Sem saber o porquê das coisas, perguntas na qual se fazem vários mortais.
Os que estão acordados,
olhando pela janela,
há algumas luzes acesas,
o Itaú me informa a temperatura e as horas por toda noite...
Lendo os "Cem sonetos de amor" de Neruda, sinto surgir em mim pensamentos
tediosos,
não pela estética em si,
mas estes me traem,
não posso evitá-los...
Por isso os questiono, tolice minha é claro,
mas de que me importa se a cada dia vou acostumando
com a vida que me aparece,
eu aprendo de vida, aprendo de morte.
Nunca estarei madura pra perceber o céu que me mostram.
Eu o vejo com olhos curiosos,
tudo é ambíguo demais..
e há homens que vivem dormindo,
como todos que não sabem
exatamente onde estão,
mas numa grande angústia vivem em vão,
são levados com o tempo...
Enfim, como disse Platão... uma vida não questionada, não merece
ser vivida.