domingo, março 29, 2015

Expressões sistematicamente enganadoras

Gilbert Ryle

argumentos filosóficos na tentativa dizer o que significa dizer isso e aquilo
os homens fixam suas expressões
os filósofos fixam e tentar dar o significado..
algumas vezes dizem que elucidam conceitos que estão incorporados aos juízos
x é um conceito x x é um juízo
são expressões enganadoras

pode parecer que os filósofos saibam do que estão falando...
mas, podem ser como papagaios...e não saibam
afinal, o que estas expressões significam?

será que significam alguma coisa?
se um homem com razão as tivesse utilizando
deveria saber o que significam, significariam aquilo que significam...rsrs
se uma expressão pode ser compreendida já se supões que sabemos
o que ela significa...?

se um não filósofo sabe vagamente o que significa tal expressão
ao passo que o filósofo sabe claramente, parece existir uma dupla resposta
se não sabe está apenas emitindo sons
se sabe não se ocupa por divagações, enquanto ruídos emitidos por idiotas...nuh...
ou por um papagaio...rsrs

é claro que quando nos expressamos podemos substituir o uso das palavras muitas vezes
há palavras menos claras que outras, podem ser equívocas, ambíguas...
despropositadas
outras mais estilísticas, idiomáticas, gramaticalmente, etimologicamente corretas..
mas isso não é filosofia!

expressões mais
não é a virtude que recebe recompensas
é óbvio que é alguém virtuoso
a esperança adiada torna o coração valente
todo aquele que espera algo por muito tempo sem alcançar
adoece do coração
na opinião do Ryle todos os enunciados universais são analisáveis dessa maneira
não podemos falar de objetos chamados igualdade, justiça e progresso ?????

asserções platônicas e antiplatônicas do tipo "a igualdade é ou não é uma entidade real"
são igualmente enganadoras
quem comete estes erros não está cometendo nenhum erro filosófico
simplesmente não está filosofando
é uma pretensão fraudulenta que essas proposições incorporam
ou seja, que se digam acerca da honestidade, progresso blá blá
nem se dê conta da pretensão
ora muitas vezes estas expressões são enganadoras

Expressões descritivas e quase-descrições

descrições que parecem individualizar, que se referem a indivíduos
quando na realidade, elas absolutamente não são frases referenciais
o enunciado "o filho mais velho de Toninho casou hoje"

??? tem q acabar o texto....



quinta-feira, março 26, 2015

The dark side of the moon


eu vejo o invisível
eu posso ver o oculto
eu nem preciso fechar os olhos
ou ir pelas nuvens
voando por ilhas no Atlântico
por todo o mar
como uma onda eu posso tocar
eu não sei bem sobre estas águas
eu sinto que a presença
eu
eu posso tomá-lo por bem perto
eu vejo a lua cheia enquanto é crescente
eu sei do lado negro
é meu desejo que voa
que busca presença na reflexão das luzes nas águas

"We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl
Year after year
Running over the same old ground
What have we found?
The same old fears
Wish you were here"

toda a antecipação
cada minuto
meu coração quer a música
com poesia
sabe do sonho de preencher
o tempo
a vida que quer alcançar presença

Ticking away, the moments that make up a dull day
You fritter and waste the hours in an offhand way
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way



um romance salva a vida
ok
eu não sei...
estamos todos vivos,
o mundo se mostra
ilusionados pela luz
a visão busca a presença
do outro
nos os raios que refletem
sobre as águas

"I can't think of anything to say except
I think it's marvellous! Hahaha!"

All that you touch
And all that you see
All that you taste
All you feel
And all that you love
And all that you hate
All you distrust
All you save

And all that you give
And all that you deal
And all that you buy, beg, borrow or steal
And all you create
And all you destroy
And all that you do
And all that you say

And all that you eat
And everyone you meet
And all that you slight
And everyone you fight
And all that is now
And all that is gone
And all that's to come
And everything under the sun is in tunn
But the sun is eclipsed by the moon


A economia da ciência -Ernest Mach

No pensamento científico adotamos a teoria mais simples, aquela que irá explicar
todos os fatos sob consideração e habilitar-nos a prever novos fatos do mesmo tipo.
O engodo deste critério recai nas palavras "mais simples". Na realidade, trata-se de um princípio
estético tal como o que encontramos implícito nas apreciação da poesia ou da pintura.  Por exemplo, o leigo considera uma lei como:

uma fórmula aqui....

muito menos simples, enquanto afirmação matemática, do que é. O físico inverte este julgamento,
e a sua afirmação é certamente a mais frutífera no que diz respeito à previsão. É contudo, uma afirmação sobre algo pouco familiar ao leigo, a saber, a razão da mudança da razão da mudança. J. B. S. Haldane


a ciência antecipa  fatos
é objeto da ciência substituir, ou conservar, experiências, pela reprodução e antecipação de fatos no pensamento.
a memória está mais à mão do que a experiência

a ciência usa linguagem ideográfica
usa símbolos que pretendem ser universais, adoção de um sistema como o chinês
na reprodução de pensamentos escolhemos os acontecimentos
uma palavra equivale a um composto que atribui todas as sensações do mesmo
mas o mundo não é composto de coisas
mas de cores, tons, pressões, espaços, tempos, em resumo, daquilo a que
vulgarmente chamamos sensações individuais
é uma questão de economia

por exemplo ao anotar casos de refração de luz
há uma fórmula , simplesmente se soubermos que o raio incidente,
o raio refractado e raio perpendicular estão no mesmo plano
na natureza não há nenhuma lei da refração
só há diferentes casos de refração
a lei da refração é uma regra concisa e englobante, imaginada por nós para a reconstrução
mental de um acontecimento, e apenas para a sua reconstrução parcial, isto é, o seu lado
geométrico.

um exemplo de economia da ciência é a mecânica
no qual lidamos com espaços, tempos, massas
a matemática como economia do contar
os números com arranjos de sinais que são organizados em sistemas simples
as operações numéricas são independentes do tipo de objetos aos quais se aplicam
aprendemos operações aritméticas para nos poupar grande trabalho
é também o propósito da álgebra, por exemplo das equações
a matemática é o método de substituir, pela forma mais compreensiva e econômica possível
novas operações numéricas por antigas cujos resultados já são conhecidos
pode acontecer que os resultados tenham sido efetuados originalmente séculos atrás.
frequentemente, as operações que envolvem um intenso esforço mental podem ser substituídas
por um processo rotineiro semi-mecanizado , que permite poupar tempo e evitar fadiga.

A função da ciência é, no nosso entender, substituir experiências, deve permanecer no nível da experiência
mas deve ir além dela
esperando constantemente confirmação e esperando refutação
a ciência atua no domínio da experiência incompleta
a comparação entre a teoria e a experiência pode ser mais e mais alargadas à medida que, os nossos
meios de observação se aperfeiçoam.

a associação de ideias e experiências
as ideias que conhecem a maior quantidade de experiência são as mais científicas
o princípio da continuidade, conduz a economia de pensamento
a ideia torna a experiência intelígivel
ela cobre e suplanta a experiência
preenchemos espaços em branco da experiência pelas ideias que a experiência nos sugere

o átomo é um produto imaginado
não podem ser perceptíveis pelos sentidos
são coisas do pensamento
a teoria atômica na física, ocupa papel semelhante ao dos conceitos auxiliares em matemática
um modelo matemático para facilitar a reprodução mental de fatos
são usadas como meios fáceis de substituir a experiência
o progresso da matemática pode facilitar o processo
mas são ajudas como artifícios mentais
este também é o caso em todas as hipóteses formadas  para a explicação
de um novo fenômeno
mas estes expedientes mentais nada tem a ver com o próprio fenômeno.

terça-feira, março 24, 2015

Fragile Styles- Presence without Representation

Alva Nöe

muitos tomam por certo que presença é representação
que representamos o mundo em experiência e pensamento
presença é reapresentá-lo
a partir deste ou outro ponto de vista
como nossos cérebros fazem isto é estudo da neurociência
a ideia de representação como presença não está correta
a experiência que está sempre a se ligar no modelo
mas cada um de nós explora o mundo tateando-o, tais informações
usamos para construir um modelo de experiência?? aí temos um mundo, uma ilusão de mundo....
há problemas nisso

a imagem que tenho da torre Eiffel explica o sentido que tenho da mesma ali do outro lado da rua?
a experiência perceptiva não é pictórica

a natureza é repleta de reflexões e imagens
representações não explicam o mundo
pra que inspecionar o modelo se temos o mundo?
O'Regan o mundo como memória externa
Brooks o mundo como seu próprio modelo

o mundo está disponível, presença como disponibilidade
nós temos acesso somente ao que existe, mas nem tudo no mundo é acessível
o que podemos fazer é nos mover
saber como

com dinheiro e linguagem é possível explorar mais o mundo...rsrs boa Nöe

eu não posso explorar o mundo pela mente
o mundo aparece disponível dentro do alcance
é um erro pensar que representamos o mundo a fim de internalizá-lo
experimentá-lo

quando pensamos em um amigo ele existe no mundo
ele se faz presente, pelo pensamento e imaginação
ele se faz minha paisagem
ele se mostra para mim

Sua presença para mim agora, como ele é, se fundamenta emfatos como estes: que eu tenho as habilidades e conhecimentos para fazer contatocom ele.
e assim eu posso sentir sua presença, mesmo que ele esteja a milhares de quilômetros

Presença é uma questão de grau
a presença de um amigo é maior quando está diante de mim
e menor quando ele está em "Madrid" ....rsrs no original "Berlin"

as coisas podem ficar mais ou menos perto dependendo de nosso
saber como fazer
como mover

podemos também falar em qualidade da presença

Fernando está em meus pensamentos e ações...no original Dominic..rsrs
seria estranho dizer que ele está presente para mim perceptualmente
afinal de contas, eu não o vejo, ouço, sinto o seu cheiro, toco
ele está muito longe pra isso
mas isso não impede que ele esteja presente em algum grau


A teoria geral de acesso

Do ponto de vista do que podemos pensar como a teoria geral do acesso, pensamento e percepção diferem apenas como modalidades de acesso.

espaço do pensamento como espaço da consciência perceptiva
as diferenças são fundamentadas em diferentes habilidades de acesso

o conceito como uma técnica e habilidade de acesso
um conceito como técnica para agarrar alguma coisa...Begriff no alemão

a percepção sonda o que existe
a relação de percepção e conceito
a presença de Fernando ao meu pensamento, é claro, no meu caso é imaginação..rsrs
mas ele existe...e que a percepção se difere apenas em graus...
volta pro texto Sâmara

o que parece intrometer aqui é a ideia de representação em teorias da mente
supomos que os conceitos são maneiras de representar o mundo
e que compõem a representação do mundo

há uma maneira não representacional de pensar conceitos...??
que não são categorias ou conjuntos, protótipos
nem sentidos como em Frege
conceitos não representacionais são habilidades para a tomada de posse do que existe

dizer que a experiência perceptual é conceitual
não rola..rs o Noë sabe explicar..rs

qual seria a natureza dos conceitos?
como posso ter o conceito de vermelho sem habilidades incorporadas?

a percepção sensorial é uma dinâmica, uma troca de duas vias entre o observador
e o que é percebido, uma transação....
percebo X, há mudanças no meu corpo em relação à X, como aparece para mim
uma sensibilidade ao movimento e ação é a marca da percepção

o pensamento é relativamente insensível a mudanças de movimentos
posso pensar em alguém distante, mas há uma relação causal que infere
no que eu posso pensar e falar
para pensar em água, uma vez existe uma relação causal entre nós...rs
o que varia é a influência da cultura, onde estou no mundo ...como pensaria a água

um mundo limitado sociolinguístico........
como alcançar o objeto do meu pensamento?

uma ligação muito mais entre o nome e seu portador
do que com o nome e associação com sua descrição

eu preciso ter conhecimento para pensar
eu preciso saber que Fer está em Madrid para poder acessar o objeto
é preciso conhecimento para que as coisas se mostrem
o acesso não é uma noção semântica...mas é óbvio!!!! q não!
saber que está Fer en Madri possibilita o meu acesso a ele,
pelo menos explica o fato dele poder aparecer em pensamento.
mas isso não implica o que eu represento
ir fazer um intercâmbio implica em ser possível o acesso

conhecimento não corrige referência
conhecimento permite o acesso

Variedades de acesso

vc pode pensar sobre o que quiser, Cézanne, Jardim do Éden,
até em filhos que ainda não nasceram
como também sobre a laranja que está ali no chão
até sobre um número primo que não existe ainda...
até sobre o DNA entre primos...

pensar em coisas é como apanhar bolas
há muitas maneiras de pegar uma bola
requer domínio, exercício,
como em diferentes habilidades, exemplos dos vários
esportes com bolas....
o sucesso da ação depende em qual atividade pretende realizar

tanto minha mãe e Elis Regina se mostram para o meu pensamento
minha mãe está perto de mim, eu posso ligar pra ela agora, eu posso visitá-la
se eu quiser
eu tenho lembranças da minha mãe, eu a conheço bem
sinto presenças distintas, sei algumas coisas da Elis tbm...

E precisamente essas diferenças de modalidades de acesso, corresponde
o manifesto de diferença, com experiência em sua presença para mim.
E precisamente essas diferenças de modalidades de acesso, corresponde
o manifesto de diferença, com experiência em sua presença para mim.E precisamente essas diferenças de modalidades de acesso, corresponde
o manifesto de diferença, com experiência em sua presença para mim.

são modalidades distintas de acesso
com experiência de presença pra mim
há várias coisas que precisamos fazer para agarrar os objetos do nosso pensamento
amigos, artistas, filósofos, problemas...blá blá imaginação
estão perto ou longe
em espaços diferentes
de várias formas e tamanhos

pensar em algo é exercer o conhecimento de como chegar a ele......a coisa pensada
como para pensar num problema matemático é preciso demonstrá-lo
para pensar no homem é a saber participar de uma estrutura de práticas

assim o significado é antecede à linguagem e a prática cognitiva
Significados não são fixadas por relações independente de práticas entre
palavras e coisas

significado não está preso na linguagem....?

a presença não nos vem gratuitamente
é preciso alcançá-la

Presence does not come for free; we achieve it. It is hard-won, if it is won at all. Take the perceptual case: perceptual experience is an activity where by we bring things near us into focus for perceptual consciousness. We peer, and squint, and move, and adjust ourselves, nearly continuously, in order to come near to, achieve access to and stabilize our contact with the world around us. Objects are not transcendent. But they transcend what can be taken in at a glance. The fact of this transcendence bespeaks a certain vulnerability; to know the world, we must move and inquire and explore and exercise our practical and conceptual knowledge. In this sense, we manifest, in our experience itself, our implicit appreciation that perceptual presence is always a work in progress. Noë

percepção como atividade
assim como a relação com o objeto depende da visão
de um certo uso do olhar....
exige virar-se com o corpo, a cabeça, olhos, atenção
o acesso ao objeto no pensamento também exige esforço
para conhecer..
biblioteca, internet, universidade...blá blá que podem falhar..rs

o significado não é transcendente
é preciso chegar até a presença, que é frágil
o fato de pensar em MOisés e que ele possa ser um mito
está imbutido no que podemos pensar sobre ele
que aparece em nossos pensamentos muito longe
apenas vagamente presente, e não gostamos dessas operações não é mesmo?
não é por acaso que é questão de fé....

Eu exponho a minha própria sensibilidade e fragilidade e finitude da minha
própria experiência perceptual
não é possível ver o que está muito longe....ou muito perto....
eu sinto a mesa sob as minhas mãos
não posso ver além das paredes ou ter uma visão raio-x
tanto o toque como a visão possuem limites para a percepção
quando vista de longe, parece um grão de areia...ela não tem este tamanho
apenas está muito longe
nossas habilidades ao pensamento são análogas
posso pensar no último teorema de Fermat?
posso apontar pra ele...mas compreendê-lo?
não posso pensar sobre tomates inexistentes...

vc não pode pensar o que ainda não é....pq pensamento e experiência
são maneiras de engajamento na transação das coisas
se o objeto não existe na experiência perceptiva, como pensá-lo?
como terá presença?

há apenas a falsa aparência de presença....
presença falsa não é presença!
se o objeto não existe pra mim como percebido, como apreendê-lo? impossível.....
dá pra se pensar quando se dizem que filosofia são análise de textos....ah me poupem.....
textos dizem do mundo, joder....

a presença é conquistada
e todas as realizações humanas dependem da nossa presença no ambiente
que nos abrange e nos permite agir..

como pensar que as coisas que estão em minha volta, que se mostram para mim
e fazem eu ser quem sou
possam ser ilusórias? isso é só uma possibilidade lógica, Descartes....seu fumo...

alucinação é colapso de experiência perceptiva
e a engenharia de mostrar o quanto a percepção falha
ok...tratemos da presença neste mundo como o vemos
mesmo com muitas ilusões...

experiências e pensamentos não são estados
são habilidades deste mundo
exigem ajustes
uma aderência ao mundo...
a presença é frágil...
é preciso sempre ser alcançada...

Estilos da mente

presença perceptual e presença pensamento?
uma linha diz que pensamento e experiência são diferentes
quando se vê, não está pensando o que se vê
as categorias de percepção já foram exaustivamente estudadas
a filosofia vem brigando em apostar quem vem primeiro...
percepção ou pensamento
Empiristas argumentam que a experiência perceptiva vem em primeiro lugar; é
o que primeiro faz pensamento e conversa sobre o mundo possível.

Antiempiricistas (Racionalistas, idealistas, conceptualistas) têm opinião contrária
que de alguma forma pensamento que vem em primeiro lugar.


é possível sem pensamento e entendimento perceber???
sei que não é possível percepção sem ação.....

pensamento e percepção são estilos diferentes de explorar o mundo
de acesso ao que existe
como estilos distintos de explorar o mundo como
cantar, pintar, escrever

Merleau-Ponty desenvolve bem a ideia de estilo
como sentido
como fazer 
formas de ser
maneiras de alcançar a presença do mundo
a aderência
o body schema
pensar e perceber não são formas de representação
como no classicismo
são formas de acesso ao real.










https://soundcloud.com/s-mara-ara-jo-costa/como-una-rosa-2


domingo, março 22, 2015

Reinvenção


A vida só é possível
reinventada.

Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas…
Ah! tudo bolhas
que vem de fundas piscinas
de ilusionismo… — mais nada.

Mas a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.

Vem a lua, vem, retira
as algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira
da lua, na noite escura.

Não te encontro, não te alcanço…
Só — no tempo equilibrada,
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só — na treva,
fico: recebida e dada.

Porque a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.

Cecília Meireles
o saber é só uma sentença? um assentimento à uma sentença?
uma linguagem qualquer, uma teoria
de fato animais e bebes estão no mundo cognitivamente como adultos
condição de verdade para o saber parecem só se aplicar a seres dotados de linguagem...mas que óbvio!
não é a recusa de conhecimento a coisas que não falam
mas afirmação de um tipo diferente de conhecimento do qual trata a epistemologia.

quando o sujeito sabe, eu já penso que ela sabe uma proposição, ou relaciono assim

Frege o conhecimento estados do mundo
Russell conhecimento proposições linguagem

as três condições da definição clássica de conhecimento se relacionam

(D) s sabe que p, se e somente se   (I) p
                                                      (II) s acredita que p
                                                      (III)s está justificado em acreditar que p


ter uma crença é tomar algo por verdadeiro

o que é esse merda de voluntarismo doxastico ?

depois de Gettier que questionava crença verdadeira justificada

eu lembro que minha pergunta foi, as três condições podem estar preenchidas e haver conhecimento
como pode ser o contrário...de estarem preenchidas e não existir...


Essas teorias tratamde dar uma resposta a questões tais como,
por exemplo
:
(i)
“O que é justificação espistêmica?”,
(ii)
“se estamos justificados em
sustentar uma crença, é também necessário que tenhamos consciência de que estamos
justificados?
”, ou
(iii)
“para que estejamos
justificados
em nossas pretensões de conhecimento
é
necessário que
nossa crença seja causada por algum processo confiável, ainda que não
tenhamos consciência desse processo?”

o conhecimento não é passivo
o que são teorias do juízo?

ou seja o juízo é uma ação, algo que realizamos

mas o artigo fala que elas desapareceram..rsrs as teorias do juízo..rsrs

três razões:

predomínio da filosofia da linguagem no estudo da epistemologia

ah chegou onde eu queria, voluntarismo doxástico 
.
Como David Bell afirma:
“The theory of judgement has thus been displaced from the centre of the
philosophical stage in favour of concerns more overtly linguistic; but many of the
aims, doctrines, concepts, and problems central to the former remain essentially
unchanged beneath their linguistic guise.”
(BELL, 1979, p. 1-2)
 
teorias de significado de palavras como juízo, verdade, pensamento, asserção
proposição substitui o termo juízo...
 
 mais impessoal que juízo..rs

a pergunta não é o que é conhecimento
mas o que devemos fazer?

sei lá quem falou isso..Kornblith
 
One of the motivations for epistemological theorizing is the desire to develop
substantive epistemic advice. We wish to improve our epistemic situation by
refining the methods we use in arriving at our beliefs. (...) the desire to imp
rove our
epistemic situation is one which has motivated epistemologists for as long as
philosophers have theorized about knowledge...
(KORNBLITH, 1999, p. 24)
 
 
“Voluntarismo doxástico”
designaa tese segundo a qual seríamos livres para deliberarmos
quanto à escolha de crenças da mesma forma como deliberarmos
quanto à escolha pela realização de determinadas ações. O voluntarismo doxástico foi muito criticado nas últimas décadas, sobretudo no contexto de um debate normalmente denominado como “ética da crença”. O que está em questão nesse debate é o problema sobre se, e em que medida,
teríamos um controle voluntário sobre nossas crenças. Nesse debate, autores como, por exemplo, René Descartes, Blaise Pascal, William James, e William Clifford figuram entre os principais defensores do voluntarismo doxástico. Descartes, por exemplo,sustentaque somos
livres para suspendermos o juízo em situações nas quaisnão temos evidências cogentes em favor de uma dada proposição.
 
 
Se p e não p são possíveis, suspenda o juízo
 não é que não é para não errar como diz Descartes,
mas pq não há outra coisa a se fazer...
 
há razões tanto para um quanto para outro...
isso no caso de equilíbrio epistêmico
que eu imagino ser um medir as razões, 
 
 
só há suspensão voluntária do juízo se por exemplo, um juízo apenas
como ato linguístico
Berlin é capital do Brasil
 
sem se compremeter com a verdade da proposição
 
 
ou seja, a pergunta é, um juízo é sempre verdadeiro?
aí tem que suspender como Descartes sugere?
 
voluntárimo doxástico em Pascal, adorei o exemplo...
 
Pascal's  wager
adoro
 
ah fechou...dormiu
 
 
 


e se o medo não existisse?
e se não houvesse medo dos prédios?
e das motos?
não, dos gatinhos não...
mas medo dos cachorros que são como lobos?
não é cantar pro medo
é só pensar que a imaginação é tão importante
é importante demais
as emoções nas crenças
muitas vezes são determinantes
e se a padaria ....quem quer saber da padaria
ah de mundos possíveis que sejam
amanhã é outra semana
com muitas coisas
ainda bem tem dias pra poesia
e pra mim.
misturar vermelho e rosa nas mãos
e Dark Side of The Moon, pra fim de domingo..
fechou com McLuhan, Noë e a apostila do Ernesto.
I like it
run baby run
eu fico imaginando que queria escrever igual ao Pessoa
mas o que ele faz é fenomenologia?
hahaha
é poesia Sâmara!
ah é...
acabou, vai estudar!
recojendo a sus imagenes
a ver se te veo como existe
por que si, tu estas no mundo
y voi a salir para explorar

ahora no llove puedo salir un poco
para ver mejor como el sol hoy se vá
las nubes estan a frente
pero hay color en cielo, cinza

bueno hay cosas en mi cabeza
que no existem todavia
pero hay...
existe solamente o que yo puedo
ver en el mundo
y ao moverme veo que hay otra parte azul
en el cielo que se abre cada vez más
para que yo pueda ver.


DESAFIO E COLAPSO- A NÊMESE DA CRIATIVIDADE - Marshall McLUhan

declaração de Bertrand Russel que a descoberta do séc. XX foi a suspensão do juízo



Mas a “técnica da suspensão do juízo” vai além. Por exemplo, ela antecipa o efeito de uma infância infeliz no adulto, neutralizando o efeito antes que ele se produza. Em psiquiatria, é a técnica da permissão total projetada como um anestésico para a mente, enquanto outras fixações ou efeitos morais de falsos julgamentos são eliminados, sistematicamente.


Já a “técnica da suspensão do juízo" apresenta a possibilidade de rejeitar o narcótico prorrogando indefinidamente a inserção da nova tecnologia na psique social. Uma nova estase está em vista.   

Mostrando a técnica de alavanca a um sábio chinês...sim McLuhan usa este exemplo...

“Ouvi de meu mestre que quem quer que use máquinas acabara por fazer tudo como uma máquina. Quem trabalha como uma máquina, terá o coração como uma máquina, e quem leva o coração como uma máquina em seu peito, perdera sua simplicidade. Quem perde sua simplicidade, se tornara inseguro nas lutas de sua alma. Incerteza nas lutas da alma é alguma coisa que não está de acordo com o senso das coisas honestas. Não é que eu não saiba fazer essas coisas. É que eu tenho vergonha de usá-las.” 
isso para chegar a um outro pesquisador que associa doenças com stress....muito utilizado como resposta hj em dia nos consultórios...eu...
Hoje, dispomos de anestésicos que nos permitem executar as mais terríveis operações físicas.  Mc

Nenhuma sociedade teve um conhecimento suficiente de suas ações a ponto de poder desenvolver uma imunidade contra suas novas extensões ou tecnologias. Hoje começamos a perceber que a arte pode ser capaz de prover uma tal imunidade.  como McLuhan???


olha a resposta:

Na história da cultura humana não há exemplo de um ajustamento consciente dos vários fatores da vida pessoal e social às várias extensões, excetuados os esforços anódinos e periféricos dos artistas. O artista apanha a mensagem do desafio cultural e tecnológico décadas antes que ocorra seu impacto transformador. Constrói então modelos ou ar-
Pág 84
cas de Noé para fazer frente à mudança iminente. “A guerra de 1870 não teria ocorrido se as pessoas tivessem lido A Educação Sentimental”, disse Gustave Flaubert.


Na história da cultura humana não há exemplo de um ajustamento consciente dos vários fatores da vida pessoal e social às várias extensões, excetuados os esforços anódinos e periféricos dos artistas. O artista apanha a mensagem do desafio cultural e tecnológico décadas antes que ocorra seu impacto transformador. Constrói então modelos ou arcas de Noé para fazer frente à mudança iminente. “A guerra de 1870 não teria ocorrido se as pessoas tivessem lido A Educação Sentimental”, disse Gustave Flaubert. 


assim o artista é indispensável para a configuração análise e compreensão da vida das formas

Wyndham Lewis —“o artista está sempre empenhado em escrever a minuciosa história do futuro, porque ele é a única pessoa consciente da natureza do presente!”  

!” O conhecimento deste simples fato agora se torna necessário à sobrevivência humana. É secular a habilidade do artista em furtar-se ao pleno golpe das novas tecnologias, neutralizando sua violência com plena consciência, assim como é secular a inabilidade das vítimas atingidas, e que não sabem contornar a nova violência, em reconhecer a necessidade que têm dos artistas. Premiar os artistas e transformá-los em celebridades pode também ser um meio de ignorar seu trabalho profético, impedindo que eles sejam oportunamente úteis à sobrevivência. O artista é o homem que, em qualquer campo, científico ou humanístico, percebe as implicações de suas ações e do novo conhecimento de seu tempo. Ele é o homem da consciência integral.
O artista pode corrigir as relações entre os sentidos antes que o golpe da nova tecnologia adormeça os procedimentos conscientes. Pode corrigi-los antes que se manifestem o entorpecimento, o tateio subliminar e a reação.

ah o artista

o automóvel para diminuir um stress físico, causa um stress psíquico maior

Talvez que o “fechamento” ou a conseqüência psicológica mais evidente de uma tecnologia nova seja simplesmente a sua demanda. Ninguém quer um carro até que haja carros, e ninguém está interessado em TV até que existam programas de televisão. Este poder da tecnologia em criar seu próprio mercado de procura não pode ser desvinculado do fato de a tecnologia ser, antes de mais nada, uma extensão de nossos corpos e de nossos sentidos  

Enquanto adotarmos a atitude de Narciso, encarando as extensões de nossos corpos como se estivessem de fato lá fora, independentes de nós, enfrentaremos os desafios tecnológicos com a mesma sorte, a mesma pirueta e queda de quem escorrega numa casca de banana.  

o militarismo é uma forma de industrialismo, ou seja, a concentração de grande quantidade de energia homogeneizada em alguns poucos tipos de produção.  

a fragmentação na indústria.. manufatura
 trabalho escravo