segunda-feira, dezembro 29, 2014

History and Politics

        Merleau-Ponty emerge da Segunda Guerra como Merleau-Ponty emergiu da Segunda Guerra Mundial, comprometido com seu "companheiro de viagem" do Partid'o Comunista Francês e da União Soviética. Seus primeiros ensaios, publicados em 1947, como Humanismo e Terror, ajudou para radicalizar Sartre, com quem fundou a revista Les Temps Modernes. Mas, como Sartre se aproximou ao comunismo no início de 1950, Merleau-Ponty perdeu a fé no marxismo e numa política revolucionária, em parte, à luz das revelações sobre as atrocidades em larga escala em campos de trabalho soviéticos, em parte, na sequência da agressão russa na a Guerra da Coréia. As idéias de Marx já não são simplesmente verdadeiras ou falsas, ele sugere, porém, são apenas "verdades falhas", insights profundos e importantes articulados em obras que não perduram como parte de um credo político, mas como clássicos em uma tradição humanista.
             Escritos políticos mais precoces de Merleau-Ponty são guiados por uma analogia entre o que ele via como a descoberta de fenomenologia do sentido e direção (sens) de experiência perceptiva e descoberta de Marx do sentido e direção da história. Essa analogia é falha, no entanto, uma vez que a coerência da consciência perceptiva é fundamentada na unidade do corpo, enquanto que a coerência putativa da história não é fundamentada em um sujeito ou representante. Escritos políticos de Merleau-Ponty foram sempre guiados mais por considerações filosóficas abstratas do que por problemas políticos concretos. Tendo em conta o Julgamento de Moscou em Humanismo e Terror é extremamente ingênuo sobre a brutalidade de julgamentos-espetáculo e expurgos dos anos 1930 de Stalin. Em seu romance Darkness at Noon Koestler estava errado para retratar como Bukharin impulsionado pela lealdade suicida à causa comunista. Merleau-Ponty, no entanto, foi igualmente errado sugerir que Bukharin sinceramente Acredita na sua própria "culpa objetiva", ao contrário de suas intenções. Em Humanismo e Terror Merleau-Ponty rejeita o liberalismo como uma "ideologia da guerra", mas essa acusação confunde o compromisso do liberalismo com liberdade individual e o estado de Direito com a hipocrisia de facto e brutalidade do capitalismo ocidental e da opressão colonial.
                Aventuras da Dialética (1955) contém o relato de Merleau-Ponty do declínio e morte do marxismo, tanto como teoria e como política revolucionária. Desde a Revolução Russa de 1917, a
doutrina marxista  se torna cada vez mais dogmática e intolerante_ rigidamente mecanicista dentro das mudanças históricas, cegamente otimista e intolerante com a dissidência em face das perspectivas evidentemente decrescentes de transformação social revolucionária.

Tradução minha do resumo História e Política- Merleau-Ponty, Taylor Carman.

domingo, dezembro 21, 2014

Sobre Marxismo -Merleau-POnty

That hopeless dilemma between freedom and determinism is not an accident of twentieth-century European politics, Merleau-Ponty now argued, but the inevitable consequence of Marxism itself, which in truth never had at its disposal the theoretical resources for reconciling human beings with history. Trying to be a Marxist in the middle of the twentieth century, Merleau-POnty concludes, is a much an anachronism as trying to be a Platonist or a Cartesian. "Are you or are you not a Cartesian? The question does not make much sense" (S 17, 11). Like Plato's dialogues and Descartes's Meditations, Marx's works have become classics in the humanist tradition, they pose essential questions and offer deep insights of enduring philosophical significance, but they are no more keys for understanding contemporary political life than the texts of ancient and medieval metaphysics are tools for the advancement of modern science. Actual political and social history have "so completely shifted the perspectives of proletarian revolution that there is no longer much more reason to preserve these perspectives and to force the facts into them than there is to place them in the context of Plato's Repulic" ( AD 133, 93)

Taylor Carman

sábado, dezembro 20, 2014

Tradução Resumo Cap. "Self and Others"

     Merleau-Ponty considera nossa coexistência encorporada com outros, é um dos mais originais e importantes elementos em sua fenomenologia. Tendo em conta como uma resposta, mas não uma contestação para a questão de outras mentes, não uma solução como dissolução para o que Merleau-Ponty acredita como um problema não genuíno. Para o problema de outras mentes, toma como garantia uma distinção entre mente e corpo que não ecoa em nossa mais básica experiência de nós próprios e outros. Merleau-Ponty antes disso rejeita a teoria de Husserl sobre a "percepção analógica" , segundo a qual estou consciente dos outros como seres conscientes, graças a um emparelhamento associado com minha própria consciência de mim mesmo como "unidade psicofísica", ou composição mente-corpo. Ele também rejeita a explicação polarizada de Sartre de que os outros com um olhar não objetivado fixam-me como um objeto, para isso têm em conta habitar arbitrariamente numa dramática cena de conflito e suspeita, meu encontro com o outro numa subjetividade estranha apresentando defronte de mim, em contraste com nossa mais experiência mundana de outros, simplesmente estão conosco num mundo compartilhado.
      Merleau-POnty em sua própria descrição fenomenológica de nossa experiência de outros, numa extensão de sua explicação do esquema corporal e intencionalidade motora. Outros são para mim não visíveis objetos nem invisíveis sujeitos, nem corpos materiais ou mentes imateriais. De fato, eles não estão presentes para mim como alvos da observação ou julgamento como um todo, mas como pessoas, agentes encorporados, eu imediatamente e involuntariamente identifico em minhas próprias sensibilidades e comportamentos. Faço a inferência da existência de outras mentes a partir de observações de seus corpos; isto não é uma "analogia" sobre tudo entre mim e eles, pois eles são tão diretamente e inegavelmente presente para mim como meu próprio corpo é, embora, é claro, de uma modo diferente. Somente em circunstâncias problemáticas devo colocar eu mesmo em suas posições, pensando sobre suas perspectivas sobre as coisas, seus pensamentos, seus sentimentos. Mesmo adultos, nós somos no fundo como crianças, para quem pessoas são totalmente simplesmente "cabeças vazias" abertas para o mesmo mundo. 
       Embora, salvo insanidade, os outros - de fato, não podem- constituir um genuíno problema epistemológico, eles são no entanto, sempre mais ou menos, como uma fonte de perturbação prática, ética e política. Outros não são um problema, mas são problemas. A razão para isso é que a nossa perspectiva sobre nós mesmos e sobre eles é essencialmente assimétrica: obviamente, mas profundamente, eu sou o único eu. Como os deuses do politeísmo, nós encontramos a pluralidade de eus soberanos perpetuamente enigmática e desestabilizadora.

Taylor Carman.

"Like the gods of polytheism, I have to contend with other gods" (MP, PP 412, 359, 418)


"I can ... recognize only one I" (MP, PP 411, 358, 417)

"Consciousnesses present themselves with the absurdity of a plural solipsism, such is the situation that must be understood." (MP, PP 412, 359, 418)


Tradução Resumo Body and World

           Percepção não é mental, mas um fenômeno incorporado. Fazendo desta afirmação uma ontologia sobre a consciência perceptiva e o corpo, Merleau-Ponty não reporta uma subjetividade aparente, nem desenvolve um empirismo ou teoria metafísica sobre a natureza subjacente da realidade. Ele descreve, articula, e esclarece a intuição ordinária do ponto de vista que nós entendemos sobre nós próprios, não como desincorporados intelectos, nem mecanismos físicos, mas sujeitos corporais viventes. Eu chamei isto de perspectiva fenomenológica, a partir da qual Merleau-POnty avança suas reivindicações, o incorporado ponto de vista. Este é o ponto de vista como tal, tanto tradicional como em contemporâneas teorias da percepção que falham em reconhecer como um o próprio sujeito da investigação, menos um legítimo conjunto dentro do qual entende o fenômeno intencional.
         Por que, mais especificamente, faz o papel do corpo como o sujeito da experiência perceptual? Por por meio do esquema corporal, o conjunto cumpre disposições e capacidades não cognitivas que orientam, guiam e informam os nossos sensitivos corporais e ações motoras. Para dizer que a percepção é fundada no corpo é dizer que o campo fenomenal é constituído por um body schema. Nossas habilidades corporais e disposições gravam nosso mundo percebido com horizontes de perspectivas e um contraste entre figura e fundo.
      Um tipo de intencionalidade se faz possível pelo esquema corporal, que não é mental mas intencionalidade motor. Pacientes com danos cerebrais, tal como "Schneider" de Goldstein, que sofreu de agnosia, forma visual que retem muitas habilidades motoras e são capazes de pensar abstratamente sobre relações espaciais, mas perdeu um intermediação intuitiva entre motor intencional sentidos de posição espacial e orientação. Espaço não é mais dado na consciência intuitiva, mas agora reside em patologias segregadas num domínio "cego" de ação motora de uma mão que descontextualizada julgamento sobre a outra.
              Num manuscrito postumamente publicado de Merleau-Ponty, O Visível e o Invisível, elabora duas metáforas, carne e quiasma. Alguns acreditam que estes temas constituem uma mudança significativa vista em sua filosofia, como uma encorajadora ideia que Merleau-POnty faz referências críticas ocasionais para sua própria antiga aderência com a filosofia da consciência e isto participa na distinção sujeito-objeto. Olhando mais de perto, isto aparece com a imagem do quiasma- cruzamento, sobreposição, entrelaçamento- já informando tendo em conta a percepção como um aspecto do nosso enraizamento incorporado com o ambiente. A noção de carne, contudo, indiscutivelmente marca uma partida genuína da Fenomenologia da Percepção, para além do livro estava essencialmente como uma descrição da experiência, a palavra "carne" significa e refere-se ao nosso mais básico inconsciente corpóreo contínuo com o mundo que nós percebemos. Carne é a identidade da percepção e do percebido, mesmo abaixo do limiar da consciência. Como percepção incorporada, nos somos necessariamente parte do mundo percebido que percebemos; nós não estamos apenas no mundo, nós o somos.

Taylor Carman, 
tradução capenga minha...sorry!

quinta-feira, dezembro 18, 2014

since the genesis of the objective body is only a moment in the constitution of the object, the body, by withdrawing from the objective world, will carry with it the intentional threads linking it to its surrounding and finally reveal to us the perceiving subject as the perceived world. (MP, PP 86, 72, 83)

Consciousness of the world in not based on self-consciousness; rather, they are strictly contemporary: there is a world for me because I am not ignorant of myself; I am not concealed from myself because I have a world. (MP, PP 344, 298, 347)

 if one's own body and the empirical self are nothing but elements of the system of experience, objects among other objects in the eyes of the true I, how can we ever confuse ourselves with our body, how could we believe that we saw with our eyes what we in truth grasp with an inspection of the mind? (MP, PP 241, 208, 241)

quarta-feira, dezembro 17, 2014

Se é parece tudo tão óbvio, é porque está a se fazer fenomenologia.
?

Tem o corpo

bem domésticada
com a situação ao que parece cada vez mais
esboçada
como pano de fundo
uma necessidade de aderência
e significado
na luz baixa da sua torre, meu amor fati.
eu só sei que devo ler todos estes livros
eu só sei disso...
chupar absorvendo Minha Pica todos os dias...
é o que deve fazer meu corpo no mundo..
peraí? então, cadê a supremacia do corpo??
é isso que meu corpo quer?
não!...menos luz, torpor, gozo...
hummm...sei..
é.....
foco, Sâmara..
figura e pano de fundo
situação...
meu campo transcendenal
e fenomenal...
ah, voltei...a pica transcendental..
ótimo.
Tem umas anilhas na casa
tem a casa.....
pra poder treinar sua propiocepção..
a cadeira pra vc se encurvar e desaprender...
tem o blog pra citar...????, tem os músculos das costas...


"our body is not the object of an 'I think': it is an ensemble of lived meaning that
finds its equilibrium" (MP, PP 289-90, 250, 292)

terça-feira, dezembro 16, 2014

Body and World

The point is not just that the boundary between my body and the environment cannot be drawn sharply from a third-person point of view, for what matters here is not where the boundary lies, but rather that there is a deep difference in principle between myself and my world. (Carman)

The body is not just a causal but a transcendental condition of perception, which is itself not just an inner subjective state, but a mode of being in the world. In short, have no understanding of perception in abstraction from the body and the world. (Carman)

o ponto é que consideramos a percepção como subjetiva, e o corpo como objetivo
como juntar os fatos fisiológicos que estão no espaço e os fatos psíquicos que não estão em lugar nenhum?
o corpo é como uma máquina? O que é uma máquina?

The definition of the object is... that it exists partes extra partes, and that consequently it acknowledges between its parts, or between itself and other objects, only external and mechanical relationships, whether in the narrow sense of motion received and transmitted, or in the broad sense of the relation of function to variable. (MP, PP 87, 73, 84)

Máquinas são extensões de objetos...

the reflex arc idea is defective in that it assumes sensory stimulus and motor response as distinct psychical existences, while in reality they are always inside a coordination and have their significance purely from the part played in maintaining or reconstituting the coordination. (John Dewey, citado por Carman)

the "sensible quality", the spatial limits set to the percept, and even the presence or absence of a perception, are not de facto effects of the situation outside the organism, but represent the way in which it meets stimulation and is related to it. An excitation is not perceived when it strikes a sensory organ that is not "attuned" to it. The function of the organism in receiving stimuli is , so to speak, to "conceive" a certain form of excitation. ... exteroceptivity demands that stimuli be given a shape. (MP, PP 94,79,91)

Introspective psychology detected, on the margins of the physical world, a zone of consciousness in which physical concepts no longer apply, but the psychologist still believed consciousness to be no more than a sector of being, and he decided to explore this sector as the physicist explores his. He tried to describe the givens of consciousness, but without putting into question the absolute existence of the world surrounding it. Together with the scientist and common sense, he presupposed the objective world as the logical framework of all his descriptions, and as the setting of his thought. (MP, PP, 72, 59, 68)

there is not a single movement in a living body that is entirely fortuitous with respect to psychic intentions, not a single psychic act that has not found at least its germ or its general outline in physicological tendencies. (MP, PP 104, 88, 101)

We do not understand the absence or death of a friend until the moment we expect a reply from him and realize there will never be one. (MP, PP 96, 80-81, 93)

To see an object is either to have it on the margin of the visual field and be able to fix on it, or to respond to the solicitation by fixing on it. When I do fix on it, I become anchored in it... I continue inside one object the exploration that just hovered over them all, and in one movement I close up the landscape an open up the object. The two operations do not just coincide by accident: it is not the contingencies of my bodily organization, for example the structure of my retina, that obligue me to see my surroundings vaguely if I want to see the object clearly. Even if I knew nothing of rods and cones, I would know that it is necessary to put the surroundings in abeyance to see the object better, and lose in ground what one gains in figure, because to look at the object is to sink into it, and because objects form a system in which one cannot show itself without concealing others. (MP, PP 81-82, 67-68, 78)

I am aware of my body via the world, I am aware of the world trough the medium of my body. (MP, PP 97, 82, 94-95)

my body appears to me as a posture with a view to a certain actual or possible task. ... If I stand in front of my desk and lean on it with both hands, only my hands are accentuated and the whole of my body trails behind them like the tail of a comet.(MP, PP 116, 100, 114-115)

adorei a metáfora, não é em vão que é a Minha Pica...hahaha

the body is not an object of which I have an internal image or internal representation, rather "it is polarized by its tasks, it exists toward them, it gathers itself up to reach its goal, and 'body schema' is in the end a way of expressing that my body is in the world" (MP, PP 117, 101, 115)

domingo, dezembro 14, 2014

masturbando com Minha Pica, meu pau transcendental...

background
o campo fenomenal
background subjacente fundado no corpo
isento de julgamentos explícitos
há um mundo de significados
campo transcendental
ocupar o campo fenomenal hábilmente
trata-se de uma atividade incorporada
já se viu isso....continuando...
perspectiva percebida orientando a experiência
comportando
significando coerentemente a unidade do objeto
através da unidade da perspectiva sensorial
um cego distingue com o tocar
um teste mostra que os empiristas estão errados
a unidade sensorial se dá mediada pela experiência
numa estrutura intencional do corpo
a unidade ou pluralidade dos sentidos
conectados
trabalhando juntos sempre
trabalhar com os cinco sentidos separadamente é problemático
propriocepção = cinestesia
sinestesia...outra coisa...hahaha
confusão dos sentidos ??
relações entre sentidos versus vida sensorial encarnada
unificação do campo fenomenal com os cinco sentidos é conveniente, mas um engano
modalidade dos sentidos interligados na avaliação dos objetos
sensação é uma comunhão
nosso contato concreto com o mundo
o mundo das coisas é espacial
é desta forma que habitamos o mundo
através de orientação espacial
mas isto não é razão para dizer que todos os sentidos são espaciais
toda sensação é espacial porque nossa experiência é uma experiência de mundo
os sentidos não são separados nem homogeneos
o mundo se abre para o cego através do toque
ao poder ver....por uma cirurgia de catarata muitos (amostra)
maravilham-se ao ver a diferença entre galhos de árvore e uma mão humana
e pode admitir que teve a experiência do espaço ao poder ver pela primeira vez
a unidade e diversidade dos sentidos são verdades da mesma ordem
analogias entre tocar e ver não é intelectual mas sensorial
rejeita o formalismo da consciência
o corpo  é o sujeito da percepção
vemos qualidades, percebemos qualidades sensoriais ao toque deduzimos pelo ver
percepção reúne nossa experiência sensorial em um único mundo
a visão é binocular mas o que vemos está coerentemente ao que concerne ao campo fenomenal
fundamentado no nosso corpo que está aberto para o mundo
é preciso olhar para ver
 vemos e ouvimos com dois olhos, dois ouvidos, andamos com duas pernas, pegamos com cinco
dedos...tudo isto são coerentes organizações incorporadas
os dois olhos é um único órgão, para uma única visão
não é a mente que faz a síntese, é o corpo
os sentidos não são sincronizados por ideias
há uma consciência originária
mistério da condição humana numa abertura e transparência de cada sentido,  um com os outros
puro direcionamento
essencial fenômeno corporal
percepção não é um evento privado mentalmente
e o corpo não é mais um objeto material como os outros
a percepção é intencional e incorporada
um meio-termo entre as dicotomias?????
passividade atividade passividade atividade
dimensão sensorial motora
são momentos distintos porém entrelaçados
e inseparáveis no fenômeno unificado
são dois lados da mesma moeda...........................................aff....será está uma boa metáfora????
percepção incorporada.......corpo e mundo...não se trata de situação e reação
mas há um entrelaçamento ......fio mesmo tecido.....????????? carne..............
a carne abandona a primazia da consciência???????????????????
ok... o ponto é papel do corpo na percepção que não são estados da mente
mas estados do corpo
nós não nos sentimos como mentes que moram em corpos
para Descartes a dor existe na mente, vemos com o cérebro??
para muito filósofos os fenômenos são meras aparências desenvolvidas pela mente
para Descartes...de novo...a experiência e o corpo é uma relação causal e não de identidade
corpo e experiência para Merleau-Ponty são idênticos ????

o fenomenal  não é causado ou definido, mas constituído por estruturas sensoriomotoras, sei lá se existe esta palavra... e capacidades do corpo
não são nossos corpos objetos que lhes acontecem coisas acidentais ???
eu não observo a mim próprio, vejo a mim como um objeto, como faço com os outro objetos
meu corpo é minha perspectiva do mundo
a nossa relação com o mundo permanece fixa e intacta, é o campo transcendental
o campo transcendental é o espaço de possibilidades, impossibilidades
necessidades que constituem nosso mundo percebido.




Percepção não é nem uma experiência subjetiva nem uma propriedade objetiva da mente, é um aspecto do ser-no-mundo.
A filosofia de Merleau-POnty não é psicologia ou epistemologia, mas ontologia.
Como Heidegger, ele acredita que a ontologia da existência humana deve proceder para uma descrição fenomenológica da experiência humana.
O que a fenomenologia pretende descrever? Em uma palavra, intencionalidade - ou tematicidade da experiência. Uma vez que na Idade Média tardia, intencionalidade foi entendido de duas maneiras: um puro direcionamento da mente até o mundo, e como um dicursivo ou conteúdo semântico do pensamento e da linguagem A teoria das ideias de Descartes e Locke efetivamente obscurecem para além destas noções, e por volta do século 19, por exemplo em Brentano e Husserl, o paradigma semântico foi como um eclipse não somente do precoce modernismo com a "forma das ideias", mas também muito mais uma noção primitiva do direcionamento da intencionalidade de si próprio.
 A fenomenologia de Merleau-POnty é em grande parte uma reação crítica ao paradigma semântico racionalista, uma tentativa de libertar o fenômeno percebido na consciência, da concepção dominante do conteúdo intencional abstrato, discursivo, e generalizável como pensamento. Uma vez que a concepção semântica da intencionalidade encoraja uma imagem da consciência com um fechamento e um domínio de conteúdo significativo, nitidamente delineando um mundo que pretende referir, a fenomenologia de Merleau-Ponty é um alternativa que enfatiza o essencial entrelaçamento corporal da percepção e do mundo percebido. Ao passo que Husserl era um internalista, Merleau-POnty é um externalista.
Husserl deve manifestar seu internalismo explicitamente em sua metodologia planejando conhecer através da redução transcendental, que é, o suporte ou exclusão de um mundo externo próprio para uma total descrição imanente do conteúdo da consciência. Embora Merleau-Ponty escreve com grande simpatia e admiração pelo trabalho de Husserl, como Heidegger, ele rejeita a redução transcendental, que para ele é impossível, de fato incoerente.
Na Fenomenologia da Percepção Merleau-Ponty lança duas frentes de ataque ao empirismo e intelectualismo. Empiristas consideram a percepção fundamentada na sensação; intelectualistas enxergam isto como uma função do julgamento. Merleau-Ponty argumenta que nenhuma teoria é correta. Percepção não é fundamentada na sensação porque seu conceito é muito confuso.  Nós vemos coisas, não sensações. De fato palavras supõem descrição de meras sensações ("queimando", "vibrando" "spot", "patch") são de fato abstratos, fragmentárias partes da linguagem originariamente referindo totalmente às coisas (incêndios, sinos, peças de roupas). O exato conceito de sensação é parasitário em nosso conceito de objetos. Pior, o conceito de sensação é capturado entre duas frequentes e incompatíveis tarefas: para descrever o imediato estímulo dos nossos sentidos, e no descrever como as coisas aparecem. A aparência percebida das coisas difere grandemente da ordem dos estímulos sensoriais, embora, também é certo que o conceito de sensação não tem um papel consistente para jogar na teoria da percepção. Percepção não pode ser baseada em julgamentos porque julgamentos pressupõem algumas coisas dadas, sobre quais o julgar pode ser feito. Se intelectualismo insiste que a percepção é realmente julgamento "todo o caminho", então, ele despoja-se de qualquer apelo para o fenômeno comum, que parecia dar-lhe o conteúdo, ou seja, o julgamento é entendido como uma atitude tomada em relação a um mundo dado em percepção. O que tanto o empirismo e intelectualismo perdem de vista é o campo fenomenal próprio, o dado do mundo é situado numa perspectiva incorporada que não é meramente sensorial nem intelectual A unidade dos objetos percebidos com tal, é problematizada por Molyneux no século 17 concernente a sua famosa questão da relação entre conteúdo sensorial tátil e visual, é fundamentado na unidade do corpo humano, "o sujeito material do mundo", como Samuel Todes colocou.

Minha tradução capenga do Resumo  de Taylor Carman - Intentionality and Perception..Merleau-POnty.
a cada espaçamento da boca líquida
que se bebe a saliva e experimenta a textura da língua
passado
presente
situação aparente
sabemos que muitos não sabem olhar
há que ter um certo uso do olhar
e o corpo
cinestésico ou sinéstico?
tenta sintetizar...
é preciso significar tudo isso?
as sensações?
o que exatamente?
precisamos mesmo nomear o mundo,
as coisas?
mas o Outro não é coisa...
não se sabe...o que é.
o outro corpo.
sujeito..
ah vai, conta outra coisa....
pra que?
se não se sabe exatamente o que são as sensações...
temos o mundo realmente à nossa disposição?
cada um habita a seu modo...
se tem o corpo e o mundo
há quem acredite que há muito mais.


Teoria da Presença de Deus


Somos seres olhados
Quando os nossos braços ensaiarem um gesto
fora do dia-a-dia ou não seguirem
a marca deixada pelas rodas dos carros
ao longo da vereda marginada de choupos
na manhã inocente ou na complexa tarde
repetiremos para nós próprios
que somos seres olhados

E haverá nos gestos que nos representam
a unidade de uma nota de violoncelo
E onde quer que estejamos será sempre um terraço
a meia altura
com os ao longe por muito tempo estudados
perfis do monte mário ou de qualquer outro monte
o melhor sítio para saber qualquer coisa da vida

Ruy Belo

sábado, dezembro 13, 2014

"The senses are distinct from one another and distinct from intellection inasmuch as each of them brings with it a structure of being that is never exactly transposable. We can recognize this because we have rejected any formalism of consciousness and made the body the subject of perception." (Merleau-Ponty, PP 260, 225, 261)

The field phenomenal

Percepção não é sensação nem julgamento, é descrita inadequadamente por categorias conceituais..
Merleau-POnty não se contenta em somente criticar e apontar os problemas
 mas,
"he also tries to diagnose those errors by describing the tendencies inherent in ordinary perceptual life that motivate and sustain them." (Carman, 62)

a visão joga com os significado das palavras que se atribuem às coisas...
não é só a busca de um nomear o que se sente,  mas compreender, fazer com que tenha sentido.
ao olhar o mundo já todo codificado teoricamente as descrições das coisas podem ser distorcidas...
sentir X conhecer...
o olhar de uma criança...para o fogo...blá blá...criança é criança, merda...
passividade....MP  não quer receber o mundo e depois dar significado...

a critical philosophy, in the last analysis, accords no importance to the resistance of passivity... It thus tacitly assumes that the philosopher's thinking is not subject to any situation. (MP, PP 75, 61, 71)

isso faria a construção de um mundo subjetivo...
 Experience, in this sense, is "the communication of a finite subjective with an opaque being from which it emerges, but to which it remains bound [engagé] (MP, PP, 253, 219, 254)

sabe-se que ao olhar o mundo, há uma rede de significados,  o contexto, o background, mas é para olhar de perto, apenas...........................sacar as características, curtir o espetáculo...rs gostei!


the perceptual world could be conceived as consisting of nothing but such qualities only if perception itself were nothing but the relentless, focused inspection of discrete features: The pure quale would be given to us only if the world were a spectacle and one's own body a mechanism that some impartial mind acquainted itself with. (MP, PP 64, 52, 61)

perder a familiaridade, tornar-se imparcial
um certo uso do olhar...

the sensible quality, far from being coextensive with perception, is the product of an attitude of curiosity or observation. It appears when, instead of abandoning my entire gaze to the world,
I turn toward the gaze itself, and when I ask myself exactly what it is I see. (MP, PP 261, 226,263)

sem aplicação de conceitos...é o corpo que conhece não a mente...  PP, 168

 ??
o campo fenomenal está impregnado de significados..
diz de um campo sensorial subjcente ao do julgamentos explicítos...

Merleau-Ponty thus wants to draw our attention back to sensory background underlying our perception of isolated qualities and our formulation of explicit judgments. He calls this background the phenomenal field, which suggests that is neither an object in our experience nor merely a subjective effect cut off from the world; "This phenomenal field is not an 'inner world', the 'phenomenon' is not a 'state of consciousness' or a 'psychit fact' (MP, PP 69-70, 57, 66)


uma imanente significação...
há o background que é o campo fenomenal
sabemos que outro homem não é um objeto
um direcionamento que nos conduz a fins mas ao mesmo tempo sentimos a nós mesmos
Merleau-POnty sugere que encorporamos formas de ocupar o mundo...diz de atividades encorporadas
de habilidades...
não nega os aspectos sensoriais....
sentimos e nos comportamos..

The phenomenal field constantly pushes us away from itself, and this is
why “Nothing is more difficult than knowing precisely what we see,”
for “perception hides itself from itself … it is the essence of
awareness to forget its own phenomena” (PP 71/58/67).

Percepção é sempre perspectiva..

 o mundo nos empurra para todos os significados que o damos, cada vez é mais difícil
saber o que vemos
não é tudo uma mera coleção de fatos
e também o outro não é um pacote de sensações e julgamentos...

o mundo é um lugar onde está os objetos e suas qualidades aparecem para nós..relativas a nós..
é uma condição transcendental de nossa percepção aberta para todo o mundo.


vai lá arrebenta MP..hahaha

phenomenology, alone among philosophies, speaks of a transcendental field. This word indicates that reflection never has the whole world and the plurality of monads arrayed and objectified before its gaze and that its view is never other than partial and of limited power. (MP, PP 74, 61, 71)

o campo transcendental é muito menor que o fenomenal..A reflexão não pode conter o mundo
perspectiva perceptual orienta a experiência até os fins desejados
como uma atitude incorporada, o comportamento fazendo a percepção trabalhar
significando o mundo como mundo. 
A perspectiva particular não pode ser abolida..

the thinking Ego can never abolish its inherence in an individual subject that knows all things in a particular perspective. REflection can never bring it about that I cease to perceive the sun as two hundred yards away on a misty day, or see it "rise" an "set", or think with the cutural apparatus provided me by my education, my past efforts, my history. (PP 74)


quinta-feira, dezembro 11, 2014

Judgment, algumas ilusões minhas...

if we see what we judge, how can we distinguish between true and false perception? How will we then be able to say that the halluciné or the madman "think they see what they do not see"? What will be the difference between "seeing" and "thinking one sees"? (MP, PP 44,34-5,40)

ver e pensar que vê...mesmas sensações...alucinação...ilusões de ótica
a mente pode reduzir o fenômeno a um simples erro, erro de julgamento.


If I judge falsely, it is because my judgment is motivated by an appearence that is not itself a judgment, but rather "the spontaneous oraganization and the particular configuration of the phenomena". The auxiliary lines break up the parallelism, "But why do they break it up?(Carman, 58 (MP, PP 45, 36, 41-41)

Zölnner's Illusions



Just an Illusion, crássico!!!!hahaha


But why I continue to make the mistake?
o fenômeno aparece como é organizado naturalmente...
a percepção não erra???
o intelectualismo não reconhece a personificação e contextualização 
da experiência, como o faz M.P.....
o conteúdo perceptual é dado para estes...intelectualistas
como que para um sujeito sem corpo.....

Perception is thus thought about perceiving. Its incarnation furnishes no positive characteristic that has to be accounted for, and its haecceity is simply its own ignorance of itself. Reflective analysis becomes a purely regressive doctrine, according to which every perception is just confused intellection, every determination a negation. It thus does away with all problems except one: that of its own beginning. The finitude of a perception, which give me, as Spinoza put it, "conclusions without premises," the inheritance of consciousness in a point of view, all this reduces to my ignorance of myself, to my negative power of not reflecting. But that ignorance, how is it itself possible? (MP, PP 47-48)

perception is a judgment, but one that is unaware of its own foundations, which amounts to saying that the perceived object is given as a totality and a unity before we have apprehended the intelligible law governing it. (MP, PP 52)

o objeto é dado em sua totalidade antes de qualquer apreensão inteligível,
Descartes diz de inata inclinação da mente
Marlebranche julgamento natural
Merleau-Ponty:
"The result is that the intellectualist analysis ends by rendering incomprehensible the perceptual phenomena it is supposed to explain." (PP 43, 34,39)

"perception is not an act of understanding. I have only to look at a landscape upside down to recognize nothing in it. (PP 57, 46, 54)

diferença percepetual não se resolve com mudança intelectual..
Você pensa que vê, porque aceitamos sempre isso?
Percepção não é o mundo que a ciência escreve...supõe que os fatos serão todos descritos por eles?  
eles quem?? os cientistas....os filósofos...ah sim estes sabem... rsrsrs
 não...são os pintores, romancistas....eu..rsrs

The child lives in a world he unhesitatingly believes to be accesible to all around him; he has no consciousness of himself or of others as private subjectivities, nor does he suspect that we are all, himself included, limited to a certain point of view on the world.... Men are, for him, empty heads turned toward a single self-evident world. (PP 407)

não sei se isso é metáfora já cansada...acho que é...enfim o que Minha Pica sugere é a volta para um mundo antes de significado??  diz de préreflexivo....préteorético... como o de Cézanne...

vai pintar Sâmara...rs


Rainer Maria Rilke - A Gazela

A Gazela
                            Gazella Dorcas

Mágico ser: onde encontrar quem colha
duas palavras numa rima igual
a essa que pulsa em ti como um sinal?
De tua fronte se erguem lira e folha

e tudo o que és se move em similar
canto de amor cujas palavras, quais
pétalas, vão caindo sobre o olhar
de quem fechou os olhos, sem ler mais,

para te ver: no alerta dos sentidos,
em cada perna os saltos reprimidos
sem disparar, enquanto só a fronte

a prumo, prestes, pára: assim, na fonte,
a banhista que um frêmito assustasse:
a chispa de água no voltear da face.

Rainer Maria Rilke 
(Tradução: Augusto de Campos)

quarta-feira, dezembro 10, 2014

Implica a intencionalidade juízo?
seduz para construir??
experiência
sentir e julgar
ganho um prêmio com isso?
o conhecimento?
aparência que deseja possuir?
validar o exato momento da minha vida
ou para outras mentes
atuais, possíveis
possuir aparência de verdade
resposta
conhecimento verdadeiro?
"The testimony of phenomena will therefore everywhere be imupugned."
claro, (MP)
Meu Pau agora.

Sensation, association, memory, attention, and judgment. Espasmos..

o conceito de sensação é obscuro
listar as sensações é descrever a percepção?
a sensação é é uma percepção sensorial interna?
ou são coisas externas?
objetos, pessoas, lugares, eventos?

The concept of senstaion "corresponds to nothing in our experience" (MERLEAU-PONTY, PP 9[3[3-4)

?????

percepção é sempre de algo, num meio...percepção pura não é percepção..
temos a tendência de projetar nossas percepções às qualidades dos objetos que percebemos
o que sabemos do objeto pode ser encaixado à nossa percepção que temos deste...mistureba do caralho...
que acaba só confundindo a percepção.... manipulamos nossa própria percepção...

são as mesmas sombras.... White's illusion

nossa percepção não é clara e pode ser enganada por ilusões... risada maléfica...rsrs
vemos perfeitamente as cores dos objetos? são mesmo tão distintas ao nosso olhar?
E além disso, ao olhar uma cadeira já sabemos previamente que um objeto para sentar,
a percepção é também uma prática de atribuição de significados ao mundo.
Quando foco em alguma coisa, as demais que existem no meu campo visual não desaparecem simplesmente.


what is behind my back is not without some element of visual presence, for it still has a kind of perceptual availability as something there to be seen when I turn to look at it. ( PONTY, PP 12]6]6)
The perceptual field thus cannot be equated with that range of objects directly affecting my sense organs at a given time. (Carman)

so, while it is tempting to define sensations in terms of stimuli, there is no isomorphism between the contents and the causes of perception.(Carman)

For the ordinary notion of sensation is meant to capture how things look. Since stimuli do not line up in any neat way with how things look, the concept of sensation they motivate could only stand in a dubious relation at best to the phenomenology it was meant to describe.(Carman)

Sensação sentir como as coisas são?
como aparecem?
como nós vemos?
..........................................................
sensação é uma palavra obscura

é um feixe de impressões a experiência, como diriam os empiristas? o percebido, um agrupamento de imagens que reaparecem sem razão?
A percepção possui coerência? não é uma coleção de pedaços de sensações?
mas as coisas são uma união de características??

"the unity of the thing in perception is not constructed by association, but is a condition of association" (PP 24]17}19-20)

Merleau-Ponty diz constante flutuação entre estados de tensão e equilíbrio, com uma unidade própria do objeto percebido como uma espécie de solução, ou antecipando uma solução, para um problema não registrado intelectualmente, mas em uma "vaga forma de inquietação"

o trabalho de atribuir significado ao mundo já foi feito...
"as long as we keep trying to construct the shape of the world, life, perception, the mind, instead of recognizing as the immanent source and as the final authority of our knowledge of such things, the experience we have of them" (PONTY, PP 31]23]27)

The concept of sensation is incoherent, since it is meant to serve two incompatible functions: first, to capture the actual content of perceptual experience; second, to explain how that experience is brought about by causal impingements on our sensory surfaces. The concept fails in the first effort precisely because the phenomena adequately, it explains nothing, and when it is subsequently invoked, along with auxiliary hypotheses concerning association and memory, to explain away the manifest phenomena, it no longer describes them as they are. (Carman)

São várias as hipótese que dizem do isomorfismo entre estímulo e percepção. São coisas que vemos que contrapõem suas qualidades?
Consciência perceptual, para Merleau-Ponty, é um produto da atividade cognitiva, não é passividade, receptividade.

It is not as if our experience is a muddle and then the mind operates on it and sorts it out, rather, perceptual indistinctness is always only a matter of failing to attend carefully and judge correctly."What intellectualism lacks," Merleau-POnty observes, "is contingency in the occasions of thought" (PP 36;28;32)

A ambiguidade nas sensações, eu odeio anchova, (eu descobri isso ainda..rsrs) por que dá arrepios?
sensações geram juízos...intencionalidade implicando juízo.

Experiência e julgamento
não é possível deliberar sob as nuvens...aham
eu julgo 2+2=4 sem atribuir qualidade alguma......ok. Dormir.

Ordinary experience draws a very clear distinction between sensing [le sentir] ad judgment. For it,  judgment is the taking [prise] of a position, it aims at knowing something valid for me at every moment of my life, and for other minds, actual or possible; sensing, by contrast, is giving oneself over to appearance without trying to possess it and know its truth. This distinction disappears in intellectualism, because judgment is everywhere pure sensation is not, which is to say everywhere. The testimony of phenomena will therefore be impugned.
(Merleau-POnty, PP 43,34,39)


Intencionalidade e Percepção....devaneios..09-12-14

Another way to put this to say that our ordinary notion of seeing is a success notion, for it logically requires that wat I see be there to be seen, otherwise, I am not really seeing it. I might have thougth I saw it, but if it wasn't there, I didn't. So too with remembering, folowing, and ignoring: you can't remember something that didn't happen; you can't folow someone who isn't out ahead of you, and you can't ignore something that isn't there. ( Taylor Carman, Merleau-Ponty, pg 34)

Merleau-Ponty's phenomenology is an attempt to free perception from this semantic-representational paradigm by insisting on the literal rightness of our naive understanding of intentionality as orientation in and directedness toward the world itself. That naive notion is not just a vaguely suggestive metaphor,but literally right, for intentional states are realized in bodily attitudes situated in a concrete physical and social environment.  We do not just "have" grasp, posses or contain- the contents of our perceptual experience. (Carman)


lembrei do yo soy yo y mi circunstânica
essa próxima página diz tipo isso
depois do mundo chamar
nossa intencionalidade ingênua
está atenta a estes chamados (deveria)
e não busca o mundo conceitualizado 
é o tal do mundo préobjetivo que ele quer, sugere....
Hurssell também voltar às coisas mesmas
descrever...
ainda ficou pouco..
digo:
Phenomenology is a descriptive, not an explanatory enterprise.
A phenomenology of perception is thus an attempt to describe
perceptual experience from a first-person perspective, from the point
of view of the experience being described. (Carman)

Mas se vai usar conceitos, caralho...rs
eu não entendo....tá...volta 

The world is there before any anlysis I could carry out... Perception  is not
a science of the world, it is not even an act, a dliberate taking up of a position;
it is  the background from which all acts stand out, and is presupposed by them (Merleau-Ponty)


Merleau-Ponty's phenomenology is not a theory of mental representation, but a
descriptive account of perception as a mode of being in the world, an existencial condition
of the very possibility of representations- imaginative, semantic, or otherwise cognitive-
intervening between ourselves and the world. (Carman)

ahãm....explica isso direito...
ah próximo redução fenomenológica...humm mas diz que vai além....?

The best formulation of the reduction is no doubt the one given by Eugen Fink, Husserl's assitant, when he spoke of "astonishment" in the face of the world. Reflection does not withdraw from the world toward the unity of consciousness as the foundation of the world, it steps back to see transcendencies rise up before it, it slackens the intentional threads that attach us to the world in order to make them apparent... it reveals that world as strange and paradoxical. ... in order to see the word and grasp it as paradoxical, we must break with our familiar acceptance of it, and... from this break we can learn nothing but the unmotivated upsurge of the world. The greatest lesson of the reduction is the impossibility of a complete reduction.... If we were absolute spirit, the reduction would be unproblematic. But since on the contrary we are in the world, since even our reflections take place in the temporal flux they are trying to capture... there is no thought that embraces all our thought. (PP viii-ix}xiii-xiv]xv)

sou chamada à familiaridade que vivo
nomear o mundo não é tão simples
sensação X feeling
julgar pode ser muito mais agir instintivamente......
descrever o mundo não é fácil...................são poucas as palavras...


For of course experience is rife with with feeling inwardly interwoven, haunted by the past, focused against a back-ground, and intelligente. What Merleau-Ponty criticizes is not our pretheoretical understanding of what we ordinarily call "sensation" and "judgment", that is, but the technical redeployement of those terms in abstraction from what they are originally called upon to  describe. In dismissing the psychological concepts of sensation and judgment, he is arguing that perception cannot be understood either as the passive registration of sense data or as free and spontaneous intellectual activity. (Carman)


The word "sensation," Merleau-Ponty observes, is perfectly at home in ordinary language, and the notion at first "seems immediate and obvious." Once uprooted and transplanted in the domain of psychological theory, however, it turns out, "nothing could in fact be more confused" (Merleau-Ponty, PP 9-3-3)





terça-feira, dezembro 09, 2014

montanha-russa
lá o object
no alto da montanha
ah ok
2 minutos atrasada.

Dolor común

Cállate, corazón, son tus pesares
de los que no deben decirse, deja
se pudran en tu seno; si te aqueja
un dolor de ti solo no acíbares

a los demás la paz de sus hogares
con importuno grito. Esa tu queja,
siendo egoísta como es, refleja
tu vanidad no más. Nunca separes

tu dolor del común dolor humano,
busca el íntimo aquel en que radica
la hermandad que te liga con tu hermano,

el que agranda la mente y no la achica;
solitario y carnal es siempre vano;
sólo el dolor común nos santifica.

Miguel de Unamuno

domingo, dezembro 07, 2014

não quero mais me narrar
não sei....
chega de confessionalismo
eu gosto de acessar e inventar memórias
aqueles flashes bem prazerosos
do que sinto
quando vejo
a cara do amor me lambendo.....
é sempre a mesma história
que me deixa cansada.
XV
        
         Para poder morrer
         Guardo insultos e agulhas
         Entre as sedas do luto.

         Para poder morrer
         Desarmo as armadilhas
         Me estendo entre as paredes
         Derruídas.

         Para poder morrer
         Visto as cambraias
         E apascento os olhos
         Para novas vidas.

         Para poder morrer apetecida
 
Me cubro de promessas
Da memória.

Porque assim é preciso
Para que tu vivas.

Hilda Hilst

terça-feira, dezembro 02, 2014

The mistery is, in a word, perception. What is so mysterious about perception? Not simply that it occurs, or that i has this or that qualitative feature, but that it discloses a world.
(Taylor Carman, Merleau-POnty, pg7)

domingo, novembro 30, 2014

Glosa a chegada do outono.

O corpo não espera. Não. Por nós
ou pelo amor. Este pousar de mãos,
tão reticente e que interroga a sós
a tépida secura acetinada,
a que palpita por adivinhada
em solitários movimentos vãos;
este pousar em que não estamos nós,
mas uma sede, uma memória, tudo
o que sabemos de tocar desnudo
o corpo que não espera: este pousar
que não conhece, nada vê, nem nada
ousa temer no seu temor agudo...

Tem tanta pressa o corpo! E já passou,
quando um de nós ou quando o amor chegou.


Jorge de Sena

segunda-feira, novembro 24, 2014

O Kant me falou hj de manhã
que a razão só existe pra conduzir a vontade
se a felicidade for dada pelos instintos...
pode até ser..mas não! a razão deve conduzir
a uma boa vontade...
ah tah...
e a felicidade deve ser aspirada por esta
Kant não tinha um corpo cheio de desejos?
acho que não....
ignorar as inclinações e focar no dever
no caráter...aham...sei....

Mas o que prescreve a felicidade é geralmente
constituído de tal maneira que vai causar grande dano a algumas
inclinações, de forma que o homem não pode fazer ideia precisa e 
e segura da soma da satisfação de todas elas a que chama felicidade;
por isso não é de admirar que uma única inclinação determinada,
em vista daquilo que promete e do tempo em que se pode alcançar
a sua satisfação, possa sobrepor-se a uma ideia tão vacilante.( Kant, Fundamentação
da Metafísica dos Costumes, pg 29)

Ele não entende que o que tem aparência de amor
pode ser amor, enfim depois de um tempo saberei
que o que tem aparência de felicidade pode ser felicidade...
é um chato, dever, leis, inclinações não importam! Bem supremo razão
em desprezo ao corpo...vive em dicotomia....
ahhhhhhh
Não sabe da tensão no corpo, do mundo que nos chama
para nós a aparência é realidade. A verdade veredito da razão
bleahhh
saberei depois,
em novas situações e aparências.
Mas que merda, verdade é o agora.
blá blá blá
Kant vai fala comigo.......bleahh




domingo, novembro 23, 2014

Hildaaaaaa Hilst

Prelúdios-intensos para os desmemoriados do amor


I

Toma-me. A tua boca de linho sobre a minha boca
Austera. Toma-me AGORA, ANTES
Antes que a carnadura se desfaça em sangue, antes
Da morte, amor, da minha morte, toma-me
Crava a tua mão, respira meu sopro, deglute
Em cadência minha escura agonia.

Tempo do corpo este tempo, da fome
Do de dentro. Corpo se conhecendo, lento,
Um sol de diamante alimentando o ventre,
O leite da tua carne, a minha
Fugidia.
E sobre nós este tempo futuro urdindo
Urdindo a grande teia. Sobre nós a vida
A vida se derramando. Cíclica. Escorrendo.

Te descobres vivo sob um jogo novo.
Te ordenas. E eu deliquescida: amor, amor,
Antes do muro, antes da terra, devo
Devo gritar a minha palavra, uma encantada
Ilharga
Na cálida textura de um rochedo. Devo gritar
Digo para mim mesma. Mas ao teu lado me estendo
Imensa. De púrpura. De prata. De delicadeza.

II

Tateio. A fronte. O braço. O ombro.
O fundo sortilégio da omoplata.
Matéria-menina a tua fronte e eu
Madurez, ausência nos teus claros
Guardados.

Ai, ai de mim. Enquanto caminhas
Em lúcida altivez, eu já sou o passado.
Esta fronte que é minha, prodigiosa
De núpcias e caminho
É tão diversa da tua fronte descuidada.

Tateio. E a um só tempo vivo
E vou morrendo. Entre terra e água
Meu existir anfíbio. Passeia
Sobre mim, amor, e colhe o que me resta:
Noturno girassol. Rama secreta.
(...)
Chuva para dormir
não precisa de música de pano de fundo
que lhe faça dormir
enfim
parece que não dormir
era 333333333
ok
a ver sinestesia....rsrs
vai
virar um zumbi sinestésico?
sqn

sábado, novembro 22, 2014

nasce Âmaras
concebe o teu corpo
que pensa outros mundos...

Devaneios X POnty

Há portanto uma certa consistência de nosso "mundo", relativamente independente dos estímulos, que proíbe tratar o ser no mundo uma soma de reflexos _uma certa energia de pulsação de existência, relativamente independente de nossos pensamentos voluntários, que proíbe tratá-lo como um ato de consciência. É por ser uma visão pré-objetiva que o ser no mundo pode distinguir-se de todo processo em terceira pessoa, de toda modalidade das res extensa, assim como de toda cogitatio, de todo conhecimento em primeira pessoa_ e que poderá realizar a junção do "psíquico" e do "fisiológico".
M.P, de novo.

Não se trata de fazer tal junção de maneira a descrever com termos objetivos, uma forma mista de ser...não se trata disso. É um corpo em tensão que sabe da sua potência para agir, o mundo lhe chama, convida-o sempre.
Pois é...e vc tá aqui lendo no quarto.
como "sujeito normal",
(ele não precisa, para pôr-se a caminho,
de uma percepção clara e articulada de seu corpo: basta-lhe tê-lo
"à sua disposição" como uma potência indivisa, M.P falando
do membro fantasma...........................e eu pensando naquele fantasma
que é o que eu quero ser.......ah q nada...
eu sou outra.

Amplidão

Âmaras um corpo novo?
algo como mãos novas,
um sorriso esclarecedor
de contentamento
com o exterior
com um abdômen contraído
um diafragma sentindo a vida
sem um mundo intelectualizado prévio
à la Merleau-POnty
aquele ideal...
ainda falando de ideias Maurice? hahaha
ah, sim, como a beleza
também vai lidar com ideiais â? ideiasua? ideiasminha?
ideianua
ideiavinha
ah ok
bora voltar pra ler do corpo...........................now! corpo!
ué, Âmaras não é outro corpo?
ah ! sim pode ser outro...hahaha
qual é o nome desse músculo mesmo?
poootz esqueceu do trapézio Sâmara...?
ops!
o trapézio de Âramas
tem outra "situação"
mas ela lê o Ponty
numa Ponte...
que tem cadeados
ich...
psicanálise...haha
chavinhas...ê....chegou ao ponto
chavinhas...
ahhhhhhhhh haha tem que rir...
e o trapézio pulsa
em minhas fibras mais inferiores
acho que é o rombóide maior...
deve ser..
que amplidão!

Não resisti....

O reflexo não resulta de estímulos objetivos, ele se volta para eles, investe-os de um sentido que eles não receberam um a um e como agentes físicos, que eles têm apenas enquanto situação. Eles os faz ser como situação, está com eles em uma realização de "conhecimento", quer dizer, indica-os como aquilo que ele está destinado a afrontar. O reflexo, enquanto se abre ao sentido de uma situação, e a percepção, enquanto não põe primeiramente um objeto de conhecimento e enquanto é uma intenção de nosso ser total, são modalidades de ser no mundo. Para aquém dos estímulos e dos conteúdos sensíveis, é preciso reconhecer  um tipo de diafragma interior que, muito do que eles, determina aquilo que nossos reflexos e nossas percepções poderão visar no mundo, a zona de nossas operações possíveis, a amplidão de nossa vida.
(Merleau-Ponty - O corpo, Fenomenologia da Percepção, pg. 118-119)
quisera volver
ai ai
que tal um lloro de Andaluzia
una canción perfecta...
I know
fortalecer os músculos
contraindo e relaxando
um pouco de treinamento de força
para causar lesões e aumentar o número
de pontes cruzadas....
ok que tal um adesivo kinesiológico
nos ombros?
ah...

quarta-feira, novembro 19, 2014

Corazón Coraza


Porque te tengo y no
porque te pienso
porque la noche está de ojos abiertos
porque la noche pasa y digo amor
porque has venido a recoger tu imagen
y eres mejor que todas tus imágenes
porque eres linda desde el pie hasta el alma
porque eres buena desde el alma a mí
porque te escondes dulce en el orgullo
pequeña y dulce
corazón coraza

porque eres mía
porque no eres mía
porque te miro y muero
y peor que muero
si no te miro amor
si no te miro
porque tú siempre existes dondequiera
pero existes mejor donde te quiero
porque tu boca es sangre
y tienes frío
tengo que amarte amor
tengo que amarte
aunque esta herida duela como dos
aunque te busque y no te encuentre
y aunque
la noche pase y yo te tenga
y no.
Mario Benedetii

segunda-feira, novembro 17, 2014

Acho que é melhor nos separarmos e eu ir tocar minha música em outro lugar com todos os meus preconceitos burgueses de fidelidade.
Frida Kahlo

A felicidade não é um ideal da razão, mas da imaginação. (Kant, Fundamentação da metafísica dos costumes, seg. Seção, pg 56)

Yo

Não quero nada
Já está muito tarde
Faltam Vinte para três
Eu olhei pra sua foto
Na cara já perdestes
Algo que eu não sei
O que é
Agora vejo mais feiúra
Acho que é vida
Pulsante
Mutante
Sua cara começa a ficar
Estranha
E parecíamos tão bem
Juntos
Devo configurar meu corpo
Querendo você
quando
A imagem chega distorcida
Lembro de
Como não se alegrara
Quando eu parecia
Que amava
pareço tonta
E prestes a sangrar
Usually...

domingo, novembro 16, 2014

"Man wird nie betrogen, man betrügt sich selbst".
Goethe
Chega de confessionalismo
impossível
como falar de outras vidas?
como se o mundo que vejo
é a partir dos meus olhos?
eu realmente crio expectativas demais...
fui direto ao ponto
sei o que é sentir o que quero sentir
de fato
quero muito mais
e dane-se
não preciso doar minhas falas
tentar fazer delas alguma poesia...
quem quer saber?
eu continuo a mesma
ridícula
em domingos
que se lê Kant...bleaahhhh
que chora por medo de não ser amada
nunca...fica só sempre...ahhhhhhhhhh
os sentimentos nascem com o tempo...
ah vai pra puta que pariu
por acaso eu tô plantando uma horta?
não sentes nada significativo?
então, suma!!

não há estórias de crápulas pra serem inventadas
há só o que eu sou....
e todo o mundo que vem até mim,
seja pelo passado ou futuro
que concebo...
merda....
vamos fazer outras viagens
ÂMARAS?
inventa...
bora partir do mundinho da
Sâmara?
ah tah...até os crápulas tem necessidade do belo e de amor?
aham...
tá bom...
eu não quero saber dessas histórias,
vamos a verdades que se vivem,
coisas que eu vejo
que de fato estão no mundo,
pleaseeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
ah! e pensando bem
eu prefiro facínora
a crápula.
E????
Fundamentação da Metafísica dos
Costumes...now!

sábado, novembro 15, 2014

Âramas

Não quer expressar nada
Sabia que aquilo tinha data de validade
bem vísivel
mas não esperava aquele fim
de fato ela esperava
amor
e não ouvir aquilo
tinha a sensação
que queria agredi-lo
dar um lhe tapa na cara
lhe chamar de canalha
não! de crápula!
isso só se vê em filme
quando o óculos resvala pro
maxilar e abre as hastes
e nem sente o tapa
mas o crápula
quer que acabe ali
pra ficar com a palavra
e depois desamassar os óculos
 quem não quer ser um crápula?
eles sabem o que é necessário.
pouco importa se acabou
o crápula fica
afinal
crápula é um adjetivo vazio...
lembrar de Drácula
não solicita nada
associação errada
um crápula pode ser belo
e até amável
ou não ser nada disso.


sábado, novembro 08, 2014

Lá do alto ela gigante
olha a iluminar a noite sem sono
com vontade de luto
já se passaram duas horas do meio na noite
as noites assim possuem paz?
sim, não há nada a temer
dissolver problemas, não criá-los
Ergue-se na cadeira
parece procurar alguém
não!
imagine as possibilidades
ou simplesmente recorra aos textos
usar a imaginação na madrugada
pra fazer projeções sobre o nada
cansaço
não!
vamos para "a febre dos hiperlinks"
agora
melhor
sobre "quão distante é o ensino
à distância da educação..."
Quero mudar o discurso
agora sabendo que escolho
o que não pode ser
padrões emocionais.......viciados.
Basta!
Saúde emocional Sâmara, união dos sentidos...
Ver o mundo nascer
como o vê uma criança,
please.
O mundo me olha, quer que eu o ame.

segunda-feira, novembro 03, 2014

parece que um raio esclarecedor
na fatalidade de ver
aquela imagem
que
iluminou meus sentidos
quando
eu sentada no sofá
e você vinha livre para eu beijar
todo pele
sim!
pensando bem
o que eu amo é te comer...

você me impede
não quer deixar fluir e muito menos fruir
não lida bem com os afetos
cria espaços
de secura
não deixa o desaguar destes "meus"afetos
pensa como Nietzsche,
ou como Freud...ou qualquer outro autor
você mesmo, eu não sei...
deve ser....de pensar,  de moralizar afetos...
deve ser.... de pensar, algo como uma ilusão necessária
mas não pra ti
coisas menores que podem ser comparadas
com doutrinamento, religião, algo assim...algo bem
senso comum, abaixo do campo semântico que tu alcanças
Rechaça o presente momento que não se pode
negar
prazer...e sim, alegria...eu sinto alegria,
invenção, sim pode ser invenção
talvez, esta seja uma questão...
quando a chave vira e muda de tesão lazer
pra outra coisa...
quem sabe cuidado, quem sabe nada...
nada disto faz sentido,
não o seguirei mais,
voltarei-me para minhas coisas,
meu quarto, minha janela,
meu falatório inútil.
Sabe pode ser interessante, pode ser instigante,
enigmático, esse
 tom de mistério
mas eu quero é verdade,
sabe
essa que tá vida vivida...
essas outras coisas, todas cheias
de análises e teorias uma hora cansam...
Quem pensa demais,
realmente não casa.,
e quem não casa
quase sempre está sozinho
e sem amor. Não que o contrário aconteça,
pode ser...ou não...
dane-se
Fodassssssssssssssssssssssss....
eu sei que é, ilusão
e eu quero todas...todas
es muss sein!
tem de ser assim...

sexta-feira, outubro 31, 2014

Parece q não possuem sentido
Nem as pessoas pensadas
Ou as práticas
É uma sensação de estranhamento
quase meia noite
Prüfung deutsch
Cedo..
Dores nas costas
A ideia de amor ou sexo

Foram descartadas
Descrever não parece revelar algo
TAlvez ordem
Familiaridade
Mas tá.... É.... Isso aí...
Deu fome...ótimo! Algo bem mais
Claro ...quanta clareza de percepção..... Hummmm
Cansera..opa....mais uma...quanta sensação..Hahaha
Vai rezar...Deus...me dá! Forças...amor...
OK vai dormir...

quinta-feira, outubro 30, 2014

Casa nas montanhas...quem sabe, na quinta fase...

a tagaralice pode voltar a reinar
desta forma
e o quietismo? mais falatório?
humm...dissolver problemas...
penso num efervescente
ele dissolve efervendo
pode ser...
tantas coisas que podem até ser somadas
ou quer trilha sonora?
blá blá blá com significado????
Você está feliz?
você tem um bom coração?
não são perguntas objetivas
esta é a única vida pra mim?
eu ainda não sei.
claro, há muitas possibilidades,
mas é esta que escolhi.
Quem sabe um dia,
não mais filosofia em apartamentos,
vai de filosofia das montanhas
é bem melhor
dane-se a solidão
pode-se ter cachorros
ovelhas
marido....hahaha
vai dormir, agora!!!

ovelhas pastando comendo o jardim, né?
ahhhhhhh
casa no campo...sei...não!
nas montanhas!!hahaha

segunda-feira, outubro 27, 2014

toda essa libertad tamanha
aparece-me como tamanha soledad..
então defina esse tal amor livre...
quando aparecer, acontecer de querer
não há que pensar duas vezes
que lindo!!
o amor nunca será sério,
não há que decidir-se
nem pegar a minha mão
Agora tem que ficar sério, não isso não....
afinal
é comparado com a religião
pode ser...quase uma doutrina
o devir... o que acontece
também gosto
não há mais cuidado moral
não há mais que livrar-se do que não há intencionalidade
não há que suportar a vida com amor.....palhaçada
me sinto mais ridícula ainda...
enfim....
eu sinto e sei que posso criar
coisas muito interessantes
pra não dizer belas
meu combustível de criação
de realidade
afirma a diferença
e o cuidado de
mim
ok sem ser refém de alguma recompensa
toque
gozo
afetos
não quero mais ser um corpo consciência docilmente passional
chega!
quanta sensibilidade rechaçada filosoficamente!
vamos inventar mecanismos para inventar distâncias..
pra aproveitar o que me acontece, uma atitude
pra criar realidade...com desprendimento..
uma energia real, uma vida intensa.

quarta-feira, outubro 22, 2014

eu não sei
não pode ser novamente
hormÔnios
cara sempre esses caras
ok
vamos no ritmo
poucos parágrafos
um comprimido
um pouco de relaxamento
não posso passar a vida assim
mas sem essa de morrer
ai que merda
como estes músculos doem
e eu preciso estudar
caralho
é ...traz um caralho
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh
ai
 eu preciso sair desse quarto
mas não vai ser pra ir
a alguma
aula
bandejão
ou academia
normal...à padaria!
tem que rir...............
depois de um relaxante muscular
afinal
nem Merleau-Ponty tá segurando a onda...
e são 12:45
é preciso comer
e não surtar.



domingo, outubro 19, 2014

Algo prático: estas emoções e palpitações é meu coração fazendo musculação...
não há mais o mais importante.....
tudo agora
é importante.
humm sensação
vai dorme não
mais alguma sensação?
humm?
lembrança?
rosto?
ou já pode dormir?
claro....
o chocolate
foi comido.
eu deixo mais um último gole
de suco de uva com soja..
pootz o André ainda tá vendo filme
então
acho que não é necessário dormir não...ão ão
poesia de ótima qualidade
só que não
de novo.
gostoso..
ich vou ter que ir no banheiro de novo...hahaha
ahhhhhhhh narrativa inútil....agora ...agora...
bom, hoje
bom...sentimento
bom...sensaão
ahhhh filosofiia

fenomenologia
ah claro
só que não de novo....
ahahaha
nada é revelado
melhor apagar a luz
e dormir.

sem música sem sono
ah última
depois
é nada
é indigestão
não
é noite
de dormir
como sempre.
eu sou um humano de carne e osso
e outros órgaos
e preciso de amor?
bom, algumas devem ser consideradas
a procura
e pano de fundo
as cores
não ser
as luzes da cidade acesas
acendendo a mesma imagen
pode se dizer se quiser
sobre o que?
a mesa?
é realmente um chocolate amargo
pode te fazer voltar pra terra
mas o pano de fundo?
o suco de uva e soja?
a geladeira cheia de sucos
ahh você
meu universo

mentira
é só tonteria
de hormÔnios
é bebedeira
aquelas das tpms
sabe...sabe...
é, eu posso te sentir aqui
daqui...
ah o quanto isso é estranho
fenomenologicamente
indescrítivel
ahhh isso é viagem....hahaha
acha que estes sentimentos dão alguma substância pra
uma vida
em Contagem?
só que não!haha
parece que sim, né...
ahhh Sâmara
quando eu penso que você muda
você parece-me igual...
estranho
normal
ok
temos chocolate
e hoje tentamos amenizar a tensão testa
da disciplina do segundo olho que se cria
disciplinarmente durante a semana
ó...quão órgulhosa
ó...
ó....
o que você quer? méritos?
teorias??? humm..q tal? teorias?
desenvolver algumas de calcinha nas tardes
quentes desta estação?
deste tempo agora, tão seco....
tão...
ah vai de chocolate de novo, pequena suja...
sem pensar, esse nem tem folha de estanho...haha
e música...
é...essa hora...
pede música
ich....tem vida ali falando
publicamente
será que vou lá?
será?
ah...cansei dessa virtual...que fala...
não, a voz aqui é outra.
fodas.
meu trato é diferente,
na rede.

sexta-feira, outubro 17, 2014

Devaneio

Estou com medo
pareço não mais escutar as vozes
só as que me interessam
as belas
prefiro os sonhos
estive muito cansada neste fim
fui até à exaustão
são cores e imagens que eu não sei
de onde são
aparecem assim
dois nódulos também voltaram
há dias que pareço outra
tenho receio do que está acontecendo
dentro de mim
é desconhecido
devem ser hormônios
agora eu gostaria que fosse
porque há diferença no modo de ver
o mundo e o outro
coisas estão claras demais
e muitas parecem ter perdido o seu brilho.
De repente aquela emoção invade o peito
queima subindo ao meio
penso que isso não seja
bom....
não sei o que do que se trata
é uma emoção de entendimento
e ao continuo numa tarde ensolarada
estudando de calcinha
com o ventilador ligado...não posso ter a pretensão
que estou a perceber o mundo, posso????
ahhhhhhhhhhhhhahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

segunda-feira, outubro 13, 2014

Deixa arder..hahaha

Preto e branco
queimam sob o céu azul
depois do sol descer pro Japão
o horizonte queima
ah nem é de paixão
quisera, quisera
depois de tantos icebergs derreterem
inundariam aqui ou não?
quisera, quisera
afundar tudo isso sem razão
mentiraaaaa,
falta água,
isso não acontece,
a chuva nem molha o chão
também sumiu...
eu
ardo,
ardo
ardo
o fogo em mim.

domingo, outubro 12, 2014

ao falar com o coração na mão
ponho tudo a perder
parece que minto pra mim
sabendo que não receberá
tamanha ilusão
se ao menos a criássemos juntos
um dia cairíamos dali
mas e daí?
e se durasse uma vida?
seria possível...
acho que não
depois de tanta razão
na filosofia
não há beleza que perdure
não há amor que insista
depois que tudo passar
eu saberei o que for
verdade
quando outro amor
vier...
hahaha palhaçada
depois de 3 minutos
eu acho o q escrevi ridículo...

sábado, outubro 11, 2014

Paredões montanha de pedra serra

ao passo que pensas sobre o que sentes
depois de caminhar na serra quatro horas
caminhou todo o tempo vendo tudo que via
pensando no que sentia
depois da exaustão
de três mergulhos
gostaria de entregar-se àquelas àguas
foi quando ignorou o medo e pulou
foi até o fundo
e subiu rapidamente
nesta hora não pensava
sentiu
aquilo foi real
quando chegou e disse
do que pensou
a indiferença
à tudo que dissestes ou pensastes
sugerindo insignficante
sentindo
sempre acontece algo
mas nada acontece pra muitos
eu vi aqueles paredões gigantes de pedra
que ali respiravam
e provavelmente permanecerão respirando
com aparência de pedra morta
devem alimentar 
com o vento
em seus alvéolos verdes
há tantas flores do cerrado
mas eles como são pedras
parecem não se importam
e simplesmente ignoram
qualquer movimento
todo o meu falatório inútil
não traspassa nenhum sentimento
ao vento
que passam tocando
insignificantemente
nem olha para o vento
a pedra
tocando a superfície verde
um toque,
passa
um toque
algum afeto?
aquelas águas
caíram
passando primeiro por seus sulcos
e como eu foram também pisaram no fundo
daquelas pedras
sobre ti amontoavam seu fluído
para que eu pudesse mergulhar.
um pouco de morte
dos paredões de pedras
que estão vivos
no fundo...
por que não me faz desaparecer?
Com o vento
Pois o que toca
Não é dentro... Blá blá blá