volto ao seminário
o menino de ouro arrumou uma asiática para guiá-lo
fiquei com pena dela, mas provavelmente saiu de um inferno maior
passou o encontro todo a dar-me as costas, sentado ao meu lado
eu a olhar, zoom, que bom que o Belo filósofo foi, e
depois do menino de ouro falar sem parar,
o império italiano filosófico disse que não entendia o que ele disse,
eu ri por dentro, convencida...
e sabia que iria ser sobre não ter livre-arbítrio e consequentemente
nenhuma responsabilidade por nada, enfim, é mais sobre defender que somos
livres de qualquer culpa,
mas esse mundo só existe na cabeça de revolucionários adolescentes
que provavelmente sentem culpa é pela orientação sexual, e simulam santidade e bondade
massacrado pelo conservadorismo português...
Arre! eu lembro dos meninos de ouro rindo de mim quando disse que preferia ser artista,
eu não vou esquecer disso, achas? deslisura, jacobice, mentira por todo lado,
veio se aproximar a saber do estágio
e falou simpaticamente comigo com bastante interesse em saber como
foi o processo... depois disso, vi, se somos determinados, uau,
e se não há livre arbítrio muito menos responsabilidade,
como encenou tão bem, até parecia gostar de mim
enquanto perguntava de Oslo e como eu fiz....tudo isso determinadamente
compatibilista com o fato de ser um dissimulado...haha
em minha bolha da Boa Vista, todos diminuíram, como se eu tivesse aumentado,
estou a puxar bastante ferro, e os músculos eu sei que aumentaram, eu sinto
Andromeda com orgulho de suas estrelas, nenhuma sou eu,
já nem precisas ter nenhuma ufania sobre mim, foudassee
cansei de querer que me quisesse bem, e quando desejava ser sua pupila desejada, amada
findado
agora, já nem sei mais, ressentimento do passado
e sei que é bem melhor eu mirar para o futuro,
sofro ainda quando vejo, sinto que é melhor eu parar de mirar tua galáxia,
desunida
o caco cintilante que tu desprezas brilhará tanto que não poderá ignorar para sempre
e mover-me-ei silenciosamente
há outros mundos melhores em mim
que se erguem
e brilham no céu com luzes nunca vistas
de um bem nunca vislumbrado
a cintilante estrela do teu céu, Andromeda, desarvorou
A utopia brilha no horizonte e com assombro fascínio
sobejou a ti de um modo mais pacífico que eu só sinto,
não sei explicar, um milagre.
vou ver Merlin na próxima semana, conhecer mais do povo holocáustico,
estremecida pisarei em suas terras,
por que parte doída do meu passado também anda por lá,
Rubens fenecido
e tomara que eu não esbarre com ele pela rua a andar com Merlin
acompanhado de sua Viktória, que não é ele, é outra,
a vida é mesmo extraordinária.