segunda-feira, dezembro 29, 2014

History and Politics

        Merleau-Ponty emerge da Segunda Guerra como Merleau-Ponty emergiu da Segunda Guerra Mundial, comprometido com seu "companheiro de viagem" do Partid'o Comunista Francês e da União Soviética. Seus primeiros ensaios, publicados em 1947, como Humanismo e Terror, ajudou para radicalizar Sartre, com quem fundou a revista Les Temps Modernes. Mas, como Sartre se aproximou ao comunismo no início de 1950, Merleau-Ponty perdeu a fé no marxismo e numa política revolucionária, em parte, à luz das revelações sobre as atrocidades em larga escala em campos de trabalho soviéticos, em parte, na sequência da agressão russa na a Guerra da Coréia. As idéias de Marx já não são simplesmente verdadeiras ou falsas, ele sugere, porém, são apenas "verdades falhas", insights profundos e importantes articulados em obras que não perduram como parte de um credo político, mas como clássicos em uma tradição humanista.
             Escritos políticos mais precoces de Merleau-Ponty são guiados por uma analogia entre o que ele via como a descoberta de fenomenologia do sentido e direção (sens) de experiência perceptiva e descoberta de Marx do sentido e direção da história. Essa analogia é falha, no entanto, uma vez que a coerência da consciência perceptiva é fundamentada na unidade do corpo, enquanto que a coerência putativa da história não é fundamentada em um sujeito ou representante. Escritos políticos de Merleau-Ponty foram sempre guiados mais por considerações filosóficas abstratas do que por problemas políticos concretos. Tendo em conta o Julgamento de Moscou em Humanismo e Terror é extremamente ingênuo sobre a brutalidade de julgamentos-espetáculo e expurgos dos anos 1930 de Stalin. Em seu romance Darkness at Noon Koestler estava errado para retratar como Bukharin impulsionado pela lealdade suicida à causa comunista. Merleau-Ponty, no entanto, foi igualmente errado sugerir que Bukharin sinceramente Acredita na sua própria "culpa objetiva", ao contrário de suas intenções. Em Humanismo e Terror Merleau-Ponty rejeita o liberalismo como uma "ideologia da guerra", mas essa acusação confunde o compromisso do liberalismo com liberdade individual e o estado de Direito com a hipocrisia de facto e brutalidade do capitalismo ocidental e da opressão colonial.
                Aventuras da Dialética (1955) contém o relato de Merleau-Ponty do declínio e morte do marxismo, tanto como teoria e como política revolucionária. Desde a Revolução Russa de 1917, a
doutrina marxista  se torna cada vez mais dogmática e intolerante_ rigidamente mecanicista dentro das mudanças históricas, cegamente otimista e intolerante com a dissidência em face das perspectivas evidentemente decrescentes de transformação social revolucionária.

Tradução minha do resumo História e Política- Merleau-Ponty, Taylor Carman.

domingo, dezembro 21, 2014

Sobre Marxismo -Merleau-POnty

That hopeless dilemma between freedom and determinism is not an accident of twentieth-century European politics, Merleau-Ponty now argued, but the inevitable consequence of Marxism itself, which in truth never had at its disposal the theoretical resources for reconciling human beings with history. Trying to be a Marxist in the middle of the twentieth century, Merleau-POnty concludes, is a much an anachronism as trying to be a Platonist or a Cartesian. "Are you or are you not a Cartesian? The question does not make much sense" (S 17, 11). Like Plato's dialogues and Descartes's Meditations, Marx's works have become classics in the humanist tradition, they pose essential questions and offer deep insights of enduring philosophical significance, but they are no more keys for understanding contemporary political life than the texts of ancient and medieval metaphysics are tools for the advancement of modern science. Actual political and social history have "so completely shifted the perspectives of proletarian revolution that there is no longer much more reason to preserve these perspectives and to force the facts into them than there is to place them in the context of Plato's Repulic" ( AD 133, 93)

Taylor Carman

sábado, dezembro 20, 2014

Tradução Resumo Cap. "Self and Others"

     Merleau-Ponty considera nossa coexistência encorporada com outros, é um dos mais originais e importantes elementos em sua fenomenologia. Tendo em conta como uma resposta, mas não uma contestação para a questão de outras mentes, não uma solução como dissolução para o que Merleau-Ponty acredita como um problema não genuíno. Para o problema de outras mentes, toma como garantia uma distinção entre mente e corpo que não ecoa em nossa mais básica experiência de nós próprios e outros. Merleau-Ponty antes disso rejeita a teoria de Husserl sobre a "percepção analógica" , segundo a qual estou consciente dos outros como seres conscientes, graças a um emparelhamento associado com minha própria consciência de mim mesmo como "unidade psicofísica", ou composição mente-corpo. Ele também rejeita a explicação polarizada de Sartre de que os outros com um olhar não objetivado fixam-me como um objeto, para isso têm em conta habitar arbitrariamente numa dramática cena de conflito e suspeita, meu encontro com o outro numa subjetividade estranha apresentando defronte de mim, em contraste com nossa mais experiência mundana de outros, simplesmente estão conosco num mundo compartilhado.
      Merleau-POnty em sua própria descrição fenomenológica de nossa experiência de outros, numa extensão de sua explicação do esquema corporal e intencionalidade motora. Outros são para mim não visíveis objetos nem invisíveis sujeitos, nem corpos materiais ou mentes imateriais. De fato, eles não estão presentes para mim como alvos da observação ou julgamento como um todo, mas como pessoas, agentes encorporados, eu imediatamente e involuntariamente identifico em minhas próprias sensibilidades e comportamentos. Faço a inferência da existência de outras mentes a partir de observações de seus corpos; isto não é uma "analogia" sobre tudo entre mim e eles, pois eles são tão diretamente e inegavelmente presente para mim como meu próprio corpo é, embora, é claro, de uma modo diferente. Somente em circunstâncias problemáticas devo colocar eu mesmo em suas posições, pensando sobre suas perspectivas sobre as coisas, seus pensamentos, seus sentimentos. Mesmo adultos, nós somos no fundo como crianças, para quem pessoas são totalmente simplesmente "cabeças vazias" abertas para o mesmo mundo. 
       Embora, salvo insanidade, os outros - de fato, não podem- constituir um genuíno problema epistemológico, eles são no entanto, sempre mais ou menos, como uma fonte de perturbação prática, ética e política. Outros não são um problema, mas são problemas. A razão para isso é que a nossa perspectiva sobre nós mesmos e sobre eles é essencialmente assimétrica: obviamente, mas profundamente, eu sou o único eu. Como os deuses do politeísmo, nós encontramos a pluralidade de eus soberanos perpetuamente enigmática e desestabilizadora.

Taylor Carman.

"Like the gods of polytheism, I have to contend with other gods" (MP, PP 412, 359, 418)


"I can ... recognize only one I" (MP, PP 411, 358, 417)

"Consciousnesses present themselves with the absurdity of a plural solipsism, such is the situation that must be understood." (MP, PP 412, 359, 418)


Tradução Resumo Body and World

           Percepção não é mental, mas um fenômeno incorporado. Fazendo desta afirmação uma ontologia sobre a consciência perceptiva e o corpo, Merleau-Ponty não reporta uma subjetividade aparente, nem desenvolve um empirismo ou teoria metafísica sobre a natureza subjacente da realidade. Ele descreve, articula, e esclarece a intuição ordinária do ponto de vista que nós entendemos sobre nós próprios, não como desincorporados intelectos, nem mecanismos físicos, mas sujeitos corporais viventes. Eu chamei isto de perspectiva fenomenológica, a partir da qual Merleau-POnty avança suas reivindicações, o incorporado ponto de vista. Este é o ponto de vista como tal, tanto tradicional como em contemporâneas teorias da percepção que falham em reconhecer como um o próprio sujeito da investigação, menos um legítimo conjunto dentro do qual entende o fenômeno intencional.
         Por que, mais especificamente, faz o papel do corpo como o sujeito da experiência perceptual? Por por meio do esquema corporal, o conjunto cumpre disposições e capacidades não cognitivas que orientam, guiam e informam os nossos sensitivos corporais e ações motoras. Para dizer que a percepção é fundada no corpo é dizer que o campo fenomenal é constituído por um body schema. Nossas habilidades corporais e disposições gravam nosso mundo percebido com horizontes de perspectivas e um contraste entre figura e fundo.
      Um tipo de intencionalidade se faz possível pelo esquema corporal, que não é mental mas intencionalidade motor. Pacientes com danos cerebrais, tal como "Schneider" de Goldstein, que sofreu de agnosia, forma visual que retem muitas habilidades motoras e são capazes de pensar abstratamente sobre relações espaciais, mas perdeu um intermediação intuitiva entre motor intencional sentidos de posição espacial e orientação. Espaço não é mais dado na consciência intuitiva, mas agora reside em patologias segregadas num domínio "cego" de ação motora de uma mão que descontextualizada julgamento sobre a outra.
              Num manuscrito postumamente publicado de Merleau-Ponty, O Visível e o Invisível, elabora duas metáforas, carne e quiasma. Alguns acreditam que estes temas constituem uma mudança significativa vista em sua filosofia, como uma encorajadora ideia que Merleau-POnty faz referências críticas ocasionais para sua própria antiga aderência com a filosofia da consciência e isto participa na distinção sujeito-objeto. Olhando mais de perto, isto aparece com a imagem do quiasma- cruzamento, sobreposição, entrelaçamento- já informando tendo em conta a percepção como um aspecto do nosso enraizamento incorporado com o ambiente. A noção de carne, contudo, indiscutivelmente marca uma partida genuína da Fenomenologia da Percepção, para além do livro estava essencialmente como uma descrição da experiência, a palavra "carne" significa e refere-se ao nosso mais básico inconsciente corpóreo contínuo com o mundo que nós percebemos. Carne é a identidade da percepção e do percebido, mesmo abaixo do limiar da consciência. Como percepção incorporada, nos somos necessariamente parte do mundo percebido que percebemos; nós não estamos apenas no mundo, nós o somos.

Taylor Carman, 
tradução capenga minha...sorry!

quinta-feira, dezembro 18, 2014

since the genesis of the objective body is only a moment in the constitution of the object, the body, by withdrawing from the objective world, will carry with it the intentional threads linking it to its surrounding and finally reveal to us the perceiving subject as the perceived world. (MP, PP 86, 72, 83)

Consciousness of the world in not based on self-consciousness; rather, they are strictly contemporary: there is a world for me because I am not ignorant of myself; I am not concealed from myself because I have a world. (MP, PP 344, 298, 347)

 if one's own body and the empirical self are nothing but elements of the system of experience, objects among other objects in the eyes of the true I, how can we ever confuse ourselves with our body, how could we believe that we saw with our eyes what we in truth grasp with an inspection of the mind? (MP, PP 241, 208, 241)

quarta-feira, dezembro 17, 2014

Se é parece tudo tão óbvio, é porque está a se fazer fenomenologia.
?

Tem o corpo

bem domésticada
com a situação ao que parece cada vez mais
esboçada
como pano de fundo
uma necessidade de aderência
e significado
na luz baixa da sua torre, meu amor fati.
eu só sei que devo ler todos estes livros
eu só sei disso...
chupar absorvendo Minha Pica todos os dias...
é o que deve fazer meu corpo no mundo..
peraí? então, cadê a supremacia do corpo??
é isso que meu corpo quer?
não!...menos luz, torpor, gozo...
hummm...sei..
é.....
foco, Sâmara..
figura e pano de fundo
situação...
meu campo transcendenal
e fenomenal...
ah, voltei...a pica transcendental..
ótimo.
Tem umas anilhas na casa
tem a casa.....
pra poder treinar sua propiocepção..
a cadeira pra vc se encurvar e desaprender...
tem o blog pra citar...????, tem os músculos das costas...


"our body is not the object of an 'I think': it is an ensemble of lived meaning that
finds its equilibrium" (MP, PP 289-90, 250, 292)

terça-feira, dezembro 16, 2014

Body and World

The point is not just that the boundary between my body and the environment cannot be drawn sharply from a third-person point of view, for what matters here is not where the boundary lies, but rather that there is a deep difference in principle between myself and my world. (Carman)

The body is not just a causal but a transcendental condition of perception, which is itself not just an inner subjective state, but a mode of being in the world. In short, have no understanding of perception in abstraction from the body and the world. (Carman)

o ponto é que consideramos a percepção como subjetiva, e o corpo como objetivo
como juntar os fatos fisiológicos que estão no espaço e os fatos psíquicos que não estão em lugar nenhum?
o corpo é como uma máquina? O que é uma máquina?

The definition of the object is... that it exists partes extra partes, and that consequently it acknowledges between its parts, or between itself and other objects, only external and mechanical relationships, whether in the narrow sense of motion received and transmitted, or in the broad sense of the relation of function to variable. (MP, PP 87, 73, 84)

Máquinas são extensões de objetos...

the reflex arc idea is defective in that it assumes sensory stimulus and motor response as distinct psychical existences, while in reality they are always inside a coordination and have their significance purely from the part played in maintaining or reconstituting the coordination. (John Dewey, citado por Carman)

the "sensible quality", the spatial limits set to the percept, and even the presence or absence of a perception, are not de facto effects of the situation outside the organism, but represent the way in which it meets stimulation and is related to it. An excitation is not perceived when it strikes a sensory organ that is not "attuned" to it. The function of the organism in receiving stimuli is , so to speak, to "conceive" a certain form of excitation. ... exteroceptivity demands that stimuli be given a shape. (MP, PP 94,79,91)

Introspective psychology detected, on the margins of the physical world, a zone of consciousness in which physical concepts no longer apply, but the psychologist still believed consciousness to be no more than a sector of being, and he decided to explore this sector as the physicist explores his. He tried to describe the givens of consciousness, but without putting into question the absolute existence of the world surrounding it. Together with the scientist and common sense, he presupposed the objective world as the logical framework of all his descriptions, and as the setting of his thought. (MP, PP, 72, 59, 68)

there is not a single movement in a living body that is entirely fortuitous with respect to psychic intentions, not a single psychic act that has not found at least its germ or its general outline in physicological tendencies. (MP, PP 104, 88, 101)

We do not understand the absence or death of a friend until the moment we expect a reply from him and realize there will never be one. (MP, PP 96, 80-81, 93)

To see an object is either to have it on the margin of the visual field and be able to fix on it, or to respond to the solicitation by fixing on it. When I do fix on it, I become anchored in it... I continue inside one object the exploration that just hovered over them all, and in one movement I close up the landscape an open up the object. The two operations do not just coincide by accident: it is not the contingencies of my bodily organization, for example the structure of my retina, that obligue me to see my surroundings vaguely if I want to see the object clearly. Even if I knew nothing of rods and cones, I would know that it is necessary to put the surroundings in abeyance to see the object better, and lose in ground what one gains in figure, because to look at the object is to sink into it, and because objects form a system in which one cannot show itself without concealing others. (MP, PP 81-82, 67-68, 78)

I am aware of my body via the world, I am aware of the world trough the medium of my body. (MP, PP 97, 82, 94-95)

my body appears to me as a posture with a view to a certain actual or possible task. ... If I stand in front of my desk and lean on it with both hands, only my hands are accentuated and the whole of my body trails behind them like the tail of a comet.(MP, PP 116, 100, 114-115)

adorei a metáfora, não é em vão que é a Minha Pica...hahaha

the body is not an object of which I have an internal image or internal representation, rather "it is polarized by its tasks, it exists toward them, it gathers itself up to reach its goal, and 'body schema' is in the end a way of expressing that my body is in the world" (MP, PP 117, 101, 115)

domingo, dezembro 14, 2014

masturbando com Minha Pica, meu pau transcendental...

background
o campo fenomenal
background subjacente fundado no corpo
isento de julgamentos explícitos
há um mundo de significados
campo transcendental
ocupar o campo fenomenal hábilmente
trata-se de uma atividade incorporada
já se viu isso....continuando...
perspectiva percebida orientando a experiência
comportando
significando coerentemente a unidade do objeto
através da unidade da perspectiva sensorial
um cego distingue com o tocar
um teste mostra que os empiristas estão errados
a unidade sensorial se dá mediada pela experiência
numa estrutura intencional do corpo
a unidade ou pluralidade dos sentidos
conectados
trabalhando juntos sempre
trabalhar com os cinco sentidos separadamente é problemático
propriocepção = cinestesia
sinestesia...outra coisa...hahaha
confusão dos sentidos ??
relações entre sentidos versus vida sensorial encarnada
unificação do campo fenomenal com os cinco sentidos é conveniente, mas um engano
modalidade dos sentidos interligados na avaliação dos objetos
sensação é uma comunhão
nosso contato concreto com o mundo
o mundo das coisas é espacial
é desta forma que habitamos o mundo
através de orientação espacial
mas isto não é razão para dizer que todos os sentidos são espaciais
toda sensação é espacial porque nossa experiência é uma experiência de mundo
os sentidos não são separados nem homogeneos
o mundo se abre para o cego através do toque
ao poder ver....por uma cirurgia de catarata muitos (amostra)
maravilham-se ao ver a diferença entre galhos de árvore e uma mão humana
e pode admitir que teve a experiência do espaço ao poder ver pela primeira vez
a unidade e diversidade dos sentidos são verdades da mesma ordem
analogias entre tocar e ver não é intelectual mas sensorial
rejeita o formalismo da consciência
o corpo  é o sujeito da percepção
vemos qualidades, percebemos qualidades sensoriais ao toque deduzimos pelo ver
percepção reúne nossa experiência sensorial em um único mundo
a visão é binocular mas o que vemos está coerentemente ao que concerne ao campo fenomenal
fundamentado no nosso corpo que está aberto para o mundo
é preciso olhar para ver
 vemos e ouvimos com dois olhos, dois ouvidos, andamos com duas pernas, pegamos com cinco
dedos...tudo isto são coerentes organizações incorporadas
os dois olhos é um único órgão, para uma única visão
não é a mente que faz a síntese, é o corpo
os sentidos não são sincronizados por ideias
há uma consciência originária
mistério da condição humana numa abertura e transparência de cada sentido,  um com os outros
puro direcionamento
essencial fenômeno corporal
percepção não é um evento privado mentalmente
e o corpo não é mais um objeto material como os outros
a percepção é intencional e incorporada
um meio-termo entre as dicotomias?????
passividade atividade passividade atividade
dimensão sensorial motora
são momentos distintos porém entrelaçados
e inseparáveis no fenômeno unificado
são dois lados da mesma moeda...........................................aff....será está uma boa metáfora????
percepção incorporada.......corpo e mundo...não se trata de situação e reação
mas há um entrelaçamento ......fio mesmo tecido.....????????? carne..............
a carne abandona a primazia da consciência???????????????????
ok... o ponto é papel do corpo na percepção que não são estados da mente
mas estados do corpo
nós não nos sentimos como mentes que moram em corpos
para Descartes a dor existe na mente, vemos com o cérebro??
para muito filósofos os fenômenos são meras aparências desenvolvidas pela mente
para Descartes...de novo...a experiência e o corpo é uma relação causal e não de identidade
corpo e experiência para Merleau-Ponty são idênticos ????

o fenomenal  não é causado ou definido, mas constituído por estruturas sensoriomotoras, sei lá se existe esta palavra... e capacidades do corpo
não são nossos corpos objetos que lhes acontecem coisas acidentais ???
eu não observo a mim próprio, vejo a mim como um objeto, como faço com os outro objetos
meu corpo é minha perspectiva do mundo
a nossa relação com o mundo permanece fixa e intacta, é o campo transcendental
o campo transcendental é o espaço de possibilidades, impossibilidades
necessidades que constituem nosso mundo percebido.




Percepção não é nem uma experiência subjetiva nem uma propriedade objetiva da mente, é um aspecto do ser-no-mundo.
A filosofia de Merleau-POnty não é psicologia ou epistemologia, mas ontologia.
Como Heidegger, ele acredita que a ontologia da existência humana deve proceder para uma descrição fenomenológica da experiência humana.
O que a fenomenologia pretende descrever? Em uma palavra, intencionalidade - ou tematicidade da experiência. Uma vez que na Idade Média tardia, intencionalidade foi entendido de duas maneiras: um puro direcionamento da mente até o mundo, e como um dicursivo ou conteúdo semântico do pensamento e da linguagem A teoria das ideias de Descartes e Locke efetivamente obscurecem para além destas noções, e por volta do século 19, por exemplo em Brentano e Husserl, o paradigma semântico foi como um eclipse não somente do precoce modernismo com a "forma das ideias", mas também muito mais uma noção primitiva do direcionamento da intencionalidade de si próprio.
 A fenomenologia de Merleau-POnty é em grande parte uma reação crítica ao paradigma semântico racionalista, uma tentativa de libertar o fenômeno percebido na consciência, da concepção dominante do conteúdo intencional abstrato, discursivo, e generalizável como pensamento. Uma vez que a concepção semântica da intencionalidade encoraja uma imagem da consciência com um fechamento e um domínio de conteúdo significativo, nitidamente delineando um mundo que pretende referir, a fenomenologia de Merleau-Ponty é um alternativa que enfatiza o essencial entrelaçamento corporal da percepção e do mundo percebido. Ao passo que Husserl era um internalista, Merleau-POnty é um externalista.
Husserl deve manifestar seu internalismo explicitamente em sua metodologia planejando conhecer através da redução transcendental, que é, o suporte ou exclusão de um mundo externo próprio para uma total descrição imanente do conteúdo da consciência. Embora Merleau-Ponty escreve com grande simpatia e admiração pelo trabalho de Husserl, como Heidegger, ele rejeita a redução transcendental, que para ele é impossível, de fato incoerente.
Na Fenomenologia da Percepção Merleau-Ponty lança duas frentes de ataque ao empirismo e intelectualismo. Empiristas consideram a percepção fundamentada na sensação; intelectualistas enxergam isto como uma função do julgamento. Merleau-Ponty argumenta que nenhuma teoria é correta. Percepção não é fundamentada na sensação porque seu conceito é muito confuso.  Nós vemos coisas, não sensações. De fato palavras supõem descrição de meras sensações ("queimando", "vibrando" "spot", "patch") são de fato abstratos, fragmentárias partes da linguagem originariamente referindo totalmente às coisas (incêndios, sinos, peças de roupas). O exato conceito de sensação é parasitário em nosso conceito de objetos. Pior, o conceito de sensação é capturado entre duas frequentes e incompatíveis tarefas: para descrever o imediato estímulo dos nossos sentidos, e no descrever como as coisas aparecem. A aparência percebida das coisas difere grandemente da ordem dos estímulos sensoriais, embora, também é certo que o conceito de sensação não tem um papel consistente para jogar na teoria da percepção. Percepção não pode ser baseada em julgamentos porque julgamentos pressupõem algumas coisas dadas, sobre quais o julgar pode ser feito. Se intelectualismo insiste que a percepção é realmente julgamento "todo o caminho", então, ele despoja-se de qualquer apelo para o fenômeno comum, que parecia dar-lhe o conteúdo, ou seja, o julgamento é entendido como uma atitude tomada em relação a um mundo dado em percepção. O que tanto o empirismo e intelectualismo perdem de vista é o campo fenomenal próprio, o dado do mundo é situado numa perspectiva incorporada que não é meramente sensorial nem intelectual A unidade dos objetos percebidos com tal, é problematizada por Molyneux no século 17 concernente a sua famosa questão da relação entre conteúdo sensorial tátil e visual, é fundamentado na unidade do corpo humano, "o sujeito material do mundo", como Samuel Todes colocou.

Minha tradução capenga do Resumo  de Taylor Carman - Intentionality and Perception..Merleau-POnty.
a cada espaçamento da boca líquida
que se bebe a saliva e experimenta a textura da língua
passado
presente
situação aparente
sabemos que muitos não sabem olhar
há que ter um certo uso do olhar
e o corpo
cinestésico ou sinéstico?
tenta sintetizar...
é preciso significar tudo isso?
as sensações?
o que exatamente?
precisamos mesmo nomear o mundo,
as coisas?
mas o Outro não é coisa...
não se sabe...o que é.
o outro corpo.
sujeito..
ah vai, conta outra coisa....
pra que?
se não se sabe exatamente o que são as sensações...
temos o mundo realmente à nossa disposição?
cada um habita a seu modo...
se tem o corpo e o mundo
há quem acredite que há muito mais.


Teoria da Presença de Deus


Somos seres olhados
Quando os nossos braços ensaiarem um gesto
fora do dia-a-dia ou não seguirem
a marca deixada pelas rodas dos carros
ao longo da vereda marginada de choupos
na manhã inocente ou na complexa tarde
repetiremos para nós próprios
que somos seres olhados

E haverá nos gestos que nos representam
a unidade de uma nota de violoncelo
E onde quer que estejamos será sempre um terraço
a meia altura
com os ao longe por muito tempo estudados
perfis do monte mário ou de qualquer outro monte
o melhor sítio para saber qualquer coisa da vida

Ruy Belo

sábado, dezembro 13, 2014

"The senses are distinct from one another and distinct from intellection inasmuch as each of them brings with it a structure of being that is never exactly transposable. We can recognize this because we have rejected any formalism of consciousness and made the body the subject of perception." (Merleau-Ponty, PP 260, 225, 261)

The field phenomenal

Percepção não é sensação nem julgamento, é descrita inadequadamente por categorias conceituais..
Merleau-POnty não se contenta em somente criticar e apontar os problemas
 mas,
"he also tries to diagnose those errors by describing the tendencies inherent in ordinary perceptual life that motivate and sustain them." (Carman, 62)

a visão joga com os significado das palavras que se atribuem às coisas...
não é só a busca de um nomear o que se sente,  mas compreender, fazer com que tenha sentido.
ao olhar o mundo já todo codificado teoricamente as descrições das coisas podem ser distorcidas...
sentir X conhecer...
o olhar de uma criança...para o fogo...blá blá...criança é criança, merda...
passividade....MP  não quer receber o mundo e depois dar significado...

a critical philosophy, in the last analysis, accords no importance to the resistance of passivity... It thus tacitly assumes that the philosopher's thinking is not subject to any situation. (MP, PP 75, 61, 71)

isso faria a construção de um mundo subjetivo...
 Experience, in this sense, is "the communication of a finite subjective with an opaque being from which it emerges, but to which it remains bound [engagé] (MP, PP, 253, 219, 254)

sabe-se que ao olhar o mundo, há uma rede de significados,  o contexto, o background, mas é para olhar de perto, apenas...........................sacar as características, curtir o espetáculo...rs gostei!


the perceptual world could be conceived as consisting of nothing but such qualities only if perception itself were nothing but the relentless, focused inspection of discrete features: The pure quale would be given to us only if the world were a spectacle and one's own body a mechanism that some impartial mind acquainted itself with. (MP, PP 64, 52, 61)

perder a familiaridade, tornar-se imparcial
um certo uso do olhar...

the sensible quality, far from being coextensive with perception, is the product of an attitude of curiosity or observation. It appears when, instead of abandoning my entire gaze to the world,
I turn toward the gaze itself, and when I ask myself exactly what it is I see. (MP, PP 261, 226,263)

sem aplicação de conceitos...é o corpo que conhece não a mente...  PP, 168

 ??
o campo fenomenal está impregnado de significados..
diz de um campo sensorial subjcente ao do julgamentos explicítos...

Merleau-Ponty thus wants to draw our attention back to sensory background underlying our perception of isolated qualities and our formulation of explicit judgments. He calls this background the phenomenal field, which suggests that is neither an object in our experience nor merely a subjective effect cut off from the world; "This phenomenal field is not an 'inner world', the 'phenomenon' is not a 'state of consciousness' or a 'psychit fact' (MP, PP 69-70, 57, 66)


uma imanente significação...
há o background que é o campo fenomenal
sabemos que outro homem não é um objeto
um direcionamento que nos conduz a fins mas ao mesmo tempo sentimos a nós mesmos
Merleau-POnty sugere que encorporamos formas de ocupar o mundo...diz de atividades encorporadas
de habilidades...
não nega os aspectos sensoriais....
sentimos e nos comportamos..

The phenomenal field constantly pushes us away from itself, and this is
why “Nothing is more difficult than knowing precisely what we see,”
for “perception hides itself from itself … it is the essence of
awareness to forget its own phenomena” (PP 71/58/67).

Percepção é sempre perspectiva..

 o mundo nos empurra para todos os significados que o damos, cada vez é mais difícil
saber o que vemos
não é tudo uma mera coleção de fatos
e também o outro não é um pacote de sensações e julgamentos...

o mundo é um lugar onde está os objetos e suas qualidades aparecem para nós..relativas a nós..
é uma condição transcendental de nossa percepção aberta para todo o mundo.


vai lá arrebenta MP..hahaha

phenomenology, alone among philosophies, speaks of a transcendental field. This word indicates that reflection never has the whole world and the plurality of monads arrayed and objectified before its gaze and that its view is never other than partial and of limited power. (MP, PP 74, 61, 71)

o campo transcendental é muito menor que o fenomenal..A reflexão não pode conter o mundo
perspectiva perceptual orienta a experiência até os fins desejados
como uma atitude incorporada, o comportamento fazendo a percepção trabalhar
significando o mundo como mundo. 
A perspectiva particular não pode ser abolida..

the thinking Ego can never abolish its inherence in an individual subject that knows all things in a particular perspective. REflection can never bring it about that I cease to perceive the sun as two hundred yards away on a misty day, or see it "rise" an "set", or think with the cutural apparatus provided me by my education, my past efforts, my history. (PP 74)


quinta-feira, dezembro 11, 2014

Judgment, algumas ilusões minhas...

if we see what we judge, how can we distinguish between true and false perception? How will we then be able to say that the halluciné or the madman "think they see what they do not see"? What will be the difference between "seeing" and "thinking one sees"? (MP, PP 44,34-5,40)

ver e pensar que vê...mesmas sensações...alucinação...ilusões de ótica
a mente pode reduzir o fenômeno a um simples erro, erro de julgamento.


If I judge falsely, it is because my judgment is motivated by an appearence that is not itself a judgment, but rather "the spontaneous oraganization and the particular configuration of the phenomena". The auxiliary lines break up the parallelism, "But why do they break it up?(Carman, 58 (MP, PP 45, 36, 41-41)

Zölnner's Illusions



Just an Illusion, crássico!!!!hahaha


But why I continue to make the mistake?
o fenômeno aparece como é organizado naturalmente...
a percepção não erra???
o intelectualismo não reconhece a personificação e contextualização 
da experiência, como o faz M.P.....
o conteúdo perceptual é dado para estes...intelectualistas
como que para um sujeito sem corpo.....

Perception is thus thought about perceiving. Its incarnation furnishes no positive characteristic that has to be accounted for, and its haecceity is simply its own ignorance of itself. Reflective analysis becomes a purely regressive doctrine, according to which every perception is just confused intellection, every determination a negation. It thus does away with all problems except one: that of its own beginning. The finitude of a perception, which give me, as Spinoza put it, "conclusions without premises," the inheritance of consciousness in a point of view, all this reduces to my ignorance of myself, to my negative power of not reflecting. But that ignorance, how is it itself possible? (MP, PP 47-48)

perception is a judgment, but one that is unaware of its own foundations, which amounts to saying that the perceived object is given as a totality and a unity before we have apprehended the intelligible law governing it. (MP, PP 52)

o objeto é dado em sua totalidade antes de qualquer apreensão inteligível,
Descartes diz de inata inclinação da mente
Marlebranche julgamento natural
Merleau-Ponty:
"The result is that the intellectualist analysis ends by rendering incomprehensible the perceptual phenomena it is supposed to explain." (PP 43, 34,39)

"perception is not an act of understanding. I have only to look at a landscape upside down to recognize nothing in it. (PP 57, 46, 54)

diferença percepetual não se resolve com mudança intelectual..
Você pensa que vê, porque aceitamos sempre isso?
Percepção não é o mundo que a ciência escreve...supõe que os fatos serão todos descritos por eles?  
eles quem?? os cientistas....os filósofos...ah sim estes sabem... rsrsrs
 não...são os pintores, romancistas....eu..rsrs

The child lives in a world he unhesitatingly believes to be accesible to all around him; he has no consciousness of himself or of others as private subjectivities, nor does he suspect that we are all, himself included, limited to a certain point of view on the world.... Men are, for him, empty heads turned toward a single self-evident world. (PP 407)

não sei se isso é metáfora já cansada...acho que é...enfim o que Minha Pica sugere é a volta para um mundo antes de significado??  diz de préreflexivo....préteorético... como o de Cézanne...

vai pintar Sâmara...rs


Rainer Maria Rilke - A Gazela

A Gazela
                            Gazella Dorcas

Mágico ser: onde encontrar quem colha
duas palavras numa rima igual
a essa que pulsa em ti como um sinal?
De tua fronte se erguem lira e folha

e tudo o que és se move em similar
canto de amor cujas palavras, quais
pétalas, vão caindo sobre o olhar
de quem fechou os olhos, sem ler mais,

para te ver: no alerta dos sentidos,
em cada perna os saltos reprimidos
sem disparar, enquanto só a fronte

a prumo, prestes, pára: assim, na fonte,
a banhista que um frêmito assustasse:
a chispa de água no voltear da face.

Rainer Maria Rilke 
(Tradução: Augusto de Campos)

quarta-feira, dezembro 10, 2014

Implica a intencionalidade juízo?
seduz para construir??
experiência
sentir e julgar
ganho um prêmio com isso?
o conhecimento?
aparência que deseja possuir?
validar o exato momento da minha vida
ou para outras mentes
atuais, possíveis
possuir aparência de verdade
resposta
conhecimento verdadeiro?
"The testimony of phenomena will therefore everywhere be imupugned."
claro, (MP)
Meu Pau agora.

Sensation, association, memory, attention, and judgment. Espasmos..

o conceito de sensação é obscuro
listar as sensações é descrever a percepção?
a sensação é é uma percepção sensorial interna?
ou são coisas externas?
objetos, pessoas, lugares, eventos?

The concept of senstaion "corresponds to nothing in our experience" (MERLEAU-PONTY, PP 9[3[3-4)

?????

percepção é sempre de algo, num meio...percepção pura não é percepção..
temos a tendência de projetar nossas percepções às qualidades dos objetos que percebemos
o que sabemos do objeto pode ser encaixado à nossa percepção que temos deste...mistureba do caralho...
que acaba só confundindo a percepção.... manipulamos nossa própria percepção...

são as mesmas sombras.... White's illusion

nossa percepção não é clara e pode ser enganada por ilusões... risada maléfica...rsrs
vemos perfeitamente as cores dos objetos? são mesmo tão distintas ao nosso olhar?
E além disso, ao olhar uma cadeira já sabemos previamente que um objeto para sentar,
a percepção é também uma prática de atribuição de significados ao mundo.
Quando foco em alguma coisa, as demais que existem no meu campo visual não desaparecem simplesmente.


what is behind my back is not without some element of visual presence, for it still has a kind of perceptual availability as something there to be seen when I turn to look at it. ( PONTY, PP 12]6]6)
The perceptual field thus cannot be equated with that range of objects directly affecting my sense organs at a given time. (Carman)

so, while it is tempting to define sensations in terms of stimuli, there is no isomorphism between the contents and the causes of perception.(Carman)

For the ordinary notion of sensation is meant to capture how things look. Since stimuli do not line up in any neat way with how things look, the concept of sensation they motivate could only stand in a dubious relation at best to the phenomenology it was meant to describe.(Carman)

Sensação sentir como as coisas são?
como aparecem?
como nós vemos?
..........................................................
sensação é uma palavra obscura

é um feixe de impressões a experiência, como diriam os empiristas? o percebido, um agrupamento de imagens que reaparecem sem razão?
A percepção possui coerência? não é uma coleção de pedaços de sensações?
mas as coisas são uma união de características??

"the unity of the thing in perception is not constructed by association, but is a condition of association" (PP 24]17}19-20)

Merleau-Ponty diz constante flutuação entre estados de tensão e equilíbrio, com uma unidade própria do objeto percebido como uma espécie de solução, ou antecipando uma solução, para um problema não registrado intelectualmente, mas em uma "vaga forma de inquietação"

o trabalho de atribuir significado ao mundo já foi feito...
"as long as we keep trying to construct the shape of the world, life, perception, the mind, instead of recognizing as the immanent source and as the final authority of our knowledge of such things, the experience we have of them" (PONTY, PP 31]23]27)

The concept of sensation is incoherent, since it is meant to serve two incompatible functions: first, to capture the actual content of perceptual experience; second, to explain how that experience is brought about by causal impingements on our sensory surfaces. The concept fails in the first effort precisely because the phenomena adequately, it explains nothing, and when it is subsequently invoked, along with auxiliary hypotheses concerning association and memory, to explain away the manifest phenomena, it no longer describes them as they are. (Carman)

São várias as hipótese que dizem do isomorfismo entre estímulo e percepção. São coisas que vemos que contrapõem suas qualidades?
Consciência perceptual, para Merleau-Ponty, é um produto da atividade cognitiva, não é passividade, receptividade.

It is not as if our experience is a muddle and then the mind operates on it and sorts it out, rather, perceptual indistinctness is always only a matter of failing to attend carefully and judge correctly."What intellectualism lacks," Merleau-POnty observes, "is contingency in the occasions of thought" (PP 36;28;32)

A ambiguidade nas sensações, eu odeio anchova, (eu descobri isso ainda..rsrs) por que dá arrepios?
sensações geram juízos...intencionalidade implicando juízo.

Experiência e julgamento
não é possível deliberar sob as nuvens...aham
eu julgo 2+2=4 sem atribuir qualidade alguma......ok. Dormir.

Ordinary experience draws a very clear distinction between sensing [le sentir] ad judgment. For it,  judgment is the taking [prise] of a position, it aims at knowing something valid for me at every moment of my life, and for other minds, actual or possible; sensing, by contrast, is giving oneself over to appearance without trying to possess it and know its truth. This distinction disappears in intellectualism, because judgment is everywhere pure sensation is not, which is to say everywhere. The testimony of phenomena will therefore be impugned.
(Merleau-POnty, PP 43,34,39)


Intencionalidade e Percepção....devaneios..09-12-14

Another way to put this to say that our ordinary notion of seeing is a success notion, for it logically requires that wat I see be there to be seen, otherwise, I am not really seeing it. I might have thougth I saw it, but if it wasn't there, I didn't. So too with remembering, folowing, and ignoring: you can't remember something that didn't happen; you can't folow someone who isn't out ahead of you, and you can't ignore something that isn't there. ( Taylor Carman, Merleau-Ponty, pg 34)

Merleau-Ponty's phenomenology is an attempt to free perception from this semantic-representational paradigm by insisting on the literal rightness of our naive understanding of intentionality as orientation in and directedness toward the world itself. That naive notion is not just a vaguely suggestive metaphor,but literally right, for intentional states are realized in bodily attitudes situated in a concrete physical and social environment.  We do not just "have" grasp, posses or contain- the contents of our perceptual experience. (Carman)


lembrei do yo soy yo y mi circunstânica
essa próxima página diz tipo isso
depois do mundo chamar
nossa intencionalidade ingênua
está atenta a estes chamados (deveria)
e não busca o mundo conceitualizado 
é o tal do mundo préobjetivo que ele quer, sugere....
Hurssell também voltar às coisas mesmas
descrever...
ainda ficou pouco..
digo:
Phenomenology is a descriptive, not an explanatory enterprise.
A phenomenology of perception is thus an attempt to describe
perceptual experience from a first-person perspective, from the point
of view of the experience being described. (Carman)

Mas se vai usar conceitos, caralho...rs
eu não entendo....tá...volta 

The world is there before any anlysis I could carry out... Perception  is not
a science of the world, it is not even an act, a dliberate taking up of a position;
it is  the background from which all acts stand out, and is presupposed by them (Merleau-Ponty)


Merleau-Ponty's phenomenology is not a theory of mental representation, but a
descriptive account of perception as a mode of being in the world, an existencial condition
of the very possibility of representations- imaginative, semantic, or otherwise cognitive-
intervening between ourselves and the world. (Carman)

ahãm....explica isso direito...
ah próximo redução fenomenológica...humm mas diz que vai além....?

The best formulation of the reduction is no doubt the one given by Eugen Fink, Husserl's assitant, when he spoke of "astonishment" in the face of the world. Reflection does not withdraw from the world toward the unity of consciousness as the foundation of the world, it steps back to see transcendencies rise up before it, it slackens the intentional threads that attach us to the world in order to make them apparent... it reveals that world as strange and paradoxical. ... in order to see the word and grasp it as paradoxical, we must break with our familiar acceptance of it, and... from this break we can learn nothing but the unmotivated upsurge of the world. The greatest lesson of the reduction is the impossibility of a complete reduction.... If we were absolute spirit, the reduction would be unproblematic. But since on the contrary we are in the world, since even our reflections take place in the temporal flux they are trying to capture... there is no thought that embraces all our thought. (PP viii-ix}xiii-xiv]xv)

sou chamada à familiaridade que vivo
nomear o mundo não é tão simples
sensação X feeling
julgar pode ser muito mais agir instintivamente......
descrever o mundo não é fácil...................são poucas as palavras...


For of course experience is rife with with feeling inwardly interwoven, haunted by the past, focused against a back-ground, and intelligente. What Merleau-Ponty criticizes is not our pretheoretical understanding of what we ordinarily call "sensation" and "judgment", that is, but the technical redeployement of those terms in abstraction from what they are originally called upon to  describe. In dismissing the psychological concepts of sensation and judgment, he is arguing that perception cannot be understood either as the passive registration of sense data or as free and spontaneous intellectual activity. (Carman)


The word "sensation," Merleau-Ponty observes, is perfectly at home in ordinary language, and the notion at first "seems immediate and obvious." Once uprooted and transplanted in the domain of psychological theory, however, it turns out, "nothing could in fact be more confused" (Merleau-Ponty, PP 9-3-3)





terça-feira, dezembro 09, 2014

montanha-russa
lá o object
no alto da montanha
ah ok
2 minutos atrasada.

Dolor común

Cállate, corazón, son tus pesares
de los que no deben decirse, deja
se pudran en tu seno; si te aqueja
un dolor de ti solo no acíbares

a los demás la paz de sus hogares
con importuno grito. Esa tu queja,
siendo egoísta como es, refleja
tu vanidad no más. Nunca separes

tu dolor del común dolor humano,
busca el íntimo aquel en que radica
la hermandad que te liga con tu hermano,

el que agranda la mente y no la achica;
solitario y carnal es siempre vano;
sólo el dolor común nos santifica.

Miguel de Unamuno

domingo, dezembro 07, 2014

não quero mais me narrar
não sei....
chega de confessionalismo
eu gosto de acessar e inventar memórias
aqueles flashes bem prazerosos
do que sinto
quando vejo
a cara do amor me lambendo.....
é sempre a mesma história
que me deixa cansada.
XV
        
         Para poder morrer
         Guardo insultos e agulhas
         Entre as sedas do luto.

         Para poder morrer
         Desarmo as armadilhas
         Me estendo entre as paredes
         Derruídas.

         Para poder morrer
         Visto as cambraias
         E apascento os olhos
         Para novas vidas.

         Para poder morrer apetecida
 
Me cubro de promessas
Da memória.

Porque assim é preciso
Para que tu vivas.

Hilda Hilst

terça-feira, dezembro 02, 2014

The mistery is, in a word, perception. What is so mysterious about perception? Not simply that it occurs, or that i has this or that qualitative feature, but that it discloses a world.
(Taylor Carman, Merleau-POnty, pg7)