Estava eu a mirar uma foto minha,
bom,
tentava procurar em meus olhos não sei o que...
ver a cor que são realmente..
ou como seria olhar pra mim mesma...
confesso que senti esperança,
um otimismo qualquer que baixou...
queria escrever algo
e logo percebi que sou narcisista...
só falo de mim...
os outros só me servem de análise,
ultimante...
hoje fiquei assoviando...hahauhauah
as vezes é estranho,
falo de coisas que só eu sei...
acho que por querer falar tanto de mim,
o faço somente pra quem realmente quer escutar...
eu!
Nossa...cadê a minha hulmidade?
ultimamente costumo falar com Deus
só quando aperta mesmo...
e bombas nucleares em baixo da Terra,
coincidentemente o embaixador geral da
ONU é coreano...
mas isso pra mim pouco importa,
nunca gosto de falar de guerra,
tampouco de genocídios...
Política???
ah, não...é tão perca de tempo...
de religião talvez já gosto muito de discutir, de pensar de escrever...
não de fundamentalismos, por favor...
se for assim prefiro falar de meus dias sem importância
em vez de valores de uma humanidade desumana.
Eu busco pela transmutação dos valores que Nietzsche dizia,
sim, fui bastante influenciada...
confesso que acho Nietzsche bastante narcisista e presunçoso...
mas adoro a descrição de seu "Super-Homem"...são tão excitantes,
e os conselhos de Zaratustra são bem mais humanos,
não nos tornam decadentes humildes...
Ele não diz quem se humilha será exaltado...
mas sim que se humilha quer ser exaltado.
é muito mais perto de minha realidade,
uma realidade que me recuso a interpretar,
minha função, penso eu,
é de conseguir não me encaixar numa moral consumista,
parece de fato,
para recordar uma palavra de Zaratustra, que as coisas
se aproximam com vontade própria,
se oferecendo a comparações,
"aqui todas as coisas vêm acariciantes em busca
do teu discurso e te adulam: pois elas querem
cavalgar sobre tuas costas. Sobre todas as comparações tu cavalgas
em direção a todas as verdades; tudo o que é ser quer se tornar
palavra, tudo o que é vir-a-ser quer aprender a falar contigo"
Esta é a minha experiência com a inspiração,
libertadora,
e ao mesmo tempo que nos acorrenta,
por querer sempre falar de nossas
carentes pretensões...
memórias latentes,
traduzir o empírico, transformá-lo
em símbolos...
dar algum sentido na angústia
pela falta do mesmo.
E melhor voltar ao verde do olhos
que me dá esperanças
e deixa mais feliz! Em estado de graça...
e hipnotizado pelos símbolos de beleza
em si encotrados,
cai no lago do esquecimento.