frases
ter criatividade
algumas imagens vivas
pudessem quem sabe até apelar
para uma memória coletiva e subjetiva
ao mesmo tempo
é preciso um Mephisto para guiar a linguagem
nada de acendedores
nadinha…
não é preciso tentar acordos como se fossem
cabeças a concordar, pra cima e pra baixo
há tanta coisa que poderia mudar
mutatis mutandis?
mentira…
novas frases..vamos
novas fases
e ares
linguagem, tudo hábito
tudo
sempre a mesma situação
você se vê sempre da mesma forma
você lida com o outro sempre num prisma que se repete
até o que você diz Sâmara
como vc se comporta
envia emails….parece sempre igual
mas, sempre dormiu, bem….
como é como se tivesse insônias?
Tentando ler Nöe
e achando um pouco chato
segue escolar pela vida
acende please...

quarta-feira, julho 04, 2018

Songs of innocence (ignorance) and of Experience

Entregue
apenas dois trabalhos,
prolixos
e mal escritos
algumas imagens
o melhor disso tudo é minha Montanha de
Sainte-Victoire
eu não sei harmonizar as cores
faço uma composição
depois tampo com outra a cada seção
cada vez que chego fico chocada com a quantidade de camada
de tinta que pus da última vez...
há uma mulher com o colo vermelho
do Delacroix
e roupas
um estudo da montanha
um manjerico na janela
eu não sei até quando ele vai viver
alguns potes de água espalhados pelo chão
meu Deus
amanhã é minha folga
agora estou a ter noites longas
esperando algumas notas hahahaha mentira...
preciso começar a pensar no projeto
é agora
e mil coisas
e vem o calor
dois energéticos
chocolate
cigarro
pootz
Blake, Blake
Tyger, Tyger....
eu preciso respirar...
me sinto pesada, é bom voltar a pintar..
e agora eu preciso decidir algo que vou aprender e escrever
não sei se neo-empirismo, hábito
não há como não ser percepção
Minha Pica das galáxias
como matar o pai POnty, pra quê?
fenomenologia é a terceira via...
fenomenologia anarquista hahaha
aff
lembro do Mauro dizendo, fenomenologia pode ser
qualquer coisa...
ele publicou na Routledge...vc foi recusada no Enfa...aff
SâMara
fodas...
eu fico pensando em que fui me meter? sério que é isso mesmo?
pq não sou artista?
pq não sou sei lá... o quê?
eu não consigo pensar em nada
pq eu fui escolher filosofia?
tá certo eu não tenho talento pra poesia....ok ok
nem pra pintura...hahahahahha
e já que tem universidade...
eu me divirto escrevendo isso aqui...
e filosofia é ...sério, sem fim
Mas eu tô sempre fazendo piada com tudo...
como vc vai aprender de cognição? percepção?
vc não sabe nem como se sente,
vc escreve essas coisas..e fica tentando se ver...e nem vê...
é sempre tudo novo e velho...
memória e percepção
e isso aqui tentativa de fenomenologia? hahahaha
ridículo.
Red Bull me dá asas
asas pra um touro?
ah Taurina...entendi...
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
não Sâmara
volta e tenta o Nöe...bora ver.
colegial pela vida...vai Sâmara..
dorme sem asas.
pootz lembro que disse no trabalho que não somos somente cérebro...
mas também não somos somente corpo...aff putaaa que pariuu...DArkness
......................
....................
.........ah não Sâmara
hahahaha
tem que rir.
tenho certeza que o João...vai rir
pq ele vai ser obrigada a ler...hahaha
Tyger, Tyger...
e deveria ser mais atento e minucioso
como poesia, deveria ser mais....
mas não é.

The Tyger

Tyger Tyger, burning bright,
In the forests of the night;
What immortal hand or eye,
Could frame thy fearful symmetry?
In what distant deeps or skies,
Burnt the fire of thine eyes?
On what wings dare I aspire?
What the hand, dare seize the fire?
And what shoulder, & what art,
Could you twist the sinews of thy heart?
And when thy heart began to beat,
What dread hand? what dread feet
What the hammer? what the chain
In what furnace was thy brain?
What the anvil? what dread grasp
Dare its deadly terrors clasp!
When the stars threw down their spears
And water'd heaven with their tears:
Did he smile his work to see?
Did he who made the Lamb make thee?
Tyger Tyger burning bright,
In the forests of the night:
What immortal hand or eye,
Dare frame thy fearful symmetry?

W. Blake.

quarta-feira, junho 13, 2018

Divago devagar

Eu já nem sei mais poesia
faz tempo
onde está a Wistaua, o Blake, Witman?
hein, estão empilhados?
tem estudos de Cézanne
a cor de Cézanne
e pootz
eu não sei mais
um índio que se perdeu
na selva
Eu fico pensando e a vida passa
e eu vim parar aqui
sozinha
quando sonho com amor
volta agora a ser platônico
e eu sei que vc não é meu pai
nem meu professor mais
agora já não sei mais
se estivesse só numa floresta eu olharia para as árvores
se voltasse no medievo
se fosse pro campo
vais mesmo tentar fazer filosofia?
estás tão cansada?
se pudesse cavalgar em campos azuis
ou se pudesse amar
viajar vários cantos deste mundo
se tivesse alguma missão?
se tiveres que simplesmente viver?
voltar ao Brasil, dar aulas de filosofia para alguns
de uma geração estúpida e falida
e se for pra algum outro canto do mundo?
também dar aulas de filosofia?
isso seria melhor?
seria melhor sempre este caminho que pensa?
e se pudesse pensar em algo, como Cézanne?
se isolar para pintar?
ter um filho...
outra vida
outro reino..
outra tribo..
Eu só queria mesmo era fazer filosofia?
E não se leva nada da vida
a vida se vive
aprender dados da neurociência
descobrir como se formam os conceitos...ui
saber mais de meus próprios mecanismos
minha própria loucura
meus amores platônicos
minha vontade de bolsa pra simplesmente
só ficar estudando filosofia.
Só só só só...
haverá dias azuis e eu envelhecerei
mesmo se houver dias frios e cinzas
eu lerei e escreverei artigos
encontrarei gente que gosta de filosofia
em congressos...
e poderemos falar
dar aulas....dar aulas de filosofia....
quando?
quando estiver velha?
aprende da vida Sâmara
aprende do tempo
o tempo é vida
eu perco o tempo e a vida
eu não tenho nada
a não ser a vida
e alguns trabalhos de filosofia em mente.
dorme, anda. pausa.
só existe o tempo de agora.
e eu me sinto««««««««««sem saber do tempo, da vida.

terça-feira, maio 01, 2018

tem mais,
parece que toda a profundidade sumiu
por que eu simplesmente parei de buscar
amor.
e me tornei uma estrangeira que quer estudar apenas,
se conhecesse alguém que escuta vinis e gosta de conversar
talvez me entretetivesse....poesia então...mas já desisti...
hahahahahahahaha
Eu sempre busquei amor a vida toda
Queria conhecê-lo...
afinal, não era o sentimento mais sublime?
agora, eu nem penso mais nisso.
Só quero fazer uma boa dissertação minimamente boa
para sacar uma bolsa de doutorado.
pootzzz....
que porra é essa?

Shopping fichamento profundamente solitário

Já começo a me acostumar com a solidão
Já começo a fugir de conversas triviais
ao passo que converso com todas as empregadas da limpeza do mercado
são simpáticas comigo,
sabem que ao fim do dia cada uma poderá levar uma sand de presunto
pra casa.
Dia do trabalho, dia da morte da vovó...à sei lá quantos anos....
o que eu gostaria era não trabalhar, mas faço o fecho sozinha...
escrevo sobre estudos de neuroimagem baseados em modelos
sensoriomotores
tenho muita vontade de desaparecer muitas vezes
mas ao passo que em muitas
leio Tolstoi
e sobre o surgimento do patriarcado e repressão sexual do Reich fumando um
cigarro com uma taça de vinho debruçada à janela
não há mais relacionamentos
não recito mais...onde está a poesia?
de nenhum tipo mais profundo
estou sempre deslizando sobre a superficialidade
vejo tudo que era profundo escapar, se é que um dia houve..
só me resta fazer filosofia, realmente foi tudo que me restou....
a taxca é algo estúpido para me manter....
os clientes são olhares de interrogação
os meus colegas do mestrado vão se transformando em sei lá o q
já me olham torto...quem mandou fazer perguntas demais....
já não sei mais...deveria ir à noite brasileira rebolar a bunda...
mas estou tão cansada de tudo...........
quero escrever bons artigos apenas...
e viajar no meu aniversário.
Ah....vou voltar a pintar. E agora com um professor no próximo sábado.
Ele disse que eu deveria ter um projeto...o que significa...quem vou imitar...
hahahahahaha vou direto, Cézanne...
e aliás a prof de Estética quer que eu faça um trabalho com um problema
e o problema seria...por que tantas vezes a Santa Vitória, é a mesma paisagem?
mas não me indica um comentador...
pra que estou dizendo isso aqui?
é que eu já me perdi no fundo........
onde está a profundidade das impressões Sâmara?
onde foi que as meteste?
Estou pensando seriamente em que poderia me casar e ter filhos
de tanta solidão que estou a sentir...meu Deus.......................
mas, quero isso quando for pra Dinamarca hahahahahahahah
pensando bem, sempre fui solitária, mas agora é a solidão que
eu busquei.



terça-feira, abril 10, 2018

tarde sem estudo. Q absurdo...

O que é a vida?
Eu me pergunto essa tarde
Depois de lavar toda a roupa de cama
E secar ...pela primeira vez na lavanderia..
Que luxo!
Eu me revejo numa tarde sem estudo
Agora tenho as persianas fechadas...
Antes era uma coberta pra impedir a luz entrar
Pela janela
Agora escrevo em cabaninha na cama
Entro ao trabalho e termina o dia
A vida vai passar
Eu mergulhada em minha existência
Vou morrer
O ser-para-a-morte
A angústia. O absurdo
Tudo junto.
Uma alergia que coça a garganta e olhos
Uma vontade de sol....
Um suspiro.
Talvez eu nunca ame
Talvez meu modus operandi é avulso
Não me imagino dividindo minha vida...
Eu lembro que nunca dizia o que se passava comigo
Na escola e vice-versa....ninguém entenderia...
Mas tudo isso faz o que eu sou pra sempre?
Já que hoje me vi como se estivesse na casa da Rua Lazaristas
Sou a mesma?
Essa habituação da própria representação
Da ação e intencionalidade
Eu não gosto mais de fumar e ainda fumo...pq?
Ou já nem o q gosto...
Ao menos já não são caralhos...ou amores platônicos...
Ficou um espaço em branco..e eu preciso criar novos
Significados.
Fudeu.
Eu me sinto incapaz..o que poderia ir além de se reproduzir
Casa e família?
Filosofia?
Amigos?
....filosofia...sim. Filosofia.

terça-feira, abril 03, 2018

Tufão

Chocada
Com o próprio espanto
Sem saber ao certo da vida
É o quê a vida?
E sobre os esquemas representacionais
Que sequestram a racionalidade da minha
Percepção?
Era pra dizer do que as imagens dizem
Me disseram representação
Versus intencionalidade
Eu já nem sei...comparar relacionismo x representacionismo?
A minha vida
E o fundo simbólico?
E a percepção não analítica?
Me perdi
Não sei o tema.
Eu dirijo algo?
Como aquele Taxi Driver de Seoul..uau
Que filme...
Estou sozinha
Já me canso dessa cultura
O que é que tem errado? Eu poderia tentar descrever...mas
O q?
Quais impressões..acabou de passar um vendaval por aqui...
Eu pensei...talvez tudo pudesse ser levado nesse tufão...
Mas agora
Já escuto as gaivotas.

sábado, março 24, 2018

Tema Confissão

acabou de mudar a hora
saímos do horário de inverno
bem-vinda primavera!
renove a minha pele
meu cabelo
minha cara
meu corpo
faça nascer flores
em cada olho meu
eu tenho limões à mesa
não há peixes
aquele que ressona
aquele que joga com o meu desejo
o do casaco bordô casado
pra que tanta moralidade?
que merda
tá dentro aquelas crenças todas
aquela alfabetização moral
a minha cara branca
o meu melasma
aff achei que iria destruir essa porra aqui
esse sérum só piorou
e chove tanto
chove tanto
eu já acostumei com a chuva de repente
em qualquer hora
será que amanhã fará sol?
afinal, é primavera.
e eu nem tenho um tema
é consciência perceptiva?
hábito?
subjetividade?
percepção não conceitual?
intencionalidade X representacionalismo?
relacionismo?
aff
agora era pra ser uma e são duas já...
meu espadal que era de ontem já tá no fim
e a confissão tbm
tô lendo a do Tolstói
eu abro a bíblia Fenomenologia da Percepção todos os
dias pra minha Pica meu Pau meu Ponty, MP
me diga algo
e ele diz tudo junto
é preciso escolher uma coisa...entendeu?
que tal o hábito como formação do estilo
subjetividade?
hein? fala analíticamente Sâmara
Ponty fala analíticamente poético...
bora pra confissão do Tolstói. amanhã a busca pelo tema continua.
Subjetividade experiência de propriedades? hein?

sábado, março 17, 2018

Espada

Eu olho e acho maravilhoso
Eu me assusto
O corpo
Os corpos
E meu cenho
Eu no espelho
Uma ficção? Eu morro de rir com os
Analíticos
Eles são um monte de sensações
Conceitos
Representações
Crenças eles tem muita crenças
Ah a linguagem
Ela se safa tanto
E o olhar?
Ah o olhar é sei lá
Uma perspectiva
Um foco
Uma noção espaço temporal
São sobretudo neurônios e muita lógica
Pode ser a modal
Os mundos possíveis
Superveniência
Emergentismo
Reducionismo
Ai que frio.
Amanhã tá se bem arrumar o quarto.
Poix
Bebe o espadal
E aquele olhar?
Meu Deus..aquele olhar
Aquela taça de Aveledo
Eu agarrado nele
Eu todo vinho
Eu querendo
Encrenca
Ou é só o corpo mesmo...
A olheira aff..
Tava vermelho seu olhar
No fim na mesa sozinho
Se apagam as luzes
É hora de fechar o mercado
E vc me assusta
Não se pode fazer essas coisas
Achas pq sou brasileira...podes perguntar se estou a fugir do teu olhar?
Nem penses...
Vá cuidar da sua vida.

MP

A cara no espelho tah mais magra
A gordura dos quadris e pernas diminuem
O reto femural cresce
O cor jah nao eh tao laranja na cabeleira
Melhora a cada dia
Nao sei mais o que querer saber da percepção
Parece que sempre que tô com a fenomenologia na mão MP me fala tudo
Ele sabe me dizer
E a síntese? É feita a cada momento
É espacial. É subpessoal
E a crença representação proposição
Disposição o caralho
Intencionalidade sempre representacional?
Aff
Por que não vão direto ao cerne e descrevem a experiência?
Não substituir a significação do mundo
Pelo mundo. Minha Pica das Galáxias.MP
Me diz um tema...tá ali.

quarta-feira, janeiro 17, 2018

MP

Fui atrás de ti
a ver sua cara numa tumba
a te ver herói "philosophe"
te perdi entre tanto cimento
misturado com folha, humus,
lodo,
ferrugem
tempo, vento
nada
...
o por do sol
entre cruzes num horizonte qualquer
de Paris
Merleau-Ponty
nem te vi
me perseguias, eu pensava que podia
pisar sobre seu corpo a qualquer momento
pisava lento as folhas todas e verde do tempo, da vida
morrida, viva
talvez passei por ti
nem acenaste nem nada...
 indiferente, morto
93 seção 52...
vivo..

"Na atitude natural, não tenho percepções, não ponho este
objeto ao lado deste outro objeto e suas relações objetivas,
tenho um fluxo de experiências que se implicam e se explicam
umas às outras tanto no simultâneo quanto na sucessão.
Paris não é para mim um objeto com mil facetas, uma soma
de percepções, nem tampouco a lei de todas essas percepções.
Assim como um ser manifesta a mesma essência afetiva nos
gestos de sua mão, em seu andar e em sua voz, cada percepção
expressa em minha viagem através de Paris — os cafés,
os rostos das pessoas, os choupos dos cais, as curvas do Sena
— é recortada no ser total de Paris, não faz senão confirmar
um certo estilo ou um certo sentido de Paris. E, quando ali
cheguei pela primeira vez, as primeiras ruas que vi à saída
da estação foram, como as primeiras falas de um desconhecido,
as manifestações de uma essência ainda ambígua, mas
já incomparável. Nós não percebemos quase nenhum objeto,
assim como não vemos os olhos de um rosto familiar, mas
seu olhar e sua expressão. Existe ali um sentido latente, difuso
através da paisagem ou da cidade, que reconhecemos em
uma evidência específica sem precisar defini-lo. Apenas as percepções
ambíguas emergem como atos expressos, quer dizer,
apenas aquelas percepções às quais nós mesmos damos um
sentido pela atitude que assumimos ou que correspondem a questões
que nós nos colocamos. Elas não podem servir para
a análise do campo perceptivo, já que são antecipadamente
retiradas dele, já que o pressupõem e que nós as obtemos justamente
utilizando as montagens que adquirimos na freqüentação
do mundo. Uma primeira percepção sem nenhum fundo
é inconcebível. Toda percepção supõe um certo passado
do sujeito que percebe, e a função abstrata de percepção, enquanto
encontro de objetos, implica um ato mais secreto pelo
qual elaboramos nosso ambiente."

Enquanto atravesso a praça da Concórdia
e me acredito inteiramente tomado por Paris, posso
deter meus olhos em uma pedra do muro do jardim das Tuileries, a Concórdia desaparece e só existe esta pedra sem história;
posso ainda perder meu olhar nessa superfície granulosa
e amarelada, e não existe mais nem mesmo pedra, só
resta um jogo de luz em uma matéria indefinida. Minha percepção
total não é feita dessas percepções analíticas, mas ela
sempre pode dissolver-se nelas, e meu corpo, que por meus habitas assegura minha inserção no mundo humano, justamente
só o faz projetando-me primeiramente em um mundo natural
que sempre transparece sob o outro, assim como a tela
sob o quadro, e lhe dá um ar de fragilidade. Mesmo se existe
uma percepção daquilo que é desejado pelo desejo, amado
pelo amor, odiado pelo ódio, ela sempre se forma em torno
de um núcleo sensível, por mais exíguo que ele seja, e é no
sensível que ela encontra sua verificação e sua plenitude. Dissemos
que o espaço é existencial; poderíamos dizer da mesma
maneira que a existência é espacial, quer dizer, que por
uma necessidade interior ela se abre a um "fora", a tal ponto
que se pode falar de um espaço mental e de um "mundo
das significações e dos objetos de pensamento que nelas se
constituem"


"é na experiência do mundo que todas as nossas operações lógicas de significação comum
a todas as nossas experiências, que leríamos através delas, uma idéia que viria a animar a matéria do conhecimento. Não temos uma série de perfis do mundo, dos quais uma consciência em nós operaria a ligação. Sem dúvida o mundo se perfila, espacialmente em primeiro lugar: só vejo o lado sul da avenida, se eu atravessasse a rua veria seu lado norte; só vejo Paris, o campo que acabo de deixar caiu em uma espécie de vida latente; mais profundamente, os perfis espaciais são também temporais: um alhures é sempre algo que se viu ou que se poderia ver; e, mesmo se o percebo como simultâneo ao presente, é porque ele faz parte da mesma onda de duração."

Con ojos abertos

Foi selado
com sangue
num beijo
toda a frieza cerrada
de olhos fechados
pra serem abertos
sentados ou caminhando juntos
ali a tocar, beijar, esbarrar, escorar
comer, falar, rir, abraçar
foi-se janeiro em Paris
contigo
a começar contente de forma abismal
espantosamente sombria
maravilhosamente sombria
iluminada
under the dance of moon
a digerir tudo que se passou
sob sua luz negra e amarela
Je suis perdu
royalty
en ti
a fazer com que Espanca
me espanque
em cada seio
e em cada soneto amoroso
volver me a ti
sem receio a mirar Paris
con ojos bien abertos en ti.


domingo, janeiro 07, 2018

Eu era um esqueleto de alumínio
Na última meditação
Perdi-me sem saber

sexta-feira, janeiro 05, 2018

I want to see you
I want give you
un poco de mi
estar contigo
hablar de tonterias de la vida
de cosas importantes para nosotros
no es solo "yo te amo"
és un tipo de "yo te amo" distinto.....
de los demas
y que al paso
yo no preciso confiar en ti
solo en mi.
És todo en algun sítio latino
a cerca de algun jardin
en carne y huesso
analíticamente juntos.
Joder, solo estamos libres
y tu me proporcionas algo así
és perfecto estar libre contigo.
No me importa todo el resto
solo el instante que estamos juntos.