Comecei num maravilhoso trabalho, comida com
sobremesa, tem restaurante e chef, yes!
e nem é tão ruim ser simpática 8 horas seguidas
a recepção de um hotel 3 estrelas, da igreja católica, com não sei quantos
seminaristas e padres a viver por lá, com um piano de cauda de sei lá qual ano,
com vista privilegiada para o Douro e a 10 minutos de casa,
tem capela, tem telas de 1898 com anjos...
comi gambas e almocei com portuguesas agradáveis,
milagres, acho que é porque Deus sabia que eu não
voltava a ser empregada de balcão ou de mesa, uma vitória.
E depois de uma desilusão, a vida pode dar um giro
afinal, as pessoas mostram realmente quem são,
Ah um alívio,
chego em casa, olho o desenvolvimento das escritas,
as deadlines em junho e agosto, ai ai
sentada com o laptop no colo e ainda não consegui escrever
por 2 horas, parece que já descansei das 8 de trabalho,
amar com paz de agora em diante,
parece que a paz é mais importante que o amor,
são 6 recepcionistas comigo, e todos homens,
Em paz, agora é trabalhar
pra sobreviver, e escrever nas horas que tiver na sobra dos dias,
juntar os 3000 reais para pagar a validação dos diplomas,
não desistir do amor,
tem gente que só deixa gosto de morte, enfim, melhor nem pensar no terror
que deve ser ser aquele corpo
profanar o sagrado feminino irá pagar cedo ou tarde
mas agora
focar nos projetos em andamento
ir ao ginásio,
escrever, trabalhar, viver em paz e penso que vou conseguir,
se calhar tudo vai correr bem em atividade, e o limbo deve
não será mal, sei lá até quando a incerteza de não ser integralmente researcher,
nos melhores cenários possíveis, mais de um ano, mas olha, que ao olhar para ponte
e o Douro a entregar as águas no mar,
o verão vindo, os dias azuis, a luz, a força da vida
eu com esperança,
a ver o horizonte
e ver que a vida mostra os caminhos e os seres
ou está claro ou escuro, basta abrir os olhos
ou é bom ou mau, basta sentir.