segunda-feira, outubro 17, 2011

Mais devaneios

Organizar para revelar-se, eu vi, enxerguei o real, tão cru...
Numa rotina sem lógica, sem vontade de amor ou de potência.
Alguma referência, servindo ao esquecimento e alimentando o inconsciente.
O meu fígado sorri, e melhor é não desanimá-lo. Saber que vive, morre, julga, pensa.. Sem balelas, acrescentamos muito mais... nomearemos, eu, eu, eu,
Arriscando, no tempo, tragicamente não merecido, imanente num grito,
eu tenho q dormir...
e não tenho nada. Eu minto e assumo q minto, a minha história conta.
tenho, q ter..tenho q ter..poesia, arte,ciência, filosofia e um monte
mas tá tarde e chovendo...
e já não há mais nada a fazer, nenhuma virtude por agora.
O que é, poderia não ter sido,
a verdade, afasta-me da lógica...Pra toda ação há um sujeito...a chuva, o vento, uma luta pra realização...eu não gosto da identidade. Lógica da exclusão...sobram incluídos???
Um sujeito fictício, meu delírio embriagante, potencializado. Suportando o real, meu maior talento, sinto, sinto, sinto, o excesso...explodo, duplico idealizada.
Identidade desconcertante, choques e formas..fodas

segunda-feira, setembro 12, 2011

Falta algo?
Tem de sempre de ter, ah cansativo e muito acumulativo,
tem dias esplêndidos, podendo ser contemplativos, não sei exatamente como.
Descrevo que acabado e morrido, cansada, folga...penso que poderia ser mais que dramático, como sempre. Sem ser teatral, numa rotina infinita, até o fim do ano? até o fim da vida?
Quereria o certo, mas é tão banal, tão esperado.
Um emprego público, tão estadista, tão merda...tão desejado. A fuga, una duda.. baixa imunidade, álcool, desprendimento, pensamento, não! ali não...
finda, finda...é melhor eu ir ver tv, não...buscar uma obra comum...Dostoiévsky...ta...o maior dos romances políticos, máscaras, como inventá-las? que saco,

quarta-feira, agosto 10, 2011

Devaneios

O tempo, a tardança
envelheço o cenho, trago três rugas...
Franzo, choro o ato do não-amor, do não-ser...iludo-me e dói.
Alivio com a seiva lágrima que vem dali, piegas e ridículo, coração.
Um amor que não foi e não vai ser, assim me passa. Se eu aprendesse a aceitar que podes não viver aqui, podes não estar em mim. Nem se eu fosse tão boa que tivessem mais do que piedade, de não-ser, nem assim... O fato é que minha insignificância permanece em extremos idiotas, ninguém poderia conhecer e amar, sem nenhuma piedade... minha beleza se perde por falta de uso, não há vendas, nem empréstimos, nem nada..nem toque algum, um papel de parede que vai mofando com o tempo...num encontro de um cotidiano comum miserável, isento de lazer, prazer, pra que fazer? Produzir felicidade compartilhada...planos, sonhos..risadas sóbrias?. Por que eu te imagino tanto? eu não deveria amar assim. Iludir, fantasiar, murmurar..O que direi de mais terrível essa noite?
Em noites como estas eu o tive em meus braços, agora eu só urro meio louca.


Poema no romance
A PORTRAIT OF A ARTIST AS A YOUNG MAN
(1904)


Não te cansaste do ardor trilhado,
Fulgor do decaído serafim?
Não lembre os dias encantados!

Teu olhar tem meu coração queimado
E tens até sua vontade enfim.
Não te cansaste do ardor trilhado?

Acima das chamas louvores elevados
Ao longo dos oceanos assim.
Não lembre os dias encantados!

Nosso rompido pranto angustiado
Sobe tal um hino – sem fim.
Não te cansaste do ardor trilhado?

Quando em sacrifícios mãos elevadas
O cálice transborda sobre mim.
Não lembre os dias encantados.

E ainda fixamente tens olhado
Com gestos lânguidos para mim!
Não te cansaste do ardor trilhado?
Não lembre os dias encantados.


Trad.by leonardo de magalhaens
Are you not weary of ardent ways,
lure of the fallen seraphim?
Tell no more of enchanted days.

Your eyes have set man's heart ablaze
And you have had your will of him.
Are you not weary of ardent ways?

Above the flame the smoke of praise
Goes up from ocean rim to rim.
Tell no more of enchanted days.

Our broken cries and mournful lays
Rise in one eucharistic hymn.
Are you not weary of ardent ways?

While sacrificing hands upraise
The chalice flowing to the brim,
Tell no more of enchanted days.

And still you hold our longing gaze
With languorous look and lavish limb!
Are you not weary of ardent ways?
Tell no more of enchanted days.

James Joyce

sexta-feira, julho 29, 2011

Awakening

O dreams, my dreams,
Where is your sweetness?
Where are you,
Joy of nightly fleetness?
They're gone away –
My fancies, gay,
And now alone
In darkness grown
I, sleepless, stay.

A mute night hovers
My bed above
In a flash lone
Turned cool and gone
Dreams of my love,
Like a tense crowd.
But still heart beats
The longings' sound
And catches bits
Of dreams around.

Love, hear my plea,
Hark to my prayer:
Send back to me
Your visions, fair,
And by morn sky,
Again enchanted,
Let . . . Let me die
Still unawaken'd.

Pushkin

sábado, junho 04, 2011

Júpiter

Júpiter, filho do Céu, pai de Minerva e das Musas, recorrendo a Álvaro
"se puder inspirar, que inspire!"
Sua mãe entregaste-O às ninfas da floresta para que não fosse devorado por seu pai Saturno...uhuhuu Teus filhos foram filhos de deusas e de mulheres,
tomaste a forma do outro para amar. Nasce Hércules.
É o maior, de todos. É um gigante, de gás. È tempestades, é a Grande Mancha Vermelha, o que mais o difere, uma tempestade anti-ciclônica, tempestade estável...ahhhhh característica permanente...o iluminado!
Entoncés, o que poderia ser dito, agora
quais seriam as palavras, ou que sentir
as pausas onde ficariam (INTERROGAÇÃO ONDE ESTÁ
AH.. é só uma sexta-feira, o pib tá uma merda, e daí
o meu salário, o meu emprego, eu tô na minha casa...e daí
eu durmo agora, ou acendo um cigarro, arranho a garganta
e durmo
eu arrepio <=; sem interrogação
acaba a coca-cola
uiii...e agora...hahaha
e Júpiter:
e o destino...ah o destinho é amanhã: sem interogação q vai ser substituído por isso >
ah saudade
do que foi e do que ainda não foi
a economia reduzirá o ritmo no trimestre seguinte, e o crescimento > diminuir a demanda por consumo...humm equilibrar a demanda. Mantendo estímulos para crescimento...
ah durmo, e Júpiter :
come asteróides e cometas...

quinta-feira, maio 19, 2011

Derramamento

Num só pasmo, busco em sobressalto.
Tardio é o tempo que se faz em falta;
onde possa encontrar o olhar, o desejo vencido ali, inteiramente acabado.
O Paraíso e todo o lume, ofuscaram-me os olhos, talvez não pudesse ver o real.
Beatriz! Beatriz! onde está você?
O conhecimento, nem razão há que explique inquietação. Divina virtude, duvida?
Tal disposição é essencial, desejos d'uma incorente.
Não sentes que poderia estar dentro? Ficas no frio, recebes o gélido luar com os ventos e não vem. Que asco, tua presença não sai. Sinto-me impelida a procurar-te, a que sítio visitas, onde possa ir ao teu encontro?
Mendigando, falas como quem sonha. Amor, revela-me teu nome e destino. Podes zombar e ocultar, já não há receio, nem entendimento..Sinto transformar, julgo-me, perco-me.
Os fatos me darão razão, enfim, a subida ao primeiro céu, quando hei de vê-lo outra vez?
Mergulho cogitando o caminho que posso percorrer, purificada darei clareza às palavras.
Alcançar o juízo sem exigir provas.
Equivoco-me, no lo sé, senhora de mim, percebo oscilar em verdade. Não consigo ver o fundo, convence-me de não estranheza. O que almejo conhecer, orienta-me os movimentos, o ânimo, toma a imagem e permanece...Possível?
Quizá..afetos flamejantes, alegria havendo em encontrá-lo, desejo de conhecer a causa...livre do meu querer.

sábado, maio 07, 2011

III - Salmos da Noite

Ó minha amante, eu quero a volúpia vermelha
Nos teus braços febris receber sobre a boca;
Minh'alma, que ao calor dos teus lábios se engelha
E morre, há de cantar perdidamente louca.

O peito, que a uma furna escura se assemelha,
De mágicos florões o teu olhar me touca;
Ao teu lábio que morde e tem mel como a abelha,
Dei toda a vida... e eterna ela seria pouca.

Ao teu olhar, oceano ora em calma ora em fúria,
Canta a minha paixão um salmo fundo e terno,
Como o ganido ao luar de uma cadela espúria...

— Salmo de tédio e dor, hausteante, negro e eterno,
E no entanto eu te sigo, ó verme da luxúria,
E no entanto eu te adoro, ó céu do meu inferno!

Alphonsus de Guimaraens




Não sei, a ressaca, preciso de inspiração parnasiana..refluir.
Eu penso, como macio está o leito, onde posso deitar-me.
Aquela luz bordô, a esbórnia, você...
Noites longas. Não sei viver no amanhecer, fujo do tempo que nasce.
Não! Eu quero! }Quero muito, eu vejo.
Parece-me tão vivo! os raios prolongados, o ângulo de incidência da luz refletida, assim desvio o olhar. Eu fujo.
Prefirir o crepúsculo da tarde ao da aurora?
Espera que no fim possa ser melhor? Na despedida...no conceber da noite.
Eis que tudo se faz dia, não havendo lugar para as sombras, tudo fica tão claro, minha alma é tomada, vai o tempo sem que eu perceba e saúda o novo.
Eu concentro no que ouço e vejo, enquanto o Sol vai surgindo, e não há ninguém no mesmo caminho que nós..é tão cedo, tão novo..
Subamos, deixemos de apressar-nos.
São vários pensamentos, já vou..

Sâmara

sábado, abril 30, 2011

Der Himmel über Berlin - Asas do Desejo (Win Wenders)

http://www.youtube.com/watch?v=8lXeTSW0lW4&feature=related



Marion:

Finalmente isso vai ficar sério.
Eu era muito sozinha,
Mas nunca vivia sozinha.
Quando estava com alguém, eu era muitas vezes feliz,
Mas ao mesmo tempo tudo parecia ser por acaso;
Essas pessoas eram meus pais, mas poderiam ser outras pessoas:
Por que aquele rapaz de olhos castanhos tem de ser meu irmão
E não o rapaz de olhos verdes que está do outro lado?
A filha do motorista de táxi era minha amiga,
Mas eu poderia muito bem ter posto meu braço em torno do pescoço de um cavalo...
Estive com um homem,
Apaixonei-me,
E eu bem poderia tê-lo deixado de lado e ido embora com o primeiro estranho que encontrei na rua...

Olhe para mim, ou não!
Dê-me sua mão, ou não!
Não, não me dê a mão, e não me olhe!
Acho que hoje é noite de lua nova...
Nenhuma noite é mais pacífica,
Não há nenhuma carnificina na cidade...

Eu nunca joguei com ninguém
E também nunca abri meus olhos e pensei:
“Agora é sério”...
Finalmente está ficando sério.

Então eu cresci.
Era eu a única que não era séria?
Ou é a época em que vivemos que não é séria?
Eu nunca estive sozinha,
Nem quando estava sozinha, nem quando estava com outros;
Mas eu teria gostado de estar, enfim, sozinha...
Solidão significa que eu sou inteira, finalmente.
Agora posso dizê-lo: esta noite eu estou, enfim, sozinha...
É preciso que eu ponha um fim no acaso!

A lua nova da decisão...
Não sei se existe o destino,
Mas existe uma decisão.
Decida!
Nós somos toda a nossa época!
Não só a cidade inteira, mas o mundo inteiro toma parte em nossa decisão!
Nós dois somos, agora, mais do que nós dois!
Encarnamos algo,
Representamos agora as pessoas...
E o ambiente inteiro está cheio de pessoas que sonham o nosso mesmo sonho...
Jogamos o jogo por eles todos..

Eu estou pronta!
Agora é a sua vez!
Você tem o jogo em suas mãos!
Agora!
Ou nunca!
Você precisa de mim!
Você precisará de mim!
Não há história mais sublime do que a nossa:
A história do homem e da mulher...
Será a história de gigantes
Invisíveis!
Uma história de novos ancestrais...
Olhe!
Meus olhos são a imagem da necessidade,
Do futuro de todos que aqui estão...

Ontem à noite sonhei com um estranho,
Com meu homem.
Apenas com ele eu poderia estar sozinha,
Aberta para ele...
Inteiramente aberta, inteiramente para ele!
Recebendo-o plenamente dentro de mim,
Envolvendo-o no labirinto
Da felicidade compartilhada...

Eu sei
É você.

Tradução R.E

Purgatório

Em águas favoráveis, deixando para trás o pélago cruel.
Passando a cantar um segundo reino, onde o espírito, purgando culpas, faz-se digno de ascender ao Céu.
Que eu recupere o vigor da poesia.
"Amor que em minha mente me sugere", enternece minha alma. Que eu não ocupe tanto a mente
Linda tonalidade de safira oriental espargia-se pelo horizonte sereno até onde o primeiro céu alegar a vista aumentando a minha alegria por haver, afinal, deixado as auras mortas que me haviam pungido o olhar e o coração.
Observei que o remorso o perturbava, dado que a mais leve falta motiva aborrecimento às almas puras! Quando diminuiu a pressa no andar, que não era apropriada ao lugar, eu, que até ali sentira a mente angustiada, alarguei o alvo das atenções e voltei o olhar para a montanha que, mais alto do que todas as outras, é a que do céu mais se aproxima.

Trechos Divina Comédia

domingo, abril 24, 2011

Inferno Astral, is expired

Bye bye inferno,
eu saí... os círculos cada vez mais profundos, expulsaram-me ao purgatório...
ou o paraíso?
como vou saber? arpas e anjos? será? um coro talvez...
Foi um sonho apocalíptico, os poços negros prestes a explodir, a minha expulsão,
a fuga, o tempo,
pouco tempo...o tempo marcado.
As grades multidimensionais surgindo de todas as partes, cercando o que quer que seja, as minhas coxas? Por quê?
Impedindo-me de dar o próximo passo?
Aquele esqueleto brilhante desenhado nas costas de um ser que eu inventei...um zumbi pigmeu duende?? imagens de um sonho...acordei chamando por teu nome, tentando digerir todo o acompanhamento fulgaz, desesperado, em meio a vozes, fumaça, cevada, outros, nós...

Em vão num escambo de conflitos, frívolos, que se podem ter em noites quentes, dignos de qualquer sentimento vil.
Começarei a buscar-te, atrás de teus passos ou assistindo-o duma plateia? na parte baixa do palco, escorando em alguma pilastra, grade...o que quer que seja...
Ansiando por ti infrutuosamente... ecooando o teu canto dentro, e voz...eu o reconheço com minha boca, meu gosto de cinza minha alma estrupiada...

Enfim, hoje, ressureição! ao terceiro dia... Hosana!!! e afinal eu a vi, a Aurora...a cura.
Quero cama pra deitar, amortecer a queda em teus lábios..
A salvos, sentados num canto escuro em alguma mesa de canto olvidada, preservados de qualquer passado por qualquer parede num buteco subsolo baixando as portas, indiferentes à nossa satisfação otimista.

Ah canta pra mim, somente, quem sabe eu relaxo, páro de me escutar a pensar que deveria ser tudo diferente, acreditando que pode ser diferente ou mesmo que tem de ser assim...e muitas outras coisas, e muitas outras coisas, devaneios...
I dont know, normal..

terça-feira, abril 19, 2011

Litle girl blue..

Que merda..garotinha azul..as inquietações sempre presente...
Vai lavar a roupa suja, fazer ginástica e não pára pra pensar...
sem querer dormir fora
vai querer ser outra
uma nova, que não ligue pra confiar ou coisas do tipo...que vá voar, soando rima
no ar...
Fodia de noite e de dia...
Vamos embora amar??
que merda...muito cansaço..

http://www.youtube.com/watch?v=w3Q2L1Tt1Hk&feature=related

segunda-feira, abril 04, 2011

Seja lá o que isso for

quero mais...queria poder muito mais...
agora 00:00 tão interessante eu poderia ter vários insights
significantes
escrever-lhe gestos, toques
mas agora que já se passa o minuto
eu perco o tempo
e você
você e eu
nós..vivendo em mim.
O conforto de ser,
de ir e vir
de me sentir estranhamente viva, complacente...mais manjericão...
e como estará os outros?
Será que eu preciso saber?
Acho que não.
Vênus acenando...sem espera alguma. dane-se, eu quero tudo mesmo.
Quero tudo teu.
Quero ir a outros lugares.
Dormir agora.
Manjericão...rs
Ah...eu quero, quero tudo..vez em quando tudo..
Quantas guerras hein??
Um pouco de paz..? Há? hum? acho que há.
Falemos de amor? hum?
rs...
vai dormir...agora!
o tema exige muito..rs pede um olhar atento, muito menos suspeito..
tudo isso é bem piegas, cansativoooo...

domingo, abril 03, 2011

Cogitando manjericão..

Muito dentro, sem saber o porquê
todas as relações em xeque
e sem saber o que passa no interior..e tanto tempo examinando não sei exatamente..normal.
Conversa comigo? conversa comigo?
que diálogo é esse?
nem existe, dá pra começar??
Cessam os ruídos, omite explicações, arrota manjericão..termina o domingo em reflexão.
Que bom que não está nos mesmos lugares, com as mesmas pessoas...q bom?
nem sei, de novo..rs
Que estado é este, parece prévio..mas parece ser mais que isso também.
Relações de intervalo, conexões entre fatos e discursos...falidos!
Sem nenhuma pretensão de qualidade, ah sei lá..desenvolvimento eu digo..desenvolvimento..crescimento, troca..é isso..falta ..compensação, transformação.
Ah caralho...
onde estão? eu pretendo, escolho, procuro, indago, desejo..e aí??
Não sei..
O verbo muda,
eu sou.

domingo, março 27, 2011

Qual vai ser a causa..?..devo agarrar-me em alguma ideia, ? que seja sem acento, em alta madrugada.
Sinto-me imensamente cansada e ainda estou aqui, não entendo. Sono, cama..tão prático.
Eu tento não pensar, e penso tanto.
Em tudo, num estranhamento tão comum.
Se não fosse eu seria outro.
Preciso entregar o sol, na luz de um ano.
Eu busco e fujo. Eu canso revigorada. Eu beijo e lembro. Eu perco e vejo.
Me, me me me me me
tudo sou eu se não fosso o cansaço
confuso em qualquer abraço
aço
acho
um espetáculo antes da aurora
O que foi
e a importância
rever o irreal
dormir.
Desejos suspirantes
aspirantes
borbulhantes
rimas idiotas
vibrantes
loucura
madrugada
hora fadada.
dormir.
eu não sei definir
parece tolice
desatenção
eu não sei.
melhor dormir.

domingo, março 13, 2011

ZZZZZzzzzzzz

Há um estado de alma que quer desabrochar
eu não sei bem o que é
quando vem sente que ele sempre esteve ali
a vida nos dá as respostas
pode ser tpm, pode ser tudo ou nada
um desconforto normal
é só vontade de prazer
ou sei lá o que...
Contido algo quer sair
livre
pra não se perder
encontro
daquele olhar
eu poderia estar apaixonada,
mas e daí.. esse sentimento pode vir a ser ridículo,
quer aflorar pra desprender..
fazer ser
já é tarde
sombras do dia passam à minha frente
são fantasmas do que não fui
ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

00:00

Deus
podes ayudarme a sacar las cosas
el nuevo
no hay ningun "francês"
solo hay tiempo perdido, solo eso.
Vive e no procure al reflejo, o ao español..que asco, mui roto, demasiado.
Cuénta nos como vives
como lo ves, no lo intentas decir que quieres?
vas a salir otra vez, a procurar el otro
no se cumple con los años, los veo mui lejos.
Se tienes miedo no vives, estar como en una penumbra
no puedes tener...siempre tener?? no..
no me quite pas
vai se danar
se ferrar
olhar pro céu
chuva
saudade de Álvaro, aquele melancólico,
de Dionísio aquele fanfarrão,
de sei lá mais quem, de Alice....
o dia passou, todos os anseios,
fez a coisa certa??? hein??
a escolha...sua medrosa. Era pra ter encarado a flecha, era?
Merd...
um pouquinho de amor???
mis ojos estan a cerrar..
eu nunca poderei amá-lo, não me perguntes mais.
Não faz diferença,
é melhor lacrimejar agora, de frente ao espelho, sem porquês;
don't you cry
sem alarde

sem o que?
terás a manhã...
não tens nada, a ti?
boa noite.
00:00

dia

arrumar dobrar tudo organizar
comer lavar
sair
metrô
velhas desconhecidas
cara de sofridas
certo espanto
caras bronzeadas devem ter vindo do nordeste, ou norte
mendigos
vento
passar embaixo
dia agradável
cantada sorriso
homens limpando
muito lixo
quantos jornais
eram possíves embrulhos
restos de feira
homens bebendo
um não é estranho
bombons derretendo
ameixa
alfajor
bêbado seguindo com bicicleta
andando com pressa
balançando tudo
ingressos meia
três identidades
Filme socialismo
navio Costa alguma coisa
impressões várias
filosofia
insights
cantoria de cegos, velhos e que estão envergados sentados no pátio
Erva de rato
Machado de Assis??
hein?!
credo
chuva, chuva,
relâmpago
eu o vejo nitidamente com os olhos abertos ou fechados
limpar os pés
Os inquilinos
realidade
leite e sangue
espuma e sangue
sair correndo
atravessar
chegar
ver todos irem embora
ficar sozinha
fazer um redemoinho
cumprimentar uma estranha
que pinta era aquela
mulheres sozinhas...
Janis, One good man
you now I dont search
I dont now
ir embora
dinheiro
francês
França
amigos
sozinha
Kafka,
chacais
látego
chegar
banhar
comer
falar
resolver
discutir
ouvir
vir aqui
e ir dormir
aurora
redenção.

sábado, fevereiro 26, 2011

Supernova

Olhaaaa....
sem partida, e com chegada privilegiada..é uma presença!
Depois da onda pesada, enfim.........................
Sem queixas, sem nostalgia alguma.
Vislumbro o porvir claro, límpido, azuuuuuuuuuuuuuuuuuuuulll...q lindo!! haha
Vai ser a fase azul! não são mais um, vários...vários encontros, partindo do meu...é claro, só poderia ser assim.
Perde se muita metafísica, ganha-se alguns nomes...noites homéricas, sozinha?! uiiii...demais..
inteira..própria, exprimindo-se numa realidade tão vívida, ardente.
Já não falta nada. Existem desejos, e estes virão e serão quando tiverem de ser. Que bom que não esteja tão descuidada, depois de suavizado tanto pesar surge um princípio de inquietação e preocupação de si...restaurando ambições.
Não via as cores, como??

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Partir para chegar

As impressões tiveram início com devido cansaço sonâmbulo,
abandonar o leito pareceu-me bem mais forçoso que outros dias.
Então, hoje não pude ver teu olhar e mesmo assim o dia foi de decisão. Devo partir para chegar a outro lugar. Sem ao menos conhecê-lo não posso conceber..enfim, isso não muda nada, ou poderia...bláblá Ligo pra outro, irei partir, nem se importa, parecia importante em algum momento, não recordo e também não o procuro mais..é claro! De que valeram os gozos, beijos, colos, choros, ressacas...foram inúteis, fugazes e sem nenhuma importância..merda pra ti! ninguém vai lembrar que entregava-me delivery pra comer-te..fodas!
A despedida vai ser calma.
Reservaria alguma surpresa? Emoções destemperadas? hãm? garota enxaqueca, quem eu queria me esquece a cada dia.. tempestades? tempestades??
O céu de hoje tinha um pouco de cinza mas azul dominava o infinito sobre mim..aquela profundidade histérica perdia sentido na calma de chover um pouco, sem crepúsculo apresentado a mim...tudo bem, aprecio escolher, sem fuga.
Parece que esperei muito tempo pra enxergar assim.

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Sorvete de baunilha de tarde, mais reticências...

Não poderias mais abandonar-te.
Não permito que venhas e volte quando queira, caia de vez em quando, arranhe os ombros, alguns dedos, suje o peito um pouco e ajunte poeira...
O novo me olha dentro, sinto que o quero, reconheço que já o sabes.
Eu vi os olhos satisfeitos de alguns transeuntes, conversei com aquele velho distraído vendedor de picolés não podia imaginar
que era feliz, satisfeito!
por que sempre colocava a mão no lado direito da face manchada rente a orelha como se fizesse o pensar?
Eu sei do desejo que chega até mim, eu sinto preenchido o peito e o sangue fervendo na face, foi um sinal, aceleraste...uiii rsrs
Eu o vi de cima, estava eu num plano maior ou foste tu que abaixastes? Não entendi muito bem.
Quero mais de perto, ver sua dentaria clareada...imaginando o que fazes, se lê, se pensa, se bebe, se fuma, se ...milhões de se...teu olhar fez-me lembrar-me de outro,
a associação foi mais projeção, não gostei muito disso...
Sua cara um pouco lânguida e branca, suas sombrancelhas arqueadas..como dois guarda-sóis negros, gosto delas, sombreando teus olhos encurtinando-os de mistério, de perto impõem algo que não sei ainda o quê, deduzo vigor, vai saber... mas tua voz me confundiu, seu modo de dizer sem ser natural, forçava um pouco, sua boca esquivava às vezes, deslizava com os dentes..brancos, quase translúcidos.
Ainda sim, teu sorriso enfeitiçava-me, como o Coringa ria contigo, Lindeza, Lindeza, Lindeza!
Quero fazer amor contigo.
Que nível de confissão, brega...ridícula, mas o fim vai ser isso. (?)(!)
Agora lembrei que não recordei nem um momento sequer de ti ontem, era dia de folga, estranho...
vivi como deveria, sua presença é uma ilusão, eu vejo aproximação, está trancado em um espaço, naquele traçado, parece melhor ser assim..
Comendo um sorvete, um bombom...é só comida?
Bem provável!
Vejamos sem ansiedade, sem espera. Saborearemos com calma.

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Aclamação

A luz trouxe a mim seu poder,
fui ao encontro das impressões, a intensidade veio me num assalto.
Enfim, apareceu,
fizestes da morte um nascer
nem poderia perceber tudo que foi
que quisestes, saberia que fora muito.
A luz quer algo da escuridão?
Consumi-la
consigo, sinto o cheiro, entrando, vem ao peito, espaçando a pulsação, traz o novo ritmo
sem esconder,
vire e olhe, do que precisa?
encare a luz, deixe que te vejam em cada toque.
Se pudesse perceber e dizer e traduzir em algum símbolo, quem diria se há profundidade...
as ideias parecem superficiais
parece tarde
deve ser, pro fim...
amanhecer é chegar,
o espelho mentiu, ou não disse nada
podes saber?
Eu vi pela luz que estava viva
com pulsar não poderia extinguir, apagar.
Já sentes sem nenhuma espera.

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Amém

Com os olhos terminando, num início e fim
de um dia...
numa análise minimalista, eu nem sei o porquê da tv estar ligada...
e as imagens do dia puderam ser mais algumas novas..imagens.
Ah sim ela aprendeu a não chegar atrasada, é claro..aprendestes a não fumegar, olha! era Missão Impossível com o Tom Cruise...desliga essa tv...
Então que diálogo que se constrói?
Um encurtamento nas costas...é melhor ficar aqui.
O que quer?
Comecemos hoje...direcionar o querer, pra alguém tão físico e sensorial, tá o cérebro é físico, dá pra pensar? em que plano...sem ais por favor!
Qual é o reflexo do fundo, qual é a luz? qual é o discurso?
O encurtamento. Encolher o corpo e abaixar a cabeça,
para arremeter, estavanada, estirada, arrojar-se...
vazio estômago pensamentos fígados, olhos condensando tolhindo a entrada
por hoje basta, que procure-me a luz da manhã.

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Caipira de merda

Fiz, fiz, não aconteceu..
aconteceram.......... mas o que eu queria mesmo?
e agora Vai simbora pra SumPaulo?
larga o osso... eu hein...
caralho, é..caralho...

Muvuca sem fim, metrô, trem, metrô, trem, trem, metrô, metrô...metrô, metrô...enfim
essa roça aqui já tá em mim...óbvio eu tremo nesse universo novim...
ah Deus manda algo novo (SumPaulo, Sampa, Sãããããooooooo Paaaaauuuuloooo soa a grande voz nos ecos vindos da Paulista,) pra mim...um supapim..oi?!! é DEus?? quem é a grande voz?
SumPaulo tá tããããoooo longe desse tanto de capim!
óh Deus dá um amor bão demaisi mineirim, ridiculuzim, bobim, chatim...bunitim, lerdim..
De novo amorzim...dá ni mim...
Vou simbora...Jesuis...me dá um mês pra viver sozim..nesse lugarzim..
Que horror..pq eu quero q seja assim?? pra dizer que fui eu que quis assim????
hein??? Grande voooooozzzz?????
fim..
Vai dormir agora! Ass.: Grande voz!
tá. Ass. Caipira

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Retrato do tempo

Uma imagem bem na hora,
momento presente.
Num espelho eu via,
alguns argumentos e expectativas, ondas, formas, pólos..
Havia um relaxamento nas emoções.
Despertar instintivo, presente, ativo.
Sentir a sequência pura da causalidade, perceber a vida e morte, a imagem
o reflexo.
Assumir a liberdade do amor e desamor, e a chatice da bipolaridade na vida..Tem de ser assim?
Relatividade, verdade, a presença, ausência.
Tão claro
San Valentim precede amor, a experiência em conexão, eu antes e depois,
a escolha em medir,
ich vai dormir..
tem um espaço em branco sem definir, mentir, vir, sair, luzir, definir
serão verbos terminador em ir, correlações num
existir.

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Angelus Novus





Sei lá...vim aqui, saí dali..
desmoronou, o telhado foi se acabando, os fantasmas subiram...foram sugados pelo vendaval...
tantas reticências, talvez signifiquem mais que meras reticências...
Tô correndo do caos será que é isso?
Puxa logo ali é tudo tão mais calmo.. a questão não é só trabalho, é escolher onde viver..
Eu devia ter crescido mais, dois centímentros talvez, melhor três...pontinhos são reticências!
Centímentros podem mudar horizontes, mas agora já foi..O anjo bateu novamente as asas, deixando alguns destroços.. Quero um novo anjo, dá me outro, que explique-me...

Inspirado num quadro de Paul Klee chamado Angelus Novus, Walter Benjamim abre um texto famoso, palavras que diriam o que minh'alma deseja aclamar.

“Há um quadro de Klee que se chama Angelus Novus.

Representa um anjo que parece querer afastar-se de algo que ele encara fixamente.

Seus olhos estão escancarados, sua boca dilatada, suas asas abertas.

O anjo da história deve ter esse aspecto. Seu rosto está dirigido para o passado.

Onde nós vemos uma cadeia de acontecimentos, ele vê uma catástrofe única, que acumula incansavelmente ruína sobre ruína e as dispersa a nossos pés.

Ele gostaria de deter-se para acordar os mortos e juntar fragmentos. Mas uma tempestade sopra do paraíso e prende-se em suas asas com tanta força que ele não pode mais fechá-las.

Essa tempestade o impele irresistivelmente para o futuro, ao qual ele vira as costas, enquanto o amontoado de ruínas cresce até o céu. Essa tempestade é o que chamamos de progresso.”

Walter Benjamin, “Obras Escolhidas”, tradução: Sérgio Paulo Rouanet, 1994 – 7.ed. Editora Brasiliense. p.226.