quinta-feira, abril 11, 2013

Aphrós = espuma

Comece a cantar musa
o teu canto de um céu
do meio da noite
com voz que soa mansa
vinda dos ventos que descem do
horizonte
Esquece os males e agradece
ao Deus
que aquece
no movimento mudança
pausando as aflições
nas vozes entoadas
onde lá existem testes de inteligência
e não importam o lugar em que sentam
o brilho do Desejo e Graças
glorificam o estar ali
o doce conhecimento
seja da origem dos deuses
desviam minha melancolia
e na Noite Negra irmã do Caos
sinto a ordem do Kósmos
em mim Eros fecunda
a virtude que seria para o outro,
mas será virtude?
Não seria astúcia, poesia, história, saber?
Ou nada disso?
E se a virtude é bela,
e indicasse a diferença entre o bem e o mal
Eu perecerei amando a beleza
e meu amor poderá ser dito de várias formas,
primitivas..
Que designe então a virtude
que o ser amado
verá
e assim
façamos o bem..
Ao meu ver, teríamos a posse do bem..
Sim, pra mim, posse. Dane-se.
Que as ondas espumem e que boiem
o doce gozo..
vencida pela ilusão de curvo pensar...