Conseguiu, virou um ser amarelo de vez
em todos os pêlos possíveis...
Tá mas o que muda?
estetização do amarelamento?
ah eu assumo que mudo pintando a cara,
a cabeça, a sombra sobre os meus olhos...
E dane-se o olhar do outro, eu tô tão eu que não importa-me
a sua aprovação, reprovação...
Tô me achando maravilhosamente artificial...
Como um artífice disfarçado tingido
manipulo minha estética que viola a sua imaginação
impondo-me a mim mesma muito mais
iluminação chamando o olho para a visão.
Eu, agora o ser sem medo de ser ridícula..
Sem medo de pós docs...
E sem assediar ideais...afinal, eles existem somente.
Melhor não fazê-los descer dali.
Eu subo até aí...pra depois criar outros, ou perdê-los de vez.
A estrela
Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.
Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.
Por que da sua distância
Para a minha companhia
Não baixava aquela estrela?
Por que tão alta luzia?
E ouvi-a na sombra funda
Responder que assim fazia
Para dar uma esperança
Mais triste ao fim do meu dia.
Manuel Bandeira