quinta-feira, dezembro 28, 2006

Momento de entropia...

Estale todos os dedos,
escute todas as canções,
olhe mais uma vez pela janela,
e em todas as direções,
não se perca mais uma vez.
Agitação de coisas nenhumas,
coisas que são umas coisas,
tão boas que, não querem o fim.
coisas que são só coisas,
e eu nem sei pelas ruas que eu passei.
Hoje, que é 29...
é um dia de fato,
ah...
que leveza insustentável nessa noite...
Esmagaram-me com o peso de tudo
que eu não gostaria que fosse.
Puxa, até a minha indiferença hoje pesa...
A grande leveza me pesa...
mas vai passar, eu sei...
eu vou pro mato,
serra, cachoeira...
...
repouso,
sol,
novo ano,
não...
eu tinha que ter lavado minhas roupas,
respingos aqui...
não...
tá eu quis lembrar...
ah que importa?
são tantas coisas,
eu não sei de nada.
Nenhuma certeza.
Aspirações lúcidas ou não,
falta a razão,
ah que me importa...
venha o que vier,
traga me cor,
metafísica, o que for.
Façamos o que desejamos, o que vier a frente.
O que for consagrado
ou deixado no abandondo,
será.
E é possível ser o que não se espera,
fazer o que não queira,
acordar desprezível,
e se não ficasse sempre existindo,
esperando.
ah que me importa,
sejamos ignorantes
e deixaremos o que?
ah...
dê-me ânimo!
pois eu,
eu não sei de nada...
Agora sim,
percebi o tamanho da tormenta...
não é nada interessante.
E eu agora só preciso esquecer,
e ruim é não fazer, não ser,
como deveria...
Sem justificações para nada,
volta pra cama, vai.
Talvez, acorde mais disposta.