sábado, março 23, 2024

Analytical spring equinox

Primavera, tempestade de areia da vindas d´Africa

um céu um pouco rosado de poeira ao longe, ao alto

as temperaturas vão cair drasticamente segunda

ao menos a primavera começou calorosa

amei filósofos analíticos por alguns dias

e bem, mudei de ideia

quando são livres podem misturar analítica com Merleau-POnty

eu disse ontologia, ele disse poesia

é o que sempre digo

já sem medo de responder

já sem medo de funcionalistas

já sem medo que me queiram do outro lado do Atlântico

já sem medo de querer estar lá

enfim,

o Ken disse keep working

eu amei todos

sentei à beira da estudante militante foi bem chato competir no mimimi

Eu pedi à Sofia para ir ao Brasil, ela me perguntou para fazer o que?

eu calei,

lembrei da utophia 

só mirei as mãos daquele que eu sabia que não poderia olhar, já estava cercado

pela organização

depois vi algumas estratégias para se fazer networking

eu sempre cara de pau, escutando ironias 

desejo mesmo

mas enfim, 

sempre nas pontas das mesas

eu era lançada da depressão para a excitação

Juliet disse que Ryle no...esqueci de perguntar por que

e assim segue ontem li a tese toda num dia

como um zumbi

havia perdido o celular

foi devolvido no dia seguinte, 

hoje tento ler de novo e estou mais lenta

ele disse do Schneider, eu estava num teste

já sabia da importância do que ele dizia, e não iriam sacar

os analíticos restringem o significado, repeti o Ryle falando pro POnty

estava com um paraatleta mas fui tão intensa que voltei

pra torre assim que o congresso acabou

fui ao jantar

consegui ir aos almoços

sempre o que mais me atrai é o que mais tenho medo

ele perguntou de onde eu era e riu

to meio eclipsada novamente

zerando de novo

cheia de impressões, ou melhor formas haha

cheia de formas em mim

eu senti esperança, perguntava a todos o que devia fazer

fiquei triste quando disseram-me que inteligentes foram os que já voltaram pra sua terra

senti o tombo

fui ao chão e calei, o excesso de internacionalização

e nacionalização

calou-se

ouvi ecos de Andromeda

e consegui força

o eclipse da lua cheia em sombra que chega com tempestade de areia

eu voltando pra torre olhando a poeira passar

tendo a certeza da solidão da revisão

e dos olhares dos outros do outro lado da rua

olhando devagar o meu atravessar 

indo para os seus hotéis, receio que todos queriam passar a noite a conversar

eu senti, e todos saíram correndo

a organização delimitou os grupos

eu senti que uns querem dizer quais caminhos devemos ir

um disse que precisava apenas caminhar

eu saí em direção à que me disseram ir

despedi-me da francesa e da militante, gritei 

fui pra casa e dei de cara com o grupo novamente

sabia que queríamos todos conversar

mas as conversas também são limitadas por diversos interesses distintos

eu desejava mas não aproximava

Boa sorte

sobre as filosofias que tinham dentro

eu lhe escrevi e deixei claro que a filosofia que trazias

como a que todos traziam

eram parte deles

e eu amava a cada um deles por apresentarem o estilo analítico

mas sofisticado

talvez foi por que eu estava mais confiante no inglês?

eu não sei,

talvez foi por tudo que hoje é como a poeira 

que voa pelo ar 

e pesa, mas é bonito

poesia, isso dói no pescoço

é quando a cabeça pesa um pouco 

os olhos ardem

e não se consegue passar da página 51

sei lá, a minha escrita está diferente por causa da escrita 

dos textos aristotélicos

e eu to achando isso demais

e lembrei da era Andromeda que dizias obscuro

ou algo como não esqueça o rigor filosófico

pendendo para o literário

acho que tá parecendo agora

fase metafísica

e to pensando em mudar o título pra Psicologia aristotélica

e se eu continuar a encontrar passagens, isso nunca vai acabar

eu vou focar na tradução das passagens e nas citações todas

e sei lá...

eu não sei por que tanto medo.