segunda-feira, janeiro 08, 2007

Para o coração

Não estorvarei agora em meus pensamentos,
Para que em mim se reflitam
opada pelo cúmulo de poesia...
Abrirei agora a garganta
até que vejam o coração,
que nem tem a ver com
ácido lático
no gastrocnêmio...que só causa
tensão...ai!
Foram muitos andares,
e agora lhe escrevo pela tarde,
Na tardança,
de quem se espera...
Para sentir lhe a carícia,
de nadar em minhas águas,
para então fixar o vôo dos píndaros,
nos píncaros da montanha.
junto à marcha das nuvens.
Correr por suas entranhas.
E se, na sabatina de hoje,
em minhas águas,
Houver o espelho nítido e profundo
Onde se reflita o gesto de tuas mãos
E a graça do teu rosto.
Então adormecerei no fundo de mim mesma
Assim como as flores que murcham
e o crepúsculo de hoje que jaz no chão.
A cada apelo da vida deve o coração,
âmago coração...
Dizer-nos que sim e não.
Nos espaços que deixamos vagos,
sustento-me
numa anatomia que é só coração.
Sobranceiro às ameaças errantes,
do torpor de amantes.
Transparência é também mal-estar ao
abrir o coração,
matando aranhas com a palma da mão.