quinta-feira, janeiro 04, 2007

Lampejos

É... eu sei, pode ser indescritível,
o fato é que eu estava bem ali,
e como a lâmpada impressa nos gibis,
lampejos de coisa alguma,
interessantes só pra mim...
Bom, é o ácido,
eu estaria me deterrendo,
mas nada aconteceu...faíscas.
Eu só vi o que era mais que claro,
mas que maneira inefável de ver,
de sentir.
Eu me vi, ridícula,
com espasmos de lucidez,
de loucura,
de sei lá o quê,
o silêncio era céu e estrela...
e as pessoas eram noite,
só eu me fiz dia,
iluminei minha volta,
vi a luz que emanava de tudo.
Do teu rosto refletido em minha memória
poética,
sim, quanta poesia...
clara, límpida...
mas também insondável,
na devida profundidade de inferno e mar...
de quase poder apalpar lua cheia, Três Marias,
não, o Cruzeiro do Sul é ali...
é, isso mesmo uma cruz.
Eu entranhada em mim,
em tudo.
Com a certeza de entender
o não entendido.
E agora tentaria descrever
e dito,
que em verdade
eu nem sei bem o que
de fato foi...